Guilherme Wanderley foi condenado a 11 anos e 1 mês de prisão por atentado ocorrido em 2017 na sede da Procuradoria-Geral de Justiça do RN
O ex-servidor do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) Guilherme Wanderley Lopes da Silva foi preso nesta quinta-feira 6, em Natal, para cumprir a pena de 11 anos e 1 mês de reclusão em regime inicialmente fechado. O mandado de prisão foi expedido após o trânsito em julgado da condenação e cumprido pela Polícia Militar com apoio do Ministério Público.
Guilherme Wanderley foi condenado por tripla tentativa de homicídio qualificado contra os promotores de Justiça Wendell Beetoven Ribeiro Agra e Jovino Pereira da Costa Sobrinho, e contra o então procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis. O crime aconteceu em março de 2017, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, em Natal.
Na ocasião, o então servidor sacou uma arma de fogo e atirou contra os promotores e o procurador-geral. Wendell Beetoven e Jovino Pereira foram atingidos, mas sobreviveram.
Em 2018, o autor do atentado foi condenado a 7 anos e 3 meses de prisão no regime semiaberto. O Ministério Público recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedindo o aumento da pena. O STJ considerou, entre outros pontos, que o fato de o réu ser bacharel em Direito justificava maior reprovação da conduta, o que levou ao reajuste da dosimetria para mais de 11 anos.
Após o julgamento no STJ, a defesa apresentou embargos de declaração ao Supremo Tribunal Federal (STF). Sob relatoria do ministro Dias Toffoli, os embargos foram rejeitados, com o entendimento de que não havia omissão ou contradição e que a medida buscava apenas rediscutir a causa. Com a decisão, foi determinada a certificação do trânsito em julgado e a baixa imediata dos autos à origem.
por Agora RN

