Trump envia carta impondo consequências a Moraes

Darren Beattie, alto funcionário em Diplomacia Pública do Departamento de Estado dos Estados Unidos, publicou na conta oficial da pasta, nesta segunda-feira (14/7), uma ameaça ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, afirmando que o presidente dos EUA, Donald Trump, mandou uma carta impondo consequências ao brasileiro.

“O presidente Trump enviou uma carta impondo consequências há muito esperadas à Suprema Corte de Moraes e ao governo Lula por seus ataques a Jair Bolsonaro, à liberdade de expressão e ao comércio americano. Tais ataques são uma vergonha e estão muito aquém da dignidade das tradições democráticas do Brasil.

As declarações do presidente Trump são claras. Estaremos observando atentamente”, diz a postagem.

Por Metrópoles

Trump está frustrado com negociações comerciais do Brasil, diz assessor

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está frustrado com as “ações e negociações comerciais” do Brasil, disse o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett.

O conselheiro afirmou neste domingo (13), em entrevista à ABC, que a taxação de 50% sobre os produtos brasileiros visa estimular a produção nos Estados Unidos, e que o presidente americano “tem autoridade para impor as tarifas se acreditar que as ações e políticas do Brasil são uma ameaça à segurança nacional”.

Hassett também declarou que Trump analisou algumas propostas de acordos comerciais com outros países, mas acredita que elas precisam ser melhores para que haja consenso.

“Bem, essas tarifas são reais se o presidente não conseguir um acordo que considere bom o suficiente”, disse o assessor.

“Mas, sabe, as conversas estão em andamento e veremos como a poeira se acomoda”, acrescentou.

Por CNN Brasil

Ideia de moeda comum do Brics foi de Lula, diz Rússia

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, atribuiu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a iniciativa de criar sistemas de pagamento alternativos ao dólar para o Brics, proposta feita na cúpula de Joanesburgo em agosto de 2023. A declaração foi feita em novembro de 2024, durante entrevista à TV BRICS, na qual o chanceler russo afirmou que Lula “garantirá que essa questão seja uma das prioridades” da presidência brasileira do bloco em 2025.

“Foi o presidente Lula da Silva, na cúpula do Brics em Joanesburgo, no ano passado, que iniciou o debate trabalhado pela presidência russa sobre sistemas de pagamento alternativos”, disse Lavrov. “Como já disse, houve progresso, mas é preciso levá-lo à sua conclusão lógica para que surjam mecanismos prontos para serem usados. Não tenho dúvidas de que nossos colegas brasileiros dedicarão o máximo de energia a essa questão.”

A proposta de criar plataformas de pagamento e mecanismos de compensação interbancária independentes do dólar tem provocado forte reação dos Estados Unidos. Em novembro de 2024, o presidente americano, Donald Trump (Partido Republicano), ameaçou aplicar tarifas de 100% contra países que criassem uma moeda alternativa.

“A ideia dos países do Brics de se afastarem do dólar enquanto ficamos parados e assistimos ACABOU. Exigimos um compromisso desses países de que eles não criarão uma nova moeda Brics nem apoiarão nenhuma outra moeda para substituir o poderoso dólar americano ou enfrentarão tarifas de 100% e podem se preparar para dizer adeus à venda para a maravilhosa economia dos EUA. Eles podem ir encontrar outro ‘otário!’. Não há chance de os Brics substituírem o dólar americano no comércio internacional –e qualquer país que tente deve dar adeus à América”, escreveu na rede social que ele próprio criou, a Truth Social.

Em pelo menos 2 outros momentos de 2025, em janeiro e em fevereiro, o norte-americano falou em taxar em 100% os países do Brics se o grupo criasse uma moeda alternativa ao dólar. Na 3ª feira (8.jul.2025), Trump afirmou que aplicaria taxas de 10% para os países do bloco.  Segundo ele, o Brics tenta “destruir o dólar para que outro país assuma a posição e torne sua moeda o novo padrão”.

“Só estou dizendo que, se as pessoas quiserem contestar [o dólar], podem, mas terão que pagar um preço alto. E não acho que nenhuma delas esteja disposta a pagar esse preço”, afirmou Trump em reunião de gabinete na Casa Branca. O presidente norte-americano afirmou ainda que o dólar é “rei” e que vai “mantê-lo assim”. Também disse que não considera o Brics “uma ameaça séria”.

No mesmo dia, Lula respondeu às ameaças após reunião com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, no Palácio da Alvorada. “Nós não concordamos quando o presidente dos Estados Unidos falou que vai taxar os países dos Brics”, afirmou o petista. “Somos países soberanos e não aceitamos intromissão de quem quer que seja. Não queremos contencioso, o que queremos é fazer com que nossos países possam progredir”. O republicano já havia dito no domingo (6.jul) que qualquer país que se alinhar às “políticas antiamericanas do Brics” será alvo da taxação extra.

Leia a íntegra da fala de Lavrov:

“Acredito que a plataforma de pagamentos, os mecanismos de compensação, os mecanismos de seguro estarão entre as prioridades da presidência brasileira. Afinal, foi o presidente Lula da Silva, na cúpula do Brics em Joanesburgo, no ano passado, que iniciou o debate trabalhado pela presidência russa sobre sistemas de pagamento alternativos. Foi justamente em resposta a essa iniciativa registrada na Declaração de Joanesburgo que trabalharam com os ministros das Finanças em colaboração com os presidentes dos bancos centrais. Como já disse, houve progresso, mas é preciso levá-lo à sua conclusão lógica para que surjam mecanismos prontos para serem usados. Não tenho dúvidas de que nossos colegas brasileiros dedicarão o máximo de energia a essa questão, considerando que essa é uma iniciativa de seu presidente. Acredito que o próprio Lula garantirá que essa questão seja uma das prioridades.”

Por Poder360

Rússia lança mais de 600 drones e mísseis contra a Ucrânia, diz Zelensky

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, informou que a Rússia lançou 597 drones e 26 mísseis em um ataque noturno ao país neste sábado (12).

Em postagem no Telegram, Zelensky detalhou o ataque e informou o impressionante número de 597 drones e 26 mísseis na ofensiva. Ao menos 20 pessoas ficaram feridas.

Unidades de defesa aérea ucranianas abateram 25 mísseis e 319 drones Shahed e bloquearam outros 258 drones com guerra eletrônica, informou a força aérea.

“O ritmo dos ataques aéreos da Rússia exige decisões rápidas e pode ser contido agora por sanções”, disse Zelensky fazendo um novo apelo por sanções severas à Rússia e mais defesa aérea para a Ucrânia.

“Esta guerra só pode ser interrompida pela força. Esperamos não apenas sinais de nossos parceiros, mas ações que salvem vidas”, completou.

O ataque é o mais recente de uma série de ataques aéreos massivos nas últimas semanas. A Rússia intensificou significativamente suas ofensivas com drones e mísseis contra a Ucrânia desde junho.

Por CNN

Trump sinaliza que pode conversar com Lula após tarifa de 50% sobre o Brasil, ‘mas não agora’

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou nesta sexta-feira (11) que pode conversar com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, após a imposição de tarifas de 50% sobre produtos importados do Brasil. “Em algum momento posso falar com Lula, mas não agora”, afirmou, ao ser questionado sobre o tema por repórteres em frente à Casa Branca.

Trump também comentou a relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, dizendo que “Bolsonaro era muito duro em negociações” e que “é muito injusta a maneira com que o Brasil o trata”. O republicano se referiu ao julgamento do ex-presidente em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), sobre uma tentativa de golpe de Estado. A Corte brasileira foi alvo de críticas de Trump na carta em que anunciou a tarifa de 50% sobre o Brasil.

Ao tratar das tensões com o Canadá, Trump afirmou que as tarifas de 35% aplicadas ao país vizinho, anunciadas na noite de quinta, foram “razoavelmente bem recebidas”. Ele acrescentou que “recebi uma ligação do Canadá ontem, após a carta”, sem revelar detalhes e indicou que eventuais exceções tarifárias ainda estão sendo avaliadas: “Veremos”.

A outros países que aguardam definições sobre medidas comerciais Trump pediu que “continuem trabalhando duro” por um acordo com os americanos.

Juros

Na frente monetária, o republicano voltou a criticar o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. “Ele faz um trabalho terrível. Deveríamos ter taxas de juros três pontos porcentuais menores”, disse. Questionado sobre a possibilidade de demitir Powell, foi direto: “Não farei.”

Estadão Conteudo

Rússia diz ter destruído postos militares da Ucrânia nas últimas 24 horas

O Ministério da Defesa da Rússia informou na quinta-feira (10) que suas forças atacaram aeroportos e instalações militares ucranianas, enquanto a Ucrânia disse que a Rússia lançou uma nova rodada de ataques aéreos contra Kiev e outros locais.

Segundo o briefing diário do Ministério da Defesa da Rússia, suas tropas lançaram um ataque em larga escala contra aeroportos e instalações militares ucranianas usando armas de longo alcance de alta precisão e drones nas últimas 24 horas, e todos os alvos planejados foram atingidos.

O exército russo repeliu múltiplos ataques do exército ucraniano em Kharkiv, Donetsk, Dnipropetrovsk e outras direções, e lançou várias ofensivas, destruindo uma grande quantidade de equipamentos militares do exército ucraniano.

O Ministério da Defesa da Rússia também divulgou um vídeo mostrando militares russos lançando mísseis contra o local de implantação ucraniano na região de Nikolaev.

Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, afirmou na quinta-feira que a Rússia lançou ataques aéreos contra Kiev e outros locais, que duraram quase 10 horas.

A Força Aérea ucraniana publicou nas redes sociais que oito locais no país foram atingidos pelos ataques aéreos. Até as 10h de quinta-feira, as forças de defesa aérea da Ucrânia haviam interceptado 382 alvos aéreos.

Este foi o segundo dia consecutivo em que a Ucrânia foi atingida por ataques aéreos de grande escala.

Além disso, o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia informou no mesmo dia que 201 batalhas ocorreram nas linhas de frente.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou na quinta-feira (10) que a Rússia aguarda o sinal da Ucrânia para a terceira rodada de negociações.

Anteriormente, Rússia e Ucrânia realizaram duas negociações diretas em Istambul, Turquia, nos dias 16 de maio e 2 de junho.

Por CNN

Trump bloqueia verbas de pesquisa para pressionar universidades a acatar demandas da Casa Branca

Harvard processou o governo norte-americano após ter US$ 2,2 bilhões congelados. Outras 59 instituições estão sendo investigadas pelo Departamento de Educação, acusadas de se omitir no combate ao antissemitismo

O governo federal americano está usando verbas destinadas à pesquisa científica para pressionar universidades a concordarem com uma série de demandas da administração Trump. O caso mais emblemático é o de Harvard: o governo suspendeu o repasse de US$ 2,2 bilhões previstos para projetos de pesquisa da universidade depois que ela se recusou a acatar uma lista de medidas que dariam à Casa Branca a prerrogativa de intervir sobre diversos aspectos de gestão da instituição — entre elas, o direito de auditar a contratação de docentes, a admissão de alunos e a origem e alocação de recursos por parte da universidade.

As exigências estão descritas em uma carta de cinco páginas enviada por via eletrônica à reitoria de Harvard na noite de 11 de abril, uma sexta-feira. Assinada por três autoridades, ela acusa Harvard de desonrar as “condicionantes intelectuais e de direitos civis que justificam investimento federal” na universidade, e apresenta uma série de medidas a serem adotadas, em caráter imediato e mandatório, para “preservar a relação financeira” dela com o governo federal. 

O documento exige, entre outras coisas, a extinção “imediata” de todas as políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) da universidade, e a realização anual de auditorias externas sobre a “diversidade de pontos de vista” contemplados nas atividades e no corpo acadêmico da instituição. Em departamentos ou disciplinas onde essa diversidade fosse considerada insuficiente, segundo a carta, a universidade seria obrigada a recrutar uma “massa crítica” de professores e alunos com pontos de vista distintos para, supostamente, equilibrar o debate. O documento também exige que Harvard “reduza o poder” de estudantes e docentes envolvidos com ativismo, e adote regras mais rigorosas para punir alunos e grupos envolvidos em protestos ou transgressões disciplinares.

Três dias depois, em 14 de abril, o reitor de Harvard, Alan Garber, publicou uma carta aberta à comunidade, informando que não iria acatar as demandas do governo. “A universidade não abrirá mão de sua independência nem abdicará de seus direitos constitucionais”, escreveu Garber. Foi a primeira universidade a confrontar abertamente as demandas do governo Trump. “Nenhum governo, independentemente de qual partido está no poder, deveria ditar o que as universidades privadas podem ensinar, quem elas podem admitir ou contratar, e em quais áreas de estudo ou pesquisa ela podem investir”, justificou Garber.

A reitoria de Harvard já vinha conversando reservadamente com o governo desde 3 de abril, quando recebeu uma lista de demandas iniciais; mas a carta do dia 11 implodiu as negociações. “É, praticamente, uma tentativa de intervir na universidade”, avalia Jacques Marcovitch, professor emérito da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) e ex-reitor da USP, referindo-se ao teor da carta. Um dos objetivos dessa intervenção, segundo ele, seria inibir questionamentos e críticas da comunidade acadêmica às políticas de “baixa densidade intelectual” que o governo Trump vem apresentando. “Na história mundial, todos os governos populistas acabaram procurando inibir a liberdade dentro das instituições, especialmente as instituições acadêmicas”, afirma Marcovitch, em entrevista ao Jornal da USP.

“A ideia de pegar Harvard é a ideia de calar um sistema que está na base daquilo que se chama de democracia liberal americana”, argumenta, também, o sociólogo Glauco Arbix, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e ex-presidente da Finep, em entrevista ao programa Além do Algoritmo, da Rádio USP. “Quando ele (Trump) quer calar essas universidades, ele quer evitar que elas falem, que elas se pronunciem, que elas tenham voz, que elas se mobilizem e que elas anunciem que existem outras opções”, afirma Arbix, que realizou pesquisas de pós-doutorado em várias instituições americanas, incluindo Columbia, MIT e Universidade da Califórnia em Berkeley. “Ele quer chegar a ter o controle e o cancelamento de qualquer tipo de oposição a ele.”

A retórica trumpista é frequentemente hostil às universidades. Em um vídeo de campanha postado em julho de 2023, Trump descreve-as como instituições “dominadas por maníacos e lunáticos marxistas” e promete “recuperar nossas outrora grandes instituições educacionais da esquerda radical”. Já o vice-presidente J.D. Vance fez um discurso em 2021 na Flórida intitulado “As universidades são o inimigo”, em que diz ser necessário “atacar agressivamente” essas instituições para avançar com reformas conservadoras na política americana. Ele acusa as universidades de manipular o debate público e produzir “pesquisas que dão credibilidade a algumas das ideias mais ridículas que existem em nosso país”. “Senhoras e senhores, as universidades não buscam o conhecimento e a verdade; elas buscam o engano e a mentira, e está na hora de sermos honestos sobre esse fato”, disse. 

Na avaliação da professora Lorena Barberia, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, para além da questão ideológica, essa pressão sobre as universidades tem como pano de fundo, também, uma frustração mais antiga da base política de Trump (majoritariamente branca, de classe média e conservadora), que se ressente da estagnação socioeconômica e do fato de não ter acesso a essas instituições de elite, tanto por conta dos altos custos quanto das políticas de diversidade e equidade, que são interpretadas como uma forma de discriminação racial contra brancos. “A universidade é símbolo de um problema muito grave da crise econômica americana”, diz Barberia, que fez mestrado em Harvard. “O custo de estudar em uma instituição privada nos Estados Unidos está cada vez mais inacessível para a classe média. Isso é dramático, porque a maioria das famílias não consegue ascender a essas universidades”, apesar de elas também receberem recursos públicos, completa a professora. 

Trump começa seu vídeo de campanha tocando justamente nesta ferida: “Por muitos anos, os custos de mensalidades em faculdades e universidades vêm explodindo, e digo explodindo absolutamente, enquanto acadêmicos têm estado obcecados em doutrinar a juventude americana. (…) As faculdades receberam centenas de bilhões de dólares de contribuintes que trabalham duro e agora vamos tirar essa insanidade antiamericana de nossas instituições de uma vez por …