Um levantamento do Instituto Trata Brasil mostra que o país perde, em média, 40,3% da água tratada antes que ela chegue às torneiras, o equivalente a 7,257 bilhões de metros cúbicos em 2023 — quase três bilhões de piscinas olímpicas cheias. O desperdício ocorre principalmente por vazamentos (60%) e, em menor parte, por furtos e erros de medição, e poderia suprir toda a demanda adicional projetada até 2050 sem aumentar a captação em mananciais já pressionados.
O estudo alerta que, diante do crescimento populacional e do aumento do consumo residencial previsto em 59,3% até 2050, será necessário reduzir drasticamente as perdas para evitar racionamento. O novo Marco do Saneamento prevê limitar essas perdas a 25% até 2033, o que representaria uma economia significativa de água tratada. Municípios como Campinas e Goiânia se destacam na gestão eficiente, conseguindo expandir a oferta sem sobrecarregar os rios.
Mudanças climáticas agravam ainda mais o problema: cada grau Celsius a mais na temperatura máxima eleva o consumo em 24,9%, e a previsão de aumento de até 1ºC na máxima até 2050 adiciona 2,1 bilhões de metros cúbicos à demanda anual. A tendência de secas e ondas de calor também reduz a disponibilidade hídrica, podendo restringir em média 3,4% o volume anual disponível para distribuição.
Com esse cenário, o risco de racionamento se torna real: a média nacional pode alcançar cerca de 12 dias sem água por ano, enquanto regiões com menor precipitação, como partes do Nordeste e Centro-Oeste, podem enfrentar mais de 30 dias de interrupção. Especialistas reforçam a urgência de uma gestão hídrica eficiente para mitigar os impactos da escassez e das mudanças climáticas.
O Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU) jogaram a responsabilidade nas mãos do governador Cláudio Castro (PL). Os órgãos exigem que o chefe do Executivo fluminense explique, detalhadamente, a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, que deixou mais de 60 mortos, incluindo quatro policiais (dois civis e dois do Bope).
O pedido cobra informações sobre como o governo promoveu a segurança pública, quais foram os objetivos da operação, os custos envolvidos e se não havia um jeito menos drástico de alcançar os mesmos resultados. Além disso, questiona se as diretrizes do STF na ADPF das Favelas — que buscam reduzir mortes em ações policiais — foram realmente seguidas.
MPF e DPU querem documentos que provem a prévia definição do grau de força usado, justificativas formais, atuação de peritos, perícia no local e identificação de vestígios de crimes. Também pedem comprovação do uso de câmeras corporais e nas viaturas, presença de ambulâncias e relatórios detalhados da operação para o público.
O ofício não deixa escapar nem os detalhes mais técnicos: exige a demonstração de que buscas pessoais e domiciliares seguiram as normas constitucionais.
O insolvente Correios não consegue banco disposto a emprestar-lhe os R$20 bilhões para pagar dívidas, como pretende, até porque o risco de calote é do tamanho do rombo. A saída pode ser ainda pior: o governo Lula (PT) obrigar os bancos estatais, já fragilizados, a bancar o crédito. A situação dos Correios é tão crítica que até de graça sairia caro. Ainda que conseguissem vende-la pelo valor de mercado, isso seria mal seria suficiente para o pagamento de menos de um terço das dívidas. A informação é da Coluna Claudio Humberto, do Diário do Poder.
Os Correios passaram a dar lucro com a Lei das Estatais do governo Temer, mas Lula conseguiu que o STF a suspendesse. E tudo desandou.
Lula pediu e o STF suspendeu a Lei das Estatais, a fim de nomear quem quisesse como diretores. Para os Correios, designou seu churrasqueiro.
Além de liquidar sua principal receita, taxando blusinhas, Lula fez crescer gastos com pessoal nos Correios para quase R$13,3 bilhões/ano.
Mais de 40 estabelecimentos fazem parte do festival e prometem fazer uma edição mais que especial
São Miguel do Gostoso, um dos destinos mais charmosos do litoral potiguar, prepara-se para a quinta edição do aclamado Festival “Eita Camarão Gostoso!”. De 01 a 30 de novembro de 2025, a cidade se transformará em um palco de sabores, celebrando a riqueza da gastronomia local e consolidando sua posição como um polo de culinária no Rio Grande do Norte.
Após quatro edições de sucesso que encantaram paladares e impulsionaram a economia local, a expectativa para 2025 é ainda maior. Uma das principais novidades deste ano é a extensão do festival por todo o mês de novembro, proporcionando uma imersão mais profunda na diversidade de pratos e experiências. Cada estabelecimento participante, desde restaurantes sofisticados a acolhedoras lanchonetes e barracas de praia, apresentará um prato principal exclusivo, tendo o camarão como protagonista absoluto. Renomados chefs, incluindo talentos internacionais, unirão criatividade e técnica para realçar o sabor inconfundível do camarão potiguar em criações que prometem surpreender e encantar o público.
O festival foi cuidadosamente desenhado para ser acessível a todos os paladares e orçamentos, sem abrir mão da altíssima qualidade e inventividade. Restaurantes do circuito oferecerão seus pratos especiais a um valor fixo de R$ 65,00, enquanto estabelecimentos menores, como barracas, bares e lanchonetes, disponibilizarão suas iguarias por apenas R$ 35,00. Para facilitar a experiência dos visitantes, todos os locais participantes serão facilmente identificados por bandeirolas distintivas do evento.
O Rio Grande do Norte, líder nacional na produção de camarão, oferece o cenário ideal para esta celebração do sabor. O “Eita Camarão Gostoso!” vai além de um evento gastronômico; ele reforça a vocação litorânea do Estado, atrai turistas, movimenta a economia local e fortalece a imagem de São Miguel do Gostoso como um destino de hospitalidade e gastronomia de ponta, onde o camarão é, inegavelmente, a estrela principal.
A quinta edição do festival é uma iniciativa colaborativa da AEGostoso (Associação de Empreendedores de São Miguel do Gostoso), que une forças com as importantes empresas do setor Camanor e Potiporã. Essa parceria estratégica visa promover o desenvolvimento turístico e econômico da região, garantindo a qualidade e o sucesso do evento.
Esta é a oportunidade perfeita para planejar uma visita a São Miguel do Gostoso, desfrutar de suas belezas naturais e se deliciar com pratos de camarão que prometem ser verdadeiras obras de arte culinárias, repletas de sabor, exclusividade e a paixão dos chefs. Venha descobrir por que a gastronomia local é tão gostosa e única!
Confira a lista dos estabelecimentos participantes:
Restaurantes – Prato Principal: Positano; Palmira; Farmácia Verde; Hibisco; La Pepita; Ore; Genesis; Afetuoso; Sampei; Al Mare; Gostô; 70m2; Barraca do Camarão; Mar de Estrelas; Mar & Brasa; Borogodó; Maré; Bar do Tico; Nauan; Ahau; Idílico; Vitor B; Elixir; Jardim do Seridó; Jeriva; Macambira e Aligot.
Lanchonete/petiscaria: Menino da Tábua; Pitomba; Bar da Praia; Pé de Beiju; Barraca do Pastel; Bodega Gostoso; Caipirão; Gostoso Burguer; Restaurante Balica; Groove Bar; Gostoseria; Pizzaria Lá em Casa; Miguelita; Petiscaria Chega Mais; Tuk Tuk; Solariam e Genesis.
O TCU (Tribunal de Contas da União) concluiu que a escolha do governo Lula, sem licitação, pela OEI (Organização dos Estados Ibero-Americanos), como a entidade responsável pelo convênio de R$ 480 milhões para a montagem da COP30, foi feita sem motivações suficientes.
A decisão foi tomada pelos ministros, em sessão do plenário nesta quarta-feira (22). Segundo o acórdão, não foi apresentada documentação que evidenciasse a vantagem da opção adotada no convênio, em face de possíveis alternativas consideradas.
Em nota, a Secretaria Extraordinária para a COP30 afirmou que a contratação da OEI “foi amparada por acordo internacional ratificado pelo Brasil e regido pelo direito internacional”.
“A Secretaria Extraordinária da COP30 reforça seu compromisso com a transparência, a integridade e o controle público de todos os gastos e contratos relacionados à Conferência e prestará todos esclarecimentos necessários aos órgãos de controle”, disse.
A OEI, por sua vez, afirmou que a seleção da entidade se “trata de um Acordo de Cooperação Internacional, e não de uma contratação comum”.
“A escolha da OEI para cooperar na COP30 foi baseada em análises técnicas e jurídicas encaminhadas ao Tribunal de Contas da União (TCU), que comprovaram a legalidade, a experiência e a vantajosidade da cooperação”, disse.
A entidade argumento ainda que a COP tem natureza global e envolve alta complexidade operacional, com previsão de mais de 40 mil participantes e 14 áreas interligadas de atuação, como infraestrutura, sustentabilidade, saúde, segurança e tecnologia.
A avaliação do TCU seguiu o parecer de maio da unidade técnica da corte, que afirmou que o governo não justificou corretamente a exclusão dos demais organismos internacionais, especialmente o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), para assumir o contrato.
A falta de documentação comparativa, ausência de critérios objetivos aplicado na decisão, e o tratamento superficial dado às tratativas com outros organismos comprometem plausibilidade plena da escolha administrativa e configuram falha no dever de motivação do ato administrativo”, diz o documento obtido pela Folha.
A unidade também disse que, apesar de o governo afirmar que a OEI possui estrutura e a capacidade necessárias para garantir a execução da COP30 com eficiência, “tal afirmação é feita de forma genérica, com base em avaliações internas e experiências anteriores, mas sem comparativo técnico financeiro, com outras opções”.
“A ausência de estudo técnico ou parecer fundamentado que compare, ainda que sucintamente, a OEI com outros organismos compromete a plausibilidade objetiva da escolha. Trata-se de uma lacuna relevante, sobretudo diante da magnitude, do risco e da visibilidade do projeto em questão”, diz o parecer.
Os ministros ainda apontaram, na decisão, insuficiências na pesquisa de preços que subsidiou a estimativa dos custos do contrato, “infringindo os princípios da razoabilidade, transparência, economicidade e eficiência e jurisprudência da corte”.
O tribunal também determinou que a Secretaria Extraordinária para a COP30, vinculada à Casa Civil da Presidência da República, adote medidas internas com vistas à prevenção de outras ocorrências semelhantes.
Apesar destas conclusões, os ministros negaram o pedido feito por parlamentares da oposição, que entraram com a representação no TCU, para suspender o contrato por medida cautelar.
Eles seguiram a conclusão da unidade técnica do tribunal que afirmou que a medida acarretaria impacto significativo na execução das atividades preparatórias da COP30, com possível prejuízo à imagem institucional do país no cenário internacional.
O governo Lula tenta acelerar a votação de medidas para aumentar a arrecadação e reduzir despesas, mas enfrenta resistência no Congresso. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), cobrou melhor articulação política e criticou o atraso na liberação de emendas e na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A pressão cresce após a medida provisória que substituía o IOF perder validade sem ser analisada, frustrando a expectativa de arrecadar R$ 20,9 bilhões em 2026.
Diante do impasse, o Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad, prepara novas ações em dois eixos: elevação de receitas e corte de gastos. A ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) iniciou uma reorganização da base aliada, com demissões de indicados de deputados infiéis e redistribuição de cargos a parlamentares mais próximos do Planalto, numa tentativa de recompor apoio.
Uma das prioridades do pacote é a taxação das apostas on-line (bets). O regime de urgência foi aprovado na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, e o texto — que dobra a alíquota sobre a receita bruta do setor, de 12% para 24% — será levado ao plenário. O governo também pretende retomar propostas sobre fintechs e Juros sobre Capital Próprio, com potencial de gerar até R$ 30 bilhões combinando aumento de arrecadação e cortes de despesas.
Mesmo com o esforço, parlamentares do Centrão e da oposição afirmam que a resistência é grande. “O governo tenta resolver o déficit com aumento de imposto e evita discutir cortes de gastos”, criticou Domingos Sávio (PL-MG). Já o senador Efraim Filho (União Brasil-PB), presidente da Comissão Mista do Orçamento, prevê avanço apenas nas medidas de controle de gastos e taxação das bets, enquanto projetos que afetam o setor produtivo devem travar.
Paralelamente, o Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou o governo a continuar perseguindo o piso da meta fiscal em 2025, mas indicou que, a partir de 2026, será irregular usar esse critério. A decisão aumenta a pressão sobre o Planalto, que terá de reforçar o fôlego fiscal para equilibrar as contas e garantir credibilidade diante do mercado e do Congresso.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta terça-feira (14) que o governo federal está “completamente seguro” de que o país não precisará retomar o horário de verão neste ano.
“O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico se reúne mensalmente para discutir a segurança energética nacional e a modicidade tarifária [princípio que garante cobrança de tarifas justas]. Chegamos à conclusão que, graças ao planejamento e ao índice pluvial dos últimos anos, estamos em condição de segurança energética completa e absoluta para este ano.”
Em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, Silveira lembrou que o Brasil é um país que depende naturalmente de suas hidrelétricas.
“Elas nos dão segurança energética e dependem das nossas térmicas. Por isso, estamos implementando e vamos, na próxima semana, lançar o leilão das térmicas.”
“O Brasil produz muita energia, em especial, com o advento das energias renováveis. São energias ainda intermitentes. Por isso, também estamos com uma expectativa muito grande de lançar, ainda este ano, nosso leilão de bateria. A gente vai literalmente armazenar vento. O vento vai ser armazenado através das baterias.”
“Através da bateria, vamos ter o sol até 22 horas armazenado. Energia solar armazenada em baterias. É um grande sistema que vem estabilizar o nosso sistema”, completou.
O ministro destacou que as chamadas energias intermitentes cresceram rapidamente não apenas Brasil, mas em todo o mundo.
“É um grande problema é não é um problema nacional, é um problema no mundo inteiro. Portugal, Espanha sofreram agora recentes apagões de longo prazo por causa dessa intermitências”.
“Mas o nosso sistema é muito robusto. Há um planejamento muito bem feito e nós estamos completamente seguros de que não precisamos do horário de verão neste ano.”
“O que não pode é faltar energia para o povo brasileiro. Por isso, teríamos coragem completa e absoluta, caso fosse necessário, independentemente das opiniões e das controvérsias sobre o horário de verão, de implementá-lo”, concluiu.
Um casal foi indenizado em R$ 6 mil por uma companhia aérea após o atraso injustificado de um voo que comprometeu sua viagem de noivado para Gramado (RS). A decisão é do Juizado Especial Cível, Criminal e da Fazenda Pública da Comarca de Jucurutu, proferida pelo juiz Ítalo Lopes Gondim.
Segundo os autos, o embarque estava marcado para as 13h do dia 18 de dezembro de 2024, mas o aviso sobre o atraso só foi feito no próprio aeroporto, impedindo que os passageiros buscassem alternativas. A autora relatou que a viagem tinha como objetivo passar as festas de fim de ano com o noivo, sendo planejada com grande significado afetivo e emocional.
Na sentença, o juiz destacou que, embora a companhia aérea tenha alegado ter prestado assistência material, como hospedagem, isso não eliminou o abalo emocional provocado pela frustração da viagem. Ele ressaltou a ausência de aviso prévio e a quebra da expectativa do casal, reconhecendo que houve falha na prestação do serviço. Além disso, frisou que problemas técnicos ou operacionais não eximem a empresa de sua responsabilidade.
O magistrado classificou o ocorrido como fortuito interno, ou seja, riscos previsíveis da atividade empresarial que não afastam a obrigação de reparar os danos. “A responsabilidade do fornecedor de serviço é objetiva, de modo que não há necessidade de perquirir acerca da existência de dolo ou culpa para sua configuração, bastando apenas a comprovação do dano e do nexo causal”, afirmou o juiz, com base no CDC.
Ao final, a companhia aérea foi condenada a pagar R$ 3 mil a cada um dos autores, acrescidos de correção monetária e juros legais.
O Ministério dos Transportes apresentou, nesta semana, o roteiro completo do processo para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) sem precisar passar obrigatoriamente por uma autoescola. A iniciativa, que ainda está em fase de consulta pública, busca, segundo o governo federal, ampliar o acesso à habilitação e reduzir custos para os futuros motoristas.
O Governo Lula comemorou no ano passado a redução da fome a patamares de 2013. Houve queda em todas as regiões, mas desigualdade regional persiste: Norte e Nordeste seguem com as taxas mais altas, com mais de uma em cada três famílias sob insegurança alimentar.
Média de lares em insegurança alimentar:
Brasil – 24,2% Norte – 37,6% Nordeste – 34,8% Sudeste 19,7% Sul – 13,6% Centro-Oeste 20,5%
Os dados são do módulo Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada na última sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísta).
Norte e Nordeste abrigam 35% da população, mas metade dos lares em insegurança alimentar do país: são 9,4 milhões, contra um total de 18,9 milhões em todo o Brasil.
Nas duas regiões, estão os 14 estados com as maiores taxas de insegurança alimentar. A maior é a do Pará (44,6%). A menor do país está em Santa Catarina (9,4%), na região Sul.
Na definição do IBGE, a insegurança alimentar é dividida em três níveis:
Insegurança alimentar leve: preocupação ou incerteza quanto ao acesso a alimentos e redução da qualidade para não afetar a quantidade;
Insegurança alimentar moderada: falta de qualidade e redução na quantidade de alimentos entre adultos;
Insegurança alimentar grave, considerada fome: falta de qualidade e redução na quantidade de alimentos também entre menores de 18 anos.
Ministro disse que advogados não apresentaram as alegações finais
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta sexta-feira 10 sua própria decisão que destituiu as defesas de Filipe Martins e Marcelo Câmara, ex-assessores de Jair Bolsonaro. Ambos são réus do núcleo 2 da trama golpista.
Martins protocolou no STF uma petição escrita à mão para contestar a destituição e afirmar que não aceita ser defendido pela Defensoria Pública da União (DPU), como determinou o ministro.
Na nova decisão, Moraes deu prazo de 24 horas para os advogado Jeffrey Chiquini e Eduardo Kuntz, que haviam sido destituídos, protocolarem as alegações finais, última etapa antes do julgamento da ação penal.
“Suspendo momentaneamente os efeitos da decisão de 9/10/2025 e concedo o prazo de 24 horas para a defesa de Filipe Garcia Martins Pereira suprir a ausência de alegações finais não protocoladas no prazo legal”, despachou Moraes.
O ministro também determinou que a secretaria judicial do Supremo deverá certificar neste sábado 11 o fim do prazo para apresentação das alegações.
Entenda
Segundo o ministro, as defesas não apresentaram as alegações finais e tiveram comportamento “inusitado” para realizar uma “manobra procrastinatória”. O prazo dado por Moraes terminou na terça-feira 7.
“O comportamento das defesas dos réus é absolutamente inusitado, configurando, inclusive litigância de má-fé, em razão da admissão da intenção de procrastinar o feito, sem qualquer previsão legal”, disse Moraes.
Com a decisão, o ministro determinou que a defesa dos réus seja realizada pela DPU.
Outro lado
Após a decisão, as defesas afirmaram que não perderam o prazo de 15 dias para entregar as alegações.
Jeffrey Chiquini disse que a PGR anexou novos elementos no processo e, portanto, o prazo ainda não acabou. O advogado considerou “arbitrária” a decisão de Moraes.
Kuntz disse que as alegações serão entregues até o dia 23 de outubro, cumprindo o prazo de 15 dias. Segundo o advogado, o prazo começou a contar a partir do dia 8 de outubro, data na qual uma diligência solicitada pela defesa e autorizada por Moraes foi anexada ao processo.
Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) disse que avalia o caso. “Os fatos serão analisados com serenidade e responsabilidade. Caso sejam identificadas violações às garantias da defesa ou às prerrogativas dos profissionais envolvidos, a Ordem atuará para assegurar sua dignidade profissional, nos limites da legalidade e com o respeito institucional que a matéria exige”, declarou a entidade.
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou que vai deixar a instância superior do Poder Judiciário brasileiro. A decisão foi compartilhada em declaração durante sessão plenária do STF na tarde desta quinta-feira (9).
“Sinto que agora é hora de seguir outros rumos. Nem sequer os tenho bem definidos, mas não tenho qualquer apego ao poder e gostaria de viver um pouco mais da vida que me resta sem a exposição pública, as obrigações e as exigências do cargo”, afirmou o ministro. Durante a leitura da mensagem, Barroso se emocionou.
O anúncio ocorre pouco após Barroso deixar a presidência do STF e ser alvo de sanções do governo dos Estados Unidos.
O ministro ainda deve permanecer no STF até a próxima semana para liberar processos que ainda estão sob a responsabilidade dele.
Com a saída de Barroso, caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar novo integrante para a Corte.
Perfil
Barroso chegou ao Supremo em 2013. Ele foi indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff para a vaga deixada pelo ministro Carlos Ayres Britto, aposentado em novembro de 2012 ao completar 70 anos.
O ministro nasceu em Vassouras (RJ), é doutor em direito público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e mestre em direito pela Yale Law School, nos Estados Unidos.
Antes de chegar ao Supremo, atuou como advogado privado e defendeu diversas causas na Corte, entre elas a interrupção da gravidez nos casos de fetos anencéfalos, pesquisas com células-tronco, união homoafetiva e a defesa do ex-ativista Cesare Battisti.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que aumenta a pena para quem vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar bebida alcoólica para menores de idade.
A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira, 7
No texto anterior, o artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente previa pena de detenção que variava de dois a quatro anos para esse crime. Com a sanção da nova lei, a punição será aumentada de um terço até a metade se a criança ou o adolescente utilizar ou consumir o produto.
A lei também é válida para qualquer produto cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, no caso de o menor de idade utilizá-lo ou consumi-lo.
O Plenário do Senado aprovou o projeto em setembro. Ele foi proposto pela deputada federal Laura Carneiro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliou como “extraordinariamente boa” a conversa telefônica que teve nesta segunda-feira (6) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em entrevista à TV Mirante, no Maranhão, Lula disse ter se surpreendido com a cordialidade do republicano e destacou que os dois líderes têm a responsabilidade de conduzir as negociações de forma a evitar prejuízos para as populações dos dois países.
“São dois homens de 80 anos, com muita responsabilidade e experiência. A gente não pode errar. Nem o povo americano, nem o povo brasileiro podem sofrer por conta de erros nossos”, afirmou.
Durante a ligação, Lula cobrou a suspensão de tarifas aplicadas a produtos brasileiros e pediu a retirada de medidas de retaliação impostas a ministros, como a suspensão de vistos. Segundo ele, o objetivo é restabelecer um diálogo franco e direto com Washington. “Eu falei para ele: para a gente começar a conversar, é importante que comece a ver o zeramento da taxação e a isenção de punição aos nossos ministros. A gente tem que começar a discutir com um pouco de verdade”, disse.
Lula também ressaltou que o Brasil é um dos três países do G20 que têm déficit comercial com os EUA — ao lado do Reino Unido e da Austrália — e defendeu que as duas nações sirvam de exemplo para o mundo, destacando os 200 anos de relação diplomática entre os países. O presidente disse estar otimista com o avanço das negociações.
Mais cedo, Trump também comentou a conversa em sua rede Truth Social, descrevendo o diálogo como “muito bom”. Segundo ele, o foco principal foi economia e comércio bilateral. “Esta manhã, tive uma ligação telefônica muito boa com o presidente Lula, do Brasil. Discutimos muitas coisas, mas o foco principal foi a economia e o comércio entre nossos dois países”, escreveu.
De acordo com nota divulgada pelo Palácio do Planalto, Trump designou o secretário de Estado, Marco Rubio, para dar sequência às tratativas com autoridades brasileiras. Os dois presidentes também concordaram em realizar um encontro presencial em breve.
Lula estava em Imperatriz (MA) nesta segunda-feira, onde participou da entrega de 2.837 moradias do programa Minha Casa, Minha Vida. O investimento federal foi de R$ 358,6 milhões, beneficiando cerca de 11 mil pessoas.
O Ministério das Relações Exteriores publicou uma nota na madrugada deste sábado, 4, se manifestando sobre o plano anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para cessar-fogo na Faixa de Gaza.
O governo brasileiro afirma que “acompanha com atenção” as discussões sobre a proposta americana e reafirma convicção de que a região só alcançará a paz com a implementação de dois Estados: “com um Estado da Palestina independente e viável, vivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança”.
“Ao reconhecer os esforços dos países mediadores para colocar fim ao conflito, o Brasil guarda expectativa de que, se aceito e implementado pelas partes, o plano resulte, entre outras medidas, na cessação imediata e permanente dos ataques israelenses à Faixa de Gaza, na libertação dos reféns remanescentes, na entrada desimpedida de ajuda humanitária e no início urgente da reconstrução do território, sob apropriação e supervisão palestina. Defende, ademais, a retirada completa das forças israelenses de Gaza e a restauração da unidade político-geográfica da Palestina”, diz trecho da nota (leia na íntegra mais abaixo).
O chefe do Itamaraty, ministro Mauro Vieira, já havia se manifestado nesta quarta-feira, 1º, elogiando a proposta e afirmando que ela está alinhada com posições historicamente defendidas pelo Brasil.
O plano prevê um cessar-fogo, a libertação dos reféns israelenses em até 72 horas, o desarmamento do Hamas e uma retirada gradual das forças israelenses da Faixa de Gaza.
Sobre parte dos planos de Trump que prevê uma autoridade de transição, o governo brasileiro afirma que “qualquer Força Internacional de Estabilização a ser desdobrada na região deverá contar com um mandato cuidadosamente desenhado e devidamente aprovado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas”.
Trump e primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, fizeram o anúncio da proposta americana nesta segunda-feira, 29, após uma reunião dos dois líderes na Casa Branca. O grupo terrorista respondeu nesta sexta-feira, 3, que aceita alguns elementos do plano de paz, entre eles a renúncia ao poder e a libertação de todos os reféns restantes.
Leia a íntegra da nota do Itamaraty
“O governo brasileiro acompanha com atenção as discussões que se seguiram ao anúncio, pelo governo norte-americano, em 29/9, de novo plano para cessar-fogo na Faixa de Gaza, cuja população segue assolada, decorridos dois anos, por mortes, deslocamentos forçados, fome e destruição de lares e de infraestrutura vital.
Ao reconhecer os esforços dos países mediadores para colocar fim ao conflito, o Brasil guarda expectativa de que, se aceito e implementado pelas partes, o plano resulte, entre outras medidas, na cessação imediata e permanente dos ataques israelenses à Faixa de Gaza, na libertação dos reféns remanescentes, na entrada desimpedida de ajuda humanitária e no início urgente da reconstrução do território, sob apropriação e supervisão palestina. Defende, ademais, a retirada completa das forças israelenses de Gaza e a restauração da unidade político-geográfica da Palestina.
Nesse contexto, o Brasil reafirma a convicção de que o único caminho para uma paz justa, estável e duradoura no Oriente Médio passa pela implementação da solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável, vivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro das fronteiras de 1967, incluindo a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital.
Considera, por fim, que qualquer Força Internacional de Estabilização a ser desdobrada na região deverá contar com um mandato cuidadosamente desenhado e devidamente aprovado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.”