Como o 11 de Setembro transformou a geopolítica mundial

Atentados de 2001 deixaram quase 3 mil mortos e os impactos ultrapassaram o território americano

Na manhã de 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos enfrentaram um ataque que mudaria a história. Às 8h46, o voo 11 da American Airlines atingiu a torre norte do World Trade Center, em Nova York. Vinte minutos depois, às 9h03, outro avião, o voo 175 da United Airlines, se chocou contra a torre sul, revelando ao mundo que não se tratava de um acidente.

Em pouco mais de uma hora, os símbolos do poder econômico americano ruíam diante das câmeras de televisão.

A torre sul, mesmo atingida por último, foi a primeira a desabar, às 9h59. A torre norte veio abaixo às 10h28. Imagens de pessoas saltando de andares inalcançáveis marcaram a cobertura da imprensa internacional e registraram, em tempo real, o horror de uma nação sob ataque.

No total, quase três mil pessoas morreram. Só em Nova York, foram 2.753 vítimas, incluindo 343 bombeiros, 23 policiais municipais e 37 oficiais da Autoridade Portuária.

No Pentágono, em Washington, outras 184 pessoas perderam a vida quando o voo 77 da American Airlines foi lançado contra o prédio. Na Pensilvânia, o voo 93 da United Airlines caiu em um campo após passageiros reagirem aos sequestradores — impedindo que o avião atingisse outro alvo. Entre passageiros e tripulantes, mais 40 pessoas morreram.

Torres do World Trade Center após ataques • Getty Images
Torres do World Trade Center após ataques • Getty Images

Consequências globais

Os impactos ultrapassaram as fronteiras do Estados Unidos. As estruturas de inteligência e defesa foram rearticuladas em todo o mundo, com reflexos na vida cotidiana — dos controles de segurança em aeroportos a medidas de vigilância digital.

No campo da política externa, os EUA lançaram a “guerra ao terror”, invadindo o Afeganistão em 2001 e, dois anos depois, o Iraque.

O resultado foi um novo cenário geopolítico, marcado pela ascensão de guerras prolongadas e por debates sobre segurança, privacidade e direitos civis. Como destaca Magnotta, “o 11 de Setembro reorganizou o cotidiano do cidadão comum e a estratégia global de combate a ameaças”.

Atualmente, no local onde ficavam as Torres Gêmeas funciona o Memorial e Museu do 11 de Setembro, espaço dedicado às vítimas e à preservação da memória do maior ataque terrorista já registrado em solo americano.

Museu e Memorial do 11 de Setembro, em Nova York, no local onde ficavam as torres atingidas do World Trade Center • 9/11 Memorial and Museum/Wikipedia
Museu e Memorial do 11 de Setembro, em Nova York, no local onde ficavam as torres atingidas do World Trade Center • 9/11 Memorial and Museum/Wikipedia

Impacto econômico

500 mil dólares – Esta é a quantia estimada que se acredita ter custado para planejar e executar os ataques de 11 de setembro.

123 bilhões de dólares — Esta é a perda econômica estimada durante as primeiras duas a quatro semanas após o colapso das torres gémeas do World Trade Center em Nova York, bem como o declínio das viagens aéreas nos próximos anos.

60 bilhões de dólares — O custo estimado dos danos no local do WTC, incluindo danos nos edifícios circundantes, infraestruturas e instalações de metrô.

40 bilhões de dólares — Este é o valor do pacote emergencial antiterrorista aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos em 14 de setembro de 2001.

15 bilhões de dólares — Foi o pacote de ajuda econômica aprovado pelo Congresso para resgatar companhias aéreas.

9,3 bilhões de dólares — O valor dos reclamações de seguros decorrentes dos ataques de 11 de setembro.

Ataque às Torres Gêmeas em 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos • CNN/Reprodução
Ataque às Torres Gêmeas em 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos • CNN/Reprodução

Cronologia dos eventos

  • 11 de setembro de 2001 (horário do leste dos Estados Unidos)

8h46 — O voo 11 da American Airlines (viajando de Boston para Los Angeles) atinge a torre norte do World Trade Center na cidade de Nova York.

9h03 — O voo 175 da United Airlines (viajando de Boston para Los Angeles) atinge a torre sul do World Trade Center na cidade de Nova York.

9h37 — O voo 77 da American Airlines (viajando de Dulles, Virgínia, para Los Angeles) atinge o prédio do Pentágono em Washington.

9h59 — A torre sul do WTC desaba em aproximadamente 10 segundos.

10h03 — O voo 93 da United Airlines (viajando de Newark, Nova Jersey, para São Francisco) cai em um campo perto de Shanksville, Pensilvânia.

10h28 — A torre norte do WTC desaba. O tempo entre o primeiro ataque e o colapso das duas torres do World Trade Center é de 102 minutos.

por CNN

VEJA VÍDEO: MOMENTO EM QUE O INFLUENCIADOR TRUMPISTA CHARLIE KIRK É BALEADO.

O que sabemos sobre o assassinato do ativista pró-Trump Charlie Kirk

Procura pelo suspeito continua após uma pessoa ser mantida em custódia e solta em seguida pelo FBI

O atirador que matou o ativista pró-Trump Charlie Kirk, 31 anos, continua foragido, após um “ataque direcionado”, segundo a polícia, no campus da Universidade Utah Valley no estado americano de Utah.

Acredita-se que apenas uma pessoa esteja envolvida no ataque, declarou o governador Spencer Cox, que chamou a morte de Kirk de “um assassinato político”.

O presidente Donald Trump descreveu a morte do apoiador como um “momento sombrio para os Estados Unidos” e culpou a retórica da “esquerda radical” por causar violência política.

Saiba as últimas informações sobre o assassinato do ativista.

Ataque direcionado

Kirk foi morto a tiros enquanto discursava em um evento na Universidade Utah Valley, uma universidade pública na cidade de Orem. O atirador disparou uma vez, segundo o Comissário do Departamento de Segurança Pública de Utah, Beau Mason, que afirmou ter sido “um ataque direcionado a um indivíduo”.

O departamento acredita que o disparo tenha saído do telhado de um prédio.

Últimos momentos

O influenciador foi baleado enquanto respondia a uma pergunta de um membro da plateia sobre tiroteios em massa. Após ser atingido, Kirk foi levado “em veículo particular” para o Hospital Regional de Timpanogos, onde morreu, informaram autoridades.

Buscas continuam

A procura pelo suspeito continua em andamento, segundo o analista chefe de inteligência e aplicação da lei da CNN, John Miller, o planejamento, a habilidade e a execução do atirador podem estar complicando a busca.

Autoridades do FBI informaram anteriormente que uma pessoa estava sob custódia, mas foi liberada depois.

Reação de Trump

O presidente dos Estados Unidos expressou “dor e raiva” pela morte de Kirk em um vídeo gravado diretamente para a câmera no Salão Oval. “Charlie inspirou milhões e, esta noite, todos que o conheceram e o amaram estão unidos em choque e horror”, disse Trump no vídeo de quatro minutos.

Em turnê

Kirk viajava com frequência para universidades, palestrando e respondendo a perguntas da plateia, em conversas que frequentemente resultavam em vídeos virais. A apresentação de dele em Utah foi a primeira de uma turnê de retorno por 14 cidades americanas.

Violência política nos EUA

O ataque ocorre após uma série de casos de violência política nos EUA, incluindo o assassinato de uma legisladora de Minnesota e o marido dela em junho, um ataque incendiário na casa do governador da Pensilvânia em abril e a tentativa de assassinato contra Trump durante a eleição presidencial em julho passado.

por CNN

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STF retoma às 14h julgamento de Bolsonaro com voto decisivo de Cármen Lúcia

Após divergência integral de Fux para absolver seis réus, ministra pode formar maioria para condenar ex-presidente e outros acusados de plano de golpe

Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) retoma nesta quinta-feira (11), a partir das 14h, o julgamento dos réus acusados de uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A ministra Cármen Lúcia será a primeira a votar no dia e terá papel decisivo para destino de réus. Sua manifestação pode empatar o placar pela absolvição de Bolsonaro ou formar maioria para condenar os acusados.

Os votos favoráveis à condenação integração vieram do relator, ministro Alexandre de Moraes, e de Flávio Dino. Segundo eles, todos os réus devem ser responsabilizados pelos crimes apontados pela PGR (Procuradoria-Geral da República). Apesar disso, Dino considera que Augusto HelenoAlexandre Ramagem e Paulo Sérgio Nogueira devem ter penas reduzidas.

Luiz Fux abriu divergência ao absolver seis dos oito réus do núcleo considerado crucial para o plano de golpe pela PGR e condenando apenas o tenente-coronel Mauro Cid e Walter Braga Netto por tentativa de Abolição do Estado Democrático de Direito.

Com o cenário, Braga Netto e Cid réus são os únicos réus com maioria formada pela condenação por pelo menos um crime.

A sessão desta quinta estava prevista para começar pela manhã, mas foi remanejada pelo presidente do colegiado, Cristiano Zanin, após o extenso voto do ministro Luiz Fux, que durou quase 14 horas, e terminou no fim da noite da quarta.

Restam apenas Cármen Lúcia e o próprio presidente do colegiado para encerrar a análise das questões preliminares e do mérito da acusação da PGR.

Em caso de formação de maioria para condenação, após todos os ministros votarem, o colegiado vai discutir a dosimetria das penas para os condenados.

Os réus são acusados de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio público da União e deterioração de patrimônio tombado.

Apenas Alexandre Ramagem é acusado de três crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Dois crimes foram suspensos após decisão da Câmara dos Deputados e homologação parcial pela Primeira Turma do STF.

Quem são os réus?

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional);
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022.

Votos sobre Bolsonaro

O placar referente ao ex-presidente está em 2 a 1 pela condenação nos cinco crimes. Para Moraes, Bolsonaro liderou o grupo que planejava a ruptura democrática. O relator citou inclusive a minuta do golpe, mencionando que o ex-presidente teria admitido discutir medidas de exceção em interrogatório.

Flávio Dino acompanhou Moraes. Segundo ele, Bolsonaro e o ex-ministro Walter Braga Netto exerciam comando sobre a organização criminosa e, por isso, devem receber penas mais severas. Dino também sustentou que houve atos executórios, isto é, que os acusados efetivamente iniciaram a tentativa de golpe.

por CNN

Oposição na ALRN critica processo contra ex-presidente Bolsonaro

O julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) em que é réu o ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-auxiliares de sua gestão, carece de legitimidade, no entendimento de parlamentares de oposição na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.

O líder do PL, deputado estadual Tomba Farias, criticou o fato de ministros da 1ª Turma da Suprema Corte não terem declarado suspeição para julgar uma suposta tentativa de golpe: “A justiça hoje julga de acordo com o que ela quer. Se não estamos vivendo uma ditadura, eu gostaria de entender como é que um juiz (Cristiano Zanin) que está julgando o ex-presidente Bolsonaro era o advogado do presidente Lula. Outro que está julgando o ex-presidente Bolsonaro é o ministro Dino que vestia a camisa de Lula e chamava Bolsonaro de corrupto e ladrão”.


Tomba Farias também se contrapôs, no decorrer da sessão da quarta-feira (10), declarações do líder do governo do Estado, Francisco do PT, de que durante o governo Bolsonaro havia fome no país. “Se o deputado Francisco não está sabendo que o povo do Rio Grande do Norte está passando fome, convido ele para andar comigo para ver o que o povo está comendo. O povo cansou de esperar a picanha e a cerveja que Lula prometeu”, comparou.


O parlamentar municipalista destacou também que a luta do Partido Liberal e das demais forças de direita “é para evitar que a implantação da ditadura no Brasil aconteça. A esquerda quer transformar a história do Brasil numa Venezuela”.


Farias entende que o ex-presidente Bolsonaro está sendo julgado por um crime que não cometeu. “Como vai se falar em golpe de estado se ninguém tinha uma bazuca , uma metralhadora, não tinha nenhum tipo de arma?”, questionou, acrescentando: “ O MST invadiu o Congresso Nacional, quebrou tudo, com foi foice e tudo mais, e não foi ninguém preso até hoje”.


Ainda direcionando críticas ao Judiciário brasileiro, o deputado disse que a justiça, no passado recente, “soltou um ladrão” e agora tenta prender um “homem honesto e digno.”


Para o líder do PL o país “está vivendo em plena ditadura, implantada por este partido (PT), inclusive, a dificuldade que tinha de caminhar e resolver os nossos problemas juridicamente nesse país acabou”.


O deputado Coronel Azevedo (PL) somou-se às declarações do companheiro de partido, elogiando a postura do ministro Luiz Fux, que votou pela nulidade de todo o processo que “muitos chamam de farsa da trama golpista”, levantando a preliminar de incompetência do Supremo Tribunal Federal para julgar Jair Bolsonaro, que “não se encaixa no que determina a Constituição Federal”.


Coronel Azevedo criticou o STF ao mudar entendimentos da lei e sem interpretar “a lei que é a vontade do povo expressa por seus representantes. O Congresso escreveu a Constituição e não vale o texto da lei, vale a interpretação que a cada momento os togados, a sua bel-conveniência, vai dando ao longo do tempo”.


A deputada Terezinha Maia (PL) disse que Jair Bolsonaro “tem a marca de melhor presidente do Brasil e para os municípios, a esquerda quer eliminá-lo, porque sabe que ele é muito forte” para a disputa presidencial em 2026.


O deputado Adjuto Dias (MDB) também acompanhou o posicionamento de Tomba Farias, que foi contestado por Francisco do PT em virtude da alegação de o país está vivenciando uma ditadura: “É interessante a relativização das circunstâncias e das situações e como cada um molda seu pensamento à narrativa que lhe convém”.


Adjuto Dias alertou que “em tempos passados, até na época da Guerra Fria houve realmente uma ditadura miliar no Brasil, mas haviam esses guerrilheiros que atentaram contra a vida de outras pessoas, sequestraram embaixadores e assaltaram bancos, tudo pra financiar a colocação de um outro regime contrário, não era lutando pela democracia, ninguém ali lutava pela democracia não.”.


O deputado Francisco do PT dizia que o presidente Lula e vários segmentos da sociedade “lutaram por anistia para quem foi perseguido por uma ditadura militar implantada no país, é diferente de hoje. Os que estão querendo anistia hoje são os que queriam aplicar um golpe para perseguir um setor da sociedade e para implantar uma ditadura”.


“É uma comparação descabida. Anistia para quem foi perseguido e anistia para quem queria dar um golpe”, arguia Francisco, para quem “o problema é que Bolsonaro perdeu a eleição e não quis admitir. Ficou botando culpa em urna eletrônica. A mesma que elegeu o governador de São Paulo, Tarcísio.”.

por Redação Tribuna do Norte