Mais de 14 milhões de famílias deixaram linha da pobreza em 2 anos

Cerca de 6,55 milhões de famílias deixaram a linha da pobreza nos últimos dois anos. Em termos individuais, essas famílias representam um contingente de 14,17 milhões de pessoas.

A constatação está em uma análise de famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).

O CadÚnico considera linha da pobreza famílias com renda de até R$ 218 por pessoa. Em 2023, o cadastro tinha 26,1 milhões de famílias nessa faixa de renda. Em julho de 2025, a quantidade foi reduzida para 19,56 milhões, redução de 25%.

Para o titular do MDS, ministro Wellington Dias, há uma combinação de desenvolvimento econômico e social.

“As pessoas estão saindo da pobreza, seja pelo trabalho ou pelo empreendedorismo”, diz.

O cadastro do governo terminou julho deste ano com 41,6 milhões de famílias, o que significa 95,3 milhões de pessoas. O ministério classifica os inscritos no CadÚnico em três faixas de renda mensal por pessoa:

  • situação de pobreza: até R$ 218
  • baixa renda: entre R$ 218,01 e meio salário mínimo (R$ 759)
  • renda acima de meio salário mínimo

O CadÚnico funciona como porta de entrada para benefícios do governo, como o Bolsa Família. No caso do programa de transferência de renda, a principal regra para ter direito é que a renda de cada pessoa da família seja de, no máximo, R$ 218 por mês.

Renda familiar

O cálculo da renda familiar por pessoa consiste na soma das rendas individuais dos integrantes da família dividida pelo número de pessoas que formam o núcleo familiar.

No valor da renda individual, além de recursos obtidos por meio do trabalho, entram na conta aposentadoria, pensão, doações e o Benefício de Prestação Continuada (BPC – um salário mínimo por mês ao idoso com idade igual ou superior a 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade).

O levantamento que mostra redução de pessoas abaixo da linha da pobreza foi realizado pela Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único. De acordo com secretário da pasta, Rafael Osório, a diminuição de famílias com renda inferior a R$ 218 por pessoa é explicada por três fatores:

  • avanço de programas sociais
  • melhoria do mercado de trabalho
  • processo de qualificação do CadÚnico, que passou a incorporar automaticamente dados sobre a renda formal dos trabalhadores
  • Com esse aprimoramento do cadastro, o governo consegue incorporar dados como o recebimento de aposentadoria, por exemplo.

“Com a integração das informações com outras bases de dados, já disponíveis ao poder público, reduzimos a dependência da autodeclaração”, aponta o secretário.

Por Agência Brasil

Saiba como será a retirada de botijões pelo programa Gás do Povo

Distribuição para famílias de baixa renda começa em novembro

O governo federal anunciou nessa quinta-feira 4 o programa Gás do Povo, que garantirá gás de cozinha gratuito à população de baixa renda, com a expectativa de atender cerca de 15,5 milhões de famílias. A iniciativa substitui o antigo Vale Gás, em que o beneficiário recebia o valor em dinheiro. Agora, será possível retirar o botijão de gás do forma gratuita diretamente em revendedoras credenciadas ao programa. De acordo com o governo, a mudança aumenta a eficiência, a transparência e o controle da política pública.Saiba como será a retirada de botijões pelo programa Gás do Povo - Agora RNSaiba como será a retirada de botijões pelo programa Gás do Povo - Agora RN

Quem tem direito ao benefício?

Botijão de gás. Foto: Agência Brasil/Divulgação

Gás do Povo – Foto: Agência Brasil

Terão direito ao botijão de gás as famílias inscritas no CadÚnico com renda mensal de até meio salário mínimo (R$ 759) por pessoaQuem recebe Bolsa Família (renda per capita de até R$ 218) terá preferência no Gás do Povo.

Como será a retirada dos botijões?

O beneficiário vai retirar os botijões diretamente na revenda credenciada mais próxima de sua casa, sem intermediários. Não haverá, portanto, qualquer pagamento em dinheiro no ato da retirada.

A gratuidade será concedida no momento da compra, mediante validação eletrônica na revenda habilitada.  De acordo com o governo, a autorização para a retirada se dará por meio de quatro modalidades, ainda em fase de detalhamento.

  • Aplicativo Vale Digital
  • Cartão específico para o programa
  • QR Code (via cartão do Bolsa Família)
  • Cartão do Bolsa Família

O vale eletrônico será emitido em nome do responsável familiar registrado no CadÚnico.

Quando começa a valer?

A previsão do governo é que os primeiros botijões comecem a ser entregues ainda em novembro de 2025. A transição do Vale Gás, em dinheiro, para o Gás do Povo, com a retirada dos botijões, será gradual.

Quantos botijões cada família vai ganhar?

  • Serão distribuídos até seis botijões por família, a depender do número de moradores de cada casa.
  • Famílias com 2 integrantes: Receberão até 3 botijões por ano. Cada vale terá validade de 4 meses.
  • Famílias com 3 integrantes: Receberão até 4 botijões por ano. Cada vale terá validade de 4 meses.
  • Famílias com 4 ou mais integrantes: Receberão até 6 botijões por ano. Cada vale terá validade de 4 meses.

Como será realizado o cadastramento das revendas?

As revendas que quiserem participar do programa deverão se credenciar voluntariamente junto à Caixa Econômica Federal. Elas deverão cumprir requisitos de identidade visual padronizada, além de estarem aptas para operar com o vale eletrônico.

Como identificar uma revenda que participa do programa?

O programa Gás do Povo prevê que a revenda habilitada adote regras de identidade visual do programa, seja nas portarias, nos veículos de transporte, materiais de comunicação e no próprio botijão. Além disso, o aplicativo do beneficiário mostrará a lista atualizada das revendas credenciadas.

por Agência Brasil

Um mês após tarifaço, exportações do RN para os EUA caem 74%

O Rio Grande do Norte completou um mês sob o efeito do tarifaço de Donald Trump e os impactos já aparecem de forma significativa. As exportações potiguares para os Estados Unidos caíram 74% entre julho e agosto. Em números absolutos, as vendas saíram de US$ 6,25 milhões para US$ 1,62 milhão, com impactos em diversos setores como pescado e sal. Todos os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O baque puxou a balança comercial do Estado com o Mundo para baixo. No mesmo período, as exportações totais do Estado passaram de US$ 62,25 milhões para US$ 23,32 milhões, isto é, uma retração de 62,5%. Na comparação anual, agosto de 2025 registrou queda de 79,9% frente a agosto de 2024. A importação geral também recuou, de US$ 37,36 milhões para US$ 29,90 milhões, indicando retração de 20% de um mês para o outro.

Com isso, o déficit comercial do RN alcançou US$ 6,6 milhões em agosto, com corrente de comércio de US$ 53,2 milhões, queda de 70,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Além dos EUA, as exportações para China recuaram 15,6%. Portugal, Países Baixos, Colômbia, Espanha e outros mercados importantes também registraram queda entre julho e agosto.

Pauta de exportação busca respiro em outros mercados

Apesar do cenário negativo, alguns mercados apresentaram crescimento importante. As exportações para o Reino Unido quintuplicaram, passando de US$ 655,5 mil em julho para US$ 4,36 milhões em agosto, o que representa aumento de 564,5%. Também houve crescimento nas vendas para Taiwan, que subiram de US$ 304,8 mil para US$ 850,4 mil, variação de 178,9%.

A abertura de comércio com a Tailândia, que não registrava exportações em julho, resultou em US$ 2,2 milhões exportados em agosto, o que aponta para a entrada do RN em um novo mercado. Os exportadores pretendem aproveitar a próxima safra das frutas para ampliar a presença no mercado asiático, na tentativa de diversificar as relações comerciais.

Entre os produtos exportados no último mês de agosto, destaque para frutas e nozes frescas ou secas, que responderam por 43,1% tornando-se o principal setor positivo do mês. Ouro não monetário (16,6%), pérolas e pedras preciosas (9,5%) e crustáceos, moluscos e invertebrados aquáticos (5%) completam a lista.

Safra de frutas é aposta para amenizar impactos – Foto: Alex Régis/Tribuna do Norte

Ausência do petróleo nos dados da balança também pesou, diz Sedec

O titular da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (Sedec), Alan Silveira, explica que a retração observada em agosto não se deve apenas ao aumento das tarifas, mas também à ausência temporária do óleo de combustível, um dos produtos mais exportados pelo estado, nas estatísticas da balança coemrcial do Estado.

“A gente teve essa queda e uma parte foi com relação ao óleo de combustível, que é um dos produtos que a gente mais exporta. A gente está vendo com a Brava para ver o que aconteceu. No próximo mês ele já volta à normalidade, foi porque não deu tempo a Brava botar na balança. Obviamente tem o impacto do tarifaço, em especial com relação ao pescado e com relação ao sal. O caramelo teve uma queda, mas não foi um impacto muito grande”, comenta.

Apesar da retração, o secretário destaca produtos que registraram crescimento e aponta perspectivas positivas para os próximos meses. Segundo ele, a safra das frutas deve impulsionar as exportações, especialmente para a Europa, onde 95% da produção potiguar é destinada. Entre os produtos que tiveram aumento estão a melancia fresca, o bulhão dourado, melões e mamões.

Alternativas à crise do comércio exterior

O secretário detalhou ainda estratégias do governo do RN para minimizar os efeitos do tarifaço. Ele citou três frentes principais: benefícios fiscais, abertura de novos mercados e programas próprios de apoio às empresas exportadoras. Silveira lembrou que, em agosto, seis empresas do setor salineiro entraram no Proedi, programa estadual de incentivo à exportação, que teve prazo para adesão prorrogado até setembro.

Entre os novos mercados, o governo busca ampliar as exportações de frutas, pescado e camarão, mantendo diálogo com China, União Europeia e outros países. Além disso, Silveira destaca o programa RN Mais Exportação, que visa acompanhar as empresas, facilitar abertura de novos mercados e oferecer suporte logístico.

“Creio que o RN Mais Exportação até outubro estamos lançando. Estou correndo com a minha equipe, junto com a governadora Fátima, para ver se a gente consegue lançar ainda esse mês, para começar o cadastro das empresas. A gente já tem uma pré-lista, mas a nossa meta é atingir mais de 100 empresas aqui”.

Números

Exportações do RN (todos os países)

  • Julho/2025: US$ 62,25 milhões
  • Agosto/2025: US$ 23,32 milhões
  • Variação mensal: -62,5%
  • Agosto/2024: US$ 116,12 milhões
  • Agosto/2025: US$ 23,32 milhões
  • Variação anual: -79,9%

Principais destinos

  • EUA: -74% (julho/agosto)
  • China: -15,6% (julho/agosto)
  • Portugal: -40,6% (julho/agosto)
  • Países Baixos: -39,7% (julho/agosto)
  • Reino Unido: +564,5% (julho/agosto)
  • Taiwan: +178,9% (julho/agosto)
  • Tailândia: de 0 para US$ 2,2 milhões em agosto

Comércio Exterior de Agosto/2025

  • Exportações: US$ 23,3 milhões
  • Importações: US$ 29,9 milhões
  • Corrente de comércio: US$ 53,2 milhões
  • Saldo comercial: -US$ 6,6 milhões (déficit)
  • Participação nacional em exportações: 0,086% (23º lugar)
  • Participação nacional em importações: 0,13% (23º lugar)

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Petrobras vai perfurar 3º poço exploratório em águas profundas na Bacia Potiguar, anuncia governo do RN

Novo poço, denominado Mãe Ouro, está localizado a cerca de 52 km da costa e a mais de 2 mil metros de profundidade.

A Petrobras vai perfurar o terceiro poço exploratório em águas profundas na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte. O anúncio foi feito pelo governo do Estado neste sábado (23).

A decisão foi comunicada após uma reunião entre governadora do RN, Fátima Bezerra, na sexta-feira (22), com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e diretores da empresa.

O novo poço, denominado Mãe Ouro, está localizado a cerca de 52 km da costa e a mais de 2 mil metros de profundidade.

Na mesma região, já foram perfurados os poços Pitu Oeste e Anhangá, localizados nos blocos BM-POT-17 e POT-M-762, que estão em fase de análise de viabilidade técnico-comercial (veja detalhes mais abaixo). Ambos fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.

O governo do RN informou que, segundo a Petrobras, os levantamentos sísmicos já realizados apontam “forte potencial de descoberta de petróleo, o que poderá viabilizar a produção por meio da formação de um cluster offshore”, termo relacionado às atividades econômicas que ocorrem fora da costa.

A previsão, segundo o governo, é que a sonda chegue ao local em janeiro, após a anuência do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) para a transferência.

“A perfuração desse terceiro poço sinaliza o compromisso da companhia em desenvolver a exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial, trazendo grande potencial de desenvolvimento econômico para o Rio Grande do Norte, com geração de emprego e renda para o nosso povo”, disse a governadora Fátima Bezerra.

Conforme o governo do RN, as chances de novas descobertas no poço Mãe Ouro são promissoras, abrindo caminho para a consolidação de um cluster de produção de petróleo e gás offshore no estado.

Durante a reunião, também ficou definida a visita da presidente Magda Chambriard ao Rio Grande do Norte no mês de outubro, quando serão discutidos novos investimentos e parcerias.

Bacia Potiguar

A Bacia Potiguar fica na Margem Equatorial, que se estende por mais de 2,2 mil km ao longo da costa entre o Rio Grande do Norte e o Oiapoque, no Amapá. A região é considerada a mais nova fronteira exploratória brasileira em águas profundas e ultraprofundas, e já foi chamada de “novo pré-sal”.

Para ambientalistas, no entanto, a atividade petrolífera na região pode resultar em prováveis tragédias ambientais, o que afetaria diretamente o território amazônico. Além da Bacia Potiguar, nela estão inseridas as bacias da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, de Barreirinhas e do Ceará. (Entenda mais aqui).

A Margem Equatorial é considerada uma “nova fronteira” pela ANP, pois é uma área em exploração em estágio inicial, mas com potencial de possuir reservas de petróleo.

Descobertas recentes no RN

Na Bacia Potiguar, a Petrobras descobriu:

  • Petróleo no poço exploratório Anhangá, em abril de 2024, e uma perfuração de água profunda. Segundo a empresa, a acumulação de petróleo descoberta foi encontrada em uma profundidade de água de 2.196 metros e distante 79 km da costa potiguar. O poço Anhangá está situado próximo à divisa entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte – ele fica a cerca de 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal.
  • Hidrocarboneto no poço exploratório Pitu Oeste, em janeiro de 2024. Também em perfuração de água profunda. Segundo a Petrobras, o poço estava 52 km distante da costa do Rio Grande do Norte. A presença da substância era, no entanto, inconclusiva quanto à viabilidade econômica, segundo a Petrobras.
  • Os dois pontos, que têm uma distância de cerca de 24 km entre eles, ainda passavam por avaliações complementares pela Petrobras.
  • Em 2023, a Petrobras chegou a deixar de operar poços em terra no Rio Grande do Norte, após concluir a venda de todos os ativos no estado, inclusive a refinaria Clara Camarão. Meses depois, reabriu a sede no estado e anunciou um centro especializado em energia renovável em Natal.

Febrac inaugura nova sede com a presença de lideranças políticas e empresariais

O empresário potiguar Edmilson Pereira, presidente da Federação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza e Conservação (Febrac), inaugurou, em Brasília, a nova sede de entidade, em um evento que reuniu personalidades e lideranças dos setores político e empresarial.

Do Rio Grande do Norte, o presidente da Fecomércio, Marcelo Queiroz, o senador Rogério Marinho (PL) e o deputado federal Benes Leocádio (União). “É com grande orgulho que posso afirmar que, durante nossa gestão, concretizamos um sonho: inaugurar uma nova sede para contribuir com o fortalecimento de nossa Federação”, disse Edmilson.

Atualmente, a Febrac representa 12 setores ligados à terceirização de mão de obra especializada e agrega sindicatos nas 27 unidades federativas do país, além de ocupar cargos na Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), nos Conselhos Nacionais do SESC e do SENAC, na Central Brasileira de Apoio ao Setor de Serviços (CEBRASSE) e na Câmara Brasileira de Serviços Terceirizáveis e na World Federation of Building Service Contractors (WFBSC).

Entre os presentes na cerimônia realizada na noite da última terça-feira, 19, estavam José Roberto Trados, presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o Ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Jorge; senador Laércio Oliveira (PP-SE); senador Rogério Marinho (PL-RN); senador Izalci (PL-DF); deputado Gilson Marques (Novo-SC); deputado Rafael Pezenti (MDB-SC); deputado Luiz Gastão (PSD-CE); deputado Zé Neto (PT-BA); deputado Júlio Arcoverde (PP-PI); deputado Coronel Meira (PL-PE) e o deputado Benes Leocádio (União-RN).

O presidente da CNC, Roberto Trados, recebeu a Insígnia Febrac de Honra Institucional – Grau Diamante, concedida em reconhecimento à sua liderança e às relevantes contribuições para o fortalecimento da federação e do setor de serviços.

Trados destacou que a nova sede da Febrac é a materialização de um compromisso com o futuro. “Trata-se de um ambiente que dará ainda mais suporte às empresas do setor e ampliará a capacidade de articulação da federação em prol do desenvolvimento nacional”, disse.

por Tribuna do Norte

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Expofruit 2025 é aberta em Mossoró com mais de 200 empresas participantes

Sustentabilidade e inovação: fruticultura tropical responsável. O tema da Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada – Expofruit 2025, aberta na noite desta quarta-feira (20), chama os produtores à adoção de técnicas de cultivo que observem as necessidades socioambientais. Durante o evento, o maior da fruticultura do Brasil e da América Latina, acontece das 18h às 23h, na Estação das Artes, no centro de Mossoró, a exposição de produtos e serviços ligados à cadeia produtiva da fruticultura, totalmente aberta ao público, em uma área total de 17 mil metros quadrados, mais de 300 estandes e 210 empresas participantes.

“Essa edição da Expofruit será a maior já realizada com um número recorde de expositores que estarão aqui em Mossoró, Rio Grande do Norte, a cidade e o estado que são os maiores exportadores de frutas do país apresentando seus produtos, trocando conhecimento e acompanhando as novidades do setor”, afirma Fábio Queiroga, presidente do Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte (COEX/RN), entidade realizadora da feira. A expectativa é de receber cerca de 40 mil visitantes até a sexta-feira (22) e movimentar cerca de R$ 90 milhões.
O Banco do Nordeste, por exemplo, tem a expectativa de gerar R$ 30 milhões em negócios. Os números correspondem a contratos que já tramitaram na agência Mossoró e outras unidades do banco da região, como Assú e Apodi, e que serão formalizados na feira, incluindo propostas firmes de Comércio Exterior de mais de R$ 10 milhões. Entram na conta ainda contratações realizadas durante o evento, compras realizadas por produtores com limites liberados do cartão BNB Agro e a prospecção de negócios no estande da Estação das Artes e que serão finalizados nos meses seguintes.
A estrutura de atendimento se assemelha a de uma agência, com gestores de relacionamento, de negócios rurais, agentes de desenvolvimento e de microfinanças urbanas e rurais, Crediamigo e Agroamigo. Mesmo voltados a pequenos empreendedores, os dois programas têm papel relevante no suporte a cadeias produtivas complementares e de serviços que orbitam a fruticultura.
“O Banco do Nordeste tem um papel preponderante na fruticultura tropical irrigada e esse papel vem crescendo em importância e volume de negócios. Fechamos 2024 com R$ 70,6 milhões contratados para projetos de produção irrigada de frutas. Este ano, até julho, já acumulamos mais de R$ 42 milhões. Claro, contamos com a Expofruit para ter números ainda mais robustos até o fim do ano”, explica o superintendente do BNB no Rio Grande do Norte, Jeová Lins.
No estande da Estação das Artes, o BNB oferece atendimento especializado e apresenta soluções financeiras voltadas à aquisição tratores, máquinas agrícolas, equipamentos de irrigação, implementos e insumos. A feira, que reúne mais de 200 empresas e conta com uma rodada internacional de negócios, é uma vitrine estratégica para o fortalecimento da fruticultura nordestina.

Exportações
O melão segue sendo o carro-chefe da produção frutícola da região de Mossoró, seguido por melancia, mamão, manga e banana. De acordo com dados da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), no ano passado, as exportações de melões frescos totalizaram 170 mil toneladas e geraram US$ 120 milhões em divisas para o estado. A expectativa é de crescimento em 2025, já que os embarques até junho atingiram 139 mil toneladas de frutas frescas, totalizando cerca de US$ 100 milhões.
As exportações de frutas do Rio Grande do Norte têm como principal destino os Estados Unidos, Holanda, Espanha e Reino Unido. Atualmente, o setor gera 20 mil empregos diretos e mais de 50 mil de forma indireta. Além da feira na Estação das Artes, a Expofruit tem programação científica no Campus Central da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa).

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Programação
Nesta quinta-feira (21), das 8h às 12h, a programação da Expofruit inclui o Fórum da Fruticultura – Inovação e Perspectiva que terá três palestras que vão trazer um Panorama da Fruticultura de Exportação e a Importância da ESG com a Abrafutas e a ApexBrasil, a Fruticultura Regenerativa – Produção Sustentável com Sebrae e o Senar e uma mesa redonda com Coex, Abrafrutas, Sebrae e Ufersa. Na parte da tarde, das 14h às 17h, acontece o Seminário de Cajucultura que vai abordar o manejo sustentável e mecanização na produção de caju com a Embrapa e o Canal da Cajucultura.
Na último dia de evento, sexta-feira (22), pela manhã o foco será a Pesquisa sobre o Semiárido com pesquisadores da Ufersa que apresentarão estudos com frutíferas na Ufersa como umbu-cajazeira, serigueleiras, pinheira, pitaya, maracujazeiro e cajueiro, sobre contribuições para a pós-colheita, polinização e o uso de remineralizador na fruticultura.
A programação da tarde conta com o Encontro de Cooperativas Potiguares que terá a palestra Cooperativismo da Agricultura Familiar e Acesso às Políticas Públicas com Unicicafes Brasil e a apresentação – Nordeste que Coopera: Experiências que Inspiram com a Cooperxique, também acontece o Encontro de Negócios com a presença de diversas redes de supermercados na palestra “Como fazer negócio com o Governo Federal através das Compras Públicas“ que será ministrada por um representante da CONAB. Os encontros acontecem no Auditório da PROEC – Pró-reitoria de Extensão e Cultura da Ufersa. A programação ainda terá com cursos, apresentação de trabalhos científicos e visitas técnicas com várias temáticas.

por Tribuna do Norte

Ações de bancos brasileiros se desvalorizam em bloco com receio sobre atuação da Lei Magnitsky

As ações de bancos brasileiros se desvalorizam em bloco no pregão desta terça-feira, dando a tônica das negociações da Bolsa. Para analistas, o receio dos investidores é sobre a decisão do ministro Flávio Dino sobre a atuação da Lei Magnitsky no Brasil.

Pouco depois das 14h, os papéis do Itaú (ITUB4) caíam 2,91%; o Bradesco (BBDC4) cedia 3,18%; as Units do BTG Pactual (BPAC11) desvalorizavam 3,51%, enquanto os papéis do Banco do Brasil (BBAS3) caíam 4,37%. Os papéis da B3 (B3SA3) também operavam em recuo de 4,1%.

Ontem, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que leis e ordens administrativas ou judiciais de outros países não produzem efeitos no Brasil de forma automática. O despacho foi feito após os Estados Unidos sancionarem o ministro Alexandre de Moraes com a Lei Magnitsky, que impõe restrições econômicas, como o bloqueio de contas bancárias e de bens em solo americano.

Na interpretação do mercado, a lei poderia afetar também bancos brasileiros que tenham operações nos EUA, como captações ou ações listadas em Bolsa.

No mesmo horário, o dólar subia 0,88%, valendo R$ 5,48, enquanto a curva de juros, que precifica a perspectiva de como estarão os juros no futuro, apresentava alta para os contratos entre o início de 2026 e 2031.

Também às 14h, o Ibovespa tocava os 2% de desvalorização, aos 134.601 pontos.

Por O Globo

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Crise no comércio exterior ameaça empregos no Rio Grande do Norte

A aplicação da tarifa adicional de 50% sobre produtos brasileiros pelo governo dos Estados Unidos já provoca efeitos severos no Rio Grande do Norte. Principais setores exportadores do estado, o salineiro e o pesqueiro suspenderam embarques para o mercado norte-americano, enquanto aguardam a efetivação de medidas anunciadas pelos governos estadual e federal. Empresários e representantes da indústria afirmam que, sem avanços rápidos na regulamentação dos programas de apoio e sem alternativas consolidadas de novos mercados externos, há risco de suspensão de contratos de trabalho e queda na produção nos próximos meses.

O presidente do Sindicato da Indústria da Pesca do RN (Sindipesca), Arimar França Filho, explica que a frota de atum que chega neste período tem sido direcionada ao mercado interno. “A exportação de pesca costeira está sendo suspensa e agora as embarcações de atum estão chegando e a gente está destinando ao mercado interno. Com relação ao Governo do RN, poucas empresas foram agraciadas com o crédito que tínhamos de imposto e o setor de pesca não tem Proedi”, relata.
O dirigente acrescentou que o setor aguarda a regulamentação do Plano Brasil Soberano para compreender de que forma o crédito federal será acessado. “Sem regulamentação a gente não tem noção, acesso ao crédito, como funciona o Reintegra para pesca, o acesso, as taxas de juros, a forma de pagamento. Esse dinheiro vai ser emprestado mas tem que ser pago”, pontua. O setor pesqueiro emprega entre 1,2 mil e 1,5 mil pessoas no estado. De acordo com Arimar, metade dos trabalhadores foi colocada em férias desde o início da vigência da tarifa.
Na indústria salineira, que responde por 98% da produção nacional, o cenário também é de incerteza. “O Sal continua incluído no tarifaço dos EUA. Os clientes americanos não aceitam receber o sal brasileiro devido à taxação de 50%. Portanto, os embarques estão suspensos. Ainda poderão ocorrer alguns embarques por força de contratos que não puderem ser rescindidos, mas, com pesados prejuízos para os exportadores brasileiros”, disse Airton Torres, presidente do Sindicato da Indústria de Extração do Sal do RN.
Mesmo com a paralisação dos embarques, ele afirma que não há perspectiva de cortes de trabalhadores no curto prazo, em razão do ciclo anual do processo produtivo do sal. Hoje, o setor emprega mais de quatro mil pessoas de forma direta. “[Estamos] ultimando providências para amenizar os prejuízos dos exportadores através de ampliação do benefício do Proedi. Quanto ao Plano Brasil Soberano, a indústria salineira está trabalhando para que o sal nacional seja incluído no Reintegra. Enquanto isso não ocorrer, não vislumbramos benefício à indústria salineira por parte do governo federal”, considera.
Tanto o setor salineiro quanto o pesqueiro ressaltam que as alternativas ao mercado norte-americano são bastante restritas. No caso do sal, as exportações se limitam à costa leste dos Estados Unidos e à costa oeste africana, sem viabilidade logística para destinos mais distantes, embora haja estudos sobre a possibilidade de atingir a Europa. Já na pesca, a principal opção seria o mercado comum europeu, mas o Brasil permanece impedido de exportar pescados para o bloco desde 2018, o que reforça a dependência do mercado americano e aumenta a pressão por soluções diplomáticas.
As sobretaxas começaram a valer no último dia 6 de agosto e atingiram os exportadores potiguares, que têm nos Estados Unidos o principal destino do sal marinho e do pescado, especialmente o atum. No dia 1º de agosto, o governo estadual havia anunciado a ampliação temporária do Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial (Proedi) e a duplicação dos créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). No governo federal, foi lançado o Plano Brasil Soberano com uma série de medidas, como suspensão de tributos para empresas exportadoras e reforço ao Reintegra.

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Apoio insuficiente

De acordo com Roberto Serquiz, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), já é possível sentir os efeitos. “O impacto imediato do tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre as exportações potiguares, e consequentemente sobre a indústria, é inegável. Setores como o salineiro e o pescado já sentem a pressão de uma sobretaxa de 50% que compromete contratos em andamento, reduz margens de competitividade e ameaça a manutenção de empregos”, afirma.

Segundo ele, o apoio governamental não está sendo suficiente para enfrentar a dimensão do problema. “Em momentos de dificuldade, todo apoio é bem-vindo. Contudo, é inegável que as medidas anunciadas pelos governos estadual e federal permanecem insuficientes diante dos impactos do tarifaço imposto pelo governo Trump. São ações de efeito limitado, cuja eficácia só pode ser aferida a partir da realidade de cada setor e de cada empresa. O que se mostra verdadeiramente necessário é a reconstrução de uma relação diplomática sólida entre Brasil e Estados Unidos”, avalia.

Um estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) aponta que o tarifaço pode resultar na perda de até 146,6 mil empregos no Brasil em dois anos. Na avaliação da FIERN, ainda não é possível dimensionar com precisão os impactos em empregos e produção no RN, mas há risco real para setores mais intensivos em mão de obra. Serquiz afirma que cada contrato renegociado e cada contêiner retido representam ameaça direta ao emprego e à renda de milhares de famílias no estado.

A reportagem da TRIBUNA DO NORTE entrou em contato com a Secretaria do Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação do RN (Sedec) para verificar atualizações no andamento das medidas anunciadas no Estado, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

por Redação Tribuna do Norte

Liderado por Cadu Xavier, RN dá passo histórico com Política Industrial

A governadora Fátima Bezerra assinou nesta sexta-feira (8), na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), o projeto de lei que institui a Política Industrial do Estado. A proposta, fruto de um trabalho técnico minucioso conduzido pela Secretaria Estadual da Fazenda (SEFAZ), sob a liderança do secretário Cadu Xavier, será encaminhada à Assembleia Legislativa, estabelecendo um marco estratégico para o desenvolvimento econômico potiguar.

O projeto está em sintonia com a Nova Indústria Brasil, política do governo federal que retoma a agenda da reindustrialização. No RN, ele se soma ao fortalecimento de programas como o Proedi, reformulado em 2019 e que já ampliou de 120 para mais de 300 empresas beneficiadas, gerando mais de 55 mil empregos diretos e indiretos.

Além do projeto de lei, a solenidade contou também com a assinatura do decreto que cria o programa “RN + Moradia”, voltado a subsidiar a compra da casa própria por famílias de baixa renda, fomentando simultaneamente a construção civil e a geração de empregos.

“O RN + Moradia é uma iniciativa inovadora, que alia política habitacional e desenvolvimento econômico. É o presente e o futuro do Rio Grande do Norte. Ao garantir subsídios para que famílias de baixa renda realizem o sonho da casa própria, também movimentamos o setor da construção civil, geramos empregos e estimulamos a economia”, destacou o secretário Carlos Eduardo Xavier.

A governadora Fátima Bezerra ressaltou que o programa reafirma o compromisso social do governo: “Estamos falando de dignidade, cidadania e futuro. Com o RN + Moradia, damos às famílias mais vulneráveis a oportunidade real de conquistar seu lar, ao mesmo tempo em que fortalecemos um setor econômico vital para o nosso estado”.

Papel estratégico da Cadu

Com um histórico de articulação junto ao setor produtivo e à FIERN, Carlos Eduardo Xavier coordenou o desenho da Política Industrial, garantindo que o texto fosse construído de forma técnica, sustentável e alinhada às necessidades reais da economia potiguar. O secretário destacou que a iniciativa “representa segurança jurídica e visão de longo prazo, permitindo que o RN se posicione de forma competitiva no cenário nacional e internacional, atraindo investimentos e fortalecendo cadeias produtivas”.

A Política Industrial prevê: Interiorização da indústria potiguar, Fortalecimento do encadeamento produtivo e do associativismo industrial, Fomento à inovação e ao desenvolvimento tecnológico, além da inserção das indústrias potiguares em cadeias globais de alto valor agregado.

“É um estímulo à boas práticas de governança corporativa e sustentabilidade, melhoria do ambiente de negócios e a atração e desenvolvimento de data centers, aproveitando o potencial energético renovável do RN”, finalizou o secretário.

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Contra tarifaço, Fátima sugere mais crédito e compras governamentais

Sugestões foram apresentadas pela governadora do RN na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), defendeu nesta terça-feira 5 a adoção de medidas excepcionais para socorrer empresas atingidas pelo tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos. A partir desta quarta-feira 6, produtos brasileiros serão taxados em 50% pela gestão de Donald Trump, o que vai inviabilizar este mercado para centenas de setores.

Fátima sugeriu a abertura de linhas de crédito específicas para esses exportadoras. Além disso, propôs que o poder público compre produtos que não poderão mais ser exportados.

“Nós, governadores do Nordeste, nos colocamos à disposição do governo federal para enfrentar a situação e, se necessário, adotar ações emergenciais para apoiar os exportadores, incluindo crédito e compras governamentais”, afirmou a governadora.

Fátima Bezerra fez a declaração ao participar da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da Presidência da República, em Brasília. O encontro do chamado Conselhão teve a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice Geraldo Alckmin (PSB) e demais autoridades.

A governadora destacou que o RN e os demais estados da região Nordeste serão mais atingidos nos setores da fruticultura, pescado, mel, sal e minérios. “Em nossa região, esses segmentos são muito importantes para a economia e empregam muita gente. Precisamos de medidas que possam excluir a ameaça de desemprego e garantir o sustento de milhares de trabalhadores, suas famílias e empresas. Medidas que permitam expandir e diversificar a inserção internacional dos produtos potiguares e nordestinos”, disse Fátima Bezerra.

Presidente do Consórcio Nordeste, o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), reforçou a necessidade de buscar saídas para o tarifaço e a união dos governadores dos estados do Nordeste em apoio ao Governo Federal.

Em seu discurso, Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre um plano de contingência para proteger os trabalhadores e empresas brasileiras. “Vamos recorrer a todas as medidas cabíveis para defender nossos interesses. Já atuávamos para fortalecer nosso comércio exterior, desde 2023 voltamos a nos relacionar com o mundo, com países de todas as religiões, credos e origens, abrimos novos mercados. Seguiremos independentes, com liberdade para negociar com todos. O Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável é a cara do povo brasileiro que constrói nossa realidade de forma compartilhada com todos os segmentos da sociedade para criar um país rico e sustentável, um mundo de paz, mais solidário e menos desigual, livre das crises ambiental e climática”, disse Lula.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo federal está dando a atenção necessária à medida do governo dos EUA que desconhece 200 anos de boas relações entre os dois países. Haddad registrou a importância do Conselhão para a economia. E afirmou que foram elaborados cinco projetos de lei para serem votados no Congresso tratando da política de crédito e financiamento. Citou também a reforma tributária e a transformação digital.

“O Brasil é grande demais para ser colônia ou satélite de alguém. Na transformação ecológica vamos produzir aqui painéis solares, baterias, equipamentos para energia limpa. Somos amigos de todos os países do mundo e queremos mais parcerias concretas e com benefícios mútuos, diferente do tarifaço. Acreditamos no multilateralismo e na soberania nacional”.

‘Não vou ligar para o Trump para conversar, porque ele não quer’, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que o Brasil merece respeito e criticou a postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao anunciar novas taxações contra o País.
“O presidente americano não tinha direito de anunciar taxações como anunciou ao Brasil”, disse durante abertura da 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, no Palácio Itamaraty.

Segundo Lula, Trump poderia ter ligado a ele ou ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PB), já que haveria disposição para diálogo. Ele acrescentou ainda que a medida não se trata de uma questão política, mas sim eleitoral.

O presidente reforçou que o Brasil merece respeito no cenário internacional e destacou seu papel como exemplo de País negociador. “Tem gente que acha que a gente é vira lata, tem gente que não gosta de se respeitar. E ninguém pode dizer que tem um governo que gosta mais de negociar do que nós. Eu nasci na vida política negociando […] nesse mundo, ninguém me dá lição de negociação”, afirmou, ao reiterar que já lidou com vários magnatas.

Ele criticou a ausência de figuras nacionalistas no País e emendou que, hoje, os empresários são mais mercantilistas. O presidente voltou a afirmar que o Brasil não pode depender de um único país e reiterou que está cansado de ser tratado como pertencente ao Terceiro Mundo.

O ministro das Relações Internacionais, Mauro Vieira, disse que o Itamaraty continua mobilizado contra o tarifaço imposto pelos EUA ao Brasil e que o governo está coordenando uma resposta a ser apresentada até o dia 18 de agosto.
“Sobre a investida da Seção 301 da Lei de Comércio norte-americana, que questiona o nosso Pix e outras práticas brasileiras absolutamente legítimas, gostaria de informar que o Itamaraty está condenando a preparação da resposta a ser apresentada pelo governo brasileiro no próximo dia 18 de agosto”, afirmou o ministro na abertura da 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, no Palácio Itamaraty.

“O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social sustentável agrega talentos, experiência e articulação. Representa a independência, a força e o dinamismo do povo brasileiro. Será, não tenho dúvidas, instância estratégica no amplo esforço de defesa da economia nacional e do direito soberano do Brasil de definir o seu próprio destino”, afirmou.

por Agora RN