Governo venezuelano classificou declaração do presidente dos EUA como violação do direito internacional e anunciou que levará o caso à ONU
A Venezuela criticou nesta quarta-feira 15 o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após ele confirmar que autorizou missões da CIA no território venezuelano.
Em comunicado, o governo afirmou que “a República Bolivariana da Venezuela rejeita as declarações belicosas e extravagantes do Presidente dos Estados Unidos, nas quais ele admite publicamente ter autorizado operações para agir contra a paz e a estabilidade da Venezuela”.
A nota diz ainda que “esta declaração sem precedentes constitui uma grave violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, e obriga a comunidade internacional a denunciar essas afirmações claramente imoderadas e inconcebíveis”.
O texto acrescenta que “observamos com extremo alarme o uso da CIA, bem como os anunciados deslocamentos militares para o Caribe, que constituem uma política de agressão, ameaças e assédio contra a Venezuela”.
Segundo o governo venezuelano, “é evidente que tais manobras buscam legitimar uma operação de ‘mudança de regime’ com o objetivo final de apreender os recursos petrolíferos venezuelanos”.
O comunicado também afirma que as declarações de Trump “buscam estigmatizar a migração venezuelana e latino-americana, alimentando uma retórica perigosa e xenófoba”.
A chancelaria informou que apresentou formalmente a queixa durante reunião extraordinária de chanceleres da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), convocada pela Presidência Pro Tempore da Colômbia. O governo anunciou ainda que, nesta quinta-feira (16), sua missão permanente na ONU apresentará a denúncia ao Conselho de Segurança e ao secretário-geral das Nações Unidas.
De acordo com a nota, a Venezuela pedirá “a responsabilização do governo dos Estados Unidos e a adoção de medidas urgentes para impedir uma escalada militar no Caribe”.
por Agora RN

