O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de “perigo potencial” para ventos costeiros que atinge 23 cidades do litoral do Rio Grande do Norte. O aviso, válido até as 10h da segunda-feira 28, aponta risco de rajadas intensas, com possibilidade de deslocamento de dunas de areia e impacto em construções próximas à orla.
A previsão indica ventos que podem ultrapassar os 60 km/h, especialmente nas regiões de maior exposição ao litoral. Segundo o Inmet, o fenômeno é comum neste período do ano e marca o início da chamada “temporada dos ventos fortes”, que costuma ocorrer de julho a outubro no Nordeste.
Entre os municípios potiguares sob alerta estão Mossoró, Areia Branca, Macau, Guamaré, Galinhos, São Miguel do Gostoso, Tibau, Touros, Ceará-Mirim, Grossos, Pedra Grande, Maxaranguape, Rio do Fogo e Porto do Mangue, entre outros.
O fenômeno é provocado pela alta subtropical do Atlântico Sul, uma região de alta pressão atmosférica sobre o oceano que intensifica os ventos nesta faixa do Brasil. As rajadas são descritas como abruptas, repentinas e de curta duração, mas com força suficiente para levantar areia e causar danos.
O Inmet orienta a população a evitar áreas abertas e próximas à orla durante os períodos de rajadas, e, em caso de emergência, acionar a Defesa Civil pelo telefone 199.
Um voo da Azul Linhas Aéreas, que decolou de Porto, em Portugal, com destino a Campinas (SP), precisou realizar um desvio de rota na tarde de sexta-feira, 25, pousando no Aeroporto Internacional do Recife, em Pernambuco, após um dos tripulantes apresentar um mal súbito.
A aeronave, um Airbus A330-900, de matrícula PR-ANX, cumpria o voo AD-8803 com destino ao Aeroporto de Viracopos, quando a tripulação declarou emergência médica ao sobrevoar a região de Fortaleza (CE).
Em nota enviada ao Estadão, a Azul negou as primeiras informações, de que teria havia um pouso de emergência. “Não foi declarada emergência para pouso, mas sim um alternado, que é a mudança de rota, ação normal na aviação”, afirma a mensagem.
A empresa também negou que o tripulante tivesse apresentado sinais de um possível Acidente Vascular Cerebral (AVC), como foi divulgado inicialmente em um site especializado.
Segundo informações do canal especializado papacharliegolfbr, o tripulante seria um homem de 59 anos, que seria o comandante da aeronave.
A identidade do tripulante não foi revelada oficialmente pela companhia aérea, que, em nota, afirmou que o desvio foi necessário para garantir o suporte médico imediato.
“A Azul lamenta eventuais transtornos e ressalta que medidas como essas são necessárias para conferir a segurança de suas operações, valor primordial para a companhia”, informou a empresa.
O pouso ocorreu por volta das 17h, e a aeronave permaneceu no solo por aproximadamente uma hora e meia, partindo novamente às 18h40 com destino a Campinas.
Passageiros relataram nas redes sociais que o pouso foi realizado com tranquilidade e agradeceram ao copiloto pelo comando seguro da operação.
Em nota, Gol informou que o retorno do avião ocorreu “para manutenção”, e que o voo foi cancelado. Houve relato de passageiro que passou mal e confusão no desembarque.
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Um avião da Gol Linhas Aéreas precisou retornar logo após decolar do Aeroporto de Natal nesta sexta-feira (25) por apresentar um problema durante o voo. Em nota, a Gol informou que o retorno do avião ocorreu “para manutenção”, e que o voo foi cancelado.
Segundo a Gol, “as medidas tomadas em relação a este voo foram realizadas com foco na segurança, valor número 1 da companhia”.
Pelo menos uma pessoa precisou de atendimento médico após passar mal e, no desembarque, houve ainda confusão entre passageiros e balconistas da empresa no aeroporto.
O voo estava previsto para sair às 11h30 inicialmente, mas atrasou, segundo passageiros, após o piloto encontrar problemas na aeronave, partindo apenas às 17h30.
“Fomos embarcados normalmente, mas, assim que todos estavam dentro da aeronave, o piloto identificou um problema elétrico no avião. Ele, então, decidiu aguardar uma manutenção técnica para resolver o problema antes de decolarmos, o que resultou em uma espera de mais de duas horas dentro da aeronave”, contou a passageira Luciana Serafim.
A passageira contou ainda que a companhia não informou o que estava ocorrendo no avião em um primeiro momento, o que gerou desconforto e insegurança.
Depois de um tempo, os passageiros retornaram para a área de embarque para que a manutenção fosse concluída na aeronave. Após 40 minutos – e sem fornecer sequer tempo para os passageiros almoçarem, segundo Luciana -, eles retornaram para a aeronave para o embarque.
“O pior de tudo aconteceu durante o voo. O problema elétrico retornou enquanto estávamos no ar, o que gerou um pânico generalizado entre os passageiros. Algumas pessoas começaram a se desesperar, inclusive um senhor, que teve uma crise de ansiedade extremamente grave”, contou.
O homem, segundo ela, chegou a ser atendido por uma equipe médica dentro do próprio avião.
Segundo a plataforma FlightRadar, que monitora voos pelo mundo, o avião saiu às 17h50 do Aeroporto de Natal e seguiu até Pernambuco, retornando em seguida para a capital potiguar, onde pousou às 18h35. O voo teria parada inicial no Rio de Janeiro.
Confusão no aeroporto
Após o voo, uma confusão também se formou no Aeroporto de Natal, já que os passageiros tentavam informações com a empresa sobre os voos para retornarem para casa.
Alguns deles reclamavam terem sido colocados em voos que partem de Natal apenas no domingo (27).
“Estamos novamente no aeroporto, sendo atendidos por equipes de suporte, mas o atendimento tem demorado muito. Todos estão visivelmente estressados e esperando ajuda, mas o tempo de espera está sendo excessivo”, disse Luciana na noite desta sexta.
Em nota, a Gol informou que o clientes “estão recebendo as facilidades previstas pela resolução 400 da Anac [Agência Nacional da Aviação] conforme as necessidades e serão reacomodados nos próximos voos da Companhia”.
“Estamos muito apreensivos e sem saber ao certo o que vai acontecer. Penso que temos que reportar toda essa situação para eles eliminarem esses aviões defeituosos. Não é a primeira vez que isso acontece aqui. Ouvi o relato de uma mulher que viajou por Natal e teve esse problema duas vezes, hoje foi a terceira vez dela”, falou.
Confira a nota da Gol
“A GOL informa que a aeronave que realizaria o voo G3 2055 (NAT-GIG) na manhã desta sexta-feira (25) precisou retornar ao Aeroporto de Natal para manutenção e o voo foi cancelado.
Os Clientes estão recebendo as facilidades previstas pela resolução 400 da ANAC conforme as necessidades e serão reacomodados nos próximos voos da Companhia.
A GOL reforça que as medidas tomadas em relação a este voo foram realizadas com foco na Segurança, valor número 1 da Companhia”.…
Medida faria com que integrantes do Judiciário tivessem restrição para uso de serviços bancários globais; STF não vai se manifestar; procurado, o Palácio do Planalto não respondeu
As sanções do governo dos Estados Unidos a autoridades brasileiras devem ser ampliadas nos próximos dias. Na próxima semana devem ser aplicadas sanções que vão incluir também integrantes do alto escalão do governo Lula. No médio prazo, até a expulsão da embaixadora brasileira Maria Luiza Ribeiro Viotti estaria na lista das sanções, o que representaria um rompimento de relações diplomáticas entre os dois países.
ambém haveriam punições ainda mais duras a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Oito deles já perderam o visto de entrada em território americano: Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Luiz Roberto Barroso, Flávio Dino, Edson Fachin, Cristiano Zanin e Dias Toffoli. O objetivo é sancionar aqueles que têm votado pelas punições ao ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado do presidente americano Donald Trump, e a favor da responsabilidade das plataformas de redes sociais
Agora, eles seriam alvos da Lei Magnitsky, com sanções econômicas e financeiras. Assim, bens que eles por ventura tiverem nos Estados Unidos seriam congelados. Além disso, haveria restrições a empresas e instituições que fizessem negócios com esses ministros. Com isso, o objetivo seria tentar bloquear o acesso desses integrantes do STF a serviços bancários proporcionados por empresas que façam negócio com os americanos.
No caso dos integrantes do governo Lula, a expectativa é de que o presidente e a primeira-dama Janja escapem da perda do visto. Contudo, integrantes do alto escaldão do Palácio do Planalto seriam afetados com a proibição de viajarem para os Estados Unidos.
Mario Fernandes está preso desde novembro do ano passado; no Supremo, ele disse que plano era “pensamento digitalizado”
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta sexta-feira (25) contra o pedido da defesa do general da reserva Mario Fernandes para converter a prisão preventiva em domiciliar.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, levou em conta a confissão do militar sobre a autoria do plano “Punhal Verde e Amarelo”, durante depoimento prestado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“O acusado admitiu ter idealizado e produzido o documento do plano ‘Punhal Verde e Amarelo’. As afirmações confirmam a hipótese acusatória e, se interpretadas à luz de todo o contexto probatório, tornam inverossímil presumir que o requerente, após confeccionar o material, não o divulgou a seus pares, denunciados por delitos da mesma natureza”, afirmou Gonet.
Mario Fernandes está preso preventivamente desde novembro do ano passado, após operação da Polícia Federal que encontrou o documento em seu computador. O plano previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Em depoimento, o general admitiu ter elaborado o texto, mas disse que se tratava apenas de uma “análise de risco” pessoal, sem intenção de execução.
“Esse arquivo digital nada mais retrata do que um pensamento meu que foi digitalizado. Um compilar de dados, um estudo de situação meu, uma análise de riscos que eu fiz e por costume próprio resolvi digitalizar. Não foi apresentado a ninguém e nem compartilhado com ninguém”, declarou.
Na época em que o plano foi redigido, Fernandes ocupava o cargo de número dois da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro (PL).
Entre 2018 e 2020, comandou as Operações Especiais do Exército — os chamados “kids pretos” — grupo que, segundo a PF, seria responsável por executar ações previstas no plano de golpe.
Moraes já havia negado dois pedidos da defesa para converter a prisão em domiciliar, nos dias 14 de abril e 7 de julho. Após as negativas, os advogados apresentaram um agravo regimental.
À CNN, o advogado Marcus Vinicius Figueiredo, que compõe a defesa do militar, afirmou que a declaração não representa um fato novo; nem configura confissão de plano criminoso.
“O general nunca disse que fez um plano para matar alguém. Ele apenas reconheceu que o documento encontrado no HD era dele. E sobre isso não é fato novo”, declarou.
O que é o plano Punhal Verde e Amarelo
De acordo com a Polícia Federal, o plano “Punhal Verde e Amarelo” detalhava o assassinato de autoridades e etapas para a instalação de um regime militar. No documento, Lula é citado como “Jeca”, Alckmin como “Joca” e um terceiro codinome, “Juca”, ainda não foi identificado.
A investigação aponta que o arquivo foi impresso por Fernandes dentro do Palácio do Planalto. Em seguida, ele teria se deslocado até o Palácio da Alvorada, onde se encontrou com o então ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.
A PF e a PGR sustentam que Jair Bolsonaro tinha “pleno conhecimento” do conteúdo e do plano.
Prefeitura e Exército formalizam cessão da área para construção do Parque Linear
A Prefeitura de Natal e o Exército Brasileiro assinaram, nesta sexta-feira 25, o termo de cessão de um terreno de 10 hectares às margens da avenida Engenheiro Roberto Freire.
O espaço será utilizado na proposta de construção do Parque Linear de Natal. A assinatura ocorreu no Palácio Felipe Camarão com presença de autoridades civis e militares.
“É uma grande conquista para Natal. Neste espaço, vamos aliar a preservação ambiental e oferecer um ambiente de lazer e entretenimento para as famílias da nossa cidade. Agradeço imensamente ao Exército Brasileiro pela cessão do terreno e ao senador Styvenson Valentim pelo apoio integral ao projeto”, disse o prefeito Paulinho Freire durante o evento.
O general de Brigada Alessandro da Silva, representando o Exército Brasileiro, afirmou: “Estamos destinando o terreno para a construção de um equipamento público voltado à sociedade. Hoje, formalizamos essa ação com a certeza de que a Prefeitura desenvolverá um excelente trabalho. Acreditamos que o parque impulsionará a qualidade de vida e o turismo da região”.
O senador Styvenson Valentim também participou da cerimônia e afirmou: “Como parlamentar, é uma satisfação apoiar esta iniciativa. Tenho certeza de que esse parque vai mudar a concepção de turismo e lazer em nossa cidade. É um projeto que valoriza o município e apoia a preservação ambiental”.
Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Thiago Mesquita, o projeto ainda será debatido com a população e o Conselho Gestor do Parque das Dunas. “Esse parque representa um avanço na política ambiental e urbana da cidade. Será um espaço de preservação ecológica, mas também de lazer e desenvolvimento para a população. É um ganho em todos os sentidos para o município”.
A proposta inclui espaços voltados para educação ambiental, atividades esportivas, lazer e jardim sensorial.
Artigo reflete como assistir a vídeos acelerados pode impactar a capacidade de aprendizado no futuro
Em um mundo cada vez mais rendido à cultura da urgência, em que o consumo de conteúdos na internet em velocidade se tornou hábito, sobretudo entre os mais jovens, o debate sobre as consequências deste padrão comportamental é uma questão inerente aos dias atuais.
Inúmeras produções científicas sobre o tema indicam como a visualização acelerada é uma tendência cada vez mais recorrente não apenas em momentos de descontração, de acordo com estudo recente realizado nos Estados Unidos. Nele, 89% das pessoas consultadas, especificamente estudantes, revelaram aumentar a velocidade reprodução das aulas on-line.
Embora a prática sugira vantagens no processo de otimização do aprendizado, com maior atenção e engajamento durante o processo, optar pela reprodução rápida pode resultar em consequências adversas e ainda pouco conhecidas para o cérebro.
É o que adverte o professor de Ciência Cognitiva na Queen Mary University of London, Marcus Pearce. Em artigo publicado na revista científica The Conversation, o especialista descreve por que consumir conteúdos falados em velocidade aumentada pode comprometer a capacidade de conhecimento sobre um novo tema.
“Quando uma pessoa é exposta à informação falada, os pesquisadores distinguem três fases da memória: codificação da informação, armazenamento e, posteriormente, recuperação”, destaca o artigo.
Isso porque, segundo o docente, para processar e compreender o fluxo do que é ouvido, as palavras passam por um processo de extração do seu significado em tempo real.
Como conteúdos acelerados podem comprometer o aprendizado?
Em condições normais, as pessoas falam em uma velocidade de aproximadamente 150 palavras por minuto – podendo chegar a 450 de forma que seja compreensível para o cérebro.
“Como nossa memória de trabalho tem capacidade limitada, se muitas informações chegarem muito rapidamente, ela pode ser sobrecarregada. Isso leva à sobrecarga cognitiva e à perda de informações”, explica o professor.
Outro ponto levantado pelo especialista indica que o consumo de informação acelerada pode ocasionar um fenômeno conhecido como sobrecarga cognitiva, resultado do alto volume de informações excedidas pelo sistema de memória cerebral.
Para elucidar o tema, Pearce analisou 24 estudos sobre o consumo de conteúdos em reprodução acelerada. Em um teste foram comparados dois diferentes grupos: um onde os participantes assistiram a vídeos na velocidade normal e outros que viram o mesmo material em velocidades maiores (1.25x, 1.5x, 2x e 2.5x).
Em seguida os voluntários foram submetidos a testes de múltipla escolha ou perguntas de memorização após a exibição.
As evidências obtidas revelam que consumir conteúdos em velocidade aumentada contribuiu decisivamente para o resultado das respostas. “Para colocar isso em contexto, se a pontuação média de um grupo de estudantes fosse de 75%, com uma variação típica de 20 pontos percentuais para mais ou para menos, então aumentar a velocidade de reprodução para 1,5x reduziria o resultado médio em 2 pontos percentuais. E aumentar para 2,5x levaria a uma perda média de 17 pontos percentuais”, explica Pearce.
O que esperar do futuro?
O pesquisador adverte, no entanto, que apesar dos indícios, não é possível precisar as consequências do consumo permanente de vídeos acelerados. Sobretudo quanto a eventuais danos ao cérebro ao longo dos anos. “A reprodução acelerada se tornou popular, então talvez, quando as pessoas se acostumarem com isso, tudo bem — com sorte, vamos entender melhor esses processos nos próximos anos”, reflete Pearce.
Pagamento será feito no dia 31 de julho; maior parte vai para contribuintes com prioridade, como idosos e usuários de Pix com pré-preenchida
A Receita Federal libera, nesta quinta-feira 24, a partir das 10h, a consulta ao terceiro dos cinco lotes de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de 2025. Este é o maior lote da história em número de contribuintes e o segundo maior em valor, com cerca de R$ 10 bilhões a serem pagos a 7.213.048 pessoas. O lote também contempla restituições residuais de exercícios anteriores.
Segundo o Fisco, a maior parte do valor será destinada a contribuintes com algum tipo de prioridade legal ou técnica. A distribuição será da seguinte forma:
6.316.894 contribuintes que usaram a declaração pré-preenchida e/ou optaram simultaneamente por receber via Pix;
755.978 contribuintes sem prioridade legal;
83.575 pessoas com idade entre 60 e 79 anos;
35.315 contribuintes cuja principal fonte de renda é o magistério;
15.988 idosos com 80 anos ou mais;
11.298 contribuintes com deficiência física ou mental ou doença grave.
A Receita informou que, embora o uso da declaração pré-preenchida e do Pix não configure prioridade legal, quem combinou os dois procedimentos passou a ter prioridade no recebimento das restituições a partir deste ano.
A consulta poderá ser feita pelo site da Receita Federal (www.gov.br/receitafederal), clicando na aba “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, em “Consultar a Restituição”. O serviço também está disponível no aplicativo da Receita para tablets e smartphones.
Os pagamentos serão feitos no dia 31 de julho, diretamente na conta bancária informada na declaração ou na chave Pix do tipo CPF. Caso o nome do contribuinte não apareça no lote, ele poderá verificar a situação no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC). Se houver pendências, é possível enviar uma declaração retificadora para tentar ser incluído nos próximos lotes.
Na ação, África do Sul pede à Corte que declare que Israel violou obrigações internacionais. Em nota, Confederação Israelita do Brasil criticou a postura do governo: ‘Falsas narrativas’.
O Brasil anunciou nesta quarta-feira (23) que está em processo de entrada formal do Brasil na ação contra Israel na Corte Internacional de Justiça das Nações Unidas (ONU).
A ação movida pela África do Sul pede à Corte que declare que Israel violou, no conflito contra o Hamas, obrigações previstas na Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio. Israel refuta as alegações da África do Sul. O conflito eclodiu em 7 de outubro de 2023.
De acordo com Itamaraty, o governo brasileiro expressa indignação diante dos recorrentes episódios de violência contra a população civil no Estado da Palestina, não se restringindo à Faixa de Gaza e estendendo-se à Cisjordânia.
“A comunidade internacional segue testemunhando, de forma rotineira, graves violações de Direitos Humanos e Humanitário: ataques à infraestrutura civil, inclusive a sítios religiosos, como à paróquia católica em Gaza, e às instalações das Nações Unidas, como à Organização Mundial da Saúde; violência indiscriminada e vandalismo por colonos extremistas na Cisjordânia, como o incêndio às ruínas da antiga Igreja de São Jorge e ao cemitério bizantino em Taybeh; massacres de civis, a maior parte dos quais mulheres e crianças, que se tornaram cotidianos durante a entrega de ajuda humanitária em Gaza; e a utilização despudorada da fome como arma de guerra”, diz a nota do governo brasileiro.
O Itamaraty afirmou ainda que Israel também comente “contínuas violações do Direito Internacional”, como a anexação de territórios pela força e a expansão de assentamentos ilegais.
“O Brasil considera que já não há espaço para ambiguidade moral nem omissão política. A impunidade mina a legalidade internacional e compromete a credibilidade do sistema multilateral.”, diz trecho da nota do MRE.
Embaixada de Israel rebate governo
A Embaixada de Israel no Brasil divulgou uma nota em que diz lamentar que a declaração do Brasil “utilize palavras duras que não retratam plenamente a realidade do que está ocorrendo atualmente em Gaza” (veja a íntegra da nota ao final desta reportagem).
Segundo a embaixada, 85 milhões de porções de comida foram entregues na Faixa de Gaza nos últimos dois meses.
“Entendemos a dificuldade de garantir que essa ajuda chegue às pessoas que realmente precisam, especialmente diante da ameaça de que o Hamas roube os suprimentos, o que cria a difícil situação que vemos entre os palestinos. No entanto, o Estado de Israel está plenamente comprometido com essa ajuda, e nossos esforços negam qualquer acusação de uso da fome como arma”, afirmou.
Israel afirmou ainda que a declaração do Brasil “ignorou completamente o papel do Hamas” em Gaza, que a embaixada diz que influencia negativamente na vida da região, na distribuição de ajuda humanitária e nas tentativas de alcançar um cessar-fogo.
“Israel não está cometendo genocídio em Gaza. A iniciativa da África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ) não reflete a complexidade e a realidade que nossas equipes veem em campo. Lamentamos profundamente que pessoas inocentes estejam sendo afetadas na guerra contra o Hamas, e buscamos evitar qualquer dano a civis em nossas ações, o que torna essas acusações infundadas”, diz a nota.
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) também divulgou uma nota em que critica a postura do governo.
A entidade afirma que a política externa brasileira, sob o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu assessor especial Celso Amorim, teria abandonado a tradição de “equilíbrio e moderação” e estaria adotando “falsas narrativas” contra Israel.
Na avaliação da Conib, a nota oficial divulgada pelo Itamaraty sobre o conflito distorce os fatos ao responsabilizar Israel pelas mortes de civis em Gaza. A entidade também condena o apoio do Brasil à ação movida pela África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), que acusa o governo israelense de genocídio contra os palestinos. Segundo a Conib, a acusação é “falsa e perversa” e desrespeita a memória do Holocausto, que vitimou 6 milhões de judeus.
Mais de 100 organizações humanitárias alertam que a fome se espalha em Gaza
Adesão do Brasil
Durante a reunião do Brics — grupo que reúne algumas das principais economias emergentes do mundo — no início deste mês, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou à uma emissora árabe que o Itamaraty “está trabalhando” no processo de adesão.
“Nós vamos. Estamos trabalhando nisso, e você terá essa boa notícia em muito pouco tempo”, afirmou o chanceler na entrevista.
A Convenção das Nações Unidas para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio, da ONU, classifica genocídio como qualquer ação com a intenção de “cometida com a intenção de destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso”.
No caso apresentado ao Tribunal de Haia, a África do Sul pede uma suspensão emergencial da campanha militar de Israel no território palestino.
A Convenção sobre Genocídio de 1948 define genocídio como “atos cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso”.
O chanceler Mauro Vieira durante participação na Comissão de Relações Exteriores da Câmara — Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Governo Lula diz ver ‘genocídio’ e ‘carnificina’ em Gaza
Em declarações públicas, entrevistas e comunicados oficiais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, têm afirmado que está em curso em Gaza um “genocídio” e uma “carnificina” contra os cidadãos palestinos, atribuindo a responsabilidade ao governo de Benjamin Netanyahu.
Desde outubro de 2023, quando começou a guerra entre o governo de Israel e o grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza, o governo brasileiro tem defendido que as partes cheguem a um acordo que leve a um cessar-fogo permanente e à entrada ininterrupta de ajuda humanitária para os palestinos.
Diante dos frequentes ataques comandados pelo Exército de Israel em Gaza, o governo Lula também tem:
defendido a saída completa das tropas israelenses da região;