“O nosso plano é o Bolsonaro candidato”, afirma Valdemar Costa Neto

Presidente do PL descarta plano B e defende anistia aos réus do 8 de Janeiro

À frente do maior partido do Congresso, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que aposta no retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro à disputa eleitoral em 2026. “Não temos plano B. O nosso plano é o Bolsonaro candidato”, disse em entrevista ao Correio Braziliense.

Valdemar defendeu a aprovação da anistia aos réus do 8 de Janeiro e declarou ter certeza de que haverá 300 votos para aprovar o projeto que isenta os envolvidos de punição. “Todos (congressistas) têm o mesmo interesse na próxima eleição. O centro estará junto com a direita, e nós vamos ganhar a Presidência da República”, afirmou.

“Eu acho que quando a anistia vier, vai vir para valer, e o Bolsonaro vai poder ser candidato”, falou.

Críticas ao STF

O dirigente criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que a anistia seria justa. “Eles (réus do 8 de Janeiro) estão sendo processados em uma instância incorreta. Eles estão processando no Supremo, mas teriam que estar processando todo esse pessoal na primeira instância”, argumentou.

Liderança de Bolsonaro

Segundo Valdemar, a direita seguirá unida em torno do ex-presidente ou de um nome indicado por ele. “Quem vai decidir quem será o nosso candidato do PL, ou apoiado pelo PL, vai ser o presidente Bolsonaro, porque ele colocou o nosso partido no patamar em que estamos hoje”, declarou.

Para o presidente do PL, mesmo em caso de impedimentos jurídicos, Bolsonaro continua sendo referência política. “O Bolsonaro já virou um mito. Você só vê assunto de Bolsonaro na televisão, mesmo com a imprensa martelando contra ele. Bolsonaro vai ser lembrado daqui a 30, 40 anos, não tenha dúvida disso”, disse.

Eleições de 2026

Valdemar também projetou o desempenho da legenda no próximo pleito. “Tenho certeza de que em 2026 nós vamos fazer a maior bancada no Senado e a maior bancada na Câmara. Vamos continuar nosso trabalho. Nós temos que ter um entendimento, não podemos viver constantemente nessa briga, nessa guerra. Isso não é bom para o país. Nós queremos paz, queremos tocar o país para a frente”, concluiu.

por Agora RN

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Mudança no IR pode zerar imposto para quem ganha até R$ 5 mil e beneficiar quem ganha até R$ 7.350

Mudança no IR pode zerar imposto para quem ganha até R$ 5 mil e beneficiar quem ganha até R$ 7.350

As mudanças no Imposto de Renda em análise no Congresso Nacional poderão beneficiar diretamente trabalhadores com carteira assinada que recebem até R$ 7.350 por mês. Pela proposta, haverá um desconto variável que zerará a cobrança para rendas de até R$ 5 mil. Acima desse valor, o desconto será decrescente até desaparecer na faixa de R$ 7 mil, na versão do governo, ou R$ 7,35 mil, conforme o texto do relator, deputado Arthur Lira (PP-AL).

“É quase um salário a mais [por ano]. Só que, daí por diante, por conta da progressividade do IR, os ganhos vão diminuindo até R$ 7.350. Acima disso, não há mudança. Quem ganha R$ 4 mil, vai ter pouco mais de 1/3 de ganho [37% do salário a mais por ano]”, explicou Welinton Mota.

A Câmara dos Deputados aprovou um requerimento de urgência para o projeto que altera as regras do Imposto de Renda. Com isso, o texto, que já passou por uma comissão especial, poderá ser votado diretamente pelo plenário.

Arthur Lira afirmou que a alteração pode beneficiar cerca de 500 mil brasileiros. Ele disse ainda que a medida visa assegurar a “neutralidade” da proposta.

Se for aprovada, a mudança entrará em vigor em 2026. Nesse cenário, aproximadamente 10 milhões de contribuintes deixariam de pagar o imposto. Segundo estimativa do Ministério da Fazenda, 26 milhões de declarantes — 65% do total — ficariam isentos. No conjunto da população brasileira, 87% não pagariam o IRPF.

O governo federal apresentou a proposta em março. A faixa de isenção seria ampliada de R$ 3.036, valor equivalente a dois salários mínimos, para R$ 5 mil mensais a partir de 2026.

Além disso, está prevista isenção parcial para rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7 mil mensais, ou até R$ 7,35 mil na proposta do relator.

Para compensar a perda de arrecadação, o governo pretende criar uma taxação sobre pessoas com renda superior a R$ 50 mil por mês, o que equivale a R$ 600 mil por ano. O projeto prevê ainda que a cobrança sobre dividendos de pessoa física e empresa não ultrapasse 34% no caso das empresas e 45% para instituições financeiras.

por Agora RN

Complexo Turístico da Redinha passa a se chamar “Governadora Wilma de Faria”

O Complexo Turístico da Redinha, localizado no bairro da Redinha, zona Norte de Natal, foi denominado oficialmente como “Governadora Wilma de Faria”. A mudança está oficializada na edição do Diário Oficial do Município (DOM) desta sexta-feira (5), após a sanção do prefeito da capital, Paulinho Freire (União Brasil).

A nomeação é uma homenagem à ex-governadora do Rio Grande do Norte e ex-prefeita de Natal, Wilma de Faria. De autoria do vereador Aldo Clemente (PSDB), o Projeto de Lei Nº 7.931/2025 foi aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal. “Por se tratar de um complexo que efetivamente impulsionará o turismo local, nada mais justo que denominá-lo de ‘Governadora Wilma de Faria’’, disse.

“Homenagem a uma das grandes incentivadoras do turismo de Natal e do Estado do Rio Grande do Norte, que contribuiu sobremaneira para o desenvolvimento da região da Redinha com o seu empenho em construir a ‘Ponte de Todos Newton Navarro’”, acrescentou o parlamentar.

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Sobre Wilma de Faria

Nascida em Mossoró, no Oeste do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria iniciou sua carreira política em 1979, quando comandou o Movimento de Integração e Orientação Social (MEIOS) durante a gestão do então governador Lavoisier Maia, com quem era casada na época.

Em 1983, no governo de José Agripino, assumiu a Secretaria de Trabalho e Assistência Social do Estado. Três anos depois, em 1986, foi eleita deputada federal. Em 1988, tornou-se prefeita de Natal, cargo para o qual foi reeleita em 1996 e 2000.

Em 2002, renunciou à Prefeitura para disputar o Governo do Rio Grande do Norte. Eleita, fez história como a primeira mulher a governar o estado e conseguiu a reeleição em 2006. Em março de 2010, deixou o cargo de governadora para concorrer ao Senado, mas terminou em terceiro lugar.

Dois anos depois, em 2012, foi eleita vice-prefeita de Natal na chapa de Carlos Eduardo. Já em 2016, disputou as eleições municipais para vereadora e conquistou uma cadeira na Câmara Municipal.

Wilma de Faria faleceu em 15 de junho de 2017, aos 72 anos, vítima de câncer, durante o exercício de seu mandato como vereadora em Natal.

por Tribuna do Norte

Covid-19 não desapareceu e casos continuam ocorrendo, alerta médico

O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alberto Chebabo, alertou nesta sexta-feira (5) que há um cenário no Brasil no qual a covid-19 continua acontecendo. 

“Obviamente não com o mesmo impacto do período da pandemia, mas ela não desapareceu. No momento, vivemos um aumento de casos em várias cidades brasileiras”, disse em uma das mesas da 27ª Jornada Nacional de Imunizações, na capital paulista. 

Com o mote Vacinando gerações: um compromisso de todos, o evento, organizado pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), contou com 90 atividades e palestrantes brasileiros e estrangeiros.

Segundo Chebabo, no momento a covid-19 atinge populações muito específicas, principalmente crianças abaixo de 2 anos de idade, que não foram expostas ao vírus e que, se não forem vacinadas, serão impactadas de forma semelhante ao que ocorreu na pandemia, aumentando o risco de complicação e de internação hospitalar. 

“Hoje, dois terços das crianças internam. Em 2024, por exemplo, foram 82 óbitos de crianças. É um número bastante expressivo, considerando que são crianças acometidas por uma doença que é imune e prevenível por vacina”, alertou.

Os idosos acima de 60 anos de idade também são uma população sensível aos riscos da covid-19, já que com o próprio envelhecimento do sistema imune, o organismo perde a capacidade de resposta e de proteção. 

“Essa população é a de mais risco de complicações e óbito. A maior parte dos óbitos acontece na população dos mais idosos. As gestantes também estão no grupo dos mais suscetíveis e sua vacinação é importante porque também protege a criança até que ela tenha a idade para conseguir ser revacinada”, explicou.

“Como estratégia de saúde pública, com os recursos financeiros que temos, talvez ela não seja importante para a maioria da população, mas para alguns grupos é fundamental. Então, para os idosos, para os imuno-suprimidos, para reduzir o risco de complicações, internação hospitalar e morte, a testagem é fundamental”, defendeu.

No caso dos grupos que já foram vacinados e têm menor risco de complicações, Chebabo recomenda como medida individual, caso a pessoa queira, fazer o teste na farmácia ou no laboratório. A ação vale para avaliar uma possível associação em caso de complicações futuras, facilitando o entendimento do quadro de saúde.

Vacinas combinadas

Segundo o professor de epidemiologia na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Expedito Luna, a comunidade científica tem discutido a possibilidade de combinar a vacina contra influenza com a vacina contra a covid-19, o que permitiria que as pessoas ficassem imunizadas com apenas uma vacina. Entretanto, segundo ele, alguns obstáculos ainda apontam que por enquanto ainda não há essa possibilidade.

“No caso da gripe, as vacinas são atualizadas todo ano. Para o mundo, duas vezes por ano, porque tem uma vacina para o Hemisfério Sul e outra para o Hemisfério Norte. Esse processo foi pactuado entre a Organização Mundial da Saúde, de forma que, mesmo com indústrias diferentes, concorrentes entre si, elas produzem a mesma vacina todo ano, porque elas seguem a recomendação de composição da vacina que é padronizada pela OMS”, explicou.

De acordo com Luna, o vírus do SARS-CoV-2 tem uma taxa de mutação muito alta, assim como o vírus da influenza, porém na influenza já se conhece o comportamento, que é sazonal, permitindo que a vacinação seja feita antes do período de maior incidência. 

“Com relação à covid-19, tudo isso é muito recente e o dado mundial nos mostra que ela ainda não tem esse comportamento sazonal claro. Aqui no Brasil, estamos vendo dois picos no ano. Então, não valeria a pena termos uma vacina que tem as duas coisas juntas, quando os vírus ocorrem separadamente”, observou.

Luna lembrou que a política atual do Ministério da Saúde recomenda para os grupos de risco para a covid-19 duas doses da vacina por ano, uma a cada 6 meses, o que seria complicado se a vacina fosse combinada. 

“Com essas evidências, se estivesse na posição de decidir pelo Brasil, eu decidiria não usar a vacina combinada, continuar com as duas separadas, que dá mais oportunidades de ganhos tanto para uma quanto para outra”, disse.

Dados recentes da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), que reúne empresas responsáveis por mais de 85% do volume de exames realizados na saúde suplementar do Brasil, apontam aumento dos casos de covid-19 no país nas últimas dez semanas de referência. O índice de positividade chegou a 13,2%, o maior desde março deste ano.

Segundo o patologista clínico e líder do Comitê Técnico de Análises Clínicas da Abramed, Alex Galoro, a alta da covid-19 é explicada pela queda natural dos anticorpos e pelo surgimento de variantes, mesmo em uma população já imunizada.

“As infecções respiratórias têm comportamento cíclico, influenciadas pela transmissibilidade e pela imunidade da população. O inverno favorece aglomerações em ambientes fechados, o que aumenta a transmissão. Porém, a imunidade, gerada por infecções prévias e pela vacinação, ajuda a evitar grandes aumentos”, explicou.

por Agência Brasil

Messi coloca em dúvida sua participação na Copa do Mundo de 2026

Aos 38 anos, Lionel Messi ainda não sabe se disputará a Copa do Mundo de 2026. Após uma emocionante despedida da seleção argentina jogando em casa, o atacante evitou confirmar sua presença no Mundial e disse que, “pela lógica”, em razão de sua idade, não deveria disputar o torneio nos Estados Unidos, no Canadá e no México.

“No momento, não sei se poderei jogar a próxima Copa do Mundo. Pela minha idade, o mais lógico é que isso não aconteça. Mas, bem, já estamos lá, estou animado, com vontade. Mas, como sempre disse, vou dia a dia e jogo a jogo”, declarou Messi, na saída de campo após a vitória argentina sobre a Venezuela por 3 a 0 no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires.

Messi confirmou que a partida foi a sua última oficial com a camisa da Argentina em casa. “Neste ano tivemos muitos jogos, muitos consecutivos, um após o outro. Agora, depois de ficar alguns dias parado, voltei e senti um pouco o peso. Felizmente, consegui jogar três partidas seguidas, e é isso, ir dia a dia, sentir as sensações. O que está claro é que hoje foi o último jogo por pontos aqui.”

Ao ser questionado sobre o futuro, ele voltou a se esquivar e não deu uma resposta definitiva. “Agora é dia a dia, tentando me sentir bem e, acima de tudo, ser sincero comigo mesmo. Quando me sinto bem, aproveito. E se não estou bem, a verdade é que passo mal, prefiro não estar. Então, nada, vamos ver.”

Atual campeã mundial, a Argentina assegurou sua vaga na Copa de 2026 com antecedência e já garantiu o primeiro lugar das Eliminatórias Sul-Americanas, dez pontos à frente do segundo colocado, a seleção brasileira.

Estadão Conteúdo

Rede elétrica em ruas de seis bairros de Natal será interrompida para melhorias na próxima semana

A Neoenergia Cosern vai fazer serviços de manutenção preventiva e modernização nas redes elétricas que distribuem energia para os bairros Candelária, Lagoa Azul, Lagoa Nova, Nova Descoberta, Pajuçara e Tirol, em Natal, na próxima semana. Por questões de segurança do serviço, a distribuidora interromperá o fornecimento de energia para algumas ruas dessas localidades.

A companhia informou que os serviços poderão ser concluídos antes do tempo estimado, sem aviso prévio.

“A Neoenergia Cosern reforça a necessidade dos clientes realizarem a atualização cadastral junto à distribuidora. Ela é importante para que o cliente seja prontamente comunicado em caso de desligamento programado, inspeções de segurança na rede elétrica e campanhas promocionais”, informou.

Cronograma

Segunda-feira, dia 08/09 – Tirol

Rua Alberto Maranhão e adjacências

Horário: das 8h às 12h

Terça-feira, dia 09/09 – Tirol

Rua Apodi e adjacências

Horário: das 8h às 12h

Terça-feira, dia 09/09 – Lagoa Nova

Rua Baía Formosa e adjacências

Horário: das 9h às 13h

Terça-feira, dia 09/09 – Pajuçara

Rua Joselândia e adjacências

Horário: das 13h às 17h

Quarta-feira, dia 10/09 – Nova Descoberta

Av. Xavier da Silveira e adjacências

Horário: das 8h às 12h

Quarta-feira, dia 10/09 – Lagoa Azul

Av. Buenaventura e adjacências

Horário: das 13h às 17h

Quinta-feira, dia 11/09 – Candelária

Rua Juarez Távora e adjacências

Horário: das 8h às 12h

por Tribuna do Norte

Morre o Brigadeiro Carlos Eduardo, ex-comandante da Base Aérea de Natal e ex-presidente da CODERN

O Brigadeiro Carlos Eduardo da Costa Almeida, ex-comandante da Base Aérea de Natal (BANT) e ex-presidente da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (CODERN), faleceu nesta sexta-feira (5), aos 64 anos.

Em nota, a BANT destacou a trajetória do militar, classificado como exemplo de dedicação à Força Aérea Brasileira (FAB), reconhecido pelo profissionalismo, liderança e compromisso com a missão de servir ao país. À frente da unidade, deixou contribuições relevantes para a organização e marcou sua gestão pela humanidade e amor ao servir.

A CODERN também manifestou pesar pela morte do Brigadeiro e ressaltou sua dedicação, ética e compromisso com o serviço público durante o período em que presidiu a estatal, de março de 2022 a fevereiro de 2023.

O velório será realizado neste sábado (6), no Morada da Paz, em Emaús, a partir das 14h. Às 18h30 haverá missa, seguida por cerimônia de honras militares às 20h e cremação às 22h.

por Tribuna do Norte

STF terá sessão extra para julgamento de Bolsonaro

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou sessões extra da Primeira Turma da Corte, na próxima quinta-feira (11), para o julgamento do núcleo 1 da trama golpista, formado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados.Play Video

A decisão de Zanin, que é presidente do colegiado, foi tomada após o relator da ação penal, Alexandre de Moraes, solicitar o agendamento de mais uma sessão para julgamento do caso. Já estavam agendadas sessões para os dias 9, 10 e 12 de setembro. 

O julgamento começou nesta semana, quando foram ouvidas as sustentações das defesas do ex-presidente e dos demais acusados, além da manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, favorável à condenação de todos os réus.

A partir de terça-feira (9), colegiado vai iniciar a votação que pode condenar Bolsonaro e os demais acusados a mais de 30 anos de prisão.

Com a decisão de Zanin, o julgamento terá mais quatro dias. Em três deles, serão realizadas sessões pela manhã e à tarde. Para viabilizar a sessão dupla na próxima quinta-feira, o STF cancelou a sessão do plenário que seria realizada às 14h. 

Agenda de sessões:

Dia 9 – às 9h e às 14h;
Dia 10 – às 9h;
Dia 11 – às 9h e às 14h; 
Dia 12 – às 9h e às 14h;

Acusações 

Pesam contra os acusados a suposta participação na elaboração do plano Punhal Verde e Amarelo, com planejamento voltado ao sequestro ou homicídio do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente, Geraldo Alckmin.

Também consta na denúncia da PGR a produção da chamada “minuta do golpe”, documento que seria de conhecimento de Jair Bolsonaro e serviria para a decretação de medidas de estado de defesa e de sítio no país para tentar reverter o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse do presidente Lula.

A denúncia também cita o suposto envolvimento dos acusados com os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. 

Crimes

Os acusados respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. Em caso de condenação, as penas podem chegar a 30 anos de prisão. 

A exceção é o caso do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, que, atualmente, é deputado federal. Ele foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações e responde somente a três dos cinco crimes. A regra está prevista na Constituição. 

A suspensão vale para os crimes de dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado, relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro. 

Quem são os réus  

Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;

Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);

Almir Garnier- ex-comandante da Marinha;

Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;

Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);

Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;

Walter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022;

Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

por Agência Brasil

Justiça Eleitoral cassa mandatos do prefeito e da vice de Marcelino Vieira

A Justiça Eleitoral da 65ª Zona Eleitoral, sediada em Pau dos Ferros, cassou nesta sexta-feira (5) os mandatos do prefeito de Marcelino Vieira, Hindemberg Pontes de Lima, conhecido como Dibed (Podemos), e da vice-prefeita Juliana Emídia do Nascimento Costa (PL). A decisão, assinada pelo juiz Osvaldo Cândido de Lima Júnior e publicada no Diário da Justiça Eletrônico (DJE), também declarou a inelegibilidade do ex-prefeito Kerles Jácome Sarmento, o “Babau”, pelo período de oito anos.

Na sentença, o magistrado concluiu que houve abuso de poder político e econômico nas eleições de 2024, apontando especialmente a contratação em massa de servidores e diaristas pouco antes do pleito, sem comprovação de necessidade, com o objetivo de favorecer a chapa eleita. O juiz destacou ainda o aumento considerado “exorbitante” das despesas com diárias a partir de julho de 2024, conforme dados do Portal da Transparência.

A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) foi movida pela coligação “Marcelino Vieira para Todos” (Federação Brasil da Esperança – PT/PCdoB/PV – e PSD), que teve como candidato o Dr. Geraldinho.

Dibed Pontes foi eleito em 2024 com 3.135 votos, o equivalente a 50,57% dos válidos, contra 3.064 votos (49,43%) do adversário, uma diferença de apenas 71 votos.

Apesar da decisão, prefeito e vice permanecem nos cargos até o julgamento dos recursos. Caso seja mantida pelas instâncias superiores, o presidente da Câmara Municipal assumirá interinamente a prefeitura, até a realização de novas eleições, a serem convocadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN).

por Tribuna do Norte

Anistia encontra resistência no Congresso mesmo após intensa pressão da oposição; entenda os motivos

Presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, têm adotado cautela antes de colocar o texto em votação. Oposição intensifica demanda pela anistia com a proximidade da conclusão do julgamento de Jair Bolsonaro por golpe de Estado.

A discussão sobre um projeto para anistiar condenados pelos atos golpistas do final de 2022 e início de 2023 ainda encontra entraves no Congresso, mesmo após dias seguidos de intensa pressão da oposição.

A anistia é a principal bandeira dos oposicionistas e um tema dominante na Câmara e no Senado neste segundo semestre.

A ideia da oposição é livrar das penas não só as pessoas comuns envolvidas nos atos golpistas que culminaram dos ataques de 8 de Janeiro, mas também os políticos envolvidos em investigações — como o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Governistas e o próprio presidente Lula, no entanto, não querem a aprovação de uma anistia.

A discussão ganhou força nos últimos dias com o julgamento da Trama Golpista na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em que Bolsonaro e ex-assessores e militares são réus por golpe de Estado.

Especialistas e políticos ouvidos pelo g1 apontam que os entraves ao projetos envolvem questões políticas internas do Congresso, cálculos dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), relação do parlamento com o governo e o Judiciário e repercussão na sociedade.

Veja uma análise dos motivos abaixo:

A indecisão de Motta

Motta) tem sofrido fortes pressões da oposição para pautar a proposta.

No entanto, segundo analistas, ele está esperando para ver o clima político que emergirá após o fim do julgamento na Primeira Turma, previsto para a sexta-feira (12).

“Motta tenta se equilibrar entre os interesses do governo e os apelos da oposição. Ele evita pautar o projeto da anistia nesse momento para não melindrar o trabalho dos ministros do STF, até porque o julgamento ainda está em curso”, afirma o cientista político Murilo Medeiros.

O texto a ser discutido ainda está em debate entre os opositores, podendo haver até três outras versões em discussão. Porém, uma proposta mais ampla foi apresentada ao presidente da Casa na última quinta-feira (4).

A proposta, endossada pelo presidente do PL Sóstenes Cavalcante, prevê um perdão amplo, geral e irrestrito para os crimes cometidos contra a democracia brasileira. (leia mais abaixo)

Motta tem adotado uma postura cautelosa também pelo seu posicionamento político, que tende a consensos, e pela intenção de não se desgastar com nenhum setor importante.

“O presidente Motta não é de extrema direita, é da escola de Arthur Lira [ex-presidente da Câmara], que tem um perfil mais de conciliação. A própria atuação dele durante a ocupação da mesa reforça este posicionamento moderado”, explica o cientista político do FGV Carlos Pereira.

Outro fator que tem sido apontado é a própria carreira política de Motta.

“Motta também enfrenta a missão de conciliar a estratégia eleitoral na Paraíba com seu ofício de presidente da Câmara dos Deputados. Em território paraibano, ele tende a buscar a reeleição com o suporte da base de apoio a Lula no estado. A nível nacional, além da relação amistosa com a esquerda, ele precisa manter pontes de conexão com a oposição, com os partidos de centro e com seu partido, o Republicanos, de base conservadora”, continua Medeiros.

Os critérios de Alcolumbre

Alcolumbre já sinalizou que não vai aceitar o texto da Câmara, com anistia ampla. Um eventual projeto teria que ser aprovado pelas duas Casas. Ele também não quer que Bolsonaro seja contemplado.

O texto do Senado, mais rigoroso, começou a ser endossado na última semana e prevê uma redução pela metade das penas dos golpistas de 8 de janeiro e uma redução menor para as lideranças do golpe, como o ex-presidente

“Ele trabalha uma anistia mais conectada ao STF, com um diálogo muito melhor com o supremo e uma anistia com um texto alternativo que, começando pelo Senado, não se estenderia benefícios ao ex-presidente Bolsonaro, seria uma anistia light”, afirma Rodrigo Prando.

“Obviamente, uma parcela dos bolsonaristas radicais não querem. Mas, o Davi Alcolumbre, ele tem mais autoridade, mais estofo para aguentar a pressão bolsonarista do que o Hugo Motta”, completa.

Movimento político para eleições presidenciais

O avanço do debate sobre a anistia a envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro expõe não apenas uma tentativa de reverter condenações judiciais, mas também revela um cálculo eleitoral.

O ex-presidente Bolsonaro já está inelegível, ao ter sido condenado no TSE por ter atacado o sistema eleitoral brasileiro em reunião com embaixadores de outros países.

“Esse movimento tem de um lado um viés eleitoral tentando colocar esperança no bolsonarismo de que Jair Bolsonaro poderia estar nas urnas [em 2026]”, afirma Prando.

O especialista lembra que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), passou a encampar com mais fervor nos últimos dias a pauta da anistia. Tarcísio é visto como alternativa a Bolsonaro, mas foi criticado pelo deputado e filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por não se engajar na pauta da anistia.

“É o movimento do Tarciso. Ele está dizendo: ‘Eu estou lutando pela anistia, mas ela não foi possível. Portanto, agora eu mostrei que eu lutei que eu sou confiável eu mereço o seu voto’”, completou o especialista.

Proposta impopular

Outro fator é que, de acordo com pesquisas de opinião, a maioria do eleitorado é contra a anistia.

“O Hugo Mota entende o desgaste que existe com a sociedade, com a opinião pública, só que o presidente tem a intenção de ser reeleito presidente da Câmara. Então ele também não pode prescindir dos votos do bolsonarismo da extrema-direita”, afirma o cientista político Rodrigo Prando.

De acordo com a pesquisa mais recente, realizada pela Genial/Quaest, 56% dos brasileiros são contrários à anistia para os envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

por g1 — Brasília