Líder norte-americano fez diversas manifestações públicas de apoio ao ex-presidente brasileiro nos últimos dias
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou, na noite desta quarta-feira (9), um versículo bíblico em suas redes sociais após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma taxação de 50% ao Brasil.
“Quando os justos governam, o povo se alegra. Mas quando os perversos estão no poder, o povo geme – Provérbios 29:2”, publicou Bolsonaro no X (antigo Twitter).
O líder norte-americano fez diversas manifestações públicas de apoio a Bolsonaro nos últimos dias.
Hoje, em sua carta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciando a taxação ao país, Trump disse que o julgamento de Bolsonaro no STF (Supremo Tribunal Federal) não deveria acontecer e classificou o processo como uma “vergonha internacional”.
“Conheci e lidei com o ex-presidente Jair Bolsonaro, e o respeitei muito, assim como a maioria dos outros líderes de países. A forma como o Brasil tratou o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional. Este julgamento não deveria estar acontecendo. É uma caça às bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE!”, escreveu Trump.
A carta ainda acusa a Suprema Corte de promover censura a plataformas digitais norte-americanas. Segundo o republicano, o tribunal teria emitido “centenas de ordens de censura secretas e ilegais”, ameaçando empresas com multas milionárias e até com a expulsão do mercado brasileiro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu, na noite desta quarta-feira (9), às declarações do presidente norte-americano Donald Trump sobre a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Em uma publicação nas redes sociais, Lula classificou como inaceitáveis as ameaças e reafirmou a soberania do Brasil.
“O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém”, afirmou Lula, em resposta direta à manifestação de Trump, que condicionou a elevação das tarifas a críticas políticas e comerciais.
O chefe do Executivo também destacou que os processos judiciais envolvendo investigados por suposta tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro são de “competência apenas da Justiça brasileira”, sem espaço para ingerências externas. A afirmação foi interpretada como uma defesa direta do sistema judiciário diante de críticas de Trump à condução dos processos contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Lula também aproveitou a postagem para rebater insinuações sobre censura digital no país. “No Brasil, liberdade de expressão não se confunde com agressão ou práticas violentas”, escreveu. O presidente ressaltou que todas as plataformas digitais — nacionais ou estrangeiras — devem seguir a legislação brasileira, que veta conteúdos como racismo, pornografia infantil, golpes e discursos de ódio.
No campo econômico, Lula desmentiu Trump, que alegou haver um déficit dos Estados Unidos na balança comercial com o Brasil. “É falsa a informação. As estatísticas do próprio governo dos Estados Unidos comprovam um superávit da ordem de 410 bilhões de dólares ao longo dos últimos 15 anos”, escreveu.
Por fim, o presidente brasileiro alertou que qualquer elevação tarifária unilateral será respondida “à luz da Lei Brasileira de Reciprocidade Econômica”. E concluiu: “A soberania, o respeito e a defesa intransigente dos interesses do povo brasileiro são os valores que orientam a nossa relação com o mundo.”
A medida de Trump está prevista para entrar em vigor em 1º de agosto e pode atingir setores estratégicos da economia brasileira, como o agronegócio, a siderurgia e a aviação. O governo estuda acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) e já discute medidas de retaliação.
Leia a publicação na íntegra:
“Tendo em vista a manifestação pública do presidente norte-americano Donald Trump apresentada em uma rede social, na tarde desta-quarta (9), é importante ressaltar: O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém.
O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de estado é de competência apenas da Justiça Brasileira e, portanto, não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais.
No contexto das plataformas digitais, a sociedade brasileira rejeita conteúdos de ódio, racismo, pornografia infantil, golpes, fraudes, discursos contra os direitos humanos e a liberdade democrática. No Brasil, liberdade de expressão não se confunde com agressão ou práticas violentas.
Para operar em nosso país, todas as empresas nacionais e estrangeiras estão submetidas à legislação brasileira. É falsa a informação, no caso da relação comercial entre Brasil e Estados Unidos, sobre o alegado déficit norte-americano. As estatísticas do próprio governo dos Estados Unidos comprovam um superávit desse país no comércio de bens e serviços com o Brasil da ordem de 410 bilhões de dólares ao longo dos últimos 15 anos.
Neste sentido, qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica. A soberania, o respeito e a defesa intransigente dos interesses do povo brasileiro são os valores que orientam a nossa relação com o mundo.”
Em articulação liderada pelo prefeito de Ceará-Mirim, Antônio Henrique, com o apoio dos prefeitos da região do Mato Grande, a governadora Fátima Bezerra confirmou a instalação de um batalhão da Polícia Militar em Ceará-Mirim. O decreto oficializando a medida será publicado até a próxima terça-feira (15/07).
Durante a reunião, realizada em Natal, a governadora também anunciou que, nesta fase inicial, o Governo do Estado irá reforçar de imediato as ações de segurança pública em Ceará-Mirim e municípios vizinhos com o apoio do Comando do Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE).
O prefeito Antônio Henrique destacou que a medida é fruto de uma construção coletiva, com forte mobilização política e institucional: “Essa é uma conquista construída com diálogo e união. O reforço do CPRE já nos dará mais presença do Estado nas ruas, enquanto avançamos na implantação do novo batalhão. Ceará-Mirim e os municípios vizinhos precisam e merecem mais segurança.”
Também participaram da reunião os prefeitos da região do Mato Grande: Professora Nira, de Maxaranguape; Ricardo Brito, de Pureza; Fernando de Canto de Moça, de Ielmo Marinho; Márcio de Cici, de Rio do Fogo; e Louvado, de Taipu. O ex-prefeito de Ceará-Mirim, Júlio César, também integrou a comitiva.
Juntos, Ceará-Mirim e os municípios representados na reunião somam mais de 135 mil habitantes, reforçando a urgência e a importância de investimentos estruturais na área da segurança pública para essa região estratégica do estado.
Representando o Legislativo de Ceará-Mirim, estiveram presentes os vereadores Marcone Barbosa (presidente da Câmara), Carlos Filho, Sueli Coutinho, Carina Freitas, Zélia Santos, Marcos Farias, Professor Rener, Cristina Severo, Gerson do MST, Professora Erineide, Vanzinho da Saúde, Bruno César, Arnaldo de Muriu, Professora Elizete, Climério de Muriu e Kaio Amigo — reforçando a união de forças em torno da pauta da segurança pública.
A governadora Fátima Bezerra foi acompanhada por integrantes da cúpula da segurança pública do Estado, como o secretário de Segurança, Cel. Araújo; o comandante-geral da PMRN, Cel. Alarico; o secretário de Gestão de Projetos, Adriano Gadelha; e a delegada-geral da Polícia Civil, Ana Cláudia Saraiva.
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE/RN) rejeitou, por unanimidade, o recurso eleitoral interposto contra o prefeito de Montanhas, Antônio Marcolino Neto, seu vice-prefeito Naldinho e o ex-prefeito Manuel Gustavo. Eco-tourism packages
O julgamento foi realizado na tarde desta terça-feira (08) e resultou em placar de 7 a 0 pela manutenção dos mandatos.
A ação, registrada sob o número 0600277-27.2024.6.20.0012, apurava supostas práticas de abuso de poder político e econômico durante a pré-campanha eleitoral. A informação é do Portal Radarrn.
Após análise técnica das provas e dos argumentos apresentados, o plenário do TRE/RN concluiu pela inexistência de irregularidades, assegurando a legitimidade do pleito.
Com a decisão, o Tribunal reforça a estabilidade institucional no município de Montanhas e confirma a vontade soberana manifestada nas urnas.
A carência de políticas públicas e a urgência por soluções concretas para os municípios das regiões Potengi e Trairí estarão em pauta nas oficinas do Rota 22, que acontecem nos dias 30 de junho, em São Paulo do Potengi, e no dia 1º de julho, em Tangará, com a presença de lideranças políticas, especialistas e representantes da sociedade civil.
“A proposta é reunir sugestões, ouvir demandas e construir, junto com a população, um diagnóstico real das principais necessidades da região. A participação popular é fundamental para encontrarmos caminhos reais para os problemas da saúde, segurança, infraestrutura e geração de emprego”, afirma o senador Rogério Marinho, secretário-geral do PL e pré-candidato a governador do RN.
Em parceria com o Instituto Álvaro Valle e sob a liderança do ex-presidente Jair Bolsonaro e do senador Rogério Marinho, o Rota 22 promove oficinas e seminários com o objetivo de identificar demandas locais e fortalecer o compromisso do partido com a melhoria da qualidade de vida da população.
Fique conectado com o Rota 22 — acesse o site plrota22.com.br e confira quando o projeto passará por sua região. Mais informações também estão disponíveis nas redes sociais, pelos perfis @pl22rn e @plnacional22, e no canal de WhatsApp do Rota 22 no Rio Grande do Norte: canal.plrota22.com.br.
Ainda no mês de julho, serão realizadas as oficinas na região Agreste no dia 22, em Passa e Fica, e no dia 23, em Goianinha. No dia 2 de agosto haverá o grande Seminário, em Santo Antônio, reunindo lideranças do Agreste, Trairí e Potengi.
Na agenda do Projeto Rota 22, ainda tem oficina em Parnamirim, no dia 6 de agosto, em Extremoz, no dia 7 de agosto, e Seminário da Região Metropolitana, em Natal, no dia 16 de agosto.
Com saneamento básico incompleto e ainda com deficiências em fornecimento de água, o Rio Grande do Norte registrou a 3ª maior taxa de óbitos por 100 mil habitantes por Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAIs), segundo um estudo do Instituto Trata Brasil. A taxa do RN ficou em 4,814 mortes por 100 mil habitantes. Por outro lado, o levantamento do Trata Brasil apontou que o RN tem a menor taxa de internação do país por essas doenças, que impactam significativamente mais crianças e idosos. Segundo especialistas, a falta de investimentos em saneamento no Brasil coloca a saúde dos brasileiros em risco e sobrecarrega o SUS com “doenças evitáveis”.
Os dados de óbitos utilizados pelo estudo são do SUS e são referentes à 2023. Especialistas apontam, no entanto, que a situação não mudou de lá para cá, uma vez que os investimentos nas ações de saneamento são sentidas a médio e longo prazo em conjunto com ações de promoção de saúde. O estudo do Trata Brasil divide as doenças relacionadas ao saneamento nas que são de transmissão oral, como diarreias, salmonelose, cólera, amebíase, febre tifoide e hepatite A, e as doenças de transmissão por insetos, como febre amarela, malária e doença de chagas. Também abarcam doenças transmitidas por contato com água contaminada, como esquistossomose e leptospirose, falta de higiene, entre outras questões.
De acordo com o estudo do Trata Brasil, em relação aos óbitos por transmissões feco-oral o RN ficou atrás somente de Roraima (7,539) e Piauí (5,441). Completam o top-5, além do RN o Amazonas (4,364) e o Pernambuco (3,644). Já em relação às doenças transmitidas por insetos o RN registrou a 2ª menor taxa do Nordeste (0,878) e a 5ª menor do Brasil. A maior do país é Goiás (9,466), seguida pelo Distrito Federal (8,341).
Apesar dos índices, o estudo revela que há uma perspectiva de “trajetória positiva”, uma vez que o aumento da cobertura de saneamento tem contribuído para a redução do número de mortes relacionadas a essas doenças. No Brasil, a taxa por cem mil habitantes apresentou leve redução: caiu de 6,3 em 2008 para 5,6 em 2023. A queda ainda é baixa, segundo o estudo. Das 5.570 cidades brasileiras, apenas 1.031 tiveram redução da taxa de mortalidade entre 2008 e 2023, com 2.791 estagnadas e 1.748 com aumento da taxa de mortalidade.
Na avaliação de André Machado, coordenador de Relações Institucionais e Comunicação do Instituto Trata Brasil, um óbito causado por uma doença relacionada ao saneamento ambiental inadequado é um “problema que poderia ser evitado” e tem múltiplos fatores, que vão desde o tipo da doença, a forma que o paciente contraiu o vírus, até o tratamento da enfermidade.
“O processo é amplo com várias camadas de gravidade. A estrutura de saneamento é a primeira, que coloca o cidadão em nível de exposição a pegar aquela doença. Se ele vai contrair, se vai ser recorrente, existem outras explicações. O fato de ele chegar a óbito é uma camada maior ainda, depende da qualidade do SUS, do número de médicos à disposição, nível ambulatorial, programa de saúde da família. Para a morte, a complexidade é maior, não conseguimos dar uma resposta exata a partir do saneamento” aponta, citando ainda que a universalização do saneamento precisa ser tratada como prioridade. “O Plano Nacional de Saneamento Básico indica para nós que o investimento ao ano por cada habitante deveria ser de 239,09, mas ainda estamos investindo R$ 111,44. Precisaríamos mais do que dobrar para chegar no montante ideal”, cita.
Na avaliação do professor do Departamento de Saúde Coletiva da UFRN, mestre em enfermagem e doutor em educação, José Jaílson de Almeida Junior, o fato de essas doenças ainda levarem pessoas à morte aponta o desafio da universalização do saneamento básico no Brasil, especialmente nas periferias dos grandes centros e acesso dos pequenos municípios aos investimentos.
“Isso é reflexo de um processo histórico de desigualdades no acesso às políticas públicas, como as que garantem o acesso à habitação. Não podemos pensar no saneamento básico sem garantir moradia e acesso à água potável. São medidas que no médio e longo prazo desafogariam o sistema de saúde. Também precisamos garantir um acesso adequado na atenção básica de saúde”, explica.
Cobertura
O presidente da Caern, Roberto Linhares, aponta que a companhia tem avançado na cobertura de saneamento e fornecimento de água do Estado, com perspectivas a curto e médio prazo de ampliar os índices. Sobre os óbitos, Linhares cita que mesmo tendo havido redução do número de internações, o surgimento de bactérias mais resistentes a antibióticos, fato que teve implicações mais intensas na população mais idosa, pode ser uma das explicações para a taxa do RN.
“A gente entende que o esgoto é algo fundamental à saúde. Não é à toa que a OMS considera que para cada R$ 1 investido em esgotamento, deixa-se de investir R$ 4 em saúde pública, por causa do impacto nessas doenças de veiculação hídrica. Quando se visita uma área que tem esgotamento sanitário, até a pele das crianças tem coloração diferente, é mais amarelada onde não tem. A evolução dos indicadores com certeza vai reduzir a quantidade de óbitos, mas há uma comprovação de que no RN tem uma resistência maior ao tratamento com antibióticos numa determinada bactéria que fica mais difícil de ser tratada”, explica.
Linhares: esgotamento é fundamental para a saúde | Foto: Adriano Abreu
Caern: cobertura vai aumentar até o fim de 2025
A cobertura de saneamento básico deve ter um acréscimo até o final de 2025, segundo estimativas da Caern. Segundo os dados do Trata Brasil, 21,6% da população do RN não tem acesso à água e 70,3% sem acesso à coleta de esgoto. A Caern aponta dados diferentes, com 84,5% de atendimento com água, 95% de cobertura e 26,6% à coleta de esgoto.
“Esse acesso à água que o Trata Brasil coloca inclui também área rural, que não é responsabilidade da companhia, e áreas irregulares do ponto de vista fundiário que não podemos atuar. A cobertura com água no RN …