Itamaraty minimizou preocupação dos EUA com Bolsonaro, diz oficial de Trump

Um funcionário sênior da administração de Donald Trump afirmou que não vê possibilidade de qualquer negociação adiar a entrada em vigor das tarifas de 50% contra o Brasil a partir do dia 1º de agosto. Isso porque até o momento o país não apresentou nada “sério” a ser negociado. O argumento é o mesmo ventilado nos bastidores pela Casa Branca ontem, de que nenhum avanço aconteceu porque os brasileiros não se “engajaram suficientemente” para isso.

As informações são da jornalista Mariana Sanches, colunista do UOL em Washington D.C..

Questionado sobre qual seria o engajamento esperado do Brasil neste momento, este funcionário, que pediu anonimato para comentar o assunto por não ter autorização para falar sobre o tema publicamente, afirmou que a discussão não pode se pautar apenas em comércio, já que a preocupação primordial de Trump seria outra.

“O Itamaraty minimizou as preocupações de Washington sobre o ex-presidente Bolsonaro e a liberdade de expressão, em detrimento de seu governo e de seu povo. O assunto agora se agravou muito além das expectativas deles”, afirmou o funcionário da gestão Trump.

Na carta em que anunciou as tarifas contra o Brasil, em 9 de julho, Trump chamou de “caça às bruxas” o processo judicial a que o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) responde. Entre outros crimes, ele é acusado de tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito —os quais nega. Além disso, Trump acusava o STF (Supremo Tribunal Federal) de censurar cidadãos americanos e prejudicar os interesses comerciais de big techs americanas. Desde a divulgação da carta, a gestão Trump e o próprio presidente repetiram diversas vezes o argumento de que Bolsonaro é um perseguido político.

As declarações ecoam o teor da campanha feita há meses em Washington pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pelo comentarista político Paulo Figueiredo por punições ao Brasil que possam forçar as autoridades do país a aprovar uma anistia a Bolsonaro, a seus aliados e a seus apoiadores.

Além das tarifas, os EUA iniciaram uma investigação por supostas práticas desleais de comércio do Brasil, e o Departamento de Estado anunciou restrição de acesso ao território americano ao ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do processo contra Bolsonaro, e ao que chamou de “seus aliados da corte”, em referência a outros sete ministros e a Paulo Gonet, procurador-geral da República. Mas novas ações de Washington são esperadas, tanto por bolsonaristas como pelo Itamaraty. Uma fonte do governo americano afirmou à coluna já ter visto o formulário escrito para impor sanções financeiras da Lei Global Magnitsky contra Moraes.

“O presidente Trump foi claro e o governo americano dispõe de uma ampla gama de ferramentas que pode — e irá — usar para promover suas prioridades. Moraes e sua turma apenas testemunharam o início disso. Isso está longe de acabar”, disse esta fonte do governo Trump.

Até o momento, Trump escolheu não abrir conversas entre a Casa Branca e o Planalto para tentar diminuir a crise bilateral. O governo brasileiro segue fazendo esforços para sensibilizar a gestão do republicano e aposta especialmente em pesos pesados do PIB dos EUA, que terão seus negócios afetados pelo tarifaço, para desbloquear o canal.

Trump já mobilizou tarifas como instrumento de pressão diplomática e comercial contra quase duas centenas de países, entre aliados e adversários. Mas em nenhum desses casos, o republicano exigiu interferência no Judiciário do país para abrir negociação. Até o momento, o governo brasileiro não fez e afirma que não fará concessões políticas ou judiciais aos Estados Unidos. Em Brasília, tal condição para a negociação é vista como extorsão.

“O Brasil não vai negociar sua soberania ou a independência de Poderes com quem quer que seja. Com nenhum outro país do mundo com o qual estão negociando tarifas, os EUA fizeram exigências como esta, de interferência aberta e indevida em assuntos de ordem doméstica. O Brasil segue disposto a negociar nos temas em que uma negociação é possível, mas não aceitará ingerência estrangeira em questões internas. A independência do Poder Judiciário vale tanto nos EUA quanto no Brasil”, afirmou um embaixador brasileiro com conhecimento direto das negociações.

O embaixador Tom Shannon, que liderou a embaixada americana em Washington durante a gestão de Barack Obama, afirma à coluna que a resposta do Itamaraty até o momento foi “óbvia”, já que o Brasil não poderia ceder ao que considerou “um movimento sem precedentes de um presidente americano de usar tarifas para abertamente interferir em assuntos políticos”.

Segundo Shannon, que também é ex-subsecretário de Estado para o Hemisfério Ocidental, a situação agora “é muito ruim” e o interesse de Trump é “100% em Bolsonaro”. “Brasil está pronto para negociar, mas não existe nenhum interlocutor com quem o país possa ter conversas significativas agora. Trump crê que conseguirá forçar o Brasil a recuar no caso Bolsonaro. Não irá conseguir atingir seu objetivo mas até se convencer disso, a grande perdedora será a relação bilateral”, diz Shannon.

Em um artigo de opinião publicado há dois dias, a revista britânica The Economist afirmou que, “desde o fim da Guerra Fria”, os EUA “raramente” interferiram “tão profundamente” em um país latino-americano como Trump tem tentado fazer com a taxa de 50% direcionada ao Brasil por motivos políticos. A publicação porém destaca que, em vez de fortalecer a direita para a disputa eleitoral de 2026, a medida da Casa Branca até agora fortaleceu a posição de Lula, que deve disputar a reeleição.

Por UOL, coluna da Mariana Sanches

Setor gastronômico cresce 182% em cinco anos na zona Norte de Natal

A zona Norte de Natal, conhecida como uma das áreas mais populosas da cidade, vem consolidando um novo momento econômico com o fortalecimento do setor gastronômico. Bares, restaurantes e lanchonetes se multiplicam em avenidas como Paulistana, Maranguape e Itapetinga – todas no bairro Potengi – impulsionados por mudanças no Plano Diretor e pelo aumento da procura por empreendimentos de alimentação fora do lar. Dados fornecidos pelo Sebrae apontam que entre 2020 e 2025 o número de empresas do setor na região saltou de 185 para 522, uma variação de 182%. A expansão tem sido acompanhada por investimentos em qualificação, marketing e experiência do cliente, o que são diferenciais para os negócios locais.

Entre os nomes que se destacam nesse movimento de transformação está Matt Dantas, idealizador e proprietário do Seu Nelson na Brasa, uma steakhouse e hamburgueria localizada na Av. Maranguape. Fundado em 2021, o negócio começou de forma despretensiosa, com a venda de hambúrgueres para amigos e vizinhos durante a pandemia. Com o tempo, a proposta evoluiu para um espaço que reúne hambúrguer, petisco e costela, tudo na brasa, em um ambiente pensado para toda a família. Hoje, a marca conta com três unidades, entre zona Norte, Areia Preta e Parnamirim, e emprega diretamente cerca de 50 pessoas.

Com a inspiração na cozinha do avô, Seu Nelson, e a vontade de criar um espaço com identidade própria, Matt construiu um modelo de negócio centrado na experiência gastronômica. “Eu acho que meu diferencial é que tudo aqui é uma criação realmente nossa. É focar nas coisas que eu gosto, nas coisas que meu avô fazia, mas principalmente perguntar aos clientes se está bom ou não. Nós escutamos o cliente para fornecer aquilo que ele quer ter, a experiência que ele quer ter do que seja feito através da nossa churrasqueira”, conta.

A trajetória do Seu Nelson na Brasa reflete a mudança no comportamento do consumidor da região, que passou a valorizar mais os estabelecimentos locais, especialmente devido aos problemas de mobilidade que dificultam o trânsito ente a zona Norte e outras regiões administrativas da cidade. “Quando houve problemas com a ponte, muita gente que ia para outras zonas passou a consumir aqui. Hoje, o público mora, trabalha e se diverte na zona Norte”, avalia.

A história de Matt se entrelaça com a própria evolução da zona Norte como destino gastronômico. O Seu Nelson na Brasa hoje é um dos principais pontos de encontro da região, com movimentação de aproximadamente 600 pessoas por noite durante os fins de semana e um ticket médio superior às demais unidades. Enquanto os clientes de Areia Preta e Parnamirim gastam cerca de R$ 40,00, na unidade da zona Norte o valor costuma ser superior a R$ 100,00.

“Eu sempre ouvi que aqui não ia dar certo, que ninguém pagaria R$ 20,00 em um hambúrguer aqui. Mas eu acreditava no potencial do público da zona Norte, sempre quis oferecer algo de qualidade, como se fosse um churrasco de família, e isso se tornou nosso diferencial. Tudo gira em torno da brasa, das receitas que aprendi com meu avô e do contato direto com os clientes”, conta Matt.

Segundo Thales Medeiros, gerente da Agência Sebrae Grande Natal, esse cenário de crescimento de negócios demonstra o potencial econômico da região. “A gente percebe que é um espaço promissor de desenvolvimento de negócios na cadeia de alimentos e bebidas, com uma certa variação entre abertura e fechamento de empresa, com saldo positivo de mais de 50 empresas”, afirma.

A Jacuba Lanches, de César Kemps, é outro negócio que exemplifica essa transformação. Inaugurada em dezembro de 2021, a empresa nasceu para gerar renda à família e rapidamente cresceu, tornando-se um dos pontos mais movimentados da região e totalizando 11 funcionários. “Antigamente, tudo tinha que ser resolvido no centro ou na zona Sul. Hoje, o pessoal prefere ficar por aqui mesmo. Isso ajudou bastante, porque quem mora aqui quer resolver tudo perto de casa”, relata.

A aposta na qualidade também tem sido um diferencial. Situada nas proximidades da Av. Dr. João Medeiros Filho, o empreendimento recebe desde pessoas que circulam na região até os clientes fiéis. “Eu comecei com salgados comuns, mas percebi que precisava oferecer algo melhor. Foi aí que comecei a trabalhar com receitas diferenciadas, como o pastel de Tangará e uma coxinha de receita própria, que alavancaram as vendas”, diz. Hoje o espaço conta com uma circulação média de 200 pessoas por dia em loja física, além de cerca de 70 vendas através do delivery.

Essas ações são reiteradas pelo Sebrae como boas práticas que favorecem o fortalecimento dos negócios na região. “Na experiência com o cliente, nós também estamos dialogando com ele, estamos interessados em atender às suas reais necessidades, e por isso a gente também vai sempre procurar entender o que seria mais interessante para o cliente, o que ele procura mais em termos de serviços, de experiência, o que ele está disposto a pagar também”, considera Thales Medeiros.

Plano Diretor impulsiona investimentos

O novo Plano Diretor de Natal tem sido apontado como um dos principais motores da retomada de investimentos na cidade, especialmente na zona Norte. As alterações nas regras urbanísticas e a desburocratização dos licenciamentos abriram caminho para a multiplicação de empreendimentos, incluindo novos bares, restaurantes e projetos imobiliários. A região, que já se destaca pela força do comércio e do setor gastronômico, vem recebendo atenção crescente do mercado e da construção civil.

“A primeira mudança significativa que a gente tinha convicção que em todas as regiões administrativas ia aumentar, mas especialmente na zona Norte e zona Sul, é o uso misto em todas as regiões administrativas. Ou seja, qualquer área, qualquer lote do município de Natal, você pode construir tanto a parte comercial quanto a parte residencial”, explica Thiago Mesquita, secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal (Semurb).

Entre os avanços urbanísticos, o secretário destaca que a zona Norte foi beneficiada com maior potencial construtivo e incentivos em eixos de mobilidade, como as avenidas João Medeiros Filho, Pompeia e Paulistana. “Na …

Tarifaço: Setores de suco e frutas afirmam não ter como redirecionar vendas

Exportadores ponderam que não há demanda suficiente no mercado para absorver produção brasileira

Escoar produtos para mercados alternativos pode ser uma saída para as empresas enfrentarem o tarifaço do presidente dos Estados UnidosDonald Trump. Alguns problemas são apontados, contudo, sobre essa estratégia.

Uma das questões é adaptar os produtos que seriam direcionados para um lugar às normas do outro, e, mesmo assim, abrir as portas para novos parceiros comerciais é uma missão que demanda tempo, negociação e confiança entre as partes, o que, segundo exportadores ouvidos pela reportagem, torna esta uma alternativa para o médio/longo prazo.

Para os produtores de frutas e suco, há uma questão ainda “maior”: o volume produzido pelos brasileiros é tão grande que não há mercado para direcionar estes itens.

“Não dá para, com os volumes que o Brasil produz, sair com uma sacolinha oferecendo para outros mercados”, pontua Antônio Pitangui de Salvo, presidente da Faemg (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais).

Além disso, se os produtos forem direcionados para o consumo interno, Guilherme Coelho, presidente da Abrafrutas (Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados), fala em “uma quantidade tão grande que vai colapsar o mercado”.

Ariosto da Riva Neto, CEO da marca Xandô e da processadora Sucorrico, afirma que, “supondo que reduza o consumo dos Estados Unidos em 50%, são 40 milhões de caixas que o Brasil produziria e que ele deixa de produzir. A indústria tem como opção ou processar e mandar para outro mercado ou deixar no estoque, só que hoje não tem mercado para isso. Acho que a opção vai ser de não processar, o volume é muito grande”.

Por CNN, São Paulo

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Conta de luz mais cara: Aneel aciona bandeira vermelha nível 2 para agosto

Bandeira tarifária sinaliza ao consumidor os custos reais da geração de energia no país. Quando a geração fica mais cara, a cobrança extra é aplicada automaticamente nas contas.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (25) o acionamento da bandeira vermelha nível 2 para agosto. Isso significa que as contas de energia elétrica terão adicional de R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Uma residência típica no Brasil com quatro pessoas morando consome em média de 150 kWh a 200kWh por mês.

A bandeira tarifária sinaliza ao consumidor os custos reais da geração de energia no país. Quando a geração fica mais cara, a cobrança extra é aplicada automaticamente nas contas.

O motivo da bandeira 2, segundo a Aneel, é o baixo nível das chuvas, que diminui o reservatório das hidrelétricas e leva ao acionamento das termelétricas, que são mais caras.

Como funciona o sistema de cores

💡 O sistema de cores da Aneel sinaliza as condições de geração de energia. Se chove pouco e as hidrelétricas geram menos, é preciso acionar usinas termelétricas, que são mais caras.

💡 Para pagar por essas usinas, a Aneel aciona as bandeiras amarela, vermelha 1 ou vermelha 2, com taxas extras na conta de luz.

Saiba quanto custa cada bandeira

Cada bandeira tarifária acionada pela Aneel pode gerar um custo extra ao consumidor:

•🟩bandeira verde (condições favoráveis de geração de energia) – sem custo extra;

•🟨bandeira amarela (condições menos favoráveis) – R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) utilizado (ou R$ 1,88 a cada 100kWh);

•🟥bandeira vermelha patamar 1 (condições desfavoráveis) – R$ 44,63 por MWh utilizado (ou R$ 4,46 a cada 100 kWh);

•🟥bandeira vermelha patamar 2 (condições muito desfavoráveis) – R$ 78,77 por MWh utilizado (ou R$ 7,87 a cada 100 kWh).

 por g1 — Brasília

Preço do café para o consumidor cai pela 1ª vez em um ano e meio, segundo IPCA-15

Valor da bebida registrou queda de 0,36% na prévia da inflação de julho, segundo o IBGE.

O preço do café caiu 0,36% em julho, a primeira queda em um ano e meio, segundo a prévia da inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15).

A última queda no preço do café no IPCA-15 havia sido registrada em dezembro de 2023. Depois, foram 18 subidas consecutivas.

O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA-15 mede a variação de preços entre o dia 16 do mês anterior e o dia 15 do mês da divulgação.

A tendência de queda no preço do café para o consumidor já havia sido registrada no IPC, o indicador de inflação da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), na semana passada.

Apesar disso, o preço do café moído acumula uma inflação de 76,5% em um ano, de acordo com o IPCA-15.

Em junho, o preço médio do quilo do café tradicional no país atingiu R$ 66,70, segundo a Associação Brasileira de Café (Abic). Há um ano, esse valor era de R$ 35,17.

No geral, o IPCA-15 registrou inflação de 0,33% em julho, e o grupo de Alimentação e Bebidas teve queda de 0,06% nos preços.

por g1

FGTS distribuirá quase R$ 13 bi do lucro de 2024

Rentabilidade do fundo ficará em 6,05%, acima da inflação

Cerca de 134 milhões de trabalhadores receberão R$ 12,929 do lucro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em 2024. O valor equivale a 95% do lucro de R$ 13,61 bilhões registrado no ano passado.

O Conselho Curador do FGTS aprovou nesta quinta-feira (24), em Brasília, o balanço do fundo no ano passado. Tradicionalmente votada em agosto, a distribuição dos lucros também foi definida na reunião de julho. Após um lucro recorde de R$ 23,4 bilhões em 2023, o FGTS lucrou quase R$ 10 bilhões a menos em 2024.

Com a partilha dos lucros, o FGTS terá rentabilidade de 6,05% em 2024, acima da inflação oficial de 4,83% no ano passado.

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No ano passado, o FGTS distribuiu 65% dos lucros aos cotistas. O percentual ficou em 99% em 2023 e em 2022. Em 2021, 96% do resultado positivo foram partilhados.

A queda no lucro em 2024 ocorreu porque, em 2023, o FGTS obteve um lucro extra de R$ 6,6 bilhões da reestruturação do fundo que financia a reconstrução do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. O restante da queda decorreu das enchentes no Rio Grande do Sul, que impulsionaram os saques no FGTS no ano passado.

No ano passado, tanto a arrecadação quanto os saques no FGTS bateram recorde. Em 2024, o fundo arrecadou R$ 192 bilhões, alta de 9% em relação aos R$ 175,4 bilhões em 2023. Isso decorre da queda no desemprego e do aumento da formalização no mercado de trabalho.

Ao mesmo tempo, os saques somaram R$ 163,3 bilhões, com alta de 15%. De acordo com a Caixa Econômica Federal, administradora do FGTS, as inundações no Rio Grande do Sul elevaram as retiradas.

Prazo para pagamento

Como um trabalhador pode ter mais de uma conta no FGTS, os R$ 12,969 bilhões serão repartidos entre 235 milhões de contas. O dinheiro é distribuído proporcionalmente ao saldo em cada conta em nome do trabalhador em 31 de dezembro do ano anterior.

A Caixa Econômica Federal tem até 31 de agosto para creditar a parcela dos lucros do FGTS repartida entre os cotistas.

Pela legislação, o FGTS rende 3% ao ano mais a taxa referencial (TR). No entanto, a distribuição dos lucros – existente desde 2017 – melhora o rendimento do fundo. O crédito – rendimento tradicional mais a distribuição do lucro – é incorporado ao saldo da conta.

Em 2024, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o Fundo deverá ter correção mínima pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mas a correção não é retroativa sobre o estoque das contas e só vale a partir da publicação do resultado do julgamento.

Se o resultado da distribuição do lucro por trabalhador e do rendimento de 3% ao ano mais a TR ficar menor que a inflação, o Conselho Curador é obrigado a definir uma forma de compensação para que a correção alcance o IPCA.

Como consultar o saldo

trabalhador pode verificar o saldo do FGTS por meio do aplicativo FGTS, disponível para os telefones com sistema Android e iOS.

Quem não puder fazer a consulta pela internet deve ir a qualquer agência da Caixa pedir o extrato no balcão de atendimento.

O banco também envia o extrato do FGTS em papel a cada dois meses, no endereço cadastrado.

Quem mudou de residência deve procurar uma agência da Caixa ou ligar para o número 0800-726-0101 e informar o novo endereço.

Posso sacar?

O dinheiro, porém, só poderá ser retirado de acordo com as regras de saque, como demissão sem justa causa, compra da casa própria, doenças graves ou saque-aniversário.

por Agência Brasil

“Morango do amor”: confeitarias aumentam número de funcionários e faturam até R$ 16 mil por dia em Natal

O “morango do amor”, nova sensação das redes sociais, tem estimulado as vendas e gerado filas nas confeitarias de Natal e outras cidades do Rio Grande do Norte. Inspirado na tradicional “maçã do amor”, o doce combina morango fresco, brigadeiro e uma calda de açúcar que endurece, formando uma crosta crocante. A alta procura faz com que os estoques se esgotem rapidamente e impulsione a contratação de novos funcionários nas docerias.

Na confeitaria Dasmelo, com estabelecimentos em Natal e Parnamirim, o sucesso do doce se refletiu rapidamente nas vendas. A proprietária Helena Melo revelou que, no auge da demanda, chegou a vender 800 unidades em um único dia, com faturamento de aproximadamente 16 mil reais. “Normalmente, produzimos em média 500 e 600 morangos por dia. Essa produção equilibrada é essencial para manter a qualidade e atender também os pedidos de outros doces do cardápio”, explicou.

Para dar conta da alta procura, Helena Melo precisou reforçar a equipe e a estrutura do negócio: “Tivemos que contratar mais funcionários, adquirir novos equipamentos e reforçar a mão de obra, o que mais demanda é tempo nesse produto.” Segundo ela, o número de colaboradores aumentou em cerca de 30%. O sucesso é tanto que o doce sequer chega a ser exposto. “O morango do amor mal tem tempo de ir para a vitrine, sai direto da cozinha para o caixa, por causa da fila de clientes.”

Foto: Cedida

Na Jolie, a confeiteira Carol Barreto tem sentido os impactos da explosão de pedidos. Embora ainda não tenha conseguido ampliar o quadro de funcionários, a necessidade já é evidente.“Eu não contratei ainda porque eu não conseguia achar ninguém. Mas existe, sim, a necessidade de contratar mais”, explicou Carol. Ela destacou que, por enquanto, tem adaptado a equipe com base na escala dos colaboradores. “Como os meus funcionários trabalham em escala, tem dias que as lojas estavam com a escala completa. Então eu já vou direcionar mais colaboradores para a fábrica, para a gente conseguir melhorar a produção”, contou.

Outro exemplo do fenômeno é o da confeiteira Mayara Sthefane, que também viu suas vendas dispararem. “O faturamento tem triplicado. Só nos últimos 15 dias, vendemos mais de mil morangos. Foi como faturar o equivalente a dois ou três meses em apenas 15 dias. Tem sido extremamente significativo”, afirmou. Ela também destaca o alcance do doce nas redes sociais, trouxe maior visibilidade e novos seguidores para a Dona Maria doceria, situada em Parnamirim.

A procura é tão intensa que as unidades não permanecem por muito tempo nas prateleiras. “As 200 unidades que colocamos na vitrine no dia se esgotam em cerca de 30 minutos”, revelou Mayara Sthefane.

Foto: Larissa Duarte

No caso da confeitaria Dona Formiga RN, a doceira Jailma Diniz afirma que o faturamento dobrou por conta da alta procura. “Estou até planejando aumentar os dias de produção, porque fazer o morango do amor só uma ou duas vezes na semana não está sendo suficiente para atender à demanda”, disse ela, que mantém o seu negócio em Parnamirim.

O famoso morango do amor tem se consolidado como o doce mais procurado do momento. A tendência não apenas impulsiona o faturamento de confeitarias, como também movimenta a economia local e reforça o poder das redes sociais.

por Tribuna do Norte e Sarah Cabral

Tarifaço: RN será o 5º estado mais afetado em volume de exportações

O Rio Grande do Norte será o quinto estado do País mais afetado, em volume de exportações, pela taxação do governo Donald Trump, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. Isso porque os Estados Unidos responderam, no primeiro semestre deste ano, por 15,3% das vendas de produtos potiguares ao exterior. Em valor comercializado, o RN exportou US$ 67,1 milhões para os EUA no período, ocupando a 16ª posição no ranking brasileiro. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
De acordo com o ranking das exportações para os EUA, o Ceará pode sentir o maior impacto, levando em conta que o mercado americano representou 51,9% das exportações daquele estado. Espírito Santo, Sergipe e São Paulo, onde os EUA responderam, respectivamente, por 33,9%, 31,4% e 19,5% das vendas ao exterior nos primeiros seis meses de 2025, também serão fortemente afetados.

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O economista Helder Cavalcanti avalia que os impactos da taxação serão expressivos frente ao fato de que os itens exportados são produtos diretamente vinculados à economia local. Além disso, ele lembra que as exportações do Rio Grande do Norte têm apresentado sucessivos índices de crescimento nos últimos anos. “Então, a taxação desequilibra esse momento que a gente observa recentemente”, analisa.


De acordo com um levantamento do Observatório Mais RN, da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), os derivados de petróleo foram os produtos potiguares mais exportados para o mercado americano no primeiro semestre de 2025, com US$ 24,3 milhões em vendas. Já os peixes frescos ou refrigerados registraram US$ 11,5 milhões em exportação para o país, seguidos dos produtos de origem animal (US$ 10,3 milhões), pedras de cantaria ou de construção (US$ 4,3 milhões) e produtos de confeitaria sem cacau (US$ 4,1 milhões). Os dados têm como base a plataforma Comex Stat, do MDIC.


Dentre as alternativas para fugir dos reflexos negativos da taxação, Helder Cavalcanti defende a busca por novos mercados. “Nós temos o BRICS [formado por países como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] como uma pauta de reorganização da balança comercial e da economia internacional, de onde esperamos que surjam soluções. A gente acredita que o nosso empresariado vai amadurecer diante do surgimento de grandes players do mercado para criar uma nova solução para as exportações”, pondera.


O setor de petróleo não será o único a ser afetado no RN. As exportações de atum podem perder cerca de US$ 50 milhões por ano (R$ 280 milhões), conforme estimativas do Sindicato de Pesca do RN (Sindipesca). Arimar Filho, presidente sindical, disse em entrevista à TN no último dia 15 que o envio de peixe congelado aos EUA já estava paralisando por causa do receio da taxação.


Já em valor exportado, São Paulo deverá sentir os maiores reflexos, uma vez que o estado exportou US$ 6,4 bilhões ao mercado americano entre janeiro e junho deste ano, seguido do Rio de Janeiro (US$ 3,2 bilhões), Minas Gerais (US$ 2,5 bilhões), Espírito Santo (US$ 1,6 bilhão) e Rio Grande do Sul (US$ 950,4 milhões).

Petróleo terá perdas de R$ 110 mi/ano

A Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP) estima perdas anuais para as exportações de derivados de petróleo do Rio Grande do Norte superiores a US$ 20 milhões anuais (cerca de R$ 111 milhões). “Trata-se de um prejuízo expressivo, especialmente quando se considera o peso dessa atividade na geração de receitas estaduais, tributos setoriais e movimentação da cadeia produtiva local”, afirma Lucas Mota, gerente-executivo da ABPIP.


Ele descarta a inviabilização total das vendas do setor potiguar para os Estados Unidos, mas reconhece que o RN terá dificuldades em manter atratividade comercial para esses produtos. “A taxação não vai inviabilizar totalmente as exportações dos derivados de petróleo do RN, mas os embarques se tornarão economicamente menos viáveis se a medida entrar em vigor. Uma tarifa de 50% encarece significativamente o óleo potiguar em relação a concorrentes globais, reduzindo sua atratividade comercial”, destaca.


Mota aposta na capacidade de adaptação da indústria para reverter os impactos. Segundo ele, mercados como Índia, China, países do sudeste asiático e partes da Europa já importam petróleo de características semelhantes ao exportado por aqui. O redirecionamento de volumes, segundo ele, dependerá de ajustes logísticos e negociações comerciais.


“Mas há espaço para reposicionamento, ainda que com possíveis impactos sobre margens e prazos”, frisa Mota. De acordo com ele, não existe previsão, inicialmente, de redução na produção. “A parcela exportada para os EUA pode ser redirecionada para o mercado interno ou outros destinos internacionais. A produção local tem flexibilidade para adaptação, e as operadoras devem priorizar a manutenção da atividade produtiva, sobretudo em razão da estabilidade operacional”, diz.

Mobilização dos setores em busca de soluções

Diante do anúncio feito por Donald Trump, os principais setores de exportação do RN têm se mobilizado para buscar soluções para a medida, que estabelece a taxação de 50% dos produtos brasileiros vendidos aos Estados Unidos. O secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte, Alan Silveira, disse que o Governo do Estado vem empreendendo esforços, como a elaboração de uma carta desenvolvida pela secretaria para incluir o RN nas negociações sobre a taxação.


“As tratativas em plano macro são lideradas pelo Governo Federal, mas no âmbito local o governo do estado vem empreendendo esforços, como é o caso da carta-proposta elaborada em conjunto com as entidades do setor e com os principais players exportadores impactados pelo anúncio do tarifaço”, esclareceu Silveira.


A mobilização conta com entidades como a Federação das Indústrias (Fiern). Roberto Serquiz, presidente da federação, cita que os números sobre as vendas do mercado local para os EUA correspondem a praticamente 10% do PIB Industrial do estado. Ele sublinha que está em constante diálogo com os setores envolvidos nas exportações e também em interlocução com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).


“Paralelo a isso, os presidentes de sindicatos estão mobilizando, na mesma proporção, seus parceiros nos Estados Unidos. Esse diálogo junto aos parceiros está tentando criar um cenário de perspectiva, de alguma solução que, …

Defesa de Bolsonaro responde a Moraes e sustenta que ele não violou as regras cautelares

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolou, nesta terça-feira (22), esclarecimentos sobre possíveis descumprimentos de medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na petição, os advogados argumentaram que o ex-presidente não violou as regras impostas.

“Cabe esclarecer que o Embargante (Bolsonaro) não descumpriu o quanto determinado e jamais teve a intenção de fazê-lo, tanto que vem observando rigorosamente as regras de recolhimento impostas por este E. Tribunal”, diz a defesa de Bolsonaro.

Os advogados alegam ainda que Bolsonaro não tinha “sido intimado da nova decisão (sobre publicações de entrevistas em redes sociais), o que também afasta a imputação de eventual descumprimento”, diz a defesa.

Além disso, ainda sustentam que Bolsonaro “não postou, não acessou suas redes sociais nem pediu para que terceiros o fizessem por si”, reiteram os advogados.

A defesa de Bolsonaro, ao enviar resposta ao STF, cumpre decisão de Alexandre de Moraes, que dava prazo para esclarecimentos em 24 horas. A notificação da defesa sobre a medida ocorreu às 21h13 de segunda-feira, o horário de término seria o mesmo para esta terça (22). No entato, a defesa respondeu três horas antes.

A determinação de Moraes sobre os esclarecimentos ocorreu após Jair Bolsonaro falar com a imprensa na saída da Câmara dos Deputados, onde participou de uma reunião convocada pelo Partido Liberal (PL). Na ocasião, o ex-presidente mostrou, pela primeira vez e de forma pública, sua tornozeleira eletrônica.

Bolsonaro quer que o STF deixe claro se ele pode ou não dar entrevista. A defesa diz que ele não usou redes nem autorizou ninguém a fazer isso, e que não tem controle sobre repercussão de entrevista.

Ex-Ministro comenta atos do STF

Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello avalia que o STF vive um momento de “extravagância” com “enorme” desgaste para a instituição. Para ele, as decisões do ministro Alexandre de Moraes são incompreensíveis ao estado democrático de direito e serão cobradas pela história.

Marco Aurélio continua: para compreender o que está por trás das decisões de Moraes, seria necessário levá-lo ao psicanalista.

“Eu teria que colocá-lo em um divã e fazer uma análise talvez mediante um ato maior, e uma análise do que ele pensa, o que está por trás de tudo isso. O que eu digo é que essa atuação alargada do Supremo, e uma atuação tão incisiva, implica desgaste para a instituição… A história cobrará esses atos praticados. Ele (Moraes) proibiu, por exemplo, diálogos. Mordaça, censura prévia, em pleno século que estamos vivendo. É incompreensível”, disse em entrevista exclusiva ao Estadão.

Mello considera que a investigação sobre Jair Bolsonaro já começou de maneira errada e não deveria estar na Suprema Corte. Ele lembra, por exemplo, que, quando era ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva respondeu na primeira instância. “Estive 31 anos na bancada do Supremo e nunca julgamos em turma processo crime. Alguma coisa está errada”, prosseguiu.

Na visão do ex-ministro, Bolsonaro está sendo submetido a humilhação, com o uso da tornozeleira eletrônica, e sendo tratado “como se fosse um bandido de periculosidade maior”. Ele ressaltou que, se estivesse na Corte, acompanharia a divergência do ministro Luiz Fux, e lamentou que os magistrados estejam agindo por “espírito de corpo” ao apoiarem os atos de Moraes.

Marco Aurélio Mello também faz um apelo por correção de rumos no STF. “Que haja uma evolução, e que o Supremo atue, não como órgão individual como vem atuando na voz do ministro Alexandre de Moraes, mas como órgão coletivo, e percebendo a repercussão dos atos que pratica. Aí nós avançaremos culturalmente”.

Cautelares

O ministro aposentado Marco Aurélio Mello afirmou ao Estadão que está triste com o cenário atual que envolve medidas de integrantes do tribunal. O magistrado criticou decisão do ministro Alexandre de Moraes sobre as cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“(…) Me preocupa o trato à liberdade de expressão que é a tônica do estado democrático de direito. (…) Cercear a participação de qualquer cidadão nas redes sociais é próprio de regime autoritário. Daqui a pouco estão cerceando veículos de comunicação.”

Marco Aurélio também reafirmou que não seria competência do Supremo Tribunal Federal julgar um ex-presidente da República.

“De início, está tudo equivocado. Não há competência do STF. O atual presidente da República foi julgado pela 13° Vara Federal de Curitiba. Por que está agora julgando um ex-presidente no STF? É inexplicável.”

Confira as medidas determinadas contra Bolsonaro

  • Uso de tornozeleira eletrônica
  • Recolhimento domiciliar noturno entre 19h e 6h, de segunda a sexta-feira, e integral nos fins de semana e feriados
  • Proibição de aproximação e de acesso a embaixadas e consulados de países estrangeiros
  • Proibição de manter contato com embaixadores ou autoridades estrangeiras
  • Proibição de manter contato com Eduardo Bolsonaro e investigados dos quatro núcleos da trama golpista
    Proibição de utilizar redes sociais, diretamente ou por intermédio de terceiros, incluindo transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas em qualquer das plataformas de redes sociais de terceiros

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Com 17,5 mil novas conexões, energia solar no RN cresce 26% em 2025

As ligações de energia solar distribuída cresceram 26% no primeiro semestre do Rio Grande do Norte em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo dados do Observatório da Energia Solar, o RN registrou 17.587 novos sistemas conectados à rede nos primeiros seis meses de 2025, ante 13.881 novas conexões no primeiro semestre de 2024. Ao todo, desde 2015, o RN possui 103.530 sistemas conectados à rede, representando 2,8% da matriz energética solar do Brasil.

Segundo o Observatório da Energia Solar, que condensa dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a classe de consumo residencial é majoritariamente a com mais conexões no RN, com 84,8% das ligações. Na sequência, vêm as conexões Comercial e Rural, com 11,3% e 3,1%, respectivamente.

Para o economista e criador do Observatório da Energia Solar, José Maria Villar, a avaliação do setor é positiva, com o Estado crescendo praticamente ano a ano sem interrupções, com exceção de 2023. Segundo ele, o crescimento contínuo indica que a tecnologia foi “plenamente absorvida e adotada pela população do RN e segmentos empresariais”. Além disso, Villar aponta que quando se compara o desempenho do RN com o restante do país, a constatação também é positiva: no primeiro semestre do ano, a quantidade de conexões cresceu 20,6% em relação ao total de conexões realizadas em 2024, enquanto o Nordeste cresceu 18,5% e o Brasil 15,2%.

“O setor de geração de energia solar distribuída vem apresentando um crescimento contínuo em todos os anos, à exceção de 2023, que apresentou pequeno decréscimo. A queda nos preços dos equipamentos, verificada de forma continuada, ano a ano, certamente tem sido o principal fator de crescimento do setor, aliado à disponibilização de financiamento”, diz. “Nos últimos 4 meses, a média de conexões/mês manteve-se praticamente igual, em torno de 2.700 conexões/mês, indicando uma possível estabilização do mercado, mas que apenas os meses restantes do ano poderão confirmar ou não”, complementa Villar.

Segundo o presidente da Associação Potiguar de Energias Renováveis (Aper), Williman Oliveira, o crescimento era esperado em especial para empreendedores em todo o Estado. “Já era esperado esse crescimento. A energia é fator de peso no orçamento do cidadão, assim como do micro e pequeno empresário. Pelo interior do RN se vê o tempo todo telhados cobertos de placas solares; a economia é inegável e quem não investiu ainda está perdendo dinheiro na mesa”, diz Williman Oliveira.

O presidente mantém perspectivas positivas para o restante do ano. “A cada ano o mercado vai se moldando a novas tecnologias, seja no investimento em energia solar residencial ou em mobilidade. Com o carro elétrico em expansão, evidente que a solar junta o útil ao econômico. O ano de 2025 será um grande ano. O setor precisa se preparar que o último trimestre, com o calor, as vendas também aumentam”, finaliza Oliveira.

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