Campanha de Multivacinação termina nesta sexta-feira no RN

Crianças e adolescentes de até 14 anos devem atualizar a caderneta vacinal; imunizantes incluem poliomielite, Covid-19, HPV, febre amarela e sarampo

ermina nesta sexta-feira (31) a Campanha Nacional de Multivacinação, voltada para crianças e adolescentes de até 14 anos, 11 meses e 29 dias. A iniciativa tem como foco atualizar a caderneta vacinal, priorizando imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação 2025, como poliomielite e Covid-19, além do resgate de crianças e adolescentes não vacinados contra HPV, febre amarela e sarampo.

No Dia D da Multivacinação, realizado no último sábado (18), as secretarias de Saúde do Estado e do município de Natal, em parceria com o Ministério da Saúde, organizaram ações em várias unidades de saúde. Os secretários Alexandre Motta e Geraldo Pinho acompanharam a vacinação na Unidade Básica de Saúde Rosângela Lima, no bairro Planalto, Zona Oeste da capital.

A campanha foi aberta no início de outubro, e a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) enviou nota técnica aos municípios com todas as orientações para execução da ação. Cada criança ou adolescente é avaliado individualmente e recebe as vacinas necessárias conforme sua situação vacinal. É obrigatório levar documento de identificação e caderneta de vacinação.

por Agora RN

Bolsa bate recorde e dólar cai após reunião entre Lula e Trump

Moeda norte-americana encerrou no menor nível em três semanas

O mercado financeiro teve um dia de alívio no dia seguinte ao encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. O dólar caiu para o menor nível em quase três semanas, e a bolsa de valores renovou o recorde histórico.Bolsa bate recorde e dólar cai após reunião entre Lula e Trump - Agora RNBolsa bate recorde e dólar cai após reunião entre Lula e Trump - Agora RN

O índice Ibovespa, da B3, encerrou esta segunda-feira 27 aos 147.969 pontos, com alta de 0,55%. O indicador, que acumulava queda em outubro, agora sobe 0,5% no mês.

O mercado de câmbio teve um dia favorável. O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,37, com recuo de R$ 0,224 (-0,42%). A cotação operou em queda durante toda a sessão. Na mínima do dia, por volta das 10h15, chegou a R$ 5,36.

A moeda estadunidense está no menor valor desde 8 de outubro. A divisa acumula alta de 0,88% em outubro, mas cai 13,11% em 2025.

Tanto fatores internos como externos trouxeram alívio para o mercado. No cenário internacional, a reunião entre Lula e Trump reduziu as tensões sobre o Brasil. Além disso, o índice S&P 500 (das 500 maiores empresas estadunidenses) também bateu recorde nesta segunda.

Paralelamente, a reabertura de negociações entre os Estados Unidos e a China, anunciada no domingo 26 por Trump, ajudou a elevar o preço das commodities (bens primários com cotação internacional), favorecendo países emergentes. Na quinta-feira 30, está previsto um encontro entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping.

No cenário doméstico, a forte desaceleração da prévia da inflação oficial em outubro teve reflexo positivo na bolsa de valores. Nesta segunda, o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central (BC), reduziu para 4,56% a previsão para a inflação oficial em 2025.

por Agora RN

Defesa diz que Bolsonaro foi injustiçado e pede redução da pena do ex-presidente

Advogados entraram com os chamados “embargos de declaração”
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou nesta segunda-feira 27 com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a condenação de 27 anos e seis meses no processo da trama golpista.

A defesa diz que há “profundas injustiças” na sentença da Primeira Turma e pede que os ministros reconsiderem a condenação ou diminuam a pena.

Os advogados entraram com os chamados “embargos de declaração” – modalidade de recurso usada para questionar detalhes da decisão, mas que, via de regra, não tem o alcance de modificar o mérito do julgamento.

A defesa insiste que, caso a condenação seja mantida, os crimes de abolição violenta do estado democrático de direito e golpe de estado não poderiam ser acumulados. Se a tese for aceita pelos ministros, a pena pode ser reduzida em 8 anos e 2 meses.

“A imputação de ‘golpe de Estado’, segundo o próprio voto vencedor, decorre do mesmo itinerário que teria por objetivo a ‘abolição do Estado Democrático de Direito’ — ou seja, a primeira conduta é apenas a via necessária da segunda. A ausência de distinção entre os momentos executórios ou os objetos jurídicos concretamente atingidos torna a aplicação do concurso formal não apenas possível, mas obrigatória”, diz o recurso.

Os advogados Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser também reiteram que não tiveram tempo hábil para analisar todas as provas dos autos, que somam mais de 70 terabytes. Os criminalistas afirmam que, com isso, o direito de defesa foi prejudicado.

por Agora RN

Motorista por aplicativo é feito refém e forçado a transferir R$ 2,4 mil via PIX para assaltantes em Macaíba

Vítima de 39 anos foi encapuzada, ameaçada e teve o carro e dois celulares roubados; criminosos fugiram após perceberem a chegada da polícia
Um motorista por aplicativo de 39 anos foi feito refém por quatro criminosos na tarde desta segunda-feira 27 em Macaíba, na Grande Natal. Durante a ação, a vítima foi obrigada a transferir R$ 2,4 mil via PIX e teve o carro e dois celulares roubados. O homem não ficou ferido.

De acordo com informações da Polícia Civil, o motorista havia ido a Macaíba para realizar uma corrida particular quando foi abordado pelos suspeitos. Um dos criminosos manteve uma arma apontada para o pescoço da vítima durante o trajeto. O homem foi encapuzado e impedido de ver o destino para onde estava sendo levado.

Os assaltantes exigiram dinheiro e obrigaram a vítima a realizar transferências bancárias. O grupo também levou o veículo e os aparelhos celulares do motorista. A vítima relatou que, em um trecho de matagal na Zona Oeste de Natal, foi mandada descer do carro de joelhos e acreditou que seria executada.

Durante a ação, os criminosos tentaram extorquir mais dinheiro pedindo que o motorista entrasse em contato com familiares. A situação foi interrompida quando os suspeitos ouviram um carro se aproximando, que seria uma viatura da Polícia Militar. Ao perceberem a presença policial, eles fugiram.

O motorista conseguiu pedir ajuda e o caso foi registrado na Central de Flagrantes, em Natal. A Polícia Civil abriu investigação para identificar e prender os envolvidos. Até o momento, nenhum suspeito foi localizado.

por Agora RN

Leilão da Aneel prevê R$ 805 milhões em investimentos no Rio Grande do Norte

O Leilão de Transmissão 4/2025 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que vai ocorrer nesta sexta-feira (31), tem investimentos de R$ 805 milhões previstos para o Rio Grande do Norte, nas cidades de João Câmara e Assú. O leilão será realizado na sede da B3, em São Paulo, a partir das 10h, com objetivo de viabilizar a construção de subestações e linhas de transmissão, essenciais para a melhoria da infraestrutura energética nas duas regiões.

A fase de inscrição e garantia das propostas foi finalizada no último dia 21 e o prazo para impugnações ao edital se encerrou na segunda-feira (27). Com essa fase concluída, o leilão está pronto para ocorrer na sexta-feira (31), e as empresas participantes irão competir para garantir a concessão dos lotes, com o objetivo de desenvolver os projetos dentro do prazo estabelecido pela ANEEL, que varia entre 42 e 60 meses, dependendo da complexidade das obras.

O secretário de Desenvolvimento Econômico do RN, Alan Silveira, destacou a relevância desse leilão, afirmando que as obras vão resolver problemas de cortes de geração e melhorar a segurança do sistema energético local. “Significa mais segurança para os investidores. Isso pode trazer mais investimentos aos parques eólicos e solares já instalados, em termos de ampliação de capacidade instalada. Logo, trazendo mais empregos na instalação, operação e manutenção”, afirmou Silveira.

Além do valor significativo de investimentos no estado, o leilão de transmissão vai gerar aproximadamente 2,3 mil postos de trabalho diretos e indiretos no RN, com destaque para os setores de construção civil, engenharia, transporte, e serviços locais como comércio, alimentação e hospedagem. A expectativa é que as cidades de João Câmara e Assú se beneficiem diretamente com a movimentação econômica gerada pela construção das novas subestações e linhas de transmissão.

Para Sérgio Azevedo, presidente da Comissão Temática de Energias Renováveis (COERE) da FIERN, a chegada dessa nova infraestrutura trará benefícios diretos, pois, quando o sistema elétrico é confiável e moderno, as empresas têm mais segurança para produzir, planejar e crescer. “Isso favorece quem já está instalado aqui e também quem pensa em vir. Setores como construção, metalurgia e tecnologia serão fortalecidos Além disso, abre caminho para novos investimentos — como data centers e hidrogênio verde — que dependem de energia estável e abundante”, analisa.

Para ele, a longo prazo, essas obras devem trazer uma rede moderna e segura com empregos mais qualificados e duradouros: “Buscar novos corredores de escoamento é indispensável, mas tão importante quanto é criar demanda dentro do RN. Quanto mais carga local — data centers, hidrogênio verde, eletrointensivas — mais valor fica aqui: mais empregos de alta qualificação, mais serviços e menos dependência de transmitir tudo para fora”.

Novas obras devem corrigir desequilíbrio energético

Para Sérgio Azevedo, o leilão representa um passo importante para corrigir um desequilíbrio que existe há anos: o RN gera muita energia limpa, mas a rede que a leva para outras regiões ainda é limitada. “A qualidade da energia produzida aqui é tão boa que, sempre que há disponibilidade, ela é rapidamente consumida. Nosso sentimento é de que o planejamento do sistema sempre chega atrasado”, disse.

Outro ponto importante é a geração distribuída (MMGD), que se refere à produção de energia elétrica em pequena escala, geralmente próxima ao local de consumo, como painéis solares em residências, empresas ou pequenas indústrias. Esse modelo tem crescido rapidamente no RN, mas o crescimento desordenado tem causado desequilíbrios na cadeia elétrica, afetando a forma como a energia é transmitida e distribuída. “Precisamos encontrar uma forma de reequilibrar o ecossistema — inclusive com a revisão de subsídios — para que o sistema volte a funcionar de forma saudável”.

Ele avalia que, com esses novos investimentos e mudanças regulatórias, o estado poderá distribuir melhor sua produção de energia, atrair novos negócios, fortalecer a economia, gerar mais empregos e oferecer maior segurança para investidores.

por Tribuna do Norte