Castro diz que governo federal recusou ajudar em operações no Rio: ‘Tivemos pedidos negados 3 vezes, cada dia uma razão para não estar colaborando’

Cláudio Castro pede auxílio das forças de segurança federais e defende operações policiais no RJ: 'A gente nunca viu tanto fuzil' — Foto: Rogério Santana/Governo do Rio

Governador afirmou que o estado enfrenta o crime organizado sem ajuda federal: ‘Rio está sozinho’. Operação no Alemão e na Penha é a maior já feita no Rio desde 2010, segundo ele.

O governador Cláudio Castro (PL) afirmou nesta terça-feira (28) que o governo federal negou ajuda para operações policiais no RJ e que o estado “estava sozinho” na ação desta manhã nos complexos do Alemão e da Penha. Pelo menos 22 pessoas foram mortas em violentos tiroteios.

Tivemos pedidos negados 3 vezes: para emprestar o blindado, tinha que ter GLO, e o presidente [Lula] é contra a GLO. Cada dia uma razão para não estar colaborando”, reclamou Castro.

🔎A Garantia da Lei e da Ordem (GLO) é uma operação prevista na Constituição que autoriza o uso das Forças Armadas em ações de segurança pública em situações excepcionais, quando há esgotamento das forças policiais estaduais. Nesses casos, Exército, Marinha e Aeronáutica passam a atuar com poder de polícia, de forma temporária e sob comando do presidente da República, para restabelecer a ordem e proteger pessoas e patrimônios.

O governador afirmou ainda que a operação desta terça “tem muito pouco a ver com segurança pública”, que a “guerra que está passando dos limites” e cobrou apoio do governo Lula.

“É uma operação de defesa. É um estado de defesa […] não é mais só responsabilidade do estado. O estado está fazendo a sua parte, sim, mas quando se fala em exceder, exceder inclusive as nossas competências, já era para estar tendo um trabalho de integração muito maior com as Forças Federais, o que nesse momento não está acontecendo”.

Segundo Castro, a operação desta terça é “a maior da história do Rio de Janeiro”.

“Estamos sozinhos nessa luta hoje. É uma operação maior que a de 2010 e, infelizmente, desta vez, como ao longo deste mandato inteiro, não temos o auxílio de blindados nem agentes das forças federais de segurança e defesa.”

Por isso, segundo o governador, “não foram pedidas forças federais desta vez”. Castro negou que a cobrança seja pautada por uma briga política e afirma que é um pedido de ajuda.

“O Rio de Janeiro não produz essas armas, essas drogas, esse poder bélico está sendo financiado com lavagem de dinheiro. Tudo que o estado pode fazer está sendo feito”, destacou.

por g1

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