Setor de pesca paralisa exportação de 1.500 toneladas para os EUA

Envio foi suspenso após anúncio de taxação por Trump; pescados demorariam até três semanas para chegar ao país

A exportação de pescados brasileiros para os Estados Unidos está suspensa. Segundo a Abipesca (Associação Brasileira das Indústrias de Pescados), pelo menos 1.500 toneladas de peixes e frutos do mar deixaram de embarcar para o país norte-americano desde quinta-feira (10).

Jairo Gund, diretor-executivo da Abipesca, explica que há contêineres parados em diversos portos brasileiros, especialmente nos estados da Bahia, Ceará e Pernambuco.

Isso porque o tempo para que o produto chegue pelo mar aos Estados Unidos é de cerca de três semanas.

Dessa forma, os empresários norte-americanos estariam temerosos sobre o valor que o pescado chegará por lá. A nova tarifa passará a valer a partir de 1° de agosto.

por CNN

Trump sinaliza que pode conversar com Lula após tarifa de 50% sobre o Brasil, ‘mas não agora’

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou nesta sexta-feira (11) que pode conversar com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, após a imposição de tarifas de 50% sobre produtos importados do Brasil. “Em algum momento posso falar com Lula, mas não agora”, afirmou, ao ser questionado sobre o tema por repórteres em frente à Casa Branca.

Trump também comentou a relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, dizendo que “Bolsonaro era muito duro em negociações” e que “é muito injusta a maneira com que o Brasil o trata”. O republicano se referiu ao julgamento do ex-presidente em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), sobre uma tentativa de golpe de Estado. A Corte brasileira foi alvo de críticas de Trump na carta em que anunciou a tarifa de 50% sobre o Brasil.

Ao tratar das tensões com o Canadá, Trump afirmou que as tarifas de 35% aplicadas ao país vizinho, anunciadas na noite de quinta, foram “razoavelmente bem recebidas”. Ele acrescentou que “recebi uma ligação do Canadá ontem, após a carta”, sem revelar detalhes e indicou que eventuais exceções tarifárias ainda estão sendo avaliadas: “Veremos”.

A outros países que aguardam definições sobre medidas comerciais Trump pediu que “continuem trabalhando duro” por um acordo com os americanos.

Juros

Na frente monetária, o republicano voltou a criticar o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. “Ele faz um trabalho terrível. Deveríamos ter taxas de juros três pontos porcentuais menores”, disse. Questionado sobre a possibilidade de demitir Powell, foi direto: “Não farei.”

Estadão Conteudo

Contribuintes de Natal têm até 18 de julho para aderir ao Refis 2025; veja condições

A Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria Municipal de Finanças (Sefin), está fazendo um último chamado para os contribuintes que desejam regularizar débitos com o município. O prazo para adesão ao Refis 2025, programa de regularização fiscal com condições facilitadas de pagamento, encerra-se no próximo dia 18 de julho.

Com mais de 19 mil negociações realizadas desde o lançamento, o Refis 2025 já é considerado o maior da história da capital potiguar em volume de adesões e benefícios concedidos. O secretário municipal de Finanças, Marcelo Oliveira, reforça o alerta para que os interessados não deixem a oportunidade passar.

“Sabemos que muita gente quer regularizar sua situação, mas acaba adiando. O Refis 2025 oferece uma chance real, com descontos generosos, entrada facilitada e diversas opções de pagamento. É o momento de pensar no futuro, evitar dívidas e contribuir para o desenvolvimento da nossa cidade”, destacou Oliveira.

O programa possibilita o pagamento à vista com 100% de desconto nos juros e até 90% na multa de mora. Também é possível parcelar em até 60 vezes, com abatimentos progressivos conforme o número de parcelas:

  • Até 12 parcelas: 100% de desconto nos juros e 80% na multa;
  • 13 a 24 parcelas: 100% nos juros e 70% na multa;
  • 25 a 36 parcelas: 100% nos juros e 60% na multa;
  • 37 a 48 parcelas: 100% nos juros e 50% na multa;
  • 49 a 60 parcelas: 100% nos juros e 40% na multa.

O valor mínimo das parcelas é de R$ 50 para pessoa física e R$ 200 para pessoa jurídica, e a entrada corresponde ao valor de uma parcela.

Para aderir ao programa, o contribuinte pode acessar o Portal Directa (www.directa.natal.rn.gov.br) com login via Gov.br, entrar em contato pelo WhatsApp (84) 98786-1990, ou comparecer presencialmente na sede da Sefin (Rua Açu, 394 – Tirol).

Entre as opções de pagamento estão PIX, boletos bancários e convênios com Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Clientes do Banco do Brasil têm a facilidade de quitar débitos diretamente pelo aplicativo, terminais de autoatendimento ou internet banking.

Além disso, é possível utilizar cartão de crédito para quitar os débitos, garantindo o desconto máximo à vista e ainda parcelando o valor diretamente na fatura.

por Tribuna do Norte

Cidade do RN tem mais de 90% da população morando em unidade de conservação ambiental, diz IBGE

Mais de 126,6 mil pessoas moram em Unidades de Conservação da Natureza (UC’s) no Rio Grande do Norte, segundo dados inéditos divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento foi feito no Censo 2022.

O número total representa 3,83% da população do estado. No entanto, chama a atenção a realidae do município de Nísia Floresta, na Grande Natal: segundo o IBGE, 91% da população da cidade, mais de 29 mil pessoas, moram dentro de unidade de conservação.

O município fica dentro da Área de Proteção Ambiental Bonfim/Guaraíra, que é a unidade com a maior população no estado. Ao todo, 72.035 pessoas moram nela. Em segundo lugar, está a Área de Proteção Ambiental Piquiri-Uma, com 43.423 residentes.

Segundo o IBGE, as unidades de conservação são espaços territoriais e os seus recursos ambientais com características naturais relevantes, instituídos pelo Poder Público e com regime especial de administração, com limites e objetivos de conservação.

No RN, foram identificados moradores em Áreas de Proteção Ambiental (APP), em florestas, em parques e em uma reserva de desenvolvimento sustentável.

De acordo com a superintende estadual do IBGE/RN, Fabiana Fábrega de Oliveira, uma das inovações do Censo 2022 é o fornecimento das primeiras estatísticas oficiais sobre as características sociodemográficas dos grupos populacionais que moram nesses espaços.

“Os gestores terão informações demográficas para as unidades que poderão embasar decisões mais assertivas de acordo com os objetivos planejados para cada um dos tipos de Unidade de Conservação”, explicou a superintendente.

Veja os cinco municípios do RN com maior população em áreas de conservação ambiental

MunicípioPopulação totalPopulação residente em Unidades de Conservação
Nísia Floresta (RN)31.94229.356
São José de Mipibu (RN)47.28626.739
Goianinha (RN)26.74112.864
Tibau do Sul (RN)16.92911.478
Pedro Velho (RN)13.82411.467

Fonte: IBGE

Avião faz pouso forçado e bate em cerca ao tentar decolar de fazenda na Grande Natal

Caso aconteceu no fim da tarde de quinta-feira (10) na zona rural de Macaíba, segundo a Polícia Militar.

Um avião monomotor fez um pouso forçado em uma propriedade rural de Macaíba, na Grande Natal, no fim da tarde de quinta-feira (10).

O caso aconteceu por volta das 17h próximo às comunidades conhecidas como Tapará e Ladeira Grande, segundo a Polícia Militar.

Testemunhas informaram à polícia que os ocupantes da aeronave ainda tentaram levantar voo após o pouso, mas não conseguiram. O avião bateu em uma cerca da fazenda e virou.

A cena da tentativa de decolagem foi registrada em um vídeo. Veja acima. Sem sucesso na tentativa, os ocupantes deixaram a aeronave no local e pediram informações a moradores da região para chegar à BR-304.

O avião é um monomotor modelo Cessna U206D com matrícula ativa na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e se encontra regular para operação de voo panorâmico, segundo a agência.

A aeronave pertence a uma empresa de paraquedismo.

A Força Aérea Brasileira foi procurada pela Inter TV Cabugi, para dizer se o caso será investigado, mas não enviou posicionamento sobre o assunto até a última atualização desta reportagem.

por g1 RN

Álvaro Dias surge como única alternativa para unir oposição rachada no RN

Diante do cenário de divisão e vaidade entre os principais líderes da oposição no Rio Grande do Norte, apenas um nome desponta como possível ponto de equilíbrio: o do ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias.

Candidato ao Governo do Estado em 2026, Álvaro é visto como uma figura capaz de articular uma chapa unificada, vencendo os caprichos pessoais e os interesses que hoje fragmentam o grupo.

Enquanto a direita se divide, a esquerda observa e comemora. Para evitar mais um revés eleitoral, a oposição precisa de consenso — e, até agora, Álvaro é o único com perfil para isso.

Por Robson Pires

RN prepara plano emergencial para enfrentar nova seca em 2026

Com os reservatórios em níveis críticos e sem recarga significativa durante a quadra chuvosa de 2025, o Governo do Rio Grande do Norte está antecipando medidas para enfrentar um possível cenário de colapso hídrico no próximo ano. O secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Paulo Varella, afirmou que o Estado já opera com um plano emergencial voltado para garantir o abastecimento até o fim de 2026, mesmo que o cenário climático se agrave.

Segundo Varella, a atual estiagem deixou quase todos os açudes do Estado em situação pior do que a registrada em 2024, com exceção apenas dos reservatórios Riacho da Cruz e Dinamarca (Serra Negra do Norte). “Estamos com cerca de 50% das reservas, na média. Mas no Seridó, por exemplo, esse número despenca para apenas 17%”, alertou.

Segundo o secretário, a governadora Fátima Bezerra (PT) convocou os órgãos do sistema hídrico e agrícola para montar uma resposta integrada. Participam do comitê, além das secretarias de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Agricultura (Sape) e Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (Sedraf), o Igarn (Instituto de Gestão das Águas), a Caern (Companhia de Águas e Esgotos), a Emparn (Empresa de Pesquisa Agropecuária).

Entre as ações já em curso, o governo lançou um programa de recuperação de barragens, com obras em 28 reservatórios. Todas as intervenções estão sendo financiadas com recursos próprios do Estado. “Estamos deixando essas barragens prontas do ponto de vista da segurança e da operação. Isso garante que cada gota que temos hoje seja utilizada da melhor forma”, explicou o secretário.

Além disso, um novo programa de perfuração de poços está em execução. Até abril de 2026, serão abertos 500 poços, também com recursos do governo estadual. A meta é ampliar as alternativas de abastecimento principalmente nas regiões mais afetadas pela irregularidade das chuvas.

Paralelamente às ações emergenciais, o governo está antecipando investimentos estruturantes, como a aceleração das obras do Projeto Seridó. O cronograma foi encurtado para que a adutora esteja em operação até dezembro de 2025 ou janeiro de 2026. “Se conseguirmos concluir a obra a tempo, teremos garantia de abastecimento para cidades como Caicó, Currais Novos, Florânia, Cruzeta, São Vicente e outras, mesmo sem chuva no próximo ano”, afirmou.

Outra frente é a chegada definitiva da água da transposição do Rio São Francisco. De acordo com Paulo Varella, a água começa a entrar no Estado ainda em agosto deste ano pelo rio Piranhas. Já em 2026, o abastecimento se expandirá para o Alto Oeste por meio do túnel de Major Sales, levando água até Pau dos Ferros e Santa Cruz. “Essa é a primeira vez que vamos operar com regularidade a água da transposição no RN. Mas, para funcionar, é preciso ter as adutoras e as estruturas prontas”, ressaltou.

A preocupação com os pequenos produtores também está no radar. A Emparn deverá aumentar sua produção de feno, atingindo 10 mil fardos por mês. A Sape, por sua vez, trabalha para ampliar a distribuição de milho da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) de 20 mil para 45 mil toneladas. O governo também negocia com instituições financeiras e cooperativas a prorrogação de prazos de crédito para produtores afetados.

“Temos que rezar pelo melhor e nos preparar para o pior”, diz secretário

Paulo Varella afirma que o Governo do Rio Grande do Norte está agindo em várias frentes para evitar um colapso hídrico em 2026. “Temos que rezar pelo melhor e nos preparar para o pior”, resumiu.

A estratégia do governo, segundo ele, inclui três linhas de atuação: utilizar melhor a água já armazenada, buscar novas fontes por meio da perfuração de poços, e antecipar obras de adutoras para distribuir a água da transposição do Rio São Francisco.

A água da transposição chegará ao Rio Grande do Norte de forma definitiva a partir de agosto, pelo leito do rio Piranhas, e deve atingir a região do Alto Oeste em 2026, por meio do túnel de Major Sales. “É a primeira vez que o RN vai operar com regularidade a água da transposição. Mas é preciso estar com as adutoras prontas para distribuir”, afirmou. Ele também confirmou que o Projeto Seridó deve ser concluído entre dezembro deste ano e janeiro do próximo, antecipando a meta inicial de junho de 2026.

Ao ser questionado sobre a segurança da Barragem de Oiticica, o secretário garantiu que o reservatório já está em operação e beneficiando diretamente produtores entre Jucurutu e a Armando Ribeiro Gonçalves. Segundo ele, Oiticica já armazena mais água do que todos os outros açudes do Seridó somados. “Já tem 103 milhões de metros cúbicos prontos para uso. O entorno já está sendo utilizado por agricultores e produtores de queijo e leite. É uma obra que mudou a lógica hídrica do Seridó”, destacou.

Varella concluiu reafirmando a lógica que orienta o plano de ação do governo: prever, mitigar e agir. “Se a seca vier, o Estado precisa estar preparado. O nosso dever é garantir abastecimento, proteger o agricultor e evitar que as famílias sejam empurradas ao desespero pela falta d’água”.

Por AgoraRN

Natal é sétima cidade do NE em potencial de consumo este ano, aponta estudo

Atrás apenas do Sudeste, a região Nordeste alcançou, em 2025, o posto de segunda maior força consumidora do país, superando a região Sul e alcançando participação de 18,6% no consumo nacional. Em Natal, o volume de gastos estimado chega a R$ 31,6 bilhões ao ano, colocando a capital potiguar na 7ª posição entre as cidades nordestinas com maior potencial de consumo. Já o Rio Grande do Norte ocupa a 19ª posição nacional, com potencial de consumo total em R$ 101,8 bilhões.

Os dados são do IPC Maps 2025, estudo da IPC Marketing Editora, que há mais de 30 anos avalia o Índice de Potencial de Consumo dos estados e municípios. De acordo com Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing, dois fatores principais explicam o avanço da região. “São dois pontos principais: as enchentes em 2024 no RS prejudicaram o desempenho da região Sul, além do fato de que o Nordeste está com o turismo bem desenvolvido, graças ao fortalecimento do dólar perante o real, o que leva mais turistas brasileiros à região e atrai mais turistas estrangeiros”, disse.

O IPC Maps aponta que o Brasil deverá movimentar R$ 8,2 trilhões em consumo em 2025, com crescimento real de 3,01% em relação a 2024. Pazzini acrescenta que o aumento geral no consumo se deve principalmente à redução do desemprego e ao maior rendimento domiciliar.

“Este crescimento está sendo impulsionado pela melhoria da condição de emprego da população, com a diminuição do desemprego e melhoria do rendimento domiciliar, o que permite acesso a bens de consumo com valor mais alto, através de pagamento em prestações. Hoje a população que trabalha com carteira assinada tem uma segurança maior em contrair financiamento para pagamento em mais parcelas”, afirmou.

Em Natal, o levantamento aponta que a maior parte do consumo se concentra em habitação (R$ 5,65 bilhões), em veículos próprios (R$ 3,83 bilhões) e alimentação no domicílio, que movimenta R$ 3,79 bilhões ao ano. Gastos com alimentação fora do domicílio totalizam R$ 2,27 bilhões anuais, enquanto vestuário soma R$ 891,5 milhões, e eletroeletrônicos, R$ 482,8 milhões.

O levantamento mostra ainda que a cidade possui mais de 266 mil domicílios urbanos, sendo 46,6% da classe C, 29,3% da D/E, 21,5% da B e apenas 2,7% da classe ª

MEI e Bolsa Família

De acordo com Marcelo Queiroz, presidente da Fecomércio RN, o forte crescimento econômico em 2024, de 6,1%, aliado ao recorde de geração de empregos, com mais de 34 mil vagas formais, impulsionou o comércio de bens e serviços no Rio Grande do Norte no último ano. A força vem principalmente dos Microempreendedores Individuais (MEIs), que concentram 83% no setor de comércio e serviços. “Os MEIs fazem a roda da economia girar mais forte, por serem geradores de renda, emprego [limitado a um formal] e de consumo para revenda ou insumos para sua atividade”, afirma.

Segundo o sócio da IPC Marketing Editora, o programa Bolsa Família, apesar de ter sido essencial no impulso inicial do consumo, perdeu efetividade ao longo do tempo. “Isto é uma análise baseada no comportamento das pessoas, pois quando você tem certeza de recebimento de valores sem nenhum esforço, mediante algumas condições específicas, como por exemplo, o valor do rendimento domiciliar e, de repente, alguém desta família aceita um trabalho, o rendimento domiciliar sobe e pode levar à perda do benefício”, explicou.

Além de Natal, outras cidades potiguares aparecem no ranking de consumo do IPC Maps 2025. Parnamirim ocupa a segunda posição no estado, com potencial de R$ 10,8 bilhões ao ano, seguida por Mossoró, com R$ 9 bilhões. São Gonçalo do Amarante, Extremoz, Macaíba, Caicó, Ceará-Mirim, Assú e Currais Novos completam as dez primeiras colocações no RN.

Na percepção de Marcelo Queiroz, apesar dos números positivos, o Rio Grande do Norte vem perdendo fôlego no 2º trimestre. Mesmo assim, a expectativa é de crescimento, porém menor que a média brasileira. “O alto endividamento das famílias potiguares, aliado ao aumento da carga tributária estadual, tem tirado poder de compra da população local”, avalia Queiroz.

No âmbito regional e na comparação entre as cidades, Salvador lidera o potencial de consumo do Nordeste, com R$ 101,4 bilhões, seguida por Fortaleza (R$ 96,2 bilhões) e Recife (R$ 59,8 bilhões). São Luís (R$ 39,9 bi), Maceió (R$ 35,1 bi), João Pessoa (R$ 34,1 bi), Natal (R$ 31,6 bi), Teresina (R$ 29,9 bi), Aracaju (R$ 26,1 bi) e Jaboatão dos Guararapes (R$ 23,2 bi) completam o top 10 da região Nordeste.

Bastidores da politica: Antônio Macaco desponta como forte nome do Seridó para 2026

O empresário e ex-prefeito de Jardim de Piranhas, Antônio Macaco, surge como um dos nomes mais fortes do Seridó para as eleições de 2026. Com uma trajetória marcada por gestão popular e presença ativa nos bastidores da política potiguar, ele é visto por aliados como um potencial candidato ao legislativo estadual, com ampla aceitação no município e forte influência regional.

Sua experiência administrativa e o carisma junto à população colocam Antônio Macaco em posição de destaque no xadrez político do RN, especialmente em um momento em que o eleitor busca representantes com raízes na comunidade e resultados comprovados. O Seridó poderá, mais uma vez, ter um nome de peso na Assembleia Legislativa.

Por Blogdopassaro…

Taxação dos EUA deve atingir atum, sal, petróleo e fruticultura, diz Fiern

A taxação em 50% dos produtos brasileiros anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na última quarta-feira (09), vai afetar o setor produtivo do Rio Grande do Norte. Entre os produtos exportados que serão mais impactados caso a tarifa entre em vigor estão o atum e pescados de maneira geral, sal, petróleo e a fruticultura. Entidades do setor produtivo e o Governo do Rio Grande do Norte se posicionaram nesta quinta-feira (10), preocupados com a decisão do mandatário norte-americano. Eles apontam que a taxação afeta investimentos, empregos e pode inviabilizar as exportações para alguns setores.

Segundo dados do Observatório Mais RN, da Federação das Indústrias do Estado (Fiern), as exportações totais do RN para os Estados Unidos somaram US$ 67,1 milhões no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 120% no comparativo com o mesmo período de 2024, quando as vendas de produtos potiguares aos EUA totalizaram US$ 30,5 milhões.

Em entrevista coletiva à imprensa nesta quinta-feira (10), Roberto Serquiz, presidente da Fiern, disse que a taxação vai provocar impactos significativos para a competitividade do Estado. Serquiz externou preocupação especial com as exportações de petróleo, uma vez que esse produto responde por 45% do PIB industrial do Rio Grande do Norte, com crescimento significativo de vendas para o mercado americano no comparativo entre o primeiros seis meses de 2024 e 2025.

“No ano passado, de janeiro a junho, as vendas de petróleo para os Estados Unidos somaram US$ 4 milhões. Neste ano, foram US$ 24 milhões no primeiro semestre, liderando nossa balança comercial. Além disso, outros setores perdem totalmente a competitividade, como o atum, cuja venda é 100% para os EUA. O sal também fica completamente sem competitividade. Esse cenário é bastante preocupante. Esperamos um diálogo do governo brasileiro para voltarmos a ter uma condição satisfatória”, afirmou Serquiz ao lembrar que em abril o governo americano já havia taxado os produtos brasileiros em 10%.

Com o cenário que se desenha a partir do novo aumento tarifário, previsto para ser aplicado a partir de agosto, as exportações do pescado potiguar – atum e meca – ficam inviáveis, segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Pesca do Rio Grande do Norte (Sindipesca-RN), Arimar Filho. “Nosso peixe é totalmente voltado para o mercado americano. Diante disso, as empresas daqui já se adiantaram para antecipar o máximo os embarques que podem ser agilizados àquele país”, informou o presidente.

As vendas de itens como melão e melancia aos Estados Unidos também se tornarão inviáveis, de acordo com Fábio Queiroga, presidente do Comitê Executivo de Fruticultura do RN (Coex). “As exportações desses itens para os EUA representam cerca de 5% do que é vendido para a Europa, nosso principal mercado, mas ainda assim há impactos de pequena magnitude, porque os produtores estão receosos. Estamos na fase inicial de plantio da próxima safra e a expectativa é reduzi-lo em cerca de 3%. Felizmente, teremos uma produção 10% superior à da safra passada, então, avaliamos esse impacto com sendo algo menor”, explica Queiroga.

A indústria salineira potiguar também será impactada pela taxação dos EUA. O presidente do Sindicato da Indústria de Sal do RN (Siesal), Airton Torres, disse que 25% da produção salineira do Estado vai para o mercado norte-americano. “Estamos muito preocupados com essa taxação. Se ela for mantida, vai ficar totalmente impossível continuar exportando sal para os Estados Unidos. Isso terá um prejuízo grande, se considerarmos que 25% de todo o sal que sai pelo Porto Ilha de Areia Branca vai para os Estados Unidos. Estamos falando de uma perda de mercado da ordem de 500 mil toneladas/ano”, disse.

Para o vice-presidente da Associação de Empresas Fornecedoras de Bens e Serviços para a Cadeia de Petróleo, Gás, Petroquímica e Energia (RedePetro), Ubiratan Santos, o anúncio da tarifa é “preocupante” e afeta a cadeia como um todo. “O mercado de óleo e gás precisa comprar muitos produtos, principalmente dos Estados Unidos. Vai causar tanto na compra quanto na venda. Mesmo os Estados Unidos não sendo um potencial comprador do nosso óleo, mas vai afetar toda a cadeia”, disse.

Economista prevê alta na cotação do dólar

Na avaliação do economista e ex-presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-RN), Helder Cavalcanti, a taxação anunciada por Donald Trump pegou a macroeconomia brasileira “de surpresa”, uma vez que o Brasil está em superávit primário na balança comercial, estando entre os 10 maiores países na relação com os Estados Unidos.

“Isso significa que nós vamos ter grandes impactos. Essa taxação vai refletir na subida do dólar, que consequentemente vai atingir nossos supermercados, o combustível. É algo preocupante e o mercado já está com muita incerteza e sinalizando com uma preocupação gigantesca. Essa medida impacta e não é movida por nenhum fator econômico, sendo mais uma questão política”, analisa.

Em relação ao Rio Grande do Norte, estado que tem uma forte relação de exportação com o país norte-americano, Helder Cavalcanti explica que a situação pode afetar investimentos e empregos. “Isso terá um reflexo negativo também no emprego. Se o empresário diminui sua produção, teremos menos dinheiro circulando e, consequentemente, chegaremos a ter desemprego também”, cita.

Entidades do RN pedem diplomacia

Para Luiz Roberto Barcelos, presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), o setor vê a decisão do governo americano com muita preocupação. “Esperamos diplomacia e bom senso para que as relações institucionais prevaleçam e possamos remover essa barreira para a existência de um comércio justo com os Estados Unidos”, comentou.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do RN (Faern), José Vieira, explicou que alguns produtos, com a nova taxação, podem alcançar tarifas de até 75%, fator que levanta bastante preocupação no mercado exportador em razão dos reflexos significativos. “Os contratos de mercadorias em negociação, sem sombra de dúvida, sofrerão impactos muito grandes, inclusive até de cancelamento por parte do governo americano por conta da alta tarifa. Por isso, essas questões precisam ser resolvidas de forma diplomática. A Federação da Agricultura está bastante preocupada”, pontuou Vieira.

Marcelo Queiroz, presidente da Fecomércio-RN, diz ter …