TRE mantém cassação por fraude à cota de gênero em Nísia Floresta

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) confirmou, nesta terça-feira (19), a ocorrência de fraude à cota de gênero praticada pelo partido Avante nas eleições municipais de 2024, em Nísia Floresta.

A decisão unânime manteve a sentença da 67ª Zona Eleitoral, que reconheceu a candidatura fictícia de Ana Júlia Lima da Silva e determinou a cassação de toda a chapa proporcional do partido.

Segundo o acórdão, relatado pela juíza Suely Maria Fernandes da Silveira, as provas reunidas nos autos apontaram que a candidata apresentou votação ínfima (apenas dois votos), não realizou atos efetivos de campanha em benefício próprio e atuou em favor de outro candidato masculino da legenda, o que caracteriza o desvirtuamento da norma protetiva de gênero.

Com a cassação, perdem os mandatos os dois vereadores eleitos, Josivan Trindade e Juscye Correia, e os suplentes Júlia Lima (candidatura fictícia), Miriam da Mazapa e Adriana Barreta. Além disso, a decisão determina uma nova totalização dos votos para vereador em Nísia Floresta, o que altera a composição da Câmara Municipal.

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BOMBA: Kátia Pires tenta costurar impeachment de Nilda Prefeita de Parnamirim RN

A vice-prefeita de Parnamirim, Kátia Pires, que passou muito tempo dificultando a gestão Taveira, plantou uma cassação com apenas 7 meses de gestão da prefeita Nilda. Exatamente isso.

Foi confirmado com pelo menos 2 vereadores, que a vice-prefeita chegou a procurar vereadores da base para pedir apoio e combinar abertura de processo de impeachment contra a atual prefeita, inclusive, acontecendo o êxito do processo, já negociando espaços numa futura administração Kátia Pires.

por Blog do BG

Reforço na Segurança em Parnamirim: Nilda investe na capacitação de agentes da Guarda Municipal

O trabalho de fortalecimento, valorização e capacitação da Guarda Municipal é uma marca da administração da prefeita Nilda Cruz. Nesta semana, mais de 80 agentes da corporação participaram de um treinamento e habilitação para uso de armas longas. O curso foi em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A iniciativa só foi possível graças ao empenho da chefe do poder executivo municipal, que trabalhou incansavelmente e conseguiu destravar o processo – e a utilização do armamento – para dar início a mais uma capacitação dos guardas municipais.

“Não podemos nos eximir das responsabilidades. Segurança Pública é sim prioridade no nosso governo. Estamos trabalhando muito para oferecer estrutura e melhores condições de trabalho para a Guarda Municipal de Parnamirim. Da minha parte, determinei que nossos agentes passem por capacitações contínuas e se aperfeiçoem cada vez mais para enfrentar os desafios do dia a dia na proteção dos nossos cidadãos e do nosso patrimônio”, destacou a prefeita.

O aperfeiçoamento tem o objetivo de aprimorar as competências e habilidades do efetivo da força de segurança em atividades operacionais. Para ser aprovado, cada aluno do curso precisa obter aproveitamento necessário no módulo teórico, além de executar com precisão mais de 100 disparos entre armas de repetição e semiautomáticas.

Além da parte de capacitação, a gestão da Prefeitura Nilda também está investindo na melhoria da infraestrutura da Guarda Municipal. Atualmente, está em curso o processo para a aquisição de novas viaturas, equipamentos de proteção individual, como coletes, além de munição, drones e um novo lote de armamento. De acordo com a Secretaria de Segurança, Defesa Social e Mobilidade Urbana (Sesdem), a Guarda Municipal de Parnamirim deve ser a primeira do estado a ser equipada com pistolas do tipo Glock, reconhecida como uma das melhores do mundo.

por Tribuna do Norte

Com cassação de Brisa, vaga na Câmara de Natal seria ocupada por Júlia Arruda

Se a Câmara de Natal cassar Brisa Bracchi, Júlia Arruda (PCdoB), primeira suplente da federação PT-PCdoB-PV, assume a vaga; comissão processante foi formada e vereadora terá 10 dias para apresentar defesa prévia.

Caso a Câmara Municipal de Natal decida realmente cassar o mandato de Brisa Bracchi (PT), quem assume a vaga é Júlia Arruda (PCdoB). Vereadora de Natal por quatro mandatos, Júlia atualmente é a primeira suplente da federação Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV. Em 2024, ela foi candidata à reeleição e obteve 5.180 votos, mas não conseguiu a vitória e ficou na 1ª suplência do grupo.

Não reeleita para a Câmara Municipal, Júlia Arruda assumiu, em fevereiro, a Secretaria Estadual da Mulher, Juventude, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Semjidh), nomeada pela governadora Fátima Bezerra (PT). Ela está no cargo até hoje.

Ao todo, a federação PT-PCdoB-PV conquistou quatro cadeiras na Câmara de Natal em 2024: com Daniel Valença, Brisa Bracchi e Samanda Alves, do PT, e Herbeth Sena, do PV. A primeira suplente é Júlia Arruda, seguida por Professor Carlos Silvestre (PT), Aline Juliete (PT) e Lucas Fagundes (PT).

Cassação

Nesta terça-feira, a Câmara de Natal aprovou a abertura de processo de cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi. A decisão foi tomada por 23 votos a favor e 3 contrários. Além disso, dois vereadores foram impedidos de votar e um não compareceu à votação.

O caso, denunciado pelo vereador Matheus Faustino (União), envolve a destinação de R$ 18 mil em emendas parlamentares para o evento “Rolé Vermelho”, realizado em 9 de agosto em Natal. O encontro foi pago com recursos da Prefeitura indicados por Brisa e divulgado como ato político contrário ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar. A denúncia argumenta que a parlamentar usou verba pública para um evento político-partidário, o que seria ilegal e inconstitucional.

Logo depois da abertura do processo, foi definida por sorteio a composição da Comissão Processante. Ela será formada por Anne Lagartixa (Solidariedade), Daniel Valença (PT) e Fúlvio Saulo (Solidariedade). Após reunião entre os membros, foi decidido que Anne Lagartixa será a presidente da comissão, tendo Fúlvio Saulo como relator.

Ex-vereadora de Natal Júlia Arruda (PCdoB) pode reassumir mandato – Foto: Francisco de Assis / CMN

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Próximos passos

Com a comissão instalada, a primeira providência é notificar a vereadora acusada, que terá o prazo de 10 dias úteis para apresentar defesa prévia, indicando testemunhas e juntando documentos.

Encerrada a defesa preliminar, a Comissão tem 5 dias para se reunir para decidir se arquiva o processo ou se dá prosseguimento. Caso avance, abre-se a fase de instrução, que é a investigação formal.

O prazo máximo para a Comissão concluir os trabalhos é de 90 dias corridos a partir da notificação inicial. Se esse prazo expirar sem decisão, o processo é arquivado automaticamente.

Encerrada a instrução, a Comissão elabora um relatório final, opinando pela absolvição ou pela cassação do mandato. Esse relatório é encaminhado à Mesa Diretora e incluído na ordem do dia da sessão seguinte. O vereador acusado deve ser intimado com antecedência mínima de 24 horas sobre a data da sessão em que o julgamento ocorrerá.

O julgamento é feito em sessão especial do plenário. O presidente da Câmara conduz os trabalhos, concedendo a palavra ao relator e, em seguida, ao vereador acusado ou a seu advogado, que pode fazer sustentação oral por até 2 horas.

A votação é nominal e aberta, ou seja, cada vereador declara publicamente seu voto. Para que haja cassação, é necessário o apoio de dois terços dos vereadores da Câmara — em Natal, isso significa 19 dos 29 parlamentares.

Se não houver esse quórum, o processo é encerrado e o vereador absolvido.

por Agora RN

Avião misterioso dos EUA que pousou em Porto Alegre transportava diplomatas, diz PF

Polícia Federal informou que fez o controle migratório e que os diplomatas foram para consulado na capital do Rio Grande do Sul.

A aeronave da Força Aérea dos Estados Unidos que pousou no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, na tarde de terça-feira (19), transportava diplomatas americanos.

A informação é da Polícia Federal, que afirmou que fez o controle migratório na ocasião. Os diplomatas, ainda segundo a PF, foram para o consulado de Porto Alegre.

A Embaixada dos Estados Unidos, por sua vez, afirmou que a aeronave “ofereceu apoio logístico à Missão Diplomática dos Estados Unidos no Brasil” e que sua chegada foi permitida pelas autoridades brasileiras competentes.

A presença da aeronave chamou atenção porque não foi divulgado oficialmente o motivo da escala no Brasil, apesar de ter autorização do Ministério da Defesa brasileiro

Avião militar

O avião é um Boeing C-32B de matrícula 00-9001, modelo militar usado pela Força Aérea dos EUA. A aeronave pousou em Porto Alegre às 17h13 de terça, vinda de San Juan, em Porto Rico.

O avião decolou às 19h52 e pousou horas depois no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, onde permanecia até a última atualização desta reportagem.

Na segunda-feira (18), o avião partiu de uma base aérea em Wrightstown, Nova Jersey (EUA), foi para Tampa, na Flórida, e depois seguiu para San Juan, em Porto Rico, antes de vir ao Brasil.

A Fraport, que administra o Aeroporto de Porto Alegre, confirmou o pouso e informou que a aeronave partiu com destino a Guarulhos.

Já a GRU Airport, concessionária de Guarulhos, confirmou a chegada do avião e destacou que a operação ocorreu normalmente, com autorização do Ministério da Defesa.

O avião é uma versão militar do Boeing 757-200, configurada para transportar autoridades norte-americanas, como presidente, vice-presidente, líderes militares e membros do gabinete. Tem capacidade para 45 passageiros e alcance de até 5,5 mil milhas náuticas sem reabastecimento.

por g1

Moraes diz que bancos podem ser punidos se aplicarem sanções dos EUA

Em entrevista à Reuters, ministro do STF afirma que instituições financeiras não podem aplicar sanções estrangeiras sem decisão judicial brasileira

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, recentemente sancionado pelo governo dos Estados Unidos, disse à Reuters que tribunais brasileiros podem punir instituições financeiras nacionais que bloquearem ou confiscarem ativos domésticos em resposta a ordens norte-americanas.

As declarações foram dadas em meio a um impasse que derrubaram as ações de bancos brasileiros, que ficaram em meio a sanções norte-americanas e ordens do STF.

Em entrevista na noite de terça-feira (19), em seu gabinete em Brasília, Moraes reconheceu que a atuação da Justiça dos EUA em relação aos bancos brasileiros que têm operações nos Estados Unidos “é da aplicação da lei norte-americana”.

“Agora, da mesma forma, se os bancos resolverem aplicar a lei internamente, eles não podem. E aí eles podem ser penalizados internamente”, acrescentou.

As declarações de Moraes apontam para as possíveis consequências da decisão de segunda-feira do ministro do STF, Flávio Dino, que alertou que leis estrangeiras não podem ser automaticamente aplicadas no Brasil.

Essa decisão foi seguida por uma dura repreensão do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos EUA que, horas depois, alertou nas redes sociais que Moraes era “tóxico” e alertou que “pessoas que não são dos EUA devem ter cautela: aquelas que fornecerem apoio material a violadores de direitos humanos correm o risco de também serem sancionadas”.

O Departamento do Tesouro dos EUA sancionou Moraes no mês passado com base em uma lei criada para impor penalidades econômicas a estrangeiros considerados corruptos ou violadores de direitos humanos.

A ordem acusou-o de suprimir a liberdade de expressão e liderar processos politizados, incluindo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, um aliado fiel de Trump que será julgado em breve pelo Supremo por supostamente tramar um golpe para reverter sua derrota nas eleições de 2022. Bolsonaro nega ter cometido qualquer crime e diz ser alvo de perseguição política.

Na entrevista, Moraes afirmou que decisões de tribunais e governos estrangeiros só podem ter efeito no Brasil após validação por meio de um processo doméstico. Segundo ele, portanto, não é possível confiscar bens, congelar fundos ou bloquear propriedades de cidadãos brasileiros sem seguir esses trâmites legais.

O alcance global do sistema financeiro dos EUA faz com que bancos estrangeiros frequentemente restrinjam uma gama mais ampla de transações para evitar sanções secundárias.

Embora tenha afirmado que o uso da Lei Magnitsky tenha sido “totalmente equivocado” contra ele, Moraes disse estar confiante de que conseguirá reverter as sanções contra ele por meio de canais diplomáticos ou de uma eventual contestação nos tribunais dos EUA. Mas reconheceu que, por ora, elas colocaram instituições financeiras em uma situação difícil.

“Esse desvio de finalidade na aplicação da lei coloca até instituições financeiras em uma situação difícil. E não são só instituições financeiras brasileiras, mas são seus parceiros norte-americanos, são empresas norte-americanas que atuam no Brasil e também têm contas, investimentos, financiamentos de bancos brasileiros”, disse.

“Exatamente por isso que é importante, eu repito, o canal diplomático para que isso seja logo solucionado para não desvirtuar a aplicação de uma lei que é importante contra o terrorismo, contra organizações criminosas, contra o tráfico internacional de drogas, contra o tráfico internacional de seres humanos”, acrescentou.

O Departamento de Estado não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

Um porta-voz do Tesouro afirmou que Moraes “cometeu sérios abusos contra os direitos humanos”.

Sem escolha

O embate pode ter consequências sérias para instituições financeiras brasileiras, disseram dois banqueiros do país que pediram anonimato para falar com franqueza sobre o assunto.

A maioria dos grandes bancos é supervisionada de alguma forma pelo governo dos EUA devido à sua presença internacional ou exposição, seja por meio de uma filial estrangeira ou pela emissão de títulos no exterior, disse o ex-diretor de um banco internacional no Brasil.

A escolha para esses bancos, sob pressão dos EUA, pode ser convidar clientes sancionados a buscar outra instituição para manter seus ativos, acrescentou o banqueiro.

O diretor de um grande banco brasileiro afirmou que, na prática, a decisão judicial de segunda-feira significa que qualquer ação tomada por bancos brasileiros com base em regras envolvendo o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Tesouro dos EUA, que supervisiona sanções americanas, precisará de aprovação do Supremo.

Ao mesmo tempo, ele acrescentou, deixar de cumprir uma decisão do OFAC pode cortar o acesso de um banco ao sistema financeiro internacional.

“O Brasil realmente não tem escolha”, disse o banqueiro. “Dado o quão interconectado tudo é, e a disparidade de poder econômico entre os EUA e o Brasil, ficamos em uma posição de subordinação. Não há muito o que fazer.”

Ele ressaltou que o tribunal precisará encontrar uma solução “que não coloque o sistema financeiro em risco.”

As ações do Banco do Brasil, onde a maioria dos funcionários públicos, incluindo juízes, recebe seus salários, caíram 6% na terça-feira — a maior queda entre os três maiores bancos do país.

O banco afirmou em comunicado na terça-feira que está preparado para lidar com questões “complexas e sensíveis” envolvendo regulamentações globais.

por CNN

Governo Lula sofre derrota e oposição consegue aprovar voto impresso em comissão do Senado; texto ainda vai ao plenário

Em uma derrota para o governo, a oposição da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira, por 14 votos a 12 e uma abstenção, um destaque ao texto do novo Código Eleitoral que permite o voto impresso nas eleições.

O tema foi debatido pelo colegiado nos últimos meses, mas não foi incluído no texto-base do projeto por falta de consenso quanto ao tema. O relator da matéria, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), já tinha rejeitado emendas que permitiam a impressão de comprovantes em urnas eletrônicas.

Outro destaque aprovado por 15 votos a 10 permitiu o aumento de 100% de recursos próprios para o financiamento de campanhas. Pelas regras eleitorais atuais, cada candidato pode doar para si mesmo apenas 10% do valor máximo de despesas permitidas para a campanha. O percentual subiria para 20%.

Para valer nas eleições de 2026

Para valer nas eleições de 2026, o texto ainda tem que passar pelo plenário do Senado, ser aprovado pela Câmara e sancionado até outubro deste ano.

O destaque apresentado pelo senador Esperidião Amin (PP-SC), entretanto, foi aprovado com a sessão já esvaziada, enquanto os governistas sofriam outra derrota na Casa, ao verem o senador Carlos Viana vencer a disputa pela presidência da CPI do INSS, que tinha Omar Aziz como favorito. Desde a noite desta terça, lideranças da oposição convocaram seus correligionários para estar na sessão.

O destaque prevê que cada voto deve ter registro digital assinado digitalmente, “de maneira a garantir a segurança e auditabilidade”, além de garantir que “a urna imprimirá o registro de cada voto, que será depositado, de forma automática e sem contato manual do eleitor, em local previamente lacrado”. O texto também estabelece que o processo de votação não será concluído até que o eleitor confirme a correspondência entre o teor de seu voto e o registro impresso e exibido pela urna eletrônica.

A sessão da CCJ foi marcada por discordâncias e manifestações da bancada feminina do Senado, que divergiu do substitutivo apresentado pelo relator, o senador Marcelo Castro (MDB-PI). Ele substituiu a cota de 30% de candidaturas femininas, permitindo que as vagas fiquem em aberto caso o partido não consiga atingir o percentual, por uma reserva de 20% das cadeiras no legislativo municipal, estadual, distrital e federal — a exceção se aplica justamente ao Senado.

Trechos foram alterados para possibilitar a aprovação do projeto, como em relação à quarentena de agentes públicos e a penalização por fake news – dois temas caros à oposição e que foram motivos de debates com a bancada bolsonarista do Congresso. O substitutivo aprovado estabelece um afastamento do trabalho de um ano antes das eleições para agentes de segurança, do judiciário e do Ministério Público que queiram se candidatar a cargos eletivos. Na primeira versão do texto, o período estipulado era de quatro anos. Por outro lado, o relator negou a inclusão de emendas que pediam o voto impresso, defendidas pela bancada bolsonarista.

As penas estipuladas para quem divulgar fake news durante o período eleitoral também ficaram mais leves em relação ao texto apresentado anteriormente. O substitutivo manteve a pena atual de detenção de dois meses a um ano, além de multa, para quem divulgar notícias falsas eleitorais. Anteriormente, previa-se reclusão de 1 a 4 anos, além de multa. As peças de campanha feitas com Inteligência Artificial, que façam alusão a pessoas físicas, também ficam vedadas durante o período eleitoral.

Outro ponto apresentado por Marcelo Castro (MDB-PI) prevê que políticos condenados passarão a ficar inelegíveis por no máximo oito anos, contados da decisão que aplicou a sanção. Atualmente, o prazo é contado a partir do final do cumprimento da pena, legislatura ou mandato.

O novo código substituirá sete leis atualmente em vigor: o Código Eleitoral de 1965, a Lei Geral das Eleições, a Lei dos Partidos Políticos, a Lei das Inelegibilidades e as legislações sobre plebiscitos, transporte de eleitores e combate à violência política contra a mulher. O projeto foi aprovado pela Câmara em 2021 e estava sob a relatoria de Castro desde o ano de 2022.

Em outra negativa ao bolsonarismo, o relator também rejeitou uma emenda que pretendia reintroduzir o financiamento empresarial de campanhas — prática proibida desde 2015 pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

por O Globo