Ministro de Lula reage a avanço da anistia: “Atenta contra os Poderes”

Um dos ministros mais próximos do presidente Lula, Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, reagiu ao avanço do projeto de anistia na Câmara dos Deputados.

Em conversa com a coluna do Paulo Cappelli nesta quarta-feira (17), o ministro comparou uma eventual anistia a um atentado contra a harmonia dos Poderes e argumentou que a medida seria inconstitucional.

“Os agentes públicos, financiados com dinheiro público, conspiraram contra a democracia, contra a Constituição e contra a liberdade do povo. Essas pessoas fizeram isso e geraram provas contra elas próprias. Há assim uma vasta comprovação dos atos criminosos praticados”, argumentou Macêdo.

O ministro prosseguiu: “Houve um julgamento, que respeitou o devido processo legal, o amplo direito de defesa, a garantia do contraditório. Foi um julgamento que fortaleceu a democracia brasileira. Então, a anistia é inconstitucional e atenta contra a harmonia entre os Poderes”.

O ministro concluiu citando pesquisas de opinião:

“Uma anistia não é um bom recado para o povo brasileiro, que, em sua maioria, segundo as mais recentes pesquisas, demonstrou ser contra esse projeto e também mostrou sua aprovação ao julgamento conduzido pelo STF”.

Em reunião com líderes de partidos, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), prometeu pautar para esta quarta-feira a votação do requerimento de urgência envolvendo o projeto de lei, capitaneado pela oposição, que busca anistiar Jair Bolsonaro e outros condenados por um suposto golpe de Estado.

Metrópoles – Paulo Cappelli

Câmara aprova texto que dificulta denúncia criminal contra parlamentar

PEC da Blindagem recebeu 353 votos favoráveis em 1º turno

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que dificulta as denúncias criminais contra deputados e senadores foi aprovada na noite desta terça-feira 16 pelo plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília.Câmara aprova texto que dificulta denúncia criminal contra parlamentar - Agora RNCâmara aprova texto que dificulta denúncia criminal contra parlamentar - Agora RN

O texto-base, que dependia de 308 votos para avançar, foi aprovado por 353 parlamentares, em votação de primeiro turno. Outros 134 deputados votaram contra o projeto, e houve uma abstenção.

Um segundo turno de votação ainda precisará confirmar a aprovação da matéria, o que pode ocorrer ainda nesta noite. Enquanto isso, os deputados analisam destaques à PEC, que podem ou não alterar pontos específicos do texto.  

A PEC determina que qualquer abertura de ação penal contra parlamentar depende de autorização prévia, em votação secreta, da maioria absoluta do Senado ou da Câmara. Além disso, a proposta concede foro no Supremo Tribunal Federal (STF) para presidentes de partidos com assentos no Parlamento.

A chamada de PEC da Blindagem (PEC 3 de 2021), ou PEC das Prerrogativas, foi articulada pela maioria dos líderes da Câmara com o apoio da oposição liderada pelo Partido Liberal (PL).

A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) orientou voto contrário, mas bancadas governistas, como lideranças de Governo e da Maioria, liberaram os votos.

Caso a PEC avance passe pela Câmara e seja aprovada posteriormente no Senado, processos judiciais, seja por desvio de emendas parlamentares ou outros crimes, só poderão ser julgados no STF com autorização dos parlamentares.  

O texto aprovado em primeiro turno é um substitutivo relatado pelo deputado Claudio Cajado (PP-BA), que deu parecer favorável ao projeto.

A proposta permite que deputados e senadores barrem a prisão de colegas, em votação secreta. Defensores da medida dizem que a proposta é uma reação ao que chamam de abuso de poder do Supremo Tribunal Federal (STF) e que as medidas restabelecem prerrogativas originais previstas na Constituição de 1988, mas que foram mudadas posteriormente. 

Já contrários à proposta alegam que a medida blindaria deputados da possibilidade de serem processados e investigados por crimes de qualquer natureza, incluindo delitos comuns, como corrupção e atos de violência, por exemplo.

Em conversa com jornalistas, o deputado Cajado justificou que o texto não é uma autorização para “maus feitos”, mas apenas uma “proteção” para os deputados exercerem sua função sem medo de “perseguição política”.

“Isso aqui não é uma licença para abusos do exercício do mandato, é um escudo protetivo da defesa do parlamentar, da soberania do voto e, acima de tudo, do respeito à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal”, disse.

O texto apresentado pelo relator afirma que: “Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, nem processados criminalmente, sem prévia licença de sua Casa”.

Em outro dispositivo, a PEC define que a decisão deve ser decidida “por votação secreta da maioria absoluta de seus membros, em até noventa dias a contar do recebimento da ordem emanada pelo STF”. Maioria absoluta significa a metade dos parlamentares da Casa mais um.

No caso de prisão por crime inafiançável, é necessário manifestação, em 24 horas, da Câmara ou do Senado, por votação secreta. A Casa poderá suspender a prisão com maioria simples que, diferentemente da maioria absoluta, requer a maioria dos parlamentares presentes na sessão e não do total.

Sobre o voto secreto, o relator Claudio Cajado sustentou que a modalidade “nunca deu problema”.

“Qual o problema do voto secreto? [É] para que todos tenham a sua consciência voltada para o pleno exercício da atividade parlamentar”, afirmou.

O relator justificou ainda a inclusão dos presidentes de partidos entre aqueles com direito ao foro por prerrogativa de função, só podendo ser processado pelo STF.

“Eles são ativistas na política. Eles complementam a atividade política. Então, qualquer processo sobre eles não tem que ter autorização, para ficar claro. Mas o foro fica sendo também igual aos dos deputados”, disse Cajado.

PEC blindagem

A PEC da Blindagem começou a ganhar força na Câmara dos Deputados após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro e o motim da oposição que impediu os trabalhados legislativos por uma semana.

Os aliados do ex-presidente criticam as ações do STF contra deputados e senadores acusados de colaborar ou participar do movimento golpista que questionou, sem provas, as eleições presidenciais de 2022.

Segundo o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o objetivo é retomar o texto da Constituição de 1988 que condiciona a abertura de ação penal contra deputado ou senador a uma autorização prévia da Casa legislativa do parlamentar.

“Investigar pode. Para processar que será necessário autorização das Casas em até 90 dias”, explicou Sóstenes à Agência Brasil.

Durante a deliberação da matéria, no plenário da Câmara, a matéria foi criticada por integrantes da base do governo. 

“Quando você estende esse procedimento [blindagem] para os presidentes de partidos, você estende desconsiderando que cargo não é função de Estado. Então, há uma ampliação artificial do próprio foro. Os próprios parlamentares têm que votar se eles devem ou não responder pelos seus crimes e isso é um absurdo”, criticou a deputada Érika Kokay (PT-DF).

“Eu, sinceramente, não vejo como interesse do povo brasileiro em uma PEC que protege parlamentares, deputados e senadores. A pauta nossa tem que ser a vida do povo. Estamos preocupados com a Medida Provisória que beneficia 60 milhões de brasileiros [com isenção na conta luz]. Por isso, encaminhamos voto não”, declarou o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ).

Constituição

Até 2001, a Constituição estabelecia que os parlamentares não poderiam ser processados criminalmente sem prévia licença de sua Casa.

Naquele ano, uma Emenda Constitucional, a 35/2001 retirou essa parte da Constituição, e os deputados passaram a ser processados sem autorização prévia do plenário da Câmara ou do Senado.

Atualmente, a Câmara ou Senado pode suspender o andamento de alguma ação, depois que ela já tenha sido aceita pelo Judiciário, desde que o crime tenha ocorrido após a diplomação e tenha relação com as funções do parlamentar.

por Agora RN

Jorge do Rosário reúne filiados antes de assumir presidência do PL em Mossoró

O pré-candidato a deputado estadual, Jorge do Rosário, reuniu na manhã deste domingo (14), na sede do PL em Mossoró, filiados, suplentes de vereadores, ex-candidatos, vereadores, pré-candidatos e lideranças políticas para um café da manhã de alinhamento estratégico visando as eleições estaduais de 2026.

Este foi o primeiro encontro de Jorge com a militância da direita mossoroense, antes de assumir oficialmente a presidência do diretório municipal da legenda.

Na ocasião, esteve presente o atual presidente do PL em Mossoró, o ex-candidato e ex-vereador Genivan Vale, que deixa o comando do partido após um período de reorganização interna.

Também participaram do encontro os pré-candidatos a deputado estadual Geovani do Melão, a pré-candidata a deputada federal e ex-reitora Ludimilla Oliveira, o vereador Jailson Nogueira, o ex-vereador Jório Nogueira, o vice-presidente municipal Stenio Max e o empresário ex-candidato a prefeito Tião Couto.

Ao discursar, Jorge afirmou que aceitou o desafio de retornar ao PL, partido do qual já foi filiado e ex-presidente, assumindo junto a Geovani do Melão, a missão de representar a legenda na disputa por cadeiras na Assembleia Legislativa em 2026.

por Blog do passaro

Justiça condena Rosalba e construtora por esquema de propina na construção da Arena das Dunas

Réus foram condenados a pagar mais de R$ 2,3 milhões, mas o MPF recorreu para aumentar o valor

A Justiça Federal do Rio Grande do Norte condenou a ex-governadora do Rio Grande do Norte Rosalba Ciarlini Rosado e a construtora Coesa (ex-OAS) por esquema de propina na construção da Arena das Dunas para a Copa do Mundo de 2014. A setença é da juíza Gisele Leite, da 1ª Vara Federal do RN.

Além da ex-governadora, também foram condenados o seu marido, Carlos Rosado, então secretário chefe do Gabinete Civil do Governo, o vice-presidente do Sindicato da Construção Civil Pesada do RN à época, Luciano Silva, e o então secretário de Estado Extraordinário para assuntos relativos à Copa do Mundo de 2014, Demétrio Torres.

Na última sexta-feira 12, o Ministério Público Federal (MPF) recorreu para que os valores de multa e ressarcimento sejam majorados. O recurso também pede a perda de função pública, inclusive com possibilidade de cassação da aposentadoria dos réus.

O desvio de recursos foi comprovado por meio da “Operação Mão na Bola”, deflagrada em dezembro de 2019 pelo MPF e Polícia Federal. As investigações apontaram, entre 2011 e 2014, o pagamento de propina com valores do financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção da arena, por meio de pagamentos a empresas subcontratadas para prestação de serviços fictícios ou superfaturados, a fim de gerar “caixa dois” com “dinheiro vivo”.

Arena das Dunas, em Natal. Foto: José Aldenir / Agora RN
Arena das Dunas, em Natal. Foto: José Aldenir / Agora RN

O objetivo das propinas foi assegurar o contrato de parceria público-privada da Arena das Dunas com os agentes públicos envolvidos e evitar greves de trabalhadores que pudessem comprometer a execução da obra junto ao sindicato local.

Além de provas documentais obtidas com o cumprimento de mandados e junto à Receita Federal, a ação de improbidade administrativa do MPF é fundamentada em depoimentos de testemunhas e réus colaboradores, como Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, e demais executivos da empresa, assim como do doleiro Alberto Youssef.

A ex-governadora e os demais envolvidos foram condenados por enriquecimento ilícito. As penas de Rosalba e Carlos Rosado incluem a restituição do dinheiro desviado e multa de igual valor, além da perda de eventual função pública na época da condenação, suspensão dos direitos políticos e proibição de contratar com o poder público por 14 anos.

Para Luciano Ribeiro da Silva e Demétrio Torres, a sentença não incluiu a perda de função pública. A então OAS (construtora Coesa, em recuperação judicial) foi condenada ao pagamento de multa no total das propinas, e à proibição de contratações públicas também por 14 anos.

De acordo com a decisão da 1ª Vara da Justiça Federal no RN, “a prova coligida aos autos, além de abundante, posta-se uníssona no sentido de que os agentes públicos demandados, no período de 2012 a 2014, mediante conduta reveladora de dolo específico, solicitaram, aceitaram e receberam, de forma livre, consciente e voluntária, vantagens indevidas pagas pela Construtora OAS S/A, através de seu Presidente Léo Pinheiro, por questões relacionadas à obra do estádio Arena das Dunas em Natal/RN”.

Recurso 

O MPF ingressou com recurso para majorar e adequar as penas. O primeiro ponto é em relação aos valores de ressarcimento e multa. A sentença considerou apenas os montantes suspeitos detectados nas contas bancárias. O MPF alega que as investigações apontam evolução patrimonial incompatível com a renda dos réus, incluindo a aquisição de bens e o pagamento de dívidas em espécie.

A sentença determinou a devolução dos valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio dos réus, na ordem de R$ 123,3 mil para Rosalba Ciarlini Rosado, R$ 406,7 mil para Carlos Augusto de Sousa Rosado e R$ 88,1 mil para Luciano Ribeiro da Silva, além de multa civil em igual valor para todos os réus citados. No recurso, o MPF pede que os valores sejam majorados para R$ 655,4 mil (Rosalba), R$ 465,7 mil (Carlos) e R$ 166,8 mil (Luciano). Já Demétrio Paulo Torres e a OAS foram condenados a pagar multa civil de R$ 530 mil e R$ 618,2 mil, respectivamente, e o MPF pediu que sejam majorados para R$ 1,1 milhão (Demétrio) e R$ 1,28 milhão (OAS).

Segundo o procurador da República Higor Pessoa, autor do recurso, as investigações da Receita Federal identificaram despesas bem acima dos valores declarados e dos movimentos em contas bancárias do casal.

“Tais quantias não têm correspondência em fonte de renda lícita, pelo que são de proveniência provavelmente criminosa. Várias dessas operações foram realizadas de forma fracionada, nas mesmas datas ou em datas próximas, a indicar estratégia de fuga aos mecanismos de controle do Conselho de Controle de Atividade Financeira – COAF”, explicou o procurador.

O MPF também pede a inclusão da pena de perda de eventual função pública na época da condenação para Luciano Silva e Demétrio Torres. A pena é prevista na legislação, com destaque para a possibilidade de cassação de aposentadoria após condenação por improbidade administrativa.

Para Higor Pessoa, a não aplicação da pena “desvirtua o caráter punitivo e preventivo da lei e transmite uma mensagem de impunidade, especialmente quando a infração foi facilitada em razão da ocupação do cargo público”.

Ação de Improbidade Administrativa nº 0813394-21.2019.4.05.8400

por Agora RN

Lula diz ao New York Times que soberania e democracia são inegociáveis

Tarifaço também foi abordado pelo presidente

Em artigo publicado hoje 14 no jornal The New York Times com o título Democracia e Soberania Brasileiras São Inegociáveis, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu os argumentos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a respeito do tarifaço imposto aos produtos brasileiros pelos Estados Unidos.

Lula ressaltou que nos últimos 15 anos, os Estados Unidos registraram um superávit de US$ 410 bilhões nas relações comerciais com o Brasil. Também disse que não há excessos nas cobranças de tarifas por parte do Brasil e que aproximadamente 75% das exportações aos Estados Unidos para o Brasil são isentas de impostos.

O presidente brasileiro defendeu o multilaterialismo como melhor caminho para as relações entre os países, apontou os números favoráveis aos Estados Unidos na balança comercial entre os dois países e disse que a decisão de taxar os produtos brasileiros é política.

Ao tratar a questão como política, Lula fez uma forte defesa da soberania brasileira e do judiciário.

Ele criticou tanto as acusações de Trump de perseguição ao ex-presidente – condenado a 27 anos de cadeia por tramar um golpe de estado –, quanto os esforços de regulamentação das chamadas big techs, grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos.

Outro ponto defendido pelo presidente Lula foi a implementação do sistema de pagamentos digital, o PIX, que possibilitou a inclusão financeira de milhares de cidadãos e empresas do país. Além de facilitar as transações e estimular a economia.

A Amazônia foi outro tema tratado pelo brasileiro no artigo, recordando que nos últimos dois anos a taxa de redução do desmatamento caiu pela metade e que, no ano passado, a polícia brasileira apreendeu milhões de dólares utilizados em esquemas criminosos contra o meio ambiente.

Por fim, o presidente Lula reafirmou a disposição de o Brasil negociar o tema das tarifas com os Estados Unidos, recordou que os dois países mantêm relações há mais de 200 anos, sendo que as diferenças ideológicas não podem prejudicar o trabalho conjunto das duas nações.

por Agora RN

Bolsonaro deixa hospital após passar por procedimento na pele

Ex-presidente retornou para sua residência, onde cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto

O ex-presidente Jair Bolsonaro deixou o hospital DF Star, em Brasília, por volta das 14h00 deste domingo (14) após um procedimento médico para remover lesões de pele. Ele chegou em sua residência, onde cumpre prisão domiciliar, às 14h25.

O ex-chefe do Executivo também realizou exames nesta manhã que identificaram um quadro de anemia por deficiência de ferro.

Ele chegou ao hospital por volta das 8h da manhã. Além de seguranças e policiais penais, o ex-presidente estava acompanhado dos filhos Carlos Bolsonaro (PL), vereador do Rio de Janeiro, e Jair Renan (PL), vereador de Balneário Camboriú (SC), que também estava com o pai na saída da unidade hospitalar.Play Video

A ida ao hospital foi a primeira vez que Bolsonaro deixou a prisão domiciliar após a sua condenação a 27 anos e três meses de prisão, determinada pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) na última quinta-feira (11).

Para ir ao hospital, a defesa do ex-presidente solicitou autorização e recebeu o aval do ministro Alexandre de Moraes, do STF. O ex-chefe do Executivo está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após descumprir medidas cautelares impostas pelo Supremo.

A decisão de Moraes estabeleceu exigências à defesa para liberação. Os advogados de Bolsonaro deverão encaminhar ao Supremo, no prazo de até 48 horas após o procedimento médico, um atestado detalhado que comprove sua presença no hospital, especificando datas e horários de cada atendimento realizado.

Esta foi a segunda vez que Bolsonaro deixou a prisão domiciliar para ir ao hospital. Em 16 de agosto, saiu para fazer exames relacionados a sintomas de refluxo e soluços.

Procedimento

O médico chefe da equipe cirúrgica que acompanha Bolsonaro, Cláudio Birolini, afirmou que foram removidas oito lesão de pele, que serão enviadas para biópsia. Segundo ele, o ex-chefe do Executivo está “bastante fragilizado” e mantém ainda um “quadro eventual de soluços”, além da anemia identifica.

De acordo com o boletim médico, o “procedimento cirúrgico foi realizado sob anestesia local e sedação, e transcorreu sem intercorrências”. Para tratar a anemia, Bolsonaro também recebeu reposição de ferro por via endovenosa.

Após a cirurgia deste domingo, o ex-presidente deve precisar retornar ao hospital para a retirada dos pontos, após cerca de 10 a 15 dias.

Condenação

Bolsonaro e outros sete réus envolvidos em uma tentativa de golpe de Estado foram condenados no STF na última quinta-feira. Acusado de liderar a organização criminosa pelo golpe, Bolsonaro pegou a maior pena: 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado.

No Brasil a execução da pena, porém, só pode começar após o trânsito em julgado do processo, ou seja, após encerrarem todas as possibilidades de recurso. Até lá, Bolsonaro deve seguir em prisão domiciliar e respeitando outras medidas cautelares, como restrição de visitas e proibição de usar o celular.

Quando for decretado o início da execução da pena, a defesa de Bolsonaro deve entrar com pedido de prisão domiciliar alegando a saúde frágil do ex-presidente e a idade avançada.

por CNN

Bolsonaro recebeu alta, mas deve seguir tratamentos, informa boletim médico

O boletim médico do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, divulgado no período da tarde deste domingo, 14, pelo hospital DF Star, afirma que Bolsonaro recebeu alta, mas deve seguir com tratamentos para hipertensão arterial, refluxo gastro-esofágico e medidas preventivas de broncoaspiração.

O ex-presidente passou a manhã no hospital. Inicialmente a informação era de que Bolsonaro iria retirar lesões da pele.

Além da remoção das lesões, porém, o boletim informa que o ex-presidente recebeu reposição de ferro por via endovenosa, porque exames laboratoriais evidenciaram que ele apresenta um quadro de anemia por deficiência de ferro.

Uma tomografia de tórax também detectou imagens residuais de um quadro de pneumonia recente por broncoaspiração.

O médico de Bolsonaro, Claudio Birolini, disse que o ex-presidente está “bastante fragilizado” com toda a situação.

Na quinta-feira, Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e três meses de prisão por liderar uma tentativa de golpe de Estado, entre outros crimes. “Ele é um senhor de 70 anos, que passou por diversas intervenções cirúrgicas. Ele está bastante fragilizado por essa situação toda”, afirmou.

Soluços

De acordo com Birolini, o ex-presidente mantém quadro de soluços e tem se alimentado “menos que gostaríamos”. “Seguiremos acompanhando Bolsonaro de perto, tanto de vista do pós-operatório, como questões intestinais, pneumonias que ele vem tendo.”

O médico falou a jornalistas na porta do hospital, enquanto Bolsonaro esperava a poucos metros, sem se manifestar. Ao redor, manifestantes chamavam o ex-presidente de “mito” e pediam a volta de Bolsonaro ao poder.

Lesões de pele removidas

Ainda segundo o boletim, quanto ao procedimento dermatológico, foram removidas oito lesões de pele, localizadas no tronco e no membro superior direito. Elas foram encaminhadas para exame.

O resultado anatomopatológico delas deve ser informado nos próximos dias.

Escolta por policiais penais

O deslocamento até o hospital foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Bolsonaro foi escoltado por policiais penais do Distrito Federal. Ele chegou ao DF Star por volta das 8 horas da manhã e saiu por volta de 14 horas.

O procedimento estava agendado para 10 horas.

Conforme a autorização recebida, Bolsonaro terá que entregar um atestado médico relatando os detalhes dos procedimentos em até 48 horas.

Estadão Conteúdo

Bolsonaro pode permanecer em prisão domiciliar por questões de saúde, avaliam aliados

Ex-presidente está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após determinação de Moraes

Aliados e advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) avaliam que questões de saúde podem influenciar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a manutenção da prisão domiciliar. A avaliação foi divulgada pela analista Jussara Soares no CNN Prime Time.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após determinação de Moraes, por supostos descumprimentos de medidas cautelares em inquérito que também envolve o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), relacionado a sua atuação nos Estados Unidos.

A defesa do ex-presidente deve apresentar como principais argumentos o histórico médico, que inclui as sequelas da facada sofrida em 2018, como o soluço recorrente, além da idade.

Aliados próximos comparam a situação de Bolsonaro ao caso de Fernando Collor, que obteve prisão domiciliar aos 75 anos em um processo da Lava Jato, após apresentar atestados médicos que comprovavam condições específicas de saúde.

Segundo a avaliação do grupo, uma eventual mudança do regime domiciliar para prisão em unidade prisional, mesmo que por curto período, poderia gerar interpretações políticas sobre a atuação do magistrado.

As possibilidades levantadas de locais de detenção incluem a sede da Polícia Federal, o presídio da Papuda ou, em hipótese mais remota, uma unidade militar.

por CNN Brasil

Prefeito Ricardo Brito celebra mais de 90% de aprovação e anuncia novos investimentos para Pureza em entrevista à Band RN

O prefeito de Pureza, Ricardo Brito, concedeu entrevista ao vivo à jornalista Anna Ruth, da Band RN, nesta segunda (28), na qual comemorou o resultado da mais recente pesquisa da Perfil Pesquisas, que apontou 90,50% de aprovação popular para sua gestão. Em sua fala, Ricardo destacou as prioridades do seu governo, os avanços conquistados e os novos projetos para o município.

Entre os temas abordados, o prefeito reafirmou que saúde e educação seguem como pilares da administração. Para o segundo semestre, Ricardo anunciou que o foco será o fortalecimento da infraestrutura da cidade, visando receber melhor os turistas e reforçar a assistência social. Uma das ações previstas é a implantação do programa “Prefeitura Itinerante”, que levará serviços públicos diretamente às comunidades mais distantes, garantindo atendimento a quem mais precisa.

O chefe do Executivo também ressaltou a importância do alinhamento com deputados e senadores, o que resultou na conquista de cerca de R$ 5 milhões em recursos para este ano, a serem investidos principalmente em obras de pavimentação.

Outro ponto destacado foi a recuperação financeira do município. “Pegamos a Prefeitura com quase R$ 11 milhões de déficit previdenciário. Hoje, estamos em dia com a Previdência e conseguimos quitar parcelamentos herdados da gestão anterior”, afirmou o prefeito.

O fortalecimento do turismo é outra prioridade. Ricardo falou sobre a participação de Pureza na Femptur (Feira dos Municípios e Produtos Turísticos do RN) e sobre as obras de melhoria da infraestrutura do Olheiro de Pureza, um dos principais pontos turísticos da região.

Encerrando a entrevista, o prefeito reforçou a marca de sua gestão: “Queremos uma Pureza melhor para todos, com salários em dia, serviços funcionando e o povo orgulhoso. Estamos trabalhando para devolver a Pureza o título de Rainha do Mato Grande”, concluiu.

Lula chama Tarcísio de ‘serviçal’ de Bolsonaro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em entrevista à TV Bandeirantes nesta quinta-feira, 11. Durante a conversa, o petista classificou o ex-ministro da Infraestrutura somente como um “serviçal” de Jair Bolsonaro.

Segundo Lula, Tarcísio “não tem personalidade própria” e apenas executa os desejos do ex-presidente. O petista relatou ter se reunido com o governador anteriormente e descreveu o comportamento de Tarcísio como dúbio: gentil nas conversas pessoais, mas crítico nas costas.

“Ele não é nada mais verdadeiramente que um serviçal do Bolsonaro, ou seja, ele faz o que o Bolsonaro quiser”, disse Lula. “Ele não tem personalidade própria. Porque a verdade é o seguinte, eu já tive contato algumas vezes, até convidei ele para almoçar comigo aqui no Palácio. Ele comigo fala, uma coisa muito simpática, e por trás ele só fala mal.”

O episódio ganhou novos contornos com a recordação de Lula sobre os desfiles do 7 de Setembro deste ano. Na ocasião, ao ouvir vaias direcionadas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Tarcísio reagiu e chamou o magistrado de “ditador”. Para o petista, a declaração é inadmissível.

Lula cita declarações recentes de Malafaia

“Mais grave foi o sermão que ele tomou do pastor Malafaia”, argumentou Lula. “Ele não poderia falar o que ele falou do Alexandre de Moraes. O Tarcísio demonstrou que ele não é nada mais, nada menos que um serviçal do Bolsonaro.”

Nesta quinta-feira, 11, o STF consolidou maioria para condenar Bolsonaro. O único voto contrário veio do ministro Luiz Fux, que discursou por mais de 12 horas ao longo do julgamento para defender a absolvição do ex-presidente.

Revista Oeste