O ABC ficou no 0 a 0 com o Figueirense na noite deste sábado (2), no Estádio Frasqueirão, em Natal, e ampliou o jejum de vitórias como mandante na Série C do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o alvinegro potiguar chegou ao 11º empate em 15 jogos e segue pressionado na luta para se manter longe da zona de rebaixamento, sem conseguir transformar o mando de campo em vantagem dentro da competição.
O empate foi ruim para as duas equipes que continuam próximas ao Z-4. O time potiguar até teve mais posse de bola e criou algumas chances, mas esbarrou na falta de efetividade e nas boas defesas do goleiro adversário. Já o Figueirense apostou em contra-ataques, mas também não conseguiu balançar as redes, em um jogo marcado por muita marcação e poucas finalizações perigosas.
Com o empate, o ABC chega aos 17 pontos e ocupa, momentaneamente, a 12ª posição. Enquanto o Figueirense soma 16 pontos e se mantém próximo ao time potiguar na da tabela, na 14º colocação. Na próxima rodada, o ABC volta a campo fora de casa, contra o líder Caxias, em Caxias do Sul. O Figueirense recebe o Maringá no Orlando Scarpelli, na segunda-feira, dia 11.
Um estudo realizado pela consultoria Oxford Economics, a pedido da ICC (Câmara de Comércio Internacional), mostra que o Brasil pode ser um dos países mais prejudicados pelo colapso total da OMC (Organização Mundial do Comércio), que atua como um balizador do comércio internacional.
Segundo o relatório, que foi realizado antes da onda de tarifas impostas pelo presidente americano Donald Trump e que traçou cenários em um mundo sem a atuação da OMC, o Brasil seria o mais vulnerável entre dez países em desenvolvimento analisados, podendo sofrer impactos substanciais nas exportações de “produtos não energéticos”, como alimentos e matérias-primas, ou seja, tudo aquilo que não envolva petróleo e seus derivados.
O documento alerta que o Brasil teria muito a perder com essa situação, porque o país depende das regras multilaterais para conseguir competir no comércio internacional, especialmente no setor agrícola. Se essas regras passarem a ser substituídas por disputas diretas entre países, como está ocorrendo neste momento com as ameaças e imposições do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a tendência é de que o Brasil saia perdendo, ao menos no curto prazo.
O estudo destaca que quase metade das exportações brasileiras vem de produtos agrícolas —como soja, carne bovina e açúcar— que são muito sensíveis a barreiras comerciais. Sem a OMC, esses produtos podem enfrentar taxas mais altas ou exigências sanitárias difíceis de cumprir, dificultando sua entrada em outros mercados.
“Tal projeção decorreria de três fragilidades interconectadas. Em primeiro lugar, a pauta exportadora nacional tem elevada dependência de commodities agrícolas (49% das exportações não energéticas). Ademais, produtos como soja, carne bovina e açúcar, que já são altamente protegidos, enfrentariam barreiras tarifárias e não tarifárias generalizadas”, afirma o relatório.
Outra dificuldade apontada diz respeito à limitada integração do Brasil com cadeias de valor internacionais, apesar das movimentações que envolvem o Mercosul, União Europeia e Brics.
A análise incluiu dez países em desenvolvimento: Brasil, Guatemala, Egito, Vietnã, Indonésia, Camarões, Turquia, África do Sul, China e Índia. Em um cenário sem OMC, estima-se que o comércio de bens desses países cairia em média 33%, com impactos ainda maiores nas nações de baixa renda, onde as exportações poderiam despencar até 43%.
As perdas no PIB (Produto Interno Bruto) de longo prazo variariam entre 3% e 6%, refletindo tanto a queda no comércio como no investimento estrangeiro direto, que também se reduziria entre 3% e 6%.
“Conforme a modelagem apresentada, o Brasil sofreria contração de aproximadamente 45% de suas exportações de bens não energéticos no longo prazo —o impacto mais acentuado dentre todas as economias estudadas”, aponta o relatório.
Na semana passada, em discurso durante reunião na OMC, o Brasil criticou indiretamente as tarifas impostas por Donald Trump e disse que está em curso um “ataque sem precedentes” ao sistema multilateral de comércio.
Hoje a OMC vive uma situação de impasse institucional e esvaziamento, principalmente por conta do bloqueio prolongado ao seu sistema de solução de controvérsias. Desde 2019, o órgão de apelação da OMC, que julga disputas comerciais entre países, está inoperante, porque os Estados Unidos seguem bloqueando a nomeação de novos juízes desse órgão. Isso criou um vácuo no sistema de resolução de disputas, travando o processo.
Mesmo ferido, o caminhoneiro conseguiu deixar o estabelecimento, atravessou a BR-277, mas caiu do outro lado da rodovia
O caminhoneiro Diogo Ferreira, de 38 anos, natural do Rio Grande do Norte, foi morto com uma facada na madrugada deste sábado 2, após uma confusão dentro de uma casa noturna localizada no km 601 da BR-277, na entrada de Cascavel, no Paraná. Diogo trabalhava com transporte de cargas na região do Mercosul.
Após o crime, o suspeito fugiu. Mesmo ferido, Diogo conseguiu deixar o estabelecimento, atravessou a BR-277, mas caiu do outro lado da rodovia.
Um policial militar que passava pela estrada encontrou o homem agonizando e acionou equipes de socorro de uma concessionária e do Corpo de Bombeiros. Ao chegarem, os socorristas constataram o óbito.
A Polícia Militar isolou o local e a Polícia Rodoviária Federal registrou a ocorrência. O corpo foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML) de Cascavel. A Polícia Científica realizou os levantamentos no local e a investigação foi assumida pela Delegacia de Homicídios, que busca identificar o autor do crime e esclarecer as circunstâncias do caso.
Variante apresenta mutações no genoma, no entanto, não há sinais de maior gravidade da doença ou de impacto significativo na eficácia de vacinas e antivirais.
O Rio Grande do Norte registrou pelo menos três casos da nova variante XFG da Covid. A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap).
Os casos foram detectados em pacientes de Natal. De acordo com a Sesap, a linhagem XFG da variante Ômicron “apresenta mutações no genoma, no entanto, não há sinais de maior gravidade da doença ou de impacto significativo na eficácia de vacinas e antivirais”.
Além do Rio Grande do Norte, segundo a Sesap, a linhagem já foi detectada em 38 países e, no Brasil, foram confirmados casos no Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
A linhagem XFG é considerada pela Organização Mundial de Saúde como uma “variante sob monitoramento’’.
A Sesap reforça a importância da vacinação contra a Covid e ressalta que pessoas com sintomas gripais devem intensificar a higienização das mãos e procurar os serviços assistenciais de saúde para avaliação.
A Secretaria da Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte (SEAP) informou que está apurando uma denúncia de agressão contra Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, preso acusado de tentar matar a ex-companheira Juliana Soares no último sábado (26), em Natal. A suposta agressão teria sido cometida por policiais penais de plantão na Cadeia Pública Dinorá Simas Lima Deodato, em Ceará-Mirim, onde o acusado está custodiado.Play Video
De acordo com nota divulgada pela SEAP na noite desta sexta-feira (1º), assim que tomou conhecimento da denúncia, a pasta adotou providências imediatas. Em nota, a secretaria informou que equipes da Coordenadoria da Administração Penitenciária e da Ouvidoria do Sistema Penitenciário foram deslocadas até a unidade para acompanhar a situação e garantir os procedimentos legais.
O interno foi encaminhado à Delegacia de Plantão da Polícia Civil para registrar a ocorrência e submetido a exame de corpo de delito no Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP).
A Polícia Civil ficará responsável pela investigação do caso. Além disso, a Corregedoria do Sistema Prisional também foi acionada para apurar possíveis excessos cometidos pelos agentes de segurança da unidade.
Igor Eduardo responde por tentativa de feminicídio após agredir Juliana com ao menos 60 socos no rosto, dentro de um elevador em um condomínio no bairro de Ponta Negra, zona Sul da capital. A vítima passou por uma cirurgia de reconstrução facial nesta sexta-feira (1º) no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) e segue internada sob observação. O caso ganhou grande repercussão e é tratado pela Polícia Civil como um crime motivado por violência de gênero.
O jornalista e colunista do Estadão José Roberto Guzzo morreu na manhã deste sábado, 2, aos 82 anos. Guzzo foi vítima de um infarto. Segundo a família, ele já sofria de problemas crônicos coronários, pulmonares e dos rins.
Guzzo era colunista do Estadão desde junho de 2021 e fundador da revista Oeste.
“Estou muito triste porque hoje morreu senão o maior e melhor jornalista de todos os tempos, um dos maiores e melhores jornalistas que o Brasil já teve”, disse Roberto Guzzo, filho dele.
Carreira
Guzzo iniciou sua carreira como repórter do jornal Última Hora de São Paulo, em 1961. Cinco anos depois, foi trabalhar no Jornal da Tarde, que acabara de ser lançado pelo Grupo Estado, do qual foi correspondente em Paris.
Foi na Editora Abril, porém, que Guzzo trabalhou a maior parte da carreira. Em 1968, fez parte da equipe fundadora da Veja, como editor de Internacional, e depois foi correspondente em Nova York. Cobriu a guerra do Vietnã e acompanhou a visita pioneira do então presidente americano, Richard Nixon, à China, em 1972. Foi o único jornalista brasileiro presente ao encontro de Nixon com o líder chinês Mao Tsé-tung.
Em 1976, aos 32 anos, Guzzo assumiu a direção da Veja, que ocupou até 1991. Neste período, a publicação saiu do vermelho e sua circulação passou de 175 mil exemplares para quase 1 milhão, o que a levou ao quarto lugar no ranking das maiores revistas semanais de informação do mundo, atrás apenas das americanas Time e Newsweek e da alemã Der Spiegel. Por sua habilidade de transformar um texto enfadonho em algo agradável de ler apenas com retoques pontuais, ganhou o apelido de “mão peluda” na redação.
Em 1988, passou a acumular a direção da Veja com o cargo de diretor-geral da Exame, encarregado de reinventar a revista. Deixou a Veja em 1991, encerrando um ciclo na revista. Depois de um ano sabático, voltou à ativa, dedicando-se exclusivamente à Exame, primeiro como diretor editorial e depois como publisher. Nos 11 anos em que esteve à frente da revista, transformou-a na publicação mais rentável, em termos relativos, da Abril.
O BB (Banco do Brasil) registrou nesta sexta-feira (1º) uma perda de R$ 7,7 bilhões em valor de mercado. As ações ordinárias (BBAS3) recuaram 6,85% no fechamento –estão cotadas a R$ 18,35 cada.
A instituição encerrou a semana com valor de R$ 104,75 bilhões. É o menor patamar desde 16 de janeiro de 2023, quando o banco era avaliado em R$ 101,62 bilhões. Os dados são de Einar Rivero, da consultoria Elos Ayta.
Trata-se da maior desvalorização diária em 2 anos. O pico do valor de mercado do BB se deu em 6 de fevereiro de 2024, quando o banco era avaliado em R$ 170,09 bilhões. De lá para cá, houve uma queda acumulada de R$ 65,34 bilhões.
“O recuo das ações do Banco do Brasil nesta semana acende um sinal de alerta sobre a confiança do mercado em relação à instituição, e, em sentido mais amplo, ao setor bancário tradicional. O retorno ao nível de valor de mercado observado no início de 2023 mostra que o banco está, aos olhos do mercado, praticamente no ponto de partida após quase dois anos de volatilidade”, afirma Einar.
Analistas do mercado financeiro projetam ganhos mais modestos para o Banco do Brasil no 2º trimestre de 2025. O BTG Pactual publicou um relatório nesta 6ª feira (1º.ago) em que revisou para baixo em 23% o lucro líquido que o BB terá –agora, estima R$ 5 bilhões.
Presa na Itália, a deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) deve ganhar tempo no processo de perda do seu mandato que tramita na Comissão Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
Inicialmente, a previsão era de que o processo contra a parlamentar fosse votado pelos deputados na comissão no início de agosto, logo após a volta do recesso de julho no Legislativo.
A previsão, porém, mudou. À coluna do Igor Gadelha, o presidente da CCJ, deputado Paulo Azi (União-BA), disse que o processo deve ser analisado somente em setembro, devido aos tramites da ação.
O parecer sobre o caso, por exemplo, ainda não foi apresentado pelo relator, Diego Garcia (Republicanos-PR), e só será votado quando testemunhas e a própria Zambelli forem ouvidas.
O presidente da CCJ, segundo apurou a coluna, tem uma conversa com o relator do caso prevista para a terça-feira (5/8). No encontro, eles devem conversar sobre o calendário para o processo.
Extradição pode afetar futuro de Zambelli
Como a coluna noticiou, a possível extração de Zambelli, se ocorrer logo, tem potencial para influenciar o processo de perda do mandato da parlamentar na Câmara.
“Com a prisão, não haverá nenhuma alteração no que estamos avaliando na CCJ. O que pode acontecer é que, em caso de extradição, interfira no julgamento, em como cada deputado vai votar (em relação à perda de mandato)”, avalia o presidente da comissão.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (1º) que pretende conversar com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, na próxima semana, para tratar das tarifas de 50% impostas por Washington a parte das exportações brasileiras. Segundo o ministro, o encontro pode abrir caminho para um eventual diálogo direto entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente norte-americano, Donald Trump.
“Ainda não há data definida, mas essa reunião é essencial para esclarecer os impactos da medida e retomar os canais de negociação”, disse Haddad. Ele destacou que o governo brasileiro considera a decisão dos EUA unilateral e que pretende apresentar argumentos técnicos sobre os impactos econômicos e legais da medida.
Trump afirmou que Lula pode ligar “quando quiser” para discutir as tarifas. A declaração foi dada a jornalistas no jardim da Casa Branca. “Acho ótimo. A recíproca também é verdadeira. O presidente Lula estaria disposto a receber um telefonema dele quando ele quiser”, respondeu Haddad ao ser questionado sobre a fala do líder americano.
A sobretaxa, decretada no final de julho, foi justificada por Trump como uma resposta a ações “incomuns” e “extraordinárias” do governo brasileiro, classificadas como ameaça à segurança nacional dos EUA. Apesar disso, cerca de 44,6% das exportações do Brasil foram poupadas da tarifa, incluindo produtos como petróleo, celulose, suco de laranja, minério de ferro e aviões.
Além do impacto comercial, a agenda entre Brasil e Estados Unidos pode incluir a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O governo americano impôs sanções ao magistrado no mesmo decreto que anunciou o tarifaço. Haddad afirmou que pretende esclarecer a Bessent como funciona o sistema judiciário brasileiro e rebater o que chamou de “desinformação” sobre o tema. O presidente Lula também se manifestou nas redes sociais nesta sexta. Disse que o Brasil “sempre esteve aberto ao diálogo” e que continuará defendendo sua economia, empresas e trabalhadores. “Quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições”, escreveu.
Paralelamente, o governo federal discute medidas para mitigar os impactos da tarifa. No Ceará, por exemplo, o governador Elmano de Freitas e Haddad avaliaram a possibilidade de que o Estado e prefeituras comprem alimentos prejudicados pela medida, como peixes e frutas, para uso em programas sociais. Ainda não há previsão de um encontro presencial entre Lula e Trump. Segundo Haddad, tudo dependerá dos desdobramentos da conversa com o secretário do Tesouro americano.