María Corina se diz “chocada” após ganhar Prêmio Nobel da Paz

A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, disse nesta sexta-feira (10) que está chocada após vencer o Prêmio Nobel da Paz de 2025, durante uma ligação telefônica com Edmundo Gonzalez, ex-líder da oposição venezuelana.

Segundo o comitê, Machado recebeu a premiação por promover os direitos democráticos e combater a ditadura.

Durante a conversa, ela também pôde ser ouvido dizendo a Gonzalez que “não conseguia acreditar”.

“Estamos todos chocados de alegria. Este é um grande sucesso, um grande sucesso”, respondeu Gonzalez.

Machado, uma engenheira industrial de 58 anos que vive escondida, foi impedida em 2024 pela justiça venezuelana de concorrer à presidência e, assim, desafiar o presidente Nicolás Maduro, que está no poder desde 2013.

Ela então se dedicou à campanha para seu substituto, o ex-embaixador Gonzalez, atraindo multidões que às vezes chegavam a milhares de pessoas em atos na Venezuela, de acordo com participantes e imagens capturadas pela mídia.

Mas vários membros do círculo íntimo de Machado enfrentaram prisão, incluindo seu chefe de segurança na época da campanha, e seis membros de sua equipe se refugiaram na embaixada da Argentina depois que promotores emitiram mandados de prisão.

Por CNN

Israel aprova cessar-fogo e promete libertar todos os reféns em Gaza

O governo de Israel aprovou, nesta quinta-feira (9), uma resolução de cessar-fogo que prevê a libertação de todos os reféns mantidos em Gaza, segundo comunicado do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Autoridades israelenses informaram à CNN que o cessar-fogo entrou em vigor imediatamente, embora ainda não esteja confirmado se as Forças de Defesa de Israel receberam a ordem formal para suspender as operações militares.

A medida foi votada pelo gabinete de Netanyahu em reunião realizada na noite de quinta-feira e inclui não apenas a libertação dos reféns vivos do Hamas, mas também a devolução dos restos mortais daqueles que morreram.

Ainda não há detalhes sobre a reação do grupo Hamas ou sobre os próximos passos para garantir a implementação completa do cessar-fogo, que pode marcar um novo capítulo na tensão entre Israel e Gaza.…

Deputada e ativistas brasileiros serão deportados de Israel para a Jordânia nesta terça

Treze brasileiros detidos em Israel, entre eles a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), serão deportados nesta terça-feira (7) para a Jordânia. A informação foi divulgada pelo Global Sumud Flotilla, grupo que organizou a flotilha que tentou chegar à Faixa de Gaza.

Segundo comunicado publicado na noite de segunda-feira (6), autoridades israelenses informaram oficialmente sobre a transferência. Os brasileiros estão presos na penitenciária de Ktzi’ot e devem deixar o país a pé, cruzando a fronteira pela ponte Allenby/Rei Hussein — que liga Israel ao território jordaniano.

A Embaixada do Brasil em Amã já foi acionada e prepara uma estrutura de recepção, incluindo avaliação médica de todos os deportados assim que cruzarem a fronteira. Ainda não há, no entanto, informações sobre os procedimentos para o retorno do grupo ao Brasil.

Além dos brasileiros, cidadãos de Argentina, Colômbia, África do Sul e Nova Zelândia também devem ser deportados no mesmo comboio.

De acordo com o comunicado, o Itamaraty foi informado de que não haverá acesso direto ou comunicação com os detidos durante o percurso entre a prisão e a fronteira. Representantes diplomáticos brasileiros estarão presentes no local de travessia para acompanhar a situação e agir em caso de necessidade.

Os brasileiros que devem ser deportados nesta terça são: Thiago Ávila, Luizianne Lins, Bruno Gilga Rocha, Lucas Farias Gusmão, João Aguiar, Mohamad El Kadri, Mariana Conti, Gabrielle Tolotti, Ariadne Telles, Lisiane Proença, Magno Carvalho Costa, Victor Nascimento Peixoto (Mansur Peixoto) e Miguel Viveiros de Castro.

Até o momento, apenas Nicolas Calabrese — cidadão argentino-italiano residente no Brasil — havia sido deportado. Ele chegou ao Rio de Janeiro na noite de segunda-feira (6), desembarcando no aeroporto do Galeão.

PUBLICIDADE

Após ultimato de Trump, Hamas diz que concorda em libertar todos os reféns israelenses e quer discutir outros pontos do plano de paz

O grupo terrorista Hamas respondeu, nesta sexta-feira (3), ao presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a proposta de plano de paz na Faixa de Gaza. O grupo informou que concorda em libertar todos os reféns israelenses e deixar o governo no enclave palestino, mas pediu que alguns pontos do acordo sejam discutidos.

A resposta do Hamas surgiu horas após o “ultimato” de Trump, que deu um prazo até este domingo (5) para o grupo se manifestar sobre a proposta.

“Para alcançar o fim da guerra e a retirada completa [das forças de Israel] da Faixa de Gaza, o movimento anuncia sua concordância em libertar todos os prisioneiros da ocupação, vivos e cadáveres, conforme a fórmula de troca contida na proposta do presidente Trump, e providenciar as condições de campo para o processo de troca. Nesse sentido, o movimento confirma sua prontidão para entrar imediatamente, por meio dos mediadores, em negociações para discutir os detalhes disso”, disse o Hamas em comunicado.

Sobre a possível saída da administração de Gaza, o grupo palestino disse concordar em entregar o governo para um comitê palestino independente, conforme proposto pelo presidente dos EUA.

Apesar da sinalização positiva, o Hamas não comentou os outros 18 pontos da proposta de paz com Israel. Entre elas, a deposição de armas e a reconstrução do enclave palestino.

De acordo com o comunicado, as questões “relacionadas ao futuro da Faixa de Gaza e aos direitos legítimos do povo palestino” precisam ter uma “posição nacional unificada”. Por isso, a organização afirmou que tais temas serão debatidos por meio de um “quadro nacional”.

O acordo já foi aceito por Israel durante visita de Benjamin Netanyahu aos EUA nesta semana. O premiê israelense, porém, já sinalizou que pode não cumprir um dos pontos do plano de paz: a retirada de tropas do enclave palestino.

Por Metrópoles

PUBLICIDADE

Secretário de Comércio de Trump diz que é preciso “consertar” o Brasil

O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou que é preciso “consertar” o Brasil para o país agir corretamente e parar de tomar ações que prejudiquem os norte-americanos.

Além do Brasil, o secretário citou Suíça e Índia como países que precisam “entrar no jogo” de Donald Trump para terem acesso ao mercado dos EUA.

“Temos um monte de países para consertar, como Suíça, Brasil e Índia. São países que precisam realmente reagir corretamente com a América. Abrir seus mercados, parar de tomar ações que prejudicam a América. É por isso que estamos em ‘impedimento’ com eles”, disse Lutnick em entrevista ao programa NewsNation, divulgada neste sábado (27).

“Esses países precisam entender que se você quer vender aos consumidores dos Estados Unidos, você tem que entrar no jogo do presidente dos Estados Unidos”, continuou o auxiliar de Trump.

Assim como o Brasil, a Índia também é tarifada em 50% pelos EUA. No caso do país asiático, porém, 25% da taxação é pela compra de petróleo russo.

Já produtos da Suíça enfrentam tarifas de 39% para entrarem nos EUA.

Índia e Suíça também fazem parte do grupo afetado por tarifas de até 100% para uma série de produtos, incluindo produtos farmacêuticos e caminhões, que passarão a valer a partir de 1º de outubro.

Por CNN Brasil

EUA dizem que vão revogar visto do presidente da Colômbia após falas em ato pró-Palestina

O governo dos Estados Unidos informou que vai revogar o visto do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, após o político ter participado de uma manifestação pró-Palestina em Nova York. Na ocasião, ele pediu que soldados norte-americanos desobedecessem às ordens do presidente Donald Trump.

“Vamos revogar o visto de Petro devido às suas ações imprudentes e incendiárias”, publicou o Departamento de Estado em sua conta no X (antigo Twitter).

Durante o protesto, em frente à sede da Organização das Nações Unidas (ONU), Petro defendeu a criação de uma força armada global com a prioridade de libertar os palestinos. “Essa força precisa ser maior do que a dos Estados Unidos”, disse.

O presidente colombiano também afirmou:

“É por isso que, daqui de Nova York, peço a todos os soldados do exército dos Estados Unidos que não apontem suas armas para o povo. Desobedeçam às ordens de Trump. Obedeçam às ordens da humanidade.”
A agência Reuters não conseguiu confirmar se Petro ainda permanecia em Nova York. Nem o gabinete da Presidência da Colômbia, nem o Ministério das Relações Exteriores responderam aos pedidos de comentário.

Por g1

Homem é condenado e pode pegar prisão perpétua por tentar matar Trump em campo de golfe

Após um julgamento de duas semanas, um júri levou apenas duas horas nesta terça-feira, 23, para condenar Ryan Routh, de 59 anos, por tentar assassinar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em um campo de golfe na Flórida no ano passado. A tentativa de homicídio foi frustrada por um agente do Serviço Secreto que avistou Routh e disparou um tiro que o fez fugir.

O caos se instalou no tribunal logo após Routh ser considerado culpado de todas as acusações por um júri federal composto por sete mulheres e cinco homens. Ele tentou se cortar no pescoço com uma caneta e os policiais rapidamente o arrastaram para fora

“Pai, eu te amo, não faça nada. Eu vou te tirar daqui. Ele não machucou ninguém”, disse a filha dele, Sara Routh, enquanto o homem era retirado da sala. Ela foi escoltada para fora do tribunal e esperou do lado de fora com seu irmão, Adam Routh.

A caneta que Routh usou era flexível – um design feito para impedir que pessoas sob custódia a usassem como arma. Ele não conseguiu perfurar a pele nem se ferir de outra forma.

Sentença será definida em dezembro

Depois que a ordem foi restaurada, Routh voltou à sala algemado e sem o paletó e a gravata.

A juíza federal Aileen Cannon anunciou que a sentença do homem será definida em 18 de dezembro. Ele pode pegar prisão perpétua. Os ex-advogados de defesa de Routh não comentaram o caso após o veredicto.

Trump disse que o caso foi “muito bem conduzido”. “É muito importante. Não se pode permitir que coisas assim aconteçam. Não tem nada a ver comigo, mas um presidente – ou mesmo uma pessoa – não pode permitir que isso aconteça”, disse. “E assim foi feita justiça. Mas estou muito grato a juiza, ao júri e a todos os envolvidos.”

Tentativa de assassinato foi planejada

Os promotores afirmaram que Routh planejou matar Trump por semanas antes de apontar um rifle através de arbustos enquanto o então candidato republicano à presidência jogava golfe em 15 de setembro de 2024, em seu clube de campo em West Palm Beach.

Apenas nove semanas antes, Trump havia sobrevivido a uma tentativa de assassinato durante uma campanha em Butler, na Pensilvânia. O atirador disparou oito tiros, com uma bala raspando a orelha de Trump. O atirador foi morto a tiros por um agente da Secretaria de Segurança Nacional.

No julgamento de Routh, o agente da Secretaria de Segurança Nacional Robert Fercano, que estava na equipe de proteção de Trump no campo de golfe, afirmou que avistou o homem antes de Trump aparecer. Routh apontou seu rifle para o agente, que atirou, o que fez com que o criminoso largasse sua arma e fugisse sem disparar um tiro.

Na época, uma testemunha disse ter visto uma pessoa fugir da área após ouvir tiros. Ela foi levada em um helicóptero para uma rodovia interestadual próxima, onde o homem tinha sido detido, e confirmou que ele era a pessoa que havia visto.

Routh foi acusado de cinco crimes: tentativa de homicídio contra um importante candidato à presidência, posse de arma de fogo para cometer um crime violento, agressão contra um agente federal, posse de arma de fogo e munição como criminoso condenado e posse de arma de fogo com o número de série apagado

Ele disse aos jurados que não tinha a intenção de matar ninguém naquele dia. “É difícil para mim acreditar que tenha ocorrido um crime se o gatilho nunca foi acionado”, afirmou Routh. Ele destacou que podia ver Trump enquanto este se dirigia para o buraco 6 e observou que também poderia ter atirado em um agente do Serviço Secreto se tivesse a intenção de ferir alguém.

Routh dispensou advogados

Aileen aprovou o pedido de Routh para dispensar advogados após duas audiências em julho. Nos EUA, a Suprema Corte determina que réus criminais têm o direito de fazer a própria defesa em processos judiciais, desde que comprovem ao juiz serem capazes de renunciar ao direito de contar com a representação de um advogado.

Os ex-advogados de Routh atuaram como advogados suplentes desde que ele assumiu sua própria defesa e estiveram presentes durante o julgamento.

Routh interrogou apenas três testemunhas – um especialista em armas de fogo e duas testemunhas de caráter – por um total de cerca de três horas. Em contrapartida, os promotores levaram sete dias para interrogar 38 testemunhas.

A procuradora-geral Pam Bondi disse em uma postagem no X (antigo Twitter) que o veredicto de culpado “ilustra o compromisso do Departamento de Justiça em punir aqueles que se envolvem em violência política”.

“Esta tentativa de assassinato não foi apenas um ataque ao nosso presidente, mas uma afronta à nossa própria nação”, disse Pam.

Quem é Ryan Routh?

Routh trabalhou na construção civil na Carolina do Norte, mas se mudou para o Havaí há alguns anos. Ele se autoproclamou “mercenary leader” (líder mercenário, em tradução literal) e falava para quem quisesse ouvir sobre seus planos perigosos e, às vezes, violentos de se envolver em conflitos ao redor do mundo.

Nos primeiros dias da guerra da Rússia na Ucrânia, Routh tentou recrutar soldados do Afeganistão, Moldávia e Taiwan para lutar contra os russos. Ele foi preso em 2002, em Greensboro, sua cidade natal na Carolina do Norte, por fugir de uma blitz de trânsito e resistir à prisão com uma metralhadora automática e uma “arma de destruição em massa” – que, na verdade, era um explosivo com um pavio de 25 centímetros.

Em 2010, a polícia revistou um armazém de propriedade de Routh e encontrou mais de 100 itens roubados, desde ferramentas elétricas e materiais de construção até caiaques e banheiras de hidromassagem. Em ambos os casos de crime grave, os juízes deram a Routh liberdade condicional ou pena suspensa.

Ele também enfrenta acusações estaduais de terrorismo e tentativa de homicídio pelo ataque contra Trump.

Estadão Conteúdo

EUA sancionam Viviane Barci, esposa de Alexandre de Moraes, com a Lei Magnitsky

O governo Donald Trump, nos Estados Unidos, estendeu as sanções da Lei Magnitsky à advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e ao instituto Lex, ligado à família do ministro. A lei já atinge Moraes desde 30 de julho.Play Video

A decisão foi publicada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro norte-americano.

A Lei Magnitsky é um mecanismo previsto na legislação estadunidense usado para punir unilateralmente supostos violadores de direitos humanos no exterior. Entre outros pontos, a medida bloqueia bens e empresas dos alvos da sanção nos EUA.

Entre as sanções previstas estão o bloqueio de contas bancárias, de bens e interesses em bens dentro da jurisdição em solo norte-americano, além da proibição de entrada no País.

A decisão do governo dos Estados Unidos foi tomada 11 dias após a condenação do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe. O relator do processo que levou à condenação de Bolsonaro é o ministro Alexandre de Moraes.

por Agência Brasil.

PUBLICIDADE

Netanyahu reage a reconhecimento da Palestina e afirma que “não haverá estado palestino”

Declaração foi feita neste domingo 21, após Reino Unido, Canadá e Austrália anunciarem reconhecimento formal; premiê israelense disse que decisão premia o terror

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo 21 que “não haverá estado palestino”, em resposta à decisão do Reino Unido, Canadá e Austrália de reconhecerem formalmente a Palestina.

“Tenho uma mensagem clara para os líderes que reconhecem um Estado palestino após o horrível massacre de 7 de outubro: vocês estão dando um prêmio enorme ao terror”, declarou Netanyahu.

Segundo o premiê, ele resistiu a pressões internas e externas para impedir a criação de um estado palestino. “Fizemos isso com determinação e sabedoria diplomática. E, ainda mais, dobramos os assentamentos judaicos na Judeia e Samaria — e continuaremos nesse caminho”, afirmou, usando o termo adotado em Israel para se referir à Cisjordânia ocupada.

Netanyahu acrescentou que novas medidas serão anunciadas após sua viagem aos Estados Unidos. “A resposta à mais recente tentativa de impor um estado terrorista sobre nós no coração da nossa terra será dada após meu retorno dos Estados Unidos. Aguardem”, disse.

por Agora RN

Assembleia Geral da ONU apoia futuro Estado palestino, mas sem o Hamas; ‘Vergonhoso’, diz Israel

A Assembleia Geral da ONU adotou, nesta sexta-feira, a “Declaração de Nova York”, que visa dar um novo impulso à solução de dois Estados para Israel e Palestina, mas exclui a participação do Hamas. O texto, apresentado por França e Arábia Saudita, foi adotado por 142 votos a favor, 10 contra (incluindo Israel e seu principal aliado, Estados Unidos) e 12 abstenções. Israel, por sua vez, disse que declaração é “vergonhosa”.

Embora Israel critique há quase dois anos os organismos das Nações Unidas por sua incapacidade de condenar o ataque do movimento islamista palestino ao território israelense em 7 de outubro de 2023, a declaração é clara.

“Condenamos os ataques perpetrados em 7 de outubro pelo Hamas contra civis” e o “Hamas deve libertar todos os reféns” ainda sob seu poder em Gaza, afirma. Mas a declaração, respaldada pela Liga Árabe e assinada em julho por 17 países durante a primeira parte de uma das conferências da ONU sobre a solução de dois Estados, vai além.

“No contexto da finalização da guerra em Gaza, o Hamas deve deixar de exercer sua autoridade sobre a Faixa de Gaza e entregar suas armas à Autoridade Nacional Palestina, com o apoio e a colaboração da comunidade internacional, em conformidade com o objetivo de um Estados palestino soberano e independente”, sinaliza o texto.

Dos países europeus, a Hungria foi o único que se opôs à declaração, e a República Tcheca se absteve. Todos os outros países europeus votaram a favor.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel escreveu nas redes sociais que “rejeita totalmente a decisão”, e chamou a Assembleia Geral de “um circo político desligado da realidade”. “Não há referência ao simples fato de que o Hamas é o único responsável pela continuação da guerra, por sua recusa em devolver os reféns e se desarmar”, acrescentou a declaração, dizendo que a resolução “encoraja o Hamas a continuar a guerra”.

A votação antecede uma próxima cúpula da ONU copresidida por Riade e Paris em 22 de setembro em Nova York, na qual o presidente da França, Emmanuel Macron, prometeu reconhecer formalmente o Estado palestino.

— O fato de que a Assembleia Geral finalmente apoie um texto que condena diretamente o Hamas é significativo, embora os israelenses digam que é pouco demais e tarde demais — afirmou Richard Gowan, do International Crisis Group, à AFP. — Agora, pelo menos, os Estados que apoiam os palestinos podem refutar as acusações israelenses segundo as quais apoiam implicitamente ao Hamas. Isto oferece um escudo contra as críticas de Israel.

Além da França, outros países anunciaram sua intenção de reconhecer formalmente o Estado palestino durante a semana da Assembleia Geral da ONU, que começa em 22 de setembro. O gesto é visto, além disso, como uma forma de aumentar a pressão sobre Israel para que encerre a guerra em Gaza.

Por O Globo

“Perdemos Índia e Rússia para a China”, diz Trump após desfile militar

Líderes dos países participaram de evento em Pequim, organizado por Xi Jinping

O presidente dos Estados UnidosDonald Trump, recorreu às redes sociais nesta sexta-feira (5), mais uma vez para reagir ao desfile militar de Pequim, organizado pelo presidente chinês, Xi Jinping, que contou com a presença do presidente russo Vladimir Putin, do líder norte-coreano Kim Jong Un e do primeiro-ministro indiano Narendra Modi, simbolizando um crescente eixo de poderes autoritários em contraste com os interesses globais dos EUA.

“Parece que perdemos a Índia e a Rússia para a China, a mais profunda e sombria. Que tenham um futuro longo e próspero juntos!”, escreveu Trump na rede social Truth Social, acompanhado de uma imagem dos líderes caminhando.

Embora a Índia continue sendo um parceiro estratégico fundamental para os Estados Unidos, Nova Déli manteve uma postura neutra em relação ao conflito na Ucrânia e continua comprando petróleo russo com descontos.

Os comentários de Trump ocorrem um dia depois de ele ter dito em uma reunião de líderes mundiais na quinta-feira (4) que a Europa deve parar de comprar petróleo russo e pressionar economicamente a China para tentar pôr fim à guerra na Ucrânia, disse um funcionário da Casa Branca à CNN, enquanto o governo pareceu transferir a responsabilidade sobre seus aliados de se envolverem mais na interrupção do conflito.

O presidente também fez publicações nas redes sociais na noite de terça-feira (2), horário dos EUA, quando imagens do líder chinês Xi Jinping recebendo os líderes da Rússia e da Coreia do Norte em um impressionante desfile militar em Pequim foram exibidas na televisão.

“Por favor, transmitam meus mais calorosos cumprimentos a Vladimir Putin e Kim Jong-un, enquanto vocês conspiram contra os Estados Unidos da América”, escreveu Trump em uma mensagem a Xi.

por CNN

Terremoto no Afeganistão deixa mais de 800 mortos e milhares de feridos

Terremoto foi de magnitude 6 atingiu o leste do país

Um terremoto de magnitude 6 atingiu o leste do Afeganistão, próximo à fronteira com o Paquistão, na noite deste domingo 30, deixando ao menos 800 mortos e 2.800 feridos, segundo informou Zabihullah Mujahid, porta-voz do Talibã.

O tremor ocorreu às 23h47, no horário local, a 27 km de Jalalabad, na província de Nangarhar, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). A profundidade registrada foi de 8 km — considerada rasa, o que aumenta o potencial de destruição.

Quase meio milhão de pessoas sentiram o impacto do terremoto em diferentes intensidades, muitas delas em áreas com construções frágeis, o que pode ter ampliado os danos.

Mujahid afirmou nas redes sociais que “o terremoto causou vítimas humanas e prejuízos materiais em várias províncias orientais” e que todas as forças locais e nacionais estão mobilizadas em operações de resgate.

Pouco depois do tremor principal, a região foi atingida por dois abalos secundários: um de magnitude 4,5 e outro de 5,2, ambos a 10 km de profundidade.

O sistema Pager do USGS emitiu um alerta laranja, que indica risco elevado de perdas humanas e econômicas, exigindo resposta em nível regional ou nacional.

Moradores de Cabul, a mais de 160 km do epicentro, relataram que os prédios tremeram intensamente e muitas pessoas correram para as ruas com medo de desabamentos.

O Afeganistão já havia enfrentado outra tragédia recente: em outubro de 2023, um terremoto de magnitude 6,3 no oeste do país deixou mais de 2 mil mortos, considerado um dos mais letais dos últimos anos.

por Agora RN

Fluxo de migrantes da Venezuela em busca de ajuda no Brasil dobra após eleição contestada de Maduro

O fluxo de migrantes da Venezuela na fronteira com o Brasil aumentou muito depois das eleições municipais no país vizinho, realizadas em julho. Na cidade de Pacaraima, em Roraima, a média diária de atendimentos pela Cáritas Brasileira, organização social que dá apoio aos migrantes, já é a maior desde maio de 2024, quando a unidade foi instalada na região.

As eleições municipais na Venezuela deram vitória expressiva ao partido de Nicolás Maduro. O PSUV conquistou 285 das 335 prefeituras, incluindo 23 das 24 capitais, segundo a agência internacional AFP.

Uma equipe de reportagem do portal g1 esteve na fronteira e registrou longas fila para a regularização migratória, com novas pessoas chegando a todo momento. Todos os recém-chegados tinham em comum a falta de esperança em relação à política na Venezuela e a esperança de um futuro melhor no Brasil.

A estrutura sanitária Padre Edy, da Cáritas, oferece gratuitamente banheiros, duchas, fraldários, lavanderia e bebedouro com água potável. A média de atendimentos a recém-chegados, que era de 150 por dia no primeiro semestre, subiu para 350 em agosto. Isso representa mais que o dobro de atendimentos a novos migrantes.

Considerando os migrantes novos e os que já estão no Brasil, a Cáritas realizou 17.212 atendimentos até o dia 20, quase 6 mil a mais que em todo o mês de julho (11.236). Foi um salto de 400 migrantes por dia para 860 por dia, em menos de um mês.

O governo brasileiro informou, por meio da Casa Civil, que a Operação Acolhida tem protocolos específicos para “caso de emergências de aumento relevante e súbito na entrada de migrantes e refugiados”.

A migração venezuelana para o Brasil, iniciada em 2015, transformou Roraima na principal porta de entrada desse fluxo, motivado pela crise econômica, política e social na Venezuela. Desde então, mais de 1 milhão de pessoas cruzaram a fronteira, e mais da metade permanece no país, atraída pela política brasileira de acolhimento e interiorização.

Ainda não foram divulgados dados oficiais da entrada de venezuelanos em julho e agosto. Segundo o governo brasileiro, o país recebeu 96.199 venezuelanos no primeiro semestre deste ano, tendo entrado por Roraima 53% deles, o equivalente a 51.697 pessoas. O número representa um aumento de 5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 92.027 migrantes.

Por g1

Governo Trump diz que vai usar ‘toda a força’ contra Maduro na Venezuela; EUA deslocam navios de guerra para a costa do país

A porta-voz do governo Trump, dos EUA, Karoline Leavitt, disse nesta terça-feira (19) que vai usar “toda a força” contra o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela.

“Maduro não é um presidente legítimo. Ele é um fugitivo e chefe de um cartel narcoterrorista acusado nos EUA de tráfico de drogas. Trump está preparado para usar toda a força americana para deter o tráfico de drogas”, disse Leavitt, a jornalistas, na Casa Branca.

O termo em inglês usado por Leavitt, “power”, pode ser traduzido como “força” ou “poder”.

Nesta semana, os EUA deslocaram três navios de guerra para o sul do Caribe, perto da costa da Venezuela, sob a alegação de conter ameaças de cartéis de tráfico de drogas. O presidente Trump afirmou que iria usar forças militares para perseguir o tráfico organizado, cujos grupos foram designados como organizações terroristas globais por Washington.

De acordo com a Reuters, os navios deslocados são destróiers com sistemas de mísseis guiados Aegis: USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson. A agência diz que mais de 4.000 militares serão posicionados na região.

O Ministério das Comunicações da Venezuela não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters. Sem se referir aos navios de guerra, o presidente venezuelano disse na segunda-feira (18), em um discurso, que a Venezuela “defenderá nossos mares, nossos céus e nossas terras”. Ele aludiu ao que chamou de “a ameaça bizarra e absurda de um império em declínio”.

Recompensa

No último dia 7, os EUA anunciaram que irão pagar até US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro. O valor é maior do que o oferecido por detalhes do paradeiro de Osama Bin Laden após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

Segundo a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, Maduro é um dos “maiores narcotraficantes do mundo” e representa uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos.

Acusação formal sob Trump

Os EUA acusam formalmente Maduro de narcoterrorismo desde março de 2020, durante o primeiro mandato de Donald Trump. Na época, o governo passou a oferecer uma recompensa de US$ 15 milhões (cerca de R$ 75 milhões).

Esse valor foi aumentado para US$ 25 milhões em janeiro de 2025, já sob o governo de Joe Biden, como retaliação à posse de Maduro para um novo mandato como presidente. Agora, a recompensa foi dobrada e chegou a US$ 50 milhões.

O novo montante ultrapassa o valor oferecido pelos EUA por Osama Bin Laden logo após os atentados de 11 de setembro. À época, o governo americano anunciou uma recompensa de US$ 25 milhões pelo líder da Al-Qaeda, e ele passou a ser o homem mais procurado do planeta.

O Senado dos EUA chegou a aprovar a elevação desse valor para US$ 50 milhões, em 2007, mas não há registros de que a mudança tenha sido oficializada. Registros do Departamento de Estado indicam que a recompensa ficou em US$ 25 milhões.

Bin Laden foi morto em maio de 2011, durante uma operação da Marinha dos EUA no Paquistão. Segundo a imprensa americana, nenhuma recompensa foi paga, já que o líder da Al-Qaeda foi localizado por meio de dados da inteligência norte-americana.

Antes mesmo da morte de Bin Laden, em 2003, os Estados Unidos já haviam pagado uma recompensa superior — mas referente a dois alvos. Na ocasião, um homem recebeu US$ 30 milhões por fornecer informações sobre o paradeiro de Uday e Qusay Hussein, filhos do então ditador iraquiano Saddam Hussein.

Buscas por Maduro

Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, Nicolás Maduro é acusado de envolvimento em conspiração com o narcoterrorismo, tráfico de drogas, importação de cocaína e uso de armas em apoio a crimes relacionados ao tráfico.

Maduro também é apontado pelo governo americano como líder do suposto Cartel de los Soles, grupo classificado recentemente pelos EUA como organização terrorista internacional.

Ao anunciar a recompensa de US$ 50 milhões, o governo americano afirmou que já apreendeu mais de US$ 700 milhões em bens ligados ao venezuelano, incluindo dois jatos particulares e nove veículos.

Ainda de acordo com o governo, as autoridades interceptaram 30 toneladas de cocaína ligadas a Maduro e seus aliados — quase 7 toneladas diretamente relacionadas ao presidente.

Apesar disso, a recompensa oferecida pelos EUA tem efeito prático limitado e é vista como gesto político. Maduro segue no comando da Venezuela, e a medida não equivale a um pedido internacional de prisão.

Como estratégia, para se blindar, Maduro continua mantendo relações diplomáticas com aliados estratégicos como Rússia, China e Irã.

Por g1

Filho de princesa da Noruega é acusado de estuprar mulheres e pode pegar até 10 anos de prisão

Marius Borg Hoiby será julgado em janeiro e, se condenado, poderá pegar até dez anos de prisão por crimes como estupro de quatro mulheres, violência contra ex-parceiras e filmagens ilegais íntimas.

O filho da princesa herdeira da Noruega, Marius Borg Hoiby, de 28 anos, foi denunciado por 32 crimes, incluindo quatro acusações de estupro, informou nesta segunda-feira (18) um promotor envolvido no caso. Ele deverá ser julgado em janeiro de 2026 e, se condenado, poderá pegar até dez anos de prisão.

Hoiby é filho de uma relação anterior ao casamento da princesa herdeira Mette-Marit com o príncipe herdeiro Haakon, futuro rei da Noruega. Ele não tem título real e está fora da linha de sucessão. “Cabe aos tribunais considerar esta questão e chegar a uma decisão. Não temos mais comentários a fazer”, afirmou a corte real norueguesa.

Ele foi detido em agosto de 2024, por suspeita de agressão à companheira. A prisão desencadeou uma série de outras denúncias, de várias vítimas.

Entre elas, estão a de estupro de quatro mulheres, violência contra uma ex-parceira e filmagem ilegal de várias mulheres, incluindo suas partes íntimas, sem o conhecimento ou consentimento delas.

Entre elas, estão a de estupro de quatro mulheres, violência contra uma ex-parceira e filmagem ilegal de várias mulheres, incluindo suas partes íntimas, sem o conhecimento ou consentimento delas.

Os supostos estupros teriam acontecido entre 2018 e novembro de 2024 —o último após o início da investigação policial. Todas as supostas agressões teriam ocorrido após relações sexuais consensuais, enquanto as mulheres dormiam.

Em junho, quando Hoiby foi acusado de 23 crimes, incluindo três acusações de estupro, sua defesa sustentou que o acusado rejeta as acusações de violação.

Ele é também investigado por conduta sexual criminosa, abuso em relacionamento íntimo e lesão corporal, além de danos intencionais, ameaças à polícia e infrações de trânsito, acrescentou a polícia.

Hoiby tem um histórico controverso. De acordo com relatos da mídia norueguesa, ele convivia com membros de gangues, motociclistas do Hells Angels e membros da máfia albanesa de Oslo.

Em 2023, a polícia entrou em contato com ele para uma conversa cautelar depois que ele foi visto frequentando os mesmos círculos que “criminosos notórios”.

No ano passado, veio à toda a notícia de Hoiby já havia sido preso em 2017 por usar cocaína em um festival de música.

Por Deutsche Welle