Fux vota para absolver mais dois réus do 8/1; ministro voltou a defender anulação dos processos por considerar STF incompetente para julgar casos

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux apresentou ontem seu voto em duas ações penais contra acusados de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Nos dois processos, ele pediu a nulidade total das ações.

Fux considerou o STF incompetente para julgar os casos. Os réus são Cristiane Angélica Dumont Araújo e Lucimário Benedito de Camargo Gouveia, acusados de participação nos atos antidemocráticos em Brasília. Ele retomou argumentos usados no julgamento da ação da trama golpista, quando absolveu o ex-presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, o ministro também defendeu três vezes a anulação do processo.

Primeira Turma da Suprema Corte formou maioria para condenar os réus, apesar do voto de Fux 

Os réus devem ser condenados pelos crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de bem tombado, com pena de 14 anos de prisão. O julgamento estava suspenso por um pedido de vista de Fux, que devolveu o caso ontem para ser julgado no plenário virtual a partir de 10 de outubro.

Ministro absolveu integralmente Cristiane Angélica Dumont Araújo. Fux a isentou das acusações de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de bem tombado, por falta de provas individualizadas.

Fux criticou a denúncia por “generalizar condutas”

Segundo Fux, não estariam apontados quais seriam os danos causados pelos acusados.

Na ação de outro réu, Lucimário Benedito de Camargo Gouveia, ministro votou pela condenação a 1 ano e 6 meses de prisão por deterioração de bem tombado. Fux afastou as acusações de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito e associação criminosa, destacando a ausência de provas para sustentar os crimes mais graves.

Fux defendeu sua atuação nos julgamentos e rebateu críticas

Ministro defendeu sua atuação e rejeitou rótulos de “punitivista” ou garantista. Ele criticou decisões tomadas com urgência, ao afirmar que, em momentos de comoção, “a precipitação se traveste de prudência e o rigor se confunde com firmeza”. Fux disse ainda que um magistrado não deve “buscar coerência no erro nem se submeter a rótulos que aprisionem sua coerência”.

Ele rebateu críticas sobre sua mudança de entendimento e defendeu a legitimidade de rever posicionamentos. “Meu entendimento anterior, embora amparado pela lógica da urgência, incorreu em injustiças que o tempo e a consciência já não me permitem sustentar. Realinho-me, pois, não por fragilidade de propósito, mas por firmeza na defesa do Estado de Direito”.

Ministro ressaltou o que chamou de humildade judicial. “Nenhum de nós é infalível; mas só os que se reconhecem falíveis podem ser realmente justos. A humildade judicial é virtude que, mesmo quando tardia, salva o Direito da petrificação e impede que a Justiça se torne cúmplice da injustiça”, escreveu.

Ele contestou a tese da acusação apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. “Não é razoável imaginar que manifestantes desarmados, recolhendo recursos entre si com caixinhas de papelão e viajando em ônibus fretado, teriam articulação, fôlego financeiro, treinamento e capacidade bélica suficientes para organizar um golpe de Estado ou abolir violentamente o Estado Democrático de Direito”, pontuou.

Por UOL

Caicoense é presa com carro roubado, R$ 50 mil em dinheiro e uma PT Glock após assalto de valores na Paraiba

A Polícia Civil da Paraíba deu um importante passo nas investigações do roubo ocorrido na madrugada do dia 19 de setembro de 2025 (última sexta-feira), contra uma empresa, sediada em Esperança/PB. Durante a ação criminosa, quatro indivíduos invadiram o local, renderam vigilantes e subtraíram uma quantia em espécie, além de duas armas de fogo legalizadas e pertencente a empresa.
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Através do trabalho em conjunto com o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) e da UNINTELPOL, a equipe policial identificou que os criminosos utilizaram um veículo Volkswagen Gol, de cor branca, placas adulteradas, registrado em nome de E. P. D., residente em João Pessoa/PB.
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Os investigadores do GTE/Homicídios de Esperança se dirigiram até a cidade de João Pessoa, localizaram a investigada, ela chegou a desobedecer ordem de parada policial, logo após abandonou o veículo em um estacionamento de uma faculdade e evadiu-se, mas acabou presa em flagrante.

No decorrer das diligências, os agentes localizaram parte do valor roubado e uma pistola Glock que havia sido subtraída durante o crime.
.As investigações também apontaram para o envolvimento de outras pessoas de cidades diferentes e já devidamente identificados.
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Segundo a Polícia Civil, os suspeitos articulavam o crime entre as cidades de João Pessoa, Campina Grande e Esperança.
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A Polícia Civil informou ainda que as diligências seguem em andamento com o objetivo de prender os demais envolvidos e recuperar o restante do valor subtraído.

Polícia Civil da Paraíba
Investigar e Proteger

por Blogdopassaro

Estudante é preso em flagrante após postar que iria ‘matar a tiros’ Nikolas Ferreira

Adalto Gaigher, de 24 anos, publicou mensagens nas redes sociais sugerindo que iria matar o parlamentar; ele assinou termo circunstanciado e foi liberado

A Polícia Federal prendeu em flagrante nesta quinta-feira 11, no Espírito Santo, Adalto Gaigher, de 24 anos, estudante do curso de ciências biológicas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), suspeito de ter ameaçado o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) em publicações nas redes sociais.

As mensagens indicavam que o estudante pretendia “matar a tiros” o parlamentar mineiro. A conta utilizada para as postagens foi deletada. Após ser conduzido à delegacia, Gaigher assinou um termo circunstanciado e foi liberado.

O advogado do estudante, Arthur Sampaio, afirmou que seu cliente está arrependido e se retratou com o deputado, e que terá sua inocência provada na Justiça.

“Meu cliente jamais tem ou teve interesse que não fosse a mera retórica em um momento de surto, fato atípico à conduta dele, em um ambiente contaminado pela polarização política como o que vive o Brasil há muito tempo”, disse. A publicação ocorreu na véspera de uma viagem programada de Nikolas ao Espírito Santo.

Em nota, a Polícia Federal informou que a prisão ocorreu após o deputado representar pela continuidade das investigações e pela persecução penal do crime de ameaça. “A PF também instaurou inquérito para apurar outros fatos relacionados ao investigado, bem como a eventual participação de terceiros no crime”, acrescentou.

Nikolas Ferreira chegou ao Espírito Santo na quinta-feira para um evento e foi acompanhado de escolta da PF já no aeroporto de Vitória. A Ufes confirmou que Gaigher é aluno da instituição e afirmou ter autuado um processo interno para apurar os fatos e adotar as providências cabíveis.

“A administração central da Ufes reafirma que repudia qualquer tipo de manifestação, expressa por qualquer meio ou veículo, que incite à violência, ao ódio ou à discriminação”, afirmou a universidade.

por Agora RN

Ex-prefeita de João Dias, cunhado e vereadora são presos no Paraguai

Policiais civis da 76ª Delegacia de Polícia (DR) de Alexandria deram cumprimento, nesta quinta-feira (21), a mandados de prisão contra três investigados pelo assassinato do prefeito de João Dias, Marcelo Oliveira de Araújo.

As prisões ocorreram em Ciudad del Este, no Paraguai, após uma operação conjunta que contou com a cooperação internacional da Polícia Federal, apoio operacional da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Foz do Iguaçu/PR e atuação da Polícia Nacional do Paraguai, por meio do comando da Tripartido que atua na Fronteira.

Foram capturados: Damária Jácome de Oliveira, vice-prefeita de João Dias à época do crime e filiada ao Republicanos; Leidiane Jácome de Oliveira, vereadora e irmã de Damária; e Weverton Claudino Batista, também investigado pela participação na trama criminosa. Os três estavam foragidos desde agosto de 2024. As investigações apontam que Damária e Leidiane são suspeitas de mandar matar o prefeito Marcelo Oliveira, com motivação ligada a disputas políticas locais. Já Weverton Claudino teria atuado como intermediador na contratação dos executores, desempenhando papel central no planejamento do crime.

O atentado ocorreu em 27 de agosto de 2024, durante o período de campanha eleitoral, em João Dias, município do Alto Oeste potiguar com pouco mais de 2 mil habitantes.

O prefeito Marcelo Oliveira foi alvejado com 11 disparos de arma de fogo dentro de sua residência. Ele chegou a ser socorrido e encaminhado a um hospital em Catolé do Rocha, na Paraíba, mas não resistiu aos ferimentos.

Na ocasião, o pai do prefeito, Sandi Alves de Oliveira, de 58 anos, que o acompanhava no momento do ataque, também foi atingido pelos disparos e morreu ainda no local. O caso gerou ampla repercussão nacional, diante da gravidade dos fatos e da sucessão de crimes políticos em João Dias.

Desde então, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte vinha realizando diligências contínuas, com a atuação integrada da DEFUR/Natal, DEFD-Natal, Divisão de Polícia do Oeste (DIVIPOE) e 4º Núcleo de Investigação Qualificada (NIQ) de Pau dos Ferros, além da 8ª DR de Alexandria, para localizar os foragidos.

A Polícia Civil do RN ressalta que a cooperação policial internacional foi fundamental para a efetivação das prisões e reforça o compromisso no combate ao crime organizado e à impunidade.

A população pode colaborar com as investigações repassando informações de forma anônima por meio do Disque Denúncia 181.

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por Saulo Vale

Moraes determina que a AGU tome providências sobre extradição de Zambelli

A partir de agora, a órgão do governo brasileiro vai acompanhar o processo e pode informar, na tramitação da ação penal, sobre o andamento da extradição. Deputada foi presa em Roma nesta terça-feira (29) pela polícia italiana.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta quinta-feira (31) que a Advocacia-Geral da União (AGU) acompanhe e tome providências sobre a extradição da deputada Carla Zambelli (PL-SP) para o Brasil.

A deputada, que tem cidadania italiana, foi presa em Roma nesta terça-feira (29) pela polícia da Itália. Ela tinha fugido para o país europeu depois de ter sido condenada pelo STF a 10 anos de prisão no caso da invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Antes, passou pelos Estados Unidos.

A partir de agora, a órgão do governo brasileiro vai acompanhar o processo e pode informar, na tramitação da ação penal, sobre o andamento da extradição.

“Considerando a comunicação da prisão da ré condenada Carla Zambelli Salgado de Oliveira na República Italiana, oficie-se à Advocacia-Geral da União para que acompanhe e adote as providências cabíveis e necessárias relacionadas ao processo de extradição da ré”, pontuou Moraes.

O Brasil já deu entrada formal no pedido de extradição da deputada para que ela cumpra a pena de prisão em solo brasileiro.

O advogado de Carla Zambelli declarou que vai trabalhar para que ela não seja extraditada.

Caso o pedido de extradição seja aceito, Zambelli disse ainda que vai pedir para cumprir pena na Itália. Segundo advogados consultados por ela e autoridades brasileiras, esse é um processo longo, que deve durar de seis meses a um ano e meio.

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Audiência de custódia

A deputada passa nesta sexta (1º) por um audiência de custódia na Itália. Carla Zambelli está detida, no presídio feminino de Rebibbia, a meia hora do centro de Roma.

No procedimento, a Justiça local poderá relaxar a detenção ou dar prosseguimento ao pedido de extradição feito pelo Brasil.

A Itália pode extraditar seus cidadãos com base em tratados bilaterais ou internacionais. No caso do Brasil, há precedente.

Em 2015, a Justiça italiana autorizou a extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato – que também tem dupla cidadania.

Ele tinha fugido para a Itália depois de ser condenado no processo do Mensalão por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro.

por g1 e TV Glovo — Brasília