Saiba os possíveis impactos da tarifa de 50% anunciada por Trump na economia do RN

Segundo Fiern, tarifas podem afetar preço de produtos e causar desemprego. Indústrias potiguares de petróleo, pescados e sal, que vendem para os EUA, temem mudança.

Aumento da inflação, com alta no preço dos produtos, e aumento do desemprego são os principais impactos diretos temidos pelo setor industrial do Rio Grande do Norte após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos exportados pelo Brasil a partir de agosto.

Segundo o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Roberto Serquiz, a taxa deverá afetar principalmente indústrias ligadas ao petróleo, à pesca, ao sal, fruticultura potiguar, que são as que mais vendem para o mercado norte-americano.

O anúncio de Trump quebrou expectativas positivas da indústria local sobre o avanço dos produtos locais no mercado americano.

O governo do Rio Grande do Norte informou que monitora a situação dos produtos importados pelo Brasil desde março, quando houve o anúncio das primeiras elevações. O aumento, segundo o governo, “exige um acompanhamento ainda mais rigoroso e uma atuação articulada com o Governo Federal e os setores produtivos, para preservar a competitividade dos setores exportadores do RN” (veja nota completa mais abaixo).

Relações comerciais

Em 2024, 8% das exportações potiguares foram para os Estados Unidos, o quarto maior parceiro comercial do estado. Mas a relação estava em crescimento.

Somente no primeiro semestre de 2025, as exportações potiguares para os EUA aumentaram cerca de 120% – foram 67,1 milhões de dólares, contra 30,5 milhões no mesmo período do ano passado.

por g1RN

Fraude na Cota de Gênero Derruba Chapa do PP de Rodrigo Lucas e muda o Jogo Político do município de Poço Branco

A Justiça Eleitoral determinou a cassação da chapa proporcional do Partido Progressistas (PP) de Poço Branco-RN por fraude na cota de gênero, alterando drasticamente o cenário político da cidade.

A decisão afeta diretamente o vereador Rodrigo Lucas (PP), que perde o mandato, assim como outros candidatos da legenda que participaram da eleição.

A fraude se deu pelo não cumprimento da exigência de 30% de candidaturas femininas válidas, configurando uma manobra irregular para preencher a nominata do partido.

Cota de gênero: regra clara e obrigatória

A legislação eleitoral é clara: partidos e coligações devem garantir pelo menos 30% de candidaturas de um dos gêneros — neste caso, o feminino. Quando isso é descumprido de forma intencional, a Justiça considera como fraude, resultando na anulação de toda a chapa.

Câmara Municipal pode ter nova configuração

Com a cassação, os votos recebidos pelo Progressistas são invalidados, o que muda a distribuição de cadeiras na Câmara Municipal de Poço Branco. Novos vereadores podem assumir os mandatos, e partidos que não haviam sido eleitos podem agora garantir representação.

Repercussão política

A decisão foi recebida com surpresa e agitação nos bastidores da política local, mas o vereador Rodrigo Lucas, agora fora do cargo, ainda pode recorrer da decisão. Enquanto isso, o clima é de expectativa e movimentação intensa entre os demais partidos e pré-candidatos de olho nas próximas eleições.

O caso serve como alerta para todos os partidos sobre a importância de cumprir com responsabilidade a legislação eleitoral e garantir a participação real e legítima das mulheres na política brasileira.

Por Williams Rocha

Imprensa internacional repercute tarifaço de Trump contra o Brasil

Jornais de todo o mundo repercutiram a imposição de tarifa de 50% anunciada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, a todos os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos.

Em carta postada nas redes sociais e direcionada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Trump diz que as tarifas passam a valer em 1º de agosto.

No documento, Trump justifica a medida citando o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. O mandatário norte-americano destacou ainda ordens emitidas pela Corte contra apoiadores de Bolsonaro que mantêm residência nos Estados Unidos.

Em resposta, Lula afirmou que o tarifaço será respondido com a Lei de Reciprocidade Econômica. Também via redes sociais, o presidente defendeu a soberania brasileira e disse que é falsa a alegação de Trump de que a taxação seria aplicada em razão de déficit na balança comercial com o Brasil.

“Neste sentido, qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei brasileira de reciprocidade econômica. A soberania, o respeito e a defesa intransigente dos interesses do povo brasileiro são os valores que orientam a nossa relação com o mundo”, afirmou Lula.

Veja a repercussão do caso nos principais jornais internacionais:

The New York Times
O jornal norte-americano The New York Times citou uma “guerra comercial repentina” entre os Estados Unidos e o Brasil e destacou o que Trump chama de “caça às bruxas” contra Bolsonaro.

O veículo também repercutiu a reação de Lula à carta, dizendo que o Brasil responderá ao tarifaço com a Lei de Reciprocidade Econômica.

The Washington Post
O jornal norte-americano The Washington Post avaliou que o anúncio do tarifaço contra o Brasil marca uma “forte escalada” na disputa diplomática entre os dois países em relação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O periódico também destacou que o governo brasileiro prometeu “retaliação”.

The Guardian
O jornal britânico destacou que as últimas ameaças do presidente norte-americano aumentam receios de que “a estratégia comercial errática” de Trump possa agravar a inflação nos Estados Unidos.

Clarín
O argentino Clarín citou um “aumento drástico” de tarifas, por parte de Trump, sobre produtos brasileiros e o consequente agravamento do conflito entre os dois países.

O veículo destacou o “aumento das tensões” em razão do apoio da Casa Branca ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Deutsche Welle
O periódico alemão Deutsche Welle destacou a imposição do tarifaço de Trump em apoio a Bolsonaro e também a resposta de Lula ao anúncio, citando que o brasileiro classificou como “falsa” a alegação de que a taxação de 50% seria em razão de déficit comercial dos Estados Unidos com o Brasil.

Le Monde
O diário francês Le Monde avaliou que Donald Trump “usa tarifas” para apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O periódico citou que o mandatário norte-americano acusou Lula de conduzir uma “caça às bruxas” contra seu antecessor, atualmente em julgamento por tentativa de golpe de Estado.

El país
Para o espanhol El País, o presidente dos Estados Unidos ultrapassou limites em suas ameaças comerciais, citando a taxação de mais oito países no intuito de pressioná-los a negociar antes do prazo de 1º de agosto.

Agência Brasil

Lula prepara pronunciamento em rede nacional para rebater Trump

Presidente deve reforçar soberania brasileira e aplicação de medidas recíprocas aos Estados Unidos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará um pronunciamento, em cadeia nacional, para responder o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após a decisão de taxar os produtos brasileiros em 50%

A data ainda está sob avaliação, mas será entre esta quinta (10) e sexta-feira (11). O secretário de Comunicação do Palácio do Planalto, Sidônio Palmeira, está fechando os últimos detalhes da fala com o presidente Lula.

Fontes no Planalto afirmam que o tom não deverá fugir à nota publicada por Lula em resposta a Trump. No comunicado oficial, o presidente defendeu a soberania brasileira e a aplicação de medidas recíprocas aos Estados Unidos.

“O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém”, afirmou o presidente em publicação nas redes sociais.

Lula disse ainda que o processo judicial sobre suposto plano de golpe de Estado, no qual Jair Bolsonaro (PL) é réu, é de competência “apenas da Justiça brasileira” e, portanto, “não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais”.

Lula também rebateu a declaração de Donald Trump sobre a relação comercial entre Brasil e EUA ser “injusta”.

Segundo o petista, as estatísticas do próprio governo dos Estados Unidos comprovam um superávit dos EUA no comércio de bens e serviços com o Brasil da ordem de 410 bilhões de dólares ao longo dos últimos 15 anos.…

Delegado é morto durante operação policial

Uma operação da Polícia Civil do Maranhão terminou em tragédia na manhã desta quinta-feira (10), no povoado Boa Vista, zona rural de São João do Sóter, região de Caxias (MA). O delegado Márcio Mendes Silveira (foto em destaque) foi baleado e morreu no local, enquanto tentava cumprir um mandado de prisão contra um suspeito de roubo. Outros dois agentes que o acompanhavam também foram atingidos pelos disparos, mas sobreviveram.

A ação teve início nas primeiras horas do dia. Ao chegarem à casa do alvo, identificado como Leandro da Silva Sousa, os policiais foram surpreendidos por tiros de espingarda. O delegado não resistiu ao ferimento. Os investigadores feridos foram socorridos e transferidos para um hospital em Teresina (PI), onde permanecem internados.

Logo após o ataque, o autor dos disparos conseguiu fugir. Equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar foram mobilizadas para a região. Reforços de São Luís, incluindo unidades de inteligência, o Centro Tático Aéreo e grupos especializados, como o GOE e a Força Tática, foram enviados para apoiar as buscas.

A morte do delegado gerou comoção entre colegas de profissão e provocou uma reação imediata das entidades de classe e do governo estadual. Em nota, a Associação dos Delegados do Maranhão (Adepol-MA) classificou o crime como uma agressão à própria estrutura da segurança pública e cobrou uma resposta rápida e rigorosa das autoridades.

Por Metrópoles

Inflação sobe em junho, estoura meta e BC deve enviar carta com explicações

Gabriel Galípolo enviará carta aberta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando o estouro do teto da meta da inflação oficial do país

IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial no país, foi de 0,24% em junho, recuando ligeiramente em relação a maio. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (10).

Segundo o instituto, o resultado mensal foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial, que, com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1, registrou aumento de 2,96% no mês, sendo o subitem de maior impacto individual no índice (0,12 p.p.).

No ano, a inflação acumulada é de 2,99% e, nos últimos 12 meses, de 5,35%. Com esse resultado, a inflação ficou acima do teto da meta e o BC (Banco Central) deve encaminhar uma carta ao Conselho Monetário Nacional com explicações.

O presidente do BC é obrigado a explicar ao ministro da Fazenda quando a autoridade monetária não consegue atingir a meta ou ficar dentro da margem de tolerância por seis meses. Em janeiro, Galípolo já havia escrito uma carta sobre o descumprimento da meta. Na ocasião, a inflação fechou 2024 em 4,83%.

Esta é a primeira vez que o IPCA descumpriu a meta contínua, já que o modelo entrou em vigor em janeiro deste ano. É também a segunda vez em seu mandato que Galípolo terá que escrever carta para justificar o índice fora da meta.

por CNN

Aliados defendem apelo de Bolsonaro e Eduardo contra tarifaço de Trump

Interlocutores da família advogam por agradecimento público, mas pedido de não taxação a produtos brasileiros

Temendo estragos à economia brasileira e a perda de apoio do empresariado, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) defendem que a dupla faça um apelo público para evitar a aplicação das tarifas de 50% dos Estados Unidos ao Brasil.

Uma liderança da oposição, com acesso à família Bolsonaro, relatou à CNN o que entende ser o melhor caminho agora: uma declaração do ex-presidente e de seu filho “03”, agradecendo “profundamente” Donald Trump pelo apoio no processo judicial, mas com um pedido de não taxação aos produtos brasileiros.

De acordo com essa fonte, isso permitiria a Jair Bolsonaro e a Eduardo apresentar-se como responsáveis por evitar o pior cenário para a indústria e para o agro do país, mostrando-se supostamente acima de diferenças políticas.

Na carta em que divulga a adoção de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, Trump critica o “caça às bruxas” no julgamento de Bolsonaro pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e os “ataques insidiosos do Brasil às eleições livres”, em referência à inelegibilidade do ex-presidente.

por CNN

Acidente na BR-304 em Mossoró termina em tentativa de homicídio após discussão entre motoristas

Após o impacto, sem vítimas inicialmente, o condutor de um dos veículos desceu do carro, subiu no capô do outro carro e quebrou o para-brisa

Um acidente de trânsito envolvendo dois veículos terminou com os motoristas feridos e autuados por tentativa de homicídio na tarde desta quarta-feira 9, no km 39 da BR-304, em Mossoró, região Oeste do Rio Grande do Norte.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a ocorrência começou com uma colisão traseira entre um Citroën C3 e um Renault Logan. Após o impacto, sem vítimas inicialmente, o condutor do Citroën desceu do veículo, subiu no capô do Logan e quebrou o para-brisa, iniciando uma agressão física ao outro motorista.

Em reação, o condutor do Logan sacou uma faca do interior do carro e golpeou o agressor. Na sequência, o motorista do Citroën conseguiu tomar a arma branca e também feriu o outro condutor.

Os dois homens foram socorridos por equipes médicas e encaminhados ao Hospital Regional Tarcísio Maia, onde passaram por cirurgias. A faca foi apreendida pela PRF.

O caso foi apresentado à Delegacia de Plantão da Polícia Civil de Mossoró. Ambos os motoristas foram autuados por tentativa de homicídio. O condutor do Citroën também vai responder por dano simples, em razão da quebra do para-brisa do Logan.

A PRF reforçou que “nenhum dano material justifica atitudes violentas” e recomendou autocontrole e respeito entre os condutores.

por Agora RN

Natal avalia possibilidade de romper com a Caern e assumir água e esgoto

Prefeitura pode assumir o controle do saneamento do município; Caern alerta para custo de R$ 530 milhões e risco de alta da tarifa para a população

O prefeito de Natal, Paulinho Freire (União), analisa se mantém a Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) responsável pelos serviços de água e esgoto da cidade ou se rompe o contrato e assume diretamente o saneamento básico da capital. A decisão, considerada uma das mais importantes da gestão, deve ser tomada nos próximos meses, segundo o secretário de Planejamento, Vagner Araújo.

“O município tem prerrogativas constitucionais que há décadas foram delegadas à Caern. A companhia estadual opera em quase todos os municípios do Estado. Agora, com a estruturação de uma PPP (Parceria Público-Privada) pela própria Caern, Natal precisa decidir se mantém essa parceria histórica ou retoma o controle direto dos serviços”, afirmou.

Segundo Vagner, o município possui atualmente 98,7% da população com água encanada, mas apenas 33,2% têm acesso à coleta de esgoto, bem abaixo da média nacional, que é de 62,4%. “O histórico contratual entre Natal e a Caern é marcado por renovações sucessivas e descumprimento sistemático de metas. Esse desempenho evidencia décadas de promessas não cumpridas pela companhia”, frisou.

Ele explicou que outras capitais do Nordeste, com Maceió (AL) e Fortaleza (CE), buscaram soluções diferentes para o problema e que Natal tem duas opções: negociar uma participação mais forte na PPP da Caern, cobrando resultados com regras claras ou romper o contrato atual e criar uma PPP própria, controlando tudo o que for feito no saneamento da cidade. “A segunda opção daria mais autonomia para decidir onde e como investir o dinheiro, além de controlar tarifas e prazos”.

Segundo Vagner, o município não pode esperar. “Para universalizar o esgoto até 2033, como manda a lei, Natal precisa investir entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões. É preciso garantir que esses investimentos sejam bem-feitos, com controle público e tarifas justas. Paulinho tem a chance de colocar Natal no comando do seu saneamento, depois de anos dependendo da Caern e sem resultados concretos”, afirmou.

Caern alerta para custo da saída e fala em indenização de R$ 530 milhões

O presidente da Caern, Roberto Linhares, afirmou que, caso a Prefeitura decida romper o contrato de concessão dos serviços de água e esgoto com a estatal, terá que pagar uma indenização estimada em R$ 530 milhões. Segundo ele, Natal faz parte da microrregião Litoral Seridó, criada pela Lei Complementar Estadual nº 682/2021, e não pode sair do sistema sem autorização prévia. Além disso, precisaria pagar os investimentos já realizados no município pela companhia.

“Seria preciso indenizar a Caern dos ativos não amortizados, ou seja, dos investimentos que foram feitos na companhia em canos, tubos, elevatórias, estação de tratamento de água e de esgoto no município”, explicou. E que a indenização teria que ser paga antes da saída da Caern, com o custo refletindo nas contas da população. “O impacto em tarifa para a população de Natal ia ser enorme”, completou.

Roberto citou o exemplo de Alagoas, que seguiu um modelo diferente de PPP no saneamento. “A tarifa de Alagoas, que o modelo de PPP deles é diferente da que a gente está pensando, era equivalente à da Caern no início do estudo. Hoje, menos de dois anos depois, a tarifa de lá é quase 60% maior do que a de Natal”, comparou.

Ele afirmou que a Caern está negociando com a Prefeitura há cerca de dois anos e que as conversas têm avançado. Segundo ele, o objetivo é que a companhia contribua com recursos para áreas que são de responsabilidade do município. “A negociação já dura cerca de dois anos e avança com a possibilidade de a companhia contribuir financeiramente para áreas sob responsabilidade da Prefeitura, como drenagem e resíduos sólidos”, explicou o presidente da Caern.

Vereador aponta prejuízo ao interior do RN

O vereador Daniel Valença (PT) afirmou que a possível decisão da Prefeitura de romper o contrato com a Caern pode prejudicar todo o Estado. Segundo ele, o superávit financeiro obtido pela estatal em Natal garante o funcionamento dos serviços de água e esgoto em municípios do interior, e a proposta representa mais um prejuízo à população. E chamou a atenção para o custo que o município teria que assumir caso opte por encerrar o contrato.

Ele explicou que o lucro que a Caern tem em Natal é essencial para garantir os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário em cidades menores do estado. “O superávit da empresa na capital é que garante os serviços de saneamento e abastecimento de água em diversas cidades menores do interior, por meio do subsídio cruzado”, explicou.

Segundo o vereador, “o lucro da Caern em Natal garante a manutenção e ampliação dos serviços em municípios menores do RN, muitos deles localizados no semiárido e sem capacidade financeira para manter o abastecimento sozinhos”.

por Agora RN

Combustíveis em Natal estão mais caros no mês de julho, aponta Procon

Os preços dos combustíveis voltaram a subir em Natal. De acordo com um levantamento concluído pelo Procon Municipal em 7 de julho e divulgado nesta quarta-feira (09), a gasolina comum apresentou alta média de 3,05% em relação ao mês anterior, passando de R$ 5,92 para R$ 6,10. O aumento atinge também os demais combustíveis comercializados na capital potiguar.

Apesar da alta, motoristas relataram, nesta quarta-feira (9), uma redução pontual nos preços em alguns postos da cidade. Dados do aplicativo Nota Potiguar mostram variações significativas: o litro da gasolina comum estava sendo vendido entre R$ 5,27 e R$ 5,98, dependendo do estabelecimento. O cenário reforça a instabilidade no mercado local de combustíveis e exige atenção dos consumidores, que devem continuar pesquisando antes de abastecer.


Além da gasolina comum, que subiu 3,05%, outros combustíveis também tiveram aumento, segundo o levantamento do Procon Natal. A gasolina aditivada registrou alta de 2,61%, com o preço médio passando de R$ 5,99 para R$ 6,15. O diesel comum subiu na mesma proporção (2,61%), indo de R$ 5,95 para R$ 6,05, enquanto o diesel S-10 teve reajuste de 1,74%, passando de R$ 6,00 para R$ 6,09.
O etanol também encareceu, com aumento de 1,50%, subindo de R$ 4,91 para R$ 4,98 por litro. Já o gás natural veicular (GNV) teve o maior reajuste registrado: alta de 6,30%, com o metro cúbico saindo de R$ 4,83 para R$ 5,13.


Sobre a variação de preços, a diretora-geral do Procon Natal, Dina Pérez, orienta: “O interessante é que o consumidor sempre pesquise, porque não há um tabelamento. Houve aí, na pesquisa que foi realizada, um aumento nessa média. Mas não quer dizer que todos os postos da cidade tenham aumentado. Isso se deve ao livre mercado, à livre concorrência que é estabelecida na Constituição Federal”, explicou.


Ainda segundo Dina Pérez, a alta que havia sido registrada no início de julho é consequência de diversos fatores, como o reajuste da Petrobras nas refinarias — especialmente para gasolina e diesel. Entre os principais motivos estão a valorização do dólar e o aumento do barril de petróleo no mercado internacional, impulsionado por tensões geopolíticas e cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Esses fatores impactam tanto os custos de importação quanto a produção interna.


A diretora-geral do órgão também destaca os custos logísticos no Nordeste, como transporte e distribuição, que elevam o preço final ao consumidor. “As margens e o repasse dos postos também influenciam bastante. Em alguns casos, a diferença entre estabelecimentos chega a R$ 0,60, o que mostra o impacto direto dessas margens”, pontuou.

Preços nas regiões

Entre as regiões da capital, a Zona Sul e a Zona Leste apresentaram os menores preços médios da gasolina comum, com R$ 6,07. Já as Zonas Oeste e Norte registraram média de R$ 6,16. A pesquisa também identificou diferenças significativas entre os postos: até R$ 0,72 no preço do etanol; R$ 0,62 na gasolina comum; R$ 1,00 no diesel S-10; e R$ 0,24 no GNV.


Mesmo com o menor preço médio, a Zona Sul foi a que teve o maior aumento em relação ao mês anterior — R$ 0,24 por litro. Em contrapartida, a Zona Norte, apesar de ter um dos preços médios mais altos, registrou uma leve redução de R$ 0,03. Isso mostra que o impacto do reajuste foi mais sentido pelos consumidores da Zona Sul do que pelos da Zona Norte, evidenciando a variação no comportamento dos preços na cidade.


No mês anterior, os combustíveis haviam registrado queda de preço. O recuo foi sentido de forma generalizada, inclusive no etanol e no GNV, aliviando o bolso dos motoristas.


Para quem depende do carro para trabalhar, como a empresária Iris Juliana Batista, que atua com locação de veículos e oficina, a instabilidade preocupa. “Está nessa oscilação e é complicado para a gente que trabalha com veículos. Tornou-se uma bolsa de valores, que a gente não sabe quando vai estar em alta ou em baixa. A gente não sabe se vai caber no nosso bolso no fim das contas”, desabafa.


Já a motorista Ângela Barbosa relata que, apesar da instabilidade, tem percebido melhora nos preços mais recentemente. “De uns tempos para cá, está bom. Antes eu colocava um valor que nem mexia no painel, e hoje eu coloco um valor e vejo que tem diferença”, conta. O motorista de aplicativo Deivison Mendes, que costuma abastecer na região Leste, também notou o alívio no bolso. “Em alguns postos diminuiu o preço. O valor que eu coloco rende mais”, disse.


O Procon também lembra que o consumidor tem direito à informação clara sobre o combustível. Caso haja dúvidas quanto à qualidade ou quantidade, é possível solicitar testes no próprio posto. Em caso de recusa ou irregularidade, a denúncia pode ser feita na sede do órgão (Rua Ulisses Caldas, nº 181 – Cidade Alta) ou por e-mail: procon.natal@natal.gov.br.

Por TN