Mastercard bloqueia cartão de Alexandre de Moraes

A Mastercard, empresa americana, bloqueou um cartão de crédito do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em razão das sanções da Lei Magnitskyimpostas ao magistrado pelo governo dos Estados Unidos. O Banco do Brasil, instituição em que o ministro tem conta, ofereceu a ele um cartão da bandeira Elo, que é nacional. As informações foram confirmadas pela Estadão com pessoas a par do assunto do setor financeiro e do Judiciário.

O uso da bandeira Elo resolveria o problema de uso de cartão de crédito pelo ministro em território brasileiro. Mesmo assim, ele continuaria sem ter como usar o cartão em outro país porque, no exterior o serviço é oferecido em parceria com a operadora Discover, que é americana.

Procurado, o Banco do Brasil e o gabinete de Moraes disseram que não se manifestariam. A legislação brasileira determina sigilo bancário e impede que as instituições forneçam qualquer informação sobre relacionamento com os clientes.

Na quarta-feira, 20, num evento sobre governança, a presidente do BB, Tarciana Medeiros, afirmou que o banco, obedece a legislação brasileira e regulamentações globais de mais de 20 países onde atua. Também destacou que o banco “segue forte e robusto”.

Mais cedo, o BB afirmou que acumula sólida experiência em relações internacionais e está preparado paralidar com temas complexos ou sensíveis que envolvem regulamentações globais.

“É muita falta de responsabilidade quando algum brasileiro vem colocar em xeque a solidez, a segurança e a integridade de uma empresa como o Banco do Brasil”, afirmou. “Que a gente não acredite em fake news. Que a gente não propague mentiras; que a gente combata essas mentiras, como servidores públicos que somos.”, disse.

Nesta semana, uma decisão do ministro Flávio Dino que, na prática, permitirá a Moraes recorrer ao próprio STF contra as punições do governo Donald Trump, provocou dúvidas nos bancos brasileiros sobre o que poderia ou não ser feito no relacionamento com Alexandre de Moraes.

Um dos representantes dos banqueiros afirmou à Coluna que a situação era “inédita, complexa, sensível e insolúvel”. O setor tem características peculiares, porque as relações dos bancos são globais, interligadas com o mundo, comerciais e contratuais.

Para além da preocupação de instituições privadas, como Itaú, Bradesco, BTG, que nesta semana viu suas ações derreterem na Bolsa um dia após a decisão de Dino, um dos interlocutores que conversaram com o Estadão observou que o Banco do Brasil, um banco público de capital aberto, por exemplo, tem operações nos Estados Unidos e que também ficaria numa situação complexa.

A indagação que fez foi a seguinte: “O que o BB faz se for acionado pela lista da Ofac (Office of Foreign Assets Control), órgão do Tesouro dos EUA, determinando prazo para encerrar uma conta? Dirá que está sujeito ao STF?”. A primeira resposta aparece agora com a confirmação de que o BB bloqueou a bandeira americana do cartão de crédito de Moraes na instituição.

Ministros do STF ouvidos reservadamente afirmam que o STF está aberto a qualquer pedido de esclarecimento de setores do mercado financeiro e não veem motivo para alarde — ainda que internamente haja um grupo que faça críticas à forma como a decisão foi tomada.

Nos bastidores do STF, o entendimento é que o momento exige cautela e que não é possível agir mediante pressões, e que todos os esclarecimentos podem ser feitos, caso sejam solicitados à Corte.

Para esses ministros, Dino não fechou as possibilidades de discutir pontos da decisão, mas não vê razão de modificar a ordem, que causou preocupação no mercado financeiro e incertezas.

por Estadão Conteúdo
Agência de Notícia

Centro de Tratamento de Queimados vive “cenário de guerra” no Walfredo

O Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Walfredo Gurgel “vive uma situação de guerra”, nas palavras do coordenador Marco Almeida. O cenário atual, que envolve o atendimento dos pacientes com queimaduras em um corredor improvisado da unidade, foi provocado pelas obras de reforma do CTQ, iniciadas em agosto do ano passado e interrompidas pouco depois. O secretário estadual de Saúde Alexandre Motta, disse que a paralisação ocorreu por conta de descumprimentos por parte da empresa responsável, o que gerou um distrato de contrato. A pasta pretende contratar uma nova empresa com dispensa de licitação em 45 dias.

Nesta quinta-feira (21), representantes do Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed) e Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremern) fizeram uma visita ao CTQ para entender a real situação. Após a visita, o coordenador do Centro de Queimados falou, em entrevista coletiva, que o quadro é dramático. Além da ausência de um espaço próprio para atendimento, faltam profissionais para dar conta da alta demanda. “É uma situação de guerra, extremamente delicada e nunca antes vista, onde a gente precisa se virar com o que tem. Os pacientes ficam em um corredor, em leitos de enfermaria, que não são adequados. O ideal é que o atendimento aconteça em um local fechado, mas nós não temos onde fazer nosso ambulatório nem a reabilitação”, afirmou Marco Almeida.

O secretário Alexandre Motta esclareceu que a empresa vencedora da licitação para a reforma do CTQ não cumpriu prazos determinados em contrato e que, por isso, foi necessário o distrato. Não há previsão para que a obra seja retomada. A Sesap prevê a contratação de uma nova empresa dentro de um mês e meio, sem a necessidade de uma nova licitação para poder agilizar o recomeço dos serviços. “No dia 15 de abril demos entrada em um processo interno para a dispensa de licitação. Esse trâmite ocorreu e a dispensa foi assinada na última quarta-feira (20) com a perspectiva de uma nova contratação em aproximadamente 45 dias. O passo seguinte vai ser a obra em si, porque parte dos recursos, vindos de emendas, já estão alocados”, pontuou Motta.

Sobre a falta de profissionais, Alexandre Motta informou que a Sesap está com um concurso em fase de homologação para absorver 2 mil profissionais de nível médio, dos quais parte será direcionada ao quadro da unidade.

“A falta de profissionais está presente em todos os hospitais da rede e também em outros setores do Walfredo. Não sei precisar de quanto é a vacância no CTQ, mas o Conselho Regional de Enfermagem vai se juntar à Sesap para fazer esse dimensionamento e a gente espera resolver essa questão o mais breve possível”, falou.

“Fundo do poço”

As vistorias no Walfredo Gurgel não são as primeiras feitas pelo Cremern recentemente nos hospitais da rede estadual. Na quarta-feira, o Conselho esteve no Hospital João Machado depois de a TRIBUNA DO NORTE divulgar o conteúdo de um relatório interno da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar da unidade. Marcos Jácome, presidente do Cremern, defendeu que haja celeridade na reforma do CTQ e na recomposição do quadro de pessoal do Walfredo Gurgel

“Estruturalmente, o setor está no fundo do poço. E temos também uma dificuldade de profissionais para trabalhar tanto na parte de enfermagem quanto na parte médica. Há uma deficiência geral. É muito importante que esse quadro se restabeleça rapidamente para voltar a oferecer à sociedade um ambiente de tratamento adequado para pessoas queimadas graves”, sublinhou.

Geraldo Ferreira, presidente do Sinmed, disse que a falta de recursos e infraestrurura aumenta os riscos de mortalidade. Segundo ele, faltam, além de médicos e enfermeiros, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. “Só em relação à parte médica, o setor precisa de, pelo menos, seis profissionais”, falou. O presidente do Sinmed comentou que deve fazer uma nova visita ao Walfredo, ainda sem data definida, para apurar denúncias de dificuldade de insumos, superlotação no centro cirúrgico, bem como a suspensão de cirurgias eletivas por falta de pagamento a fornecedores.

“Possivelmente, essa nova visita acontecerá no início da próxima semana. A gente tem denúncias de que as salas ficam com pacientes internados, o que não é permitido, por causa da superlotação do centro cirúrgico, do Centro de Recuperação Pós-Operatório (CRO) e das UTIs. Hoje [quinta-feira] na visita notamos que os corredores do hospital estão esvaziados, mas a gente sabe que esse esvaziamento é algo temporário”, complementou Ferreira.

Em resposta, o secretário Alexandre Motta disse que a superlotação da unidade como um todo depende do fluxo de pacientes. “O Walfredo tem 300 leitos e absorve, em média, 400 pacientes”, fala. “Como medida, nós temos a Barreira Ortopédica, que reduziu as cirurgias de baixa complexidade na ortopedia e o giro de leitos – liberação de pacientes para outras unidades, onde eles podem dar continuidade ao tratamento iniciado no Walfredo – que tem sido muito eficiente”, disse. Sobre as dificuldades com insumos, Motta explicou que alguns antibióticos estão em falta por causa de dificuldades da pasta em manter o pagamento a fornecedores em dia. Ele negou que tenha havido suspensão das cirurgias eletivas.

por Tribuna do Norte

Egito revela vestígios de cidade submersa com mais de 2 mil anos

Local pode ser extensão de Canopo, destruída por terremotos e avanço do mar; parte das peças ficará no sítio.

O Egito apresentou, nesta quinta-feira (21), vestígios de uma cidade submersa em frente à costa de Alexandria, que incluem edifícios, tumbas, tanques para peixes e um cais, todos com mais de 2 mil anos.

Segundo as autoridades, o sítio, localizado na baía de Abu Qir, pode corresponder a uma extensão da antiga cidade de Canopo, importante centro da dinastia ptolemaica – que governou o Egito por quase três séculos – e, posteriormente, do Império Romano, que permaneceu ali por aproximadamente 600 anos.

Mergulhadores observam enquanto um guindaste puxa uma estátua das águas da baía de Abu Qir, em Alexandria, no dia 21 de agosto de 2025, como parte de um evento organizado pelo Ministério do Turismo e das Antiguidades para recuperar antiguidades submersas — Foto: Khaled DESOUKI / AFP

Com o tempo, uma série de terremotos e o aumento do nível do mar submergiram a cidade e o porto vizinho de Heracleion.

Nesta quinta-feira, guindantes retiraram várias estátuas. “Há muitos elementos embaixo d’água, mas o que podemos recuperar é limitado; são apenas peças selecionadas de acordo com critérios rigorosos”, declarou o ministro de Turismo e Antiguidades, Sherif Fathi.

“O restante permanecerá como parte integral de nosso patrimônio subaquático”, acrescentou.

As descobertas incluem edifícios de pedra calcária que teriam servido como locais de culto, casas ou estruturas comerciais e artesanais.

Artefatos recuperados são exibidos na baía de Abu Qir, em Alexandria, no dia 21 de agosto de 2025, como parte de um evento organizado pelo Ministério do Turismo e das Antiguidades para recuperar antiguidades submersas. — Foto: Khaled DESOUKI / AFP

Artefatos recuperados são exibidos na baía de Abu Qir, em Alexandria, no dia 21 de agosto de 2025, como parte de um evento organizado pelo Ministério do Turismo e das Antiguidades para recuperar antiguidades submersas. — Foto: Khaled DESOUKI / AFP

Também foram identificados depósitos e tanques escavados na rocha, destinados tanto à aquicultura quanto ao armazenamento de água para consumo doméstico.

Entre as peças mais notáveis estão estátuas reais e esfinges anteriores ao período romano, incluindo uma parcialmente preservada de Ramsés II.

Foram encontrados, ainda, um navio mercante, âncoras de pedra e um guindaste portuário no local onde ficava um cais de 125 metros, utilizado como porto para embarcações menores durante as épocas romana e bizantina.

Ameaça atual

Sítio de grande riqueza arqueológica, Alexandria está atualmente ameaçada pelas mesmas águas que submergiram Canopo e Heracleion.

A cidade costeira afunda mais de três milímetros por ano e está entre as áreas mais vulneráveis às mudanças climáticas e ao aumento do nível do mar.

Mesmo no cenário mais otimista elaborado pela ONU, um terço de Alexandria estará submerso ou inabitável em 2050.

Por France Presse

Termina nesta sexta prazo para a defesa de Bolsonaro explicar descumprimento de obrigações e risco de fuga

De acordo com a Polícia Federal, foram encontrados indícios de que Bolsonaro continuava a usar redes sociais e a se comunicar com outros investigados. Presidente foi indiciado por coação de autoridades responsáveis por ação penal.

O prazo para que a defesa de Jair Bolsonaro (PL) explique o descumprimento de medidas restritivas impostas ao ex-presidente termina nesta sexta-feira (22). O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que os advogados se manifestem em até 48 horas sobre o caso.

A investigação apura a atuação de Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em ações de coação contra autoridades brasileiras envolvidas no processo que trata da tentativa de golpe de Estado em 2022. O ex-presidente é um dos réus nessa ação penal, que tem julgamento marcado para setembro.

Determinação do STF

Na última quarta-feira (20), Moraes intimou a defesa a esclarecer três pontos:

  • os reiterados descumprimentos das medidas cautelares impostas;
  • a repetição de condutas ilícitas;
  • a existência de comprovado risco de fuga.

De acordo com a Polícia Federal, foram encontrados indícios de que Bolsonaro continuava a usar redes sociais e a se comunicar com outros investigados, mesmo com a proibição imposta pelo STF. Os investigadores também localizaram um arquivo de texto que, segundo eles, poderia ser usado para solicitar asilo político na Argentina.

O que diz a defesa

A defesa de Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (21) que vai entregar a manifestação dentro do prazo estabelecido. Os advogados negaram violações.

“Os elementos apontados na decisão serão devidamente esclarecidos dentro do prazo assinado pelo ministro relator, observando-se, desde logo, que jamais houve o descumprimento de qualquer medida cautelar previamente imposta”, disseram.

Reincidência

Esta é a segunda vez que Moraes cobra explicações formais da defesa sobre o cumprimento das restrições. Em julho, poucos dias após a imposição das medidas cautelares, Bolsonaro compareceu ao Congresso para reunião com apoiadores e discursou à imprensa — ações que geraram postagens nas redes sociais.

Na ocasião, os advogados negaram descumprimento das ordens judiciais.

Prisão domiciliar

No início de agosto, diante de novas violações, Moraes determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro, medida que segue em vigor. A decisão foi motivada, novamente, pelo uso irregular das redes sociais.

Investigações

Bolsonaro e o filho Eduardo foram indiciados pela PF na quarta-feira (20) por coação contra autoridades brasileiras. O relatório do órgão aponta que os dois atuaram de forma conjunta em uma tentativa de intimidar ministros do STF e parlamentares, com o objetivo de interferir na ação penal da qual o ex-presidente é réu.

A investigação começou em maio, tendo Eduardo como alvo inicial. Com o avanço da apuração, a PF identificou alinhamento das ações do deputado com o pai, o que motivou a imposição de medidas restritivas contra Bolsonaro.

por g1

Brasil só perde para a Venezuela entre países com pior eficiência governamental

O Brasil é o vice-líder entre os países com pior eficiência governamental, ficando atrás apenas da Venezuela, de acordo com os dados do Ranking de Competitividade Global. Foram analisados dados de 69 países. O Brasil está na 68ª posição e a Venezuela, em 69º lugar. Os líderes neste quesito são Suíça (1º), Singapura (2º) e Hong Kong (3º).

O índice foi elaborado pelo International Institute for Management Development (IMD), em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC).

Além da eficiência governamental, o relatório considera outras categorias, como infraestrutura, eficiência empresarial e performance econômica. Considerando todos os quesitos, o Brasil avançou quatro posições no Ranking de Competitividade Global, saindo o 62º para o 58º lugar entre os países mais competitivos.

Dentro do quesito eficiência governamental, há diversas subcategorias para classificar o desenvolvimento dos países analisados.

O Brasil é o pior país no quesito custo de capital (69º). Está na vice-liderança entre os piores no subitem protecionismo (68º) e figura em 67º lugar em finanças públicas, legislação trabalhista relacionada ao desemprego, e adaptabilidade das políticas.

Entraves persistentes

Para Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da FDC e responsável pela divulgação do índice no Brasil, os dados revelam um cenário de entraves persistentes que afetam diretamente o ambiente de negócios e o desenvolvimento social.

“O governo brasileiro gasta muito e deveria fazer uma análise da qualidade deste gasto com impacto na atividade econômica e nos benefícios percebidos pela sociedade”, avalia.

por InfoMoney

Governo do RN e MDA realizam mutirão para trabalhadoras rurais em João Câmara, dia 26 de agosto

Nesta edição, estão programadas ações cidadãs de emissão de Documento de identidade, cadastro no Garantia-Safra, atualização/emissão do cartão do SUS, entre outras.

O empoderamento da trabalhadora rural é um dos objetivo do Programa Estadual de Documentação da Mulher Trabalhadora Rural (PEDMTR) – do Governo do RN, via Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf/RN) – que realiza periodicamente mutirões e leva cidadania e garantia de direitos às comunidades rurais do estado. Nos próximos dias 26, 27 e 28 de agosto, das 8h às 17h, é a vez do município de João Câmara receber a ação.

Nesta edição, estão previstas as seguintes ações: emissão de Documento de Identidade (100 fichas de atendimento dia 26, 200 fichas no dia 27 e 100 fichas no dia 28) e de Carteira de Trabalho Digital; registro no CAF e CadÚnico; emissão da ID Jovem; consultoria Jurídica; PIS e FGTS; Programa Agroamigo e de Venda de Milho; consulta ao extrato do CNIS; atendimentos do INCRA; atualização e emissão do recibo do CAR e do CCU; regularização ocupacional pela PGT; atualização do Cartão do SUS; aferição de pressão e medição de glicose; entre outras.

Podem acessar os serviços as trabalhadoras rurais e seus familiares, que devem portar comprovante de endereço, certidão de nascimentou ou casamento Este mutirão acontece em parceria com a Prefeitura de João Câmara, órgãos e entidades do Governo do RN, federais (Incra, Conab, INSS), além dos bancos Caixa Econômica e BNB.

O PEDMTR é realizado em parceria com o Programa Nacional de Cidadania e Bem Viver para Mulheres Rurais, que é uma iniciativa do Governo Federal para fortalecer a equidade no campo, garantindo cidadania e ampliando o acesso a políticas públicas voltadas para mulheres, jovens e crianças.

O financiamento é garantido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), com execução financeira do INCRA, e conta com a realização da SEDRAF, em parceria com outros órgãos federais, municipais e movimentos sociais.

Para o segundo semestre de 2025, o cronograma de mutirões segue pelo RN em Pureza – setembro, São Paulo do Potengi – outubro, Pedro Avelino – novembro e Mossoró – dezembro.

Mulher Trabalhadora Rural

Lançado em 8 de março de 2019 e posteriormente sancionado pela Lei Estadual nº 11.361, de 17 de janeiro de 2023, o principal objetivo do PEDMTR é facilitar o acesso das mulheres trabalhadoras rurais aos0 seus direitos civis e trabalhistas por meio da emissão gratuita de documentos.

Ao longo de 2024, o programa consolidou sua relevância social ao garantir o acesso à documentação para mais de 1.700 pessoas, em diferentes regiões do estado. A continuidade e expansão do PEDMTR é fundamental para a promoção da justiça social, equidade de gênero e valorização da mulher rural no Rio Grande do Norte.…

Ex-prefeita de João Dias, cunhado e vereadora são presos no Paraguai

Policiais civis da 76ª Delegacia de Polícia (DR) de Alexandria deram cumprimento, nesta quinta-feira (21), a mandados de prisão contra três investigados pelo assassinato do prefeito de João Dias, Marcelo Oliveira de Araújo.

As prisões ocorreram em Ciudad del Este, no Paraguai, após uma operação conjunta que contou com a cooperação internacional da Polícia Federal, apoio operacional da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Foz do Iguaçu/PR e atuação da Polícia Nacional do Paraguai, por meio do comando da Tripartido que atua na Fronteira.

Foram capturados: Damária Jácome de Oliveira, vice-prefeita de João Dias à época do crime e filiada ao Republicanos; Leidiane Jácome de Oliveira, vereadora e irmã de Damária; e Weverton Claudino Batista, também investigado pela participação na trama criminosa. Os três estavam foragidos desde agosto de 2024. As investigações apontam que Damária e Leidiane são suspeitas de mandar matar o prefeito Marcelo Oliveira, com motivação ligada a disputas políticas locais. Já Weverton Claudino teria atuado como intermediador na contratação dos executores, desempenhando papel central no planejamento do crime.

O atentado ocorreu em 27 de agosto de 2024, durante o período de campanha eleitoral, em João Dias, município do Alto Oeste potiguar com pouco mais de 2 mil habitantes.

O prefeito Marcelo Oliveira foi alvejado com 11 disparos de arma de fogo dentro de sua residência. Ele chegou a ser socorrido e encaminhado a um hospital em Catolé do Rocha, na Paraíba, mas não resistiu aos ferimentos.

Na ocasião, o pai do prefeito, Sandi Alves de Oliveira, de 58 anos, que o acompanhava no momento do ataque, também foi atingido pelos disparos e morreu ainda no local. O caso gerou ampla repercussão nacional, diante da gravidade dos fatos e da sucessão de crimes políticos em João Dias.

Desde então, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte vinha realizando diligências contínuas, com a atuação integrada da DEFUR/Natal, DEFD-Natal, Divisão de Polícia do Oeste (DIVIPOE) e 4º Núcleo de Investigação Qualificada (NIQ) de Pau dos Ferros, além da 8ª DR de Alexandria, para localizar os foragidos.

A Polícia Civil do RN ressalta que a cooperação policial internacional foi fundamental para a efetivação das prisões e reforça o compromisso no combate ao crime organizado e à impunidade.

A população pode colaborar com as investigações repassando informações de forma anônima por meio do Disque Denúncia 181.

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por Saulo Vale

Câmara aprova urgência para isenção do IR de quem ganha até R$ 5 mil

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (21), por unanimidade, o requerimento de urgência do projeto de lei (PL) que isenta do Imposto de Renda (IR) quem ganha até R$ 5 mil. A matéria prevê também redução parcial do imposto para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7.350.

De autoria do governo federal, o PL 1.087 de 2025 é relatado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL). Para compensar a perda de arrecadação com a isenção do IR, o texto já aprovado em comissão especial da Câmara prevê uma alíquota extra progressiva de até 10% para quem ganha acima de R$ 600 mil por ano, ou R$ 50 mil por mês.

Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) estima que a mudança pode ampliar de 10 milhões para 20 milhões o total de trabalhadores isentos do IR. Já a redução parcial do imposto para quem ganha até R$ 7,3 mil deve alcançar 16 milhões de pessoas. Atualmente, é isento do IR quem ganha até dois salários mínimos (R$ 3.036 por mês).

A deputada federal Jack Rocha (PT-ES) argumentou que a medida faz justiça social com os trabalhadores. 

“Chega de este Parlamento dar incentivos para grandes empresas, para bets, para bilionários, sempre falando que esse é o verdadeiro investimento no Brasil. O verdadeiro investimento no Brasil é quando nós conseguimos aprovar a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil”, destacou na tribuna.

A votação foi elogiada pelo líder do PP, deputado Doutor Luizinho (RJ), que pediu que os partidos deixem divergências de lado para trabalhar por medidas como essa.

“É muito importante que a gente aqui no Parlamento deixe de lado os problemas políticos. Trabalhar a favor do país, a favor da população brasileira, presidente, sob o seu comando. Sem dúvida nenhuma, tem a nossa legitimidade para a gente continuar trabalhando em prol do Brasil, e não em prol da política”, comentou.

O líder do MDB, deputado Isnaldo Bulhões Jr. (AL), disse que essa é uma das agendas mais importantes do ano.

“É uma correção histórica. A tabela do Imposto de Renda vem há anos sem ser corrigida nem pela inflação. Agora, o presidente Lula, por intermédio desse projeto de lei, cumpre um compromisso de campanha e corrige as injustiças feitas pelo governo anterior”, disse.

A oposição, que vinha questionando as mudanças no IR, orientou o voto favorável, como explicou o líder do PL, deputado Cabo Gilberto Silva (PB).

“Nós iremos votar favoráveis porque a gente não pode estar com um discurso e jogando para a plateia. Quando chega um projeto interessante para o povo brasileiro, nós votaremos sim”, disse o parlamentar.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), destacou que a pauta é importante e que vai definir, junto com os demais líderes, a data para votar o mérito do projeto. Se aprovado na Câmara, o texto seguirá para análise do Senado.

Ricos

A alíquota extra máxima de 10% será cobrada de quem ganha a partir de R$ 1,2 milhão por ano, ou R$ 100 mil por mês. O relator também manteve a tributação de 10% sobre dividendos enviados ao exterior prevista no projeto original do Executivo.

Os dividendos são a parcela do lucro que as empresas pagam aos acionistas e, desde a década de 1990, são isentos de IR. Porém, o parlamentar instituiu três exceções à cobrança sobre dividendos: quando remetidos para governos estrangeiros, desde que haja reciprocidade de tratamento, remessas a fundos soberanos e remessas a entidades no exterior que administrem benefícios previdenciários.

Compensação

A proposta também prevê mecanismos de compensação de possíveis perdas de arrecadação do Imposto de Renda para estados e municípios e o Distrito Federal.

Pelos cálculos apresentados no projeto, o governo federal conseguirá, entre 2026 e 2028, uma receita com superávit de cerca de R$ 12,27 bilhões, valor que deverá ser usado para compensar, caso haja, perdas de estados, do Distrito Federal e de municípios em razão da redução da arrecadação do Imposto de Renda incidente sobre os rendimentos de seus próprios servidores.

por Agência Brasil

Malafaia fica em silêncio na PF e diz que vai falar após saber de teor do inquérito

Pastor foi alvo de busca e apreensão nesta quarta-feira (20) ao desembarcar no aeroporto do Galeão, no Rio. Ele é investigado no inquérito que apura ação de Jair e Eduardo Bolsonaro para atrapalhar o trabalho da Justiça.

O pastor Silas Malafaia ficou em silêncio em depoimento à Polícia Federal. Em mensagem enviada ao g1, o pastor afirmou que usou o direito constitucional porque ele e o advogado não tiveram acesso ao inquérito, mas afirmou que pretende falar às autoridades.

Nesta quarta-feira (20), a Polícia Federal cumpriu mandado de busca pessoal e de apreensão de celulares contra ele no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.

A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito que apura o crime de coação no curso do processo. Essa coação, segundo a PF, foi cometida contra autoridades que conduzem o processo da tentativa de golpe de Estado, no qual Jair Bolsonaro e ex-integrantes de seu governo são réus.

Segundo o procurador-geral, Paulo Gonet, a PF obteve diálogos e publicações nos quais Malafaia ” aparece como orientador e auxiliar das ações de coação e obstrução promovidas pelos investigados Eduardo Nantes Bolsonaro e Jair Messias Bolsonaro”.

Malafaia também está proibido de deixar o país e não pode conversar com os outros investigados.

por g1

Lula pede que Trump “não dê palpite” no Brasil: “Aqui cuidamos de nós”

Em evento no interior de São Paulo nesta quinta-feira (21), presidente afirmou não ter medo de “ninguém gritar com a gente”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu, nesta quinta-feira (21), que Donald Trump “não dê palpite” no Brasil. A declaração foi feita durante evento do Ministério da Saúde em Sorocaba, no interior de São Paulo.

“É preciso que a gente saiba mais do que fazer ponte ou viaduto. É preciso que a gente saiba fazer aquilo que o povo necessita, carinho, aconchego, tratá-lo com amor. Essa é a diferença entre governar e cuidar, porque a palavra correta não é governar, é cuidar. Eu quero cuidar desse país, por isso o presidente americano não dê palpite aqui, porque, aqui, cuidamos nós”, disse Lula.

Desde o último dia 6, os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos estão sujeitos a uma tarifa de 50%. A gestão Trump justificou a alíquota argumentando que o governo brasileiro tem adotado políticas “incomuns” e “extraordinárias”, que prejudicam empresas norte-americanas, os direitos de liberdade de expressão dos cidadãos dos EUA e a política externa e a economia do país, de modo geral.

    “Soberania não é apenas cuidar da nossa fronteira, do nosso mar, da nossa floresta. É cuidar do povo, isso sim é a soberania de um país. É por isso que nós não temos medo de ninguém gritar com a gente. Aliás, nós somos educados, eu não grito com ninguém”, acrescentou Lula no interior paulista.

    Na semana passada, o chefe do Executivo respondeu publicamente à declaração de Trump de que o Brasil seria um “mau” parceiro comercial.

    “É mentira quando o presidente norte-americano diz que o Brasil é um mau parceiro comercial. O Brasil é bom, o Brasil só não vai andar de joelho para o governo americano”, defendeu o petista.

    “Vocês estão vendo na televisão a quantidade de mentira falada contra o Brasil pelo governo americano. Ele resolveu contar algumas mentiras sobre o Brasil, e nós estamos desmentindo”, prosseguiu o presidente. “Ele disse que tinha prejuízo no comércio com o Brasil, ele só tem lucro”, concluiu.

    por CNN, São Paulo

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