Rogério diz que Bolsonaro ‘não roubou nem deixou roubar’ e ‘paga preço alto por ter feito diferente’

Senador Rogério Marinho (PL-RN) discursa durante sessão que concedeu títulos de cidadania a Jair Bolsonaro na Câmara Municipal de Natal - Foto: Reprodução

Durante entrega dos títulos de cidadania natalense e potiguar ao ex-presidente, senador afirmou que Bolsonaro foi punido por “crime de opinião” e criticou o STF

Durante a sessão solene na Câmara Municipal de Natal que concedeu os títulos de cidadania natalense e potiguar para Jair Bolsonaro (PL), nesta quinta-feira, o senador Rogério Marinho (PL-RN) afirmou que a homenagem é uma forma de reconhecimento e de reparação a um líder político que, segundo ele, foi injustiçado.

“É um justo reconhecimento a um homem que pagou um preço muito alto por ter feito diferente dos outros”, declarou, sobre o ex-presidente.

Marinho exaltou o legado de Bolsonaro e criticou o que classificou como uma tentativa de silenciar opositores. “O presidente Jair Bolsonaro não roubou, nem deixou roubar. Cumpriu a sua missão. E, ao fim de quatro anos de governo, é punido com a inelegibilidade”, afirmou. Ele acrescentou: “É importante que a gente diga isso onde a gente for”.

Ex-ministro do Desenvolvimento Regional durante a gestão de Bolsonaro, Rogério Marinho disse que o ex-presidente ficou inelegível “porque reuniu, no exercício do mandato, embaixadores para fazer uma crítica ao sistema eleitoral”. “De repente, no Brasil, passou a ser crime dissentir, discordar, criticar, não aceitar. Um crime de opinião”, afirmou.

O senador também fez duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao comentar o julgamento do artigo 19 do Marco Civil da Internet. “Um fala: ‘todos nós somos um pouco admiradores do Xi Jinping’, e o outro diz: ‘temos que verificar se quem fará a censura será um órgão do Estado ou a própria plataforma’”, comentou, em referência a ministros da Corte. Para ele, isso demonstra a intenção de censurar a população.

Durante o discurso, Marinho destacou repasses federais ao RN durante o Governo Bolsonaro. “Entre 2019 e 2022, foram quase R$ 14 bilhões para o nosso estado”, disse. Ele defendeu que os recursos foram distribuídos de forma republicana. “Não se perguntou a eles qual era a cor da camisa, qual partido eles seguiam”, afirmou, referindo-se aos prefeitos.

Ao encerrar a fala, o senador afirmou que o atual governo representa uma “noite escura” e fez um prognóstico otimista. “Essa noite longa, tenebrosa e escura está perto do fim. Falta apenas um ano e quatro meses”, declarou.

por Redação Agora RN