Para setores privados, as novas tributações trarão aumentos nos preços e um impacto negativo para ao crédito
As medidas alternativas à alta do IOF ressoaram mal dentro do mercado financeiro e de setores privados da economia. Entidades e empresas atingidas avaliam que as novas propostas terão um impacto negativo no crédito e vão elevar preços ao consumidor.
Para o setor imobiliário, as novas tributações vão trazer reflexos à procura por financiamento no Brasil, que já lida com uma taxa Selic em um patamar restritivo. O presidente da Abrainc, Luiz França, apontou que as novas mudanças vão aumentar ainda mais os juros nas parcelas.
“Quem financia imóvel no Brasil, o comprador de imóvel de classe média terá sim um aumento nas taxas de juros — ou seja, um aumento na sua prestação. Nós estimamos que o aumento nas taxas de juros deve ser de 0,7%. Isso, sempre que você aumenta a taxa de juros, você tira compradores do mercado.”, afirmou França.
Entre as principais mudanças propostas pela equipe econômica estão: o aumento dos impostos para apostas esportivas (que vão sair de 12 para 18%); alta nas alíquotas da Contribuição Social sobre Lucro Líquido envolvendo fintechs e corretoras; cobrança de 5% de Imposto de Renda para títulos como Letras de Crédito do Agronegócio, Letras de Crédito Imobiliário e outros; e, por fim, o aumento da tributação para Juros sobre Capital Próprio de 15 para 20%.
Estimativas da Warren Consultoria projetam uma arrecadação de R$ 44 bilhões com as medidas alternativas à alta do IOF.
Após a reunião, Hugo Motta, Fernando Haddad e Alcolumbre disseram que medidas de redução de despesas primárias serão discutidas numa próxima reunião, sem data marcada.
por CNN