UFRN seleciona voluntários com dor na face e zumbido para pesquisa

Estudo é realizado em parceria com o Huol e atende pessoas entre 18 e 65 anos com dor e zumbido há pelo menos três meses

Pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPgFIS) do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) estão selecionando voluntários para um estudo sobre disfunção temporomandibular associada a zumbido no ouvido.

Podem participar pessoas entre 18 e 65 anos que apresentem, há pelo menos três meses, dor na mandíbula, nas têmporas, na região do ouvido, além de queixa de zumbido.

O estudo é desenvolvido em parceria com o Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol) pela mestranda Amanda Matias, sob orientação da professora Karyna Figueiredo Ribeiro, do PPgFIS. Segundo os pesquisadores, a pesquisa busca investigar a relação entre diferentes tipos de disfunção temporomandibular e a ocorrência de zumbido, com o objetivo de colaborar para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas.

Os voluntários selecionados receberão gratuitamente avaliação fisioterapêutica especializada, sessão com orientações sobre dor, exercícios personalizados e uma cartilha com informações para controle e melhora dos sintomas.

A disfunção temporomandibular afeta a articulação responsável pelos movimentos da mandíbula, podendo provocar dores nessa região, nas têmporas e no ouvido, além de estar associada ao surgimento de zumbido.

por Agora RN

Vacinação contra a gripe no RN segue aberta para toda a população até 15 de agosto

Até o início desta semana, foram aplicadas 771.754 doses na população potiguar
 vacinação contra a gripe no Rio Grande do Norte permanecerá disponível para toda a população até o dia 15 de agosto. Após esta data, a imunização será restrita aos grupos prioritários: crianças entre 6 meses e 6 anos, idosos acima de 60 anos e gestantes.

A decisão foi tomada a partir de um acordo entre a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio do Programa Estadual de Imunização, e as gestões municipais, devido ao número limitado de doses disponíveis.

Até o início desta semana, foram aplicadas 771.754 doses na população potiguar. Entre os públicos prioritários, a cobertura vacinal média é de 48,07%, com maior índice entre gestantes (68,31%), seguida por idosos (47,9%) e crianças (45,87%).

A orientação das autoridades de saúde é que quem ainda não recebeu a vacina procure o posto de saúde mais próximo para se imunizar. Segundo a Sesap, a vacinação é a forma mais eficaz de prevenir casos graves de gripe, especialmente nos grupos mais vulneráveis.

por Agora RN

‘Ozempic brasileiro’ começam a ser vendidas nas farmácias a partir desta segunda 4

Medicamentos com liraglutida produzidos pela EMS estão disponíveis em redes de farmácia do Sul e Sudeste; preços partem de R$ 307,26

As primeiras canetas com liraglutida produzidas integralmente no Brasil começaram a ser vendidas nesta segunda-feira 4. A informação foi divulgada pela EMS, laboratório responsável pela fabricação dos medicamentos voltados ao tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade.

Os produtos chegaram aos centros de distribuição das redes Raia, Drogasil, Drogaria São Paulo e Pacheco e estão disponíveis nos sites e em parte das lojas físicas do Sul e Sudeste do país. A previsão é de expansão gradual para as demais regiões nas próximas semanas.

Segundo a EMS, serão comercializadas inicialmente 100 mil canetas da marca Olire, voltada ao tratamento da obesidade, e 50 mil da Lirux, indicada para controle de diabetes tipo 2. Os preços sugeridos são: R$ 307,26 (embalagem com 1 caneta), R$ 507,07 (Lirux com 2 canetas) e R$ 760,61 (Olire com 3 canetas).

A empresa investiu mais de R$ 1 bilhão para viabilizar a produção nacional dos medicamentos, com a inauguração de uma fábrica de peptídeos em Hortolândia (SP) em 2024. A expectativa é disponibilizar 250 mil unidades no varejo até o fim deste ano e 500 mil até agosto de 2026.

A liraglutida é uma molécula da classe dos análogos de GLP-1, mesma categoria da semaglutida, princípio ativo do Ozempic, da dinamarquesa Novo Nordisk. É também o composto utilizado no Saxenda, medicamento da mesma empresa.

Em março, a farmacêutica Hypera afirmou que pretende lançar um medicamento com semaglutida assim que expirar a patente do Ozempic, prevista para março de 2026. No ano passado, a EMS propôs a combinação de negócios com a Hypera Pharma, mas retirou a oferta após recusa do conselho de administração. No fim de 2024, aumentou sua participação na rival para 6%.

por Agora RN

77,3% das UBSs no Nordeste funcionam com um só médico

O Censo Nacional das Unidades Básicas de Saúde (UBS) 2025 revela um dado preocupante sobre o funcionamento das unidades de atenção primária à saúde em todo o País. De acordo com o estudo, 77,3% das UBS do Nordeste têm apenas um médico. Outras 10,9% contam com dois profissionais, e apenas 3,1% têm três médicos. Em contrapartida, 4,5% das unidades não contam com nenhum médico. A média nacional apresenta um quadro ligeiramente mais favorável: 59,3% das UBS no Brasil têm um médico e 3,8% das unidades em todo o País funcionam sem nenhum médico.

Embora o levantamento do Ministério da Saúde, divulgado no último dia 30 de junho, com dados referentes a junho e setembro do ano passado, traga apenas o número de estabelecimentos por estado, os dados regionais mostram que a maior parte das UBS no Nordeste funciona com apenas um médico, e uma parcela ainda opera sem nenhum profissional da medicina. No Rio Grande do Norte, onde 1.232 UBS responderam ao censo, a realidade tende a seguir o mesmo padrão, como apontam relatos de usuários e profissionais da área.
A reportagem da TRIBUNA DO NORTE buscou as secretarias de Saúde do Estado e de Natal. A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) disse que a organização das UBS é de competência dos municípios e que é responsável por dar “apoio na política de atenção básica, o que vem fornecendo por meio de qualificação profissional e suporte na habilitação de equipes que atuam na área”.


A Secretaria de Saúde de Natal informou que todas as 60 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital contam atualmente com ao menos dois médicos em atuação, não havendo nenhuma unidade sem profissional da medicina. Em relação aos enfermeiros, apenas uma unidade possui apenas um profissional, enquanto as demais contam com dois ou mais. A pasta aponta como principal desafio a dificuldade de contratar e reter médicos e enfermeiros, devido à alta rotatividade e à competição de mercado. Um estudo está em andamento para viabilizar a contratação de mais profissionais, com foco no fortalecimento dos serviços de atenção primária, especialmente em regiões mais vulneráveis da cidade.


A situação em Natal reflete parte desse desafio, analisa Geraldo Ferreira, presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Norte (Sinmed-RN). “Tomamos conhecimento que em Natal nós temos 79 médicos do Programa Mais Médicos. Metade das equipes de Natal são do Programa Mais Médicos. A Prefeitura tem um déficit muito grande de contratação. O programa é importante, mas a gente tem que lembrar que esse programa é de estagiários. Eles não vão ficar permanentes, a Prefeitura tem que fazer concurso. E o Brasil como um todo tem que fazer concurso”, afirma.


Além da falta de concursos públicos para garantir a permanência de médicos, Ferreira critica o modelo adotado atualmente. “O modelo que está se adotando para a saúde não é o que beneficia mais profundamente a população. Este modelo precisa ser baseado em concurso e em fixação do médico. O que está havendo no Brasil é a utilização do Programa Mais Médicos, que todo município corre atrás, porque a verba é federal. E depois o modelo que é mais imoral ainda, que é o modelo de terceirizações, onde o médico não tem direito nenhum, o dinheiro fica com a empresa, os atrasos são de quatro a seis meses e há uma alta rotatividade desses médicos”, pontua.


O Censo das UBS é um levantamento feito pelo Ministério da Saúde com o objetivo de mapear a estrutura, os serviços oferecidos e os recursos humanos disponíveis nas unidades de atenção primária em todo o País. A última edição ouviu aproximadamente 44 mil estabelecimentos para atualizar o retrato da rede que representa a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). O estudo coleta informações sobre o número de médicos e enfermeiros, condições de acessibilidade, oferta de serviços, informatização, presença de farmácia, consultórios e salas especializadas, entre outros aspectos fundamentais para o funcionamento da atenção básica.

Realidade nas unidades natalenses

Enquanto os dados técnicos apontam para limitações estruturais, os relatos da população mostram como essa realidade se manifesta no dia a dia. Maria Salete, de 75 anos, aposentada e moradora do bairro Potengi, frequenta a UBS Soledade I, na região da Pedra do Sino. Ela lembra que a situação já foi mais complicada para buscar atendimentos e fazer tratamentos nas unidades públicas de saúde. Apesar de ainda encontrar dificuldades de marcação de exames e na própria infraestrutura da unidade, a aposentada diz que já enfrentou outros problemas.


“Já aconteceu de faltar médicos, demora no atendimento, às vezes a questão das fichas também era bastante difícil, a pessoa tinha que vir aqui de madrugada ficar esperando, então falta essa organização. Hoje a situação está melhor, mas sempre pode melhorar. Acabei de ver que minha pressão está 17 por 8, está alta, então já vou ter que ir para a UPA. É difícil também esse deslocamento para uma pessoa da minha idade, eu não estou aguentando, mas é isso. Vai dar tudo certo com fé em Deus”, desabafa.


Situação semelhante é observada por Ana Carla, de 42 anos, cozinheira e moradora do bairro Planalto. Ela frequenta a UBS Rosângela Lima, que atende boa parte da população dos bairros da zona Oeste. “Aqui na unidade sempre sou bem atendida, todas as vezes que precisei, mas acontece muito isso na Saúde como um todo, da pessoa precisar e não ter médico. Aqui por enquanto está funcionando, só a questão da demora que é um pouco difícil, às vezes o sistema fica fora do ar também e isso atrasa a nossa vida”, comenta.


A falta de profissionais também traz memórias dolorosas para muitos usuários. Regina Costa, de 52 anos, dona de casa e moradora de Brasília Teimosa, lembra de um episódio traumático. “Hoje as coisas estão bem melhores, a gente consegue marcar exames, tem médicos, mas já aconteceu comigo de passar situações de não ter profissionais, passei até uma situação em que perdi minha mãe por incompetência no atendimento. Foi uma situação bem traumática. Seria …

RN registra casos de nova variante XFG da Covid

Variante apresenta mutações no genoma, no entanto, não há sinais de maior gravidade da doença ou de impacto significativo na eficácia de vacinas e antivirais.

O Rio Grande do Norte registrou pelo menos três casos da nova variante XFG da Covid. A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap).

Os casos foram detectados em pacientes de Natal. De acordo com a Sesap, a linhagem XFG da variante Ômicron “apresenta mutações no genoma, no entanto, não há sinais de maior gravidade da doença ou de impacto significativo na eficácia de vacinas e antivirais”.

Além do Rio Grande do Norte, segundo a Sesap, a linhagem já foi detectada em 38 países e, no Brasil, foram confirmados casos no Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

A linhagem XFG é considerada pela Organização Mundial de Saúde como uma “variante sob monitoramento’’.

A Sesap reforça a importância da vacinação contra a Covid e ressalta que pessoas com sintomas gripais devem intensificar a higienização das mãos e procurar os serviços assistenciais de saúde para avaliação.

por g1RN

Nova variante da Covid-19 é identificada em Natal, diz Sesap

Três casos da linhagem XFG da variante Ômicron foram confirmados em Natal pelo Laboratório Central do Estado

A Secretaria Estadual de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) confirmou a circulação de uma nova variante da Covid-19 no estado. A linhagem XFG da variante Ômicron foi identificada em três pessoas no município de Natal.

É a primeira vez que essa linhagem é registrada no RN, segundo o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-RN), responsável pela análise genômica.

A variante XFG já foi detectada em 38 países e em estados como Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica essa linhagem como “sob monitoramento”.

De acordo com a Sesap, “não há sinais de maior gravidade da doença ou de impacto significativo na eficácia de vacinas e antivirais”.

A secretaria informou que, com o aumento recente de casos de Covid-19 no Brasil e no RN, é importante que pessoas com sintomas gripais reforcem os cuidados, como etiqueta respiratória, higienização das mãos e procura por atendimento médico.

Profissionais de saúde devem notificar os casos e solicitar coleta de amostras. Casos leves ou moderados devem ser registrados no sistema e-SUS Notifica. Casos graves, hospitalizações ou óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave devem ser inseridos no SIVEP-Gripe.

Segundo a Sesap, esses dados são usados para monitorar a situação epidemiológica e apoiar decisões das autoridades de saúde.

por Agora RN

Planos de saúde vão atender pacientes do SUS a partir de agosto; entenda

A partir de agosto, os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) poderão ser atendidos por hospitais e clínicas da rede privada vinculada a planos de saúde. A medida faz parte do programa Agora Tem Especialistas e busca reduzir filas no SUS utilizando a estrutura da rede privada.

Nesse primeiro momento a expectativa é de que, cerca de R$ 750 milhões em dívidas de ressarcimento acumuladas por operadoras de saúde com o SUS sejam convertidas diretamente em atendimentos à população. Os serviços serão concentrados em áreas com maior demanda: oncologia, cardiologia, ginecologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia.

A iniciativa foi oficializada na última segunda-feira (29), por meio de uma portaria conjunta do Ministério da Saúde, Advocacia-Geral da União (AGU) e Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Como vai funcionar o atendimento?

Os atendimentos serão realizados na rede conveniada aos planos de saúde que aderirem ao programa. A participação das operadoras é voluntária, mas para participar será necessário comprovar capacidade técnica e estrutura compatível com as demandas do SUS.

Estados e municípios poderão solicitar os serviços conforme suas necessidades locais. O governo vai disponibilizar uma lista, como uma espécie de “prateleira” de atendimentos especializados, com os procedimentos oferecidos pelas operadoras. A partir de então, os hospitais conveniados aos planos de saúde já poderão iniciar os atendimentos.

O modelo prevê que os atendimentos sigam pacotes completos, chamados de Ofertas de Cuidados Integrados (OCIs), que incluem a consulta, os exames e eventuais cirurgias. As operadoras só serão remuneradas após a conclusão do ciclo completo de atendimento.

Adesão dos planos

As operadoras deverão solicitar adesão ao programa por meio da plataforma InvestSUS, do Ministério da Saúde. A proposta será analisada com base na capacidade de atendimento, na adequação da oferta à demanda local e na regularidade fiscal da empresa.

Para participar, os planos precisam oferecer no mínimo 100 mil atendimentos por mês. Planos de menor porte, em regiões com baixa cobertura, poderão ser autorizados com volume mínimo de 50 mil atendimentos mensais.

A ANS manterá a fiscalização sobre as operadoras. O governo afirma que o programa não afetará o atendimento dos clientes privados. “Não há qualquer espaço para que operadoras deixem de atender sua carteira de clientes para priorizar o SUS”, disse a diretora-presidente da ANS, Carla de Figueiredo Soares.

“Pelo contrário, é do interesse das operadoras que aderirem ao programa ampliar sua capacidade de atendimento, beneficiando tanto os usuários dos planos quanto os pacientes do SUS”, complementou a diretora.

Sobre o ressarcimento

O ressarcimento ao SUS ocorre quando um paciente de plano de saúde é atendido pela rede pública e a operadora não cobre o custo. Atualmente, esses valores são destinados ao Fundo Nacional de Saúde. Com o novo modelo, passam a ser compensados com prestação de serviços, beneficiando diretamente os usuários do sistema público.

“É a primeira vez na história do SUS que implementamos um mecanismo como esse. As dívidas que antes iam para o Fundo Nacional de Saúde, mas não se convertiam em atendimento, agora viraram ações concretas para reduzir tempo de espera por atendimento e dar dignidade a quem mais precisa”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Após os atendimentos, as operadoras receberão um Certificado de Obrigação de Ressarcimento (COR), que será usado para abater as dívidas existentes com o sistema público.

por Tribuna do Norte

Morango do amor: dentista alerta para cuidados no consumo do doce viral

Febre nas redes sociais e em confeitarias de todo o Brasil, o “morango do amor” ganhou o coração dos amantes de doces. A combinação de morango fresco, brigadeiro branco e calda de açúcar, entretanto, também acendeu um alerta para a saúde bucal e cuidados na hora do consumo.

O doce, que apresenta um formato de morango e uma crosta brilhosa e vermelha, tem como ponto chave a crocância na hora da mordida, causada por uma calda feita de açúcar caramelizado e com aspecto semelhante ao vidro. Para a dentista Rayssa Fagundes, especialista em Ortodontia e Harmonização Orofacial, essa parte específica do doce pode ser prejudicial para a saúde bucal se não for consumida de forma adequada.

“O problema todo ali está sendo a parte caramelizada. O risco que está trazendo para a saúde bucal é devido a essa camada que cobre o morango. É extremamente rica em açúcar e extremamente dura. Eu já vi em algumas docerias que eles estão tentando fazer essa camada mais fininha, sem ser aquela muito dura, tipo da maçã do amor, justamente por essa questão da mordida”, comenta a especialista.

Nos vídeos publicados nas redes sociais, um dos momentos mais aguardados é a hora da mordida. A dentista comenta que o “barulhinho viral” não é o ideal para o consumo, reforçando que “quem quer ter essa crocância no ato da mordida, o ideal é jogar um pouquinho para trás e morder devagar” ou até mesmo partir o morango com uma faca antes de ingerir.

Rayssa Fagundes, especialista em Ortodontia e Harmonização Orofacial | Foto: cedida

Rayssa reforça ainda que restaurações, próteses dentárias, facetas em resina e lentes de contato também precisam de maior atenção no consumo do doce, para não danificar algum dos procedimentos. Com o objetivo de comer sem culpa e sem medo, a dentista orienta beber água e escovar os dentes logo após degustar o morango do amor.

“O que a gente recomenda é tentar beber água após o consumo e, se possível, escovar os dentes logo depois. Também pela parte das manchas, devido ao caramelo, que pode manchar, principalmente quem tem facetas em resina — e pelo açúcar. ‘Ah, mas eu não posso escovar agora, estou sem a escova.’ Então faz pelo menos um bochecho com água normal e tenta tirar aquele excesso que fica do caramelo”, alerta.

Avaliação odontológica feita pela especialista Rayssa Fagundes:

  • Caramelho pegajoso: pode grudar nos dentes e peças do aparelho odontológico;
  • Corante em calda: risco de manchar os elásticos do aparelho;
  • Alta concentração de açúcar: risco em dobro para cáries em formação;
  • Muito crocante: ameaça ao tratamento ortodôntico, lentes de contato e facetas.

Recomendações para o consumo:

  • Morder e mastigar com atenção e calma, preferencialmente com os molares;
  • Identificar partes da cobertura que sejam mais grossas e crocantes, partindo-as em porções menores;
  • Caprichar na higiene logo depois de comer;
  • Se não for possível escovar os dentes, fazer bochecho com água.

Por Mayra Ferreira TN

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Verba para novo hospital é cancelada e redirecionada ao Samu e outros setores em Natal

A Prefeitura de Natal publicou nesta quarta-feira (23), no Diário Oficial do Município (DOM), um decreto que autoriza a abertura de crédito suplementar no valor de R$ 8 milhões para a Secretaria Municipal de Saúde, realocando recursos antes destinados à construção do Hospital Municipal. A verba será usada para reforçar o atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ampliar a assistência hospitalar e ambulatorial do SUS e custear despesas com recursos.

.A medida foi tomada com base na autorização contida na Lei nº 7.819/2025 e aprovada pelo Conselho de Desenvolvimento Municipal em reunião realizada no último dia 18. A publicação indica que essa verba era destinada a construção ou ampliação da unidade.

De onde vem o recurso?
Os recursos serão realocados a partir da anulação de dotações anteriormente previstas para a implementação do Hospital Municipal, conforme especificado no Adendo II do mesmo decreto. Isso significa que o dinheiro que antes estava reservado no orçamento para construir a unidade hospitalar será cancelado (anulado) e redirecionado (realocado) para outras finalidades dentro da área da saúde.

“Constitui fonte de recursos para fazer face ao crédito de que trata o artigo anterior, anulação em igual valor de dotação orçamentária consignada no vigente orçamento”, diz o documento.

Em nota publicada no DOM, a gestão municipal justifica a medida com base na necessidade de atender a demandas mais imediatas da rede de saúde, priorizando a manutenção de serviços essenciais e emergenciais. A realocação de recursos segue os parâmetros da Lei Federal nº 4.320/1964, que permite anulações e suplementações dentro do mesmo exercício financeiro.

A reportagem da TRIBUNA DO NORTE procurou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para explicar se isso significa que a construção ou ampliação do hospital municipal vai sofrer algum adiamento ou redimensionada para dar lugar a ações mais imediatas.

Em nota, a SMS informou que os “recursos utilizados nesses ajustes têm origem na fonte municipal e não comprometem o andamento das obras do novo Hospital Municipal”. Além disso, a pasta comunicou que o projeto “segue dentro do cronograma previsto”.

Para onde vai o dinheiro?
Conforme detalhado no decreto, os recursos foram classificados como despesas com custeio e pessoal. Os R$ 8 milhões serão distribuídos da seguinte forma:

  • SAMU Natal: R$ 738,8 mil
  • Administração de Recursos Humanos da Saúde: R$ 470,1 mil
  • Assistência hospitalar e ambulatorial de média e alta complexidade do SUS: R$ 6,79 milhões

Confira nota completa

“A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que os remanejamentos orçamentários efetuados são necessários para garantir a continuidade dos contratos que demandam aditivos e para assegurar o fornecimento de bens, serviços e insumos essenciais à manutenção das atividades da rede municipal de saúde.

Os recursos utilizados nesses ajustes têm origem na fonte municipal e não comprometem o andamento das obras do novo Hospital Municipal.

Atualmente, cerca de 150 trabalhadores atuam regularmente na execução do projeto, que segue dentro do cronograma previsto.

O financiamento da obra ocorre por meio de Convênios com recursos Federais e de operação de crédito contratada pelo município”.

Por TN

Paciente que perdeu olho após mutirão de cirurgias em Parelhas será indenizada em R$ 400 mil

A Vara Única da Comarca de Parelhas proferiu a primeira decisão judicial relacionada ao mutirão de cirurgias oftalmológicas realizada pelo município, em setembro do ano passado, e que resultou em uma série de pacientes com sequelas. A autora da ação deverá ser indenizada em R$ 400 mil, por danos morais e estéticos, após ter que fazer a retirada do globo ocular devido ao diagnóstico de endoftalmite, uma inflamação grave no interior do olho. As informações foram divulgadas pelo Tribunal de Justiça (TJRN) nesta quarta-feira (23).

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O juiz Wilson Neves de Medeiros Júnior, titular da Comarca de Parelhas, fixou o valor da indenização em R$ 200 mil por danos morais e mais R$ 200 mil por danos estéticos, considerando o montante ser justo e razoável o valor, considerando a extensão do dano psicológico comprovado pela parte, além da ocorrência de danos estéticos, “uma vez que a perda do globo ocular é visível, causando, inclusive, problemas na autoestima da requerente, que relatou não sentir vontade de sair de casa”, considerou. Além dela, pelo menos outras nove pessoas também perderam um olho após o mutirão.

A mulher afirmou ter participado de um mutirão de cirurgias oftalmológicas ofertadas pelo município de Parelhas no final do mês de setembro de 2024, na Maternidade Dr. Graciliano Lordão, realizadas por uma empresa terceirizada. Ainda alegou ter retornado ao hospital no dia seguinte ao procedimento, com queixas a respeito de sintomas como dor intensa e secreção, mas que não foram feitos exames complementares.

A autora também informou no processo que procurou atendimento particular de dois médicos distintos, em diferentes municípios, e que ambos deram o mesmo diagnóstico, encaminhando a mulher para atendimento de urgência, devido à gravidade do quadro. Quatro dias após sua cirurgia de catarata durante o mutirão, seu globo ocular estourou e ela teve que passar por cirurgia de evisceração (retirada do globo ocular).

O juiz Wilson Neves fundamentou a decisão com base no artigo 37, §6º da Constituição Federal e no artigo 43 do Código Civil, que diz que o ente público é objetivamente responsável pelos danos causados por seus agentes ou por prestadores de serviço contratados.

Também destacou que a autora buscou atendimento médico particular e relatou não ter recebido atendimento adequado na rede pública, nem exames complementares após relatar os sintomas. Ele observou que ao menos outras 17 pessoas também foram diagnosticadas com o mesmo problema após o mutirão, o que reforça a gravidade do caso e a falha sistemática do serviço prestado.

“Diante dos elementos reunidos, vislumbro que o dano sofrido pela vítima possui nexo de causalidade com a conduta negligente do réu, que não fiscalizou adequadamente o fornecimento do serviço médico prestado no âmbito de suas atribuições, não havendo qualquer elemento que rompa o nexo de causalidade”, argumentou o magistrado.

Por Tribuna do Norte