Combustíveis em Natal estão mais caros no mês de julho, aponta Procon

Os preços dos combustíveis voltaram a subir em Natal. De acordo com um levantamento concluído pelo Procon Municipal em 7 de julho e divulgado nesta quarta-feira (09), a gasolina comum apresentou alta média de 3,05% em relação ao mês anterior, passando de R$ 5,92 para R$ 6,10. O aumento atinge também os demais combustíveis comercializados na capital potiguar.

Apesar da alta, motoristas relataram, nesta quarta-feira (9), uma redução pontual nos preços em alguns postos da cidade. Dados do aplicativo Nota Potiguar mostram variações significativas: o litro da gasolina comum estava sendo vendido entre R$ 5,27 e R$ 5,98, dependendo do estabelecimento. O cenário reforça a instabilidade no mercado local de combustíveis e exige atenção dos consumidores, que devem continuar pesquisando antes de abastecer.


Além da gasolina comum, que subiu 3,05%, outros combustíveis também tiveram aumento, segundo o levantamento do Procon Natal. A gasolina aditivada registrou alta de 2,61%, com o preço médio passando de R$ 5,99 para R$ 6,15. O diesel comum subiu na mesma proporção (2,61%), indo de R$ 5,95 para R$ 6,05, enquanto o diesel S-10 teve reajuste de 1,74%, passando de R$ 6,00 para R$ 6,09.
O etanol também encareceu, com aumento de 1,50%, subindo de R$ 4,91 para R$ 4,98 por litro. Já o gás natural veicular (GNV) teve o maior reajuste registrado: alta de 6,30%, com o metro cúbico saindo de R$ 4,83 para R$ 5,13.


Sobre a variação de preços, a diretora-geral do Procon Natal, Dina Pérez, orienta: “O interessante é que o consumidor sempre pesquise, porque não há um tabelamento. Houve aí, na pesquisa que foi realizada, um aumento nessa média. Mas não quer dizer que todos os postos da cidade tenham aumentado. Isso se deve ao livre mercado, à livre concorrência que é estabelecida na Constituição Federal”, explicou.


Ainda segundo Dina Pérez, a alta que havia sido registrada no início de julho é consequência de diversos fatores, como o reajuste da Petrobras nas refinarias — especialmente para gasolina e diesel. Entre os principais motivos estão a valorização do dólar e o aumento do barril de petróleo no mercado internacional, impulsionado por tensões geopolíticas e cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Esses fatores impactam tanto os custos de importação quanto a produção interna.


A diretora-geral do órgão também destaca os custos logísticos no Nordeste, como transporte e distribuição, que elevam o preço final ao consumidor. “As margens e o repasse dos postos também influenciam bastante. Em alguns casos, a diferença entre estabelecimentos chega a R$ 0,60, o que mostra o impacto direto dessas margens”, pontuou.

Preços nas regiões

Entre as regiões da capital, a Zona Sul e a Zona Leste apresentaram os menores preços médios da gasolina comum, com R$ 6,07. Já as Zonas Oeste e Norte registraram média de R$ 6,16. A pesquisa também identificou diferenças significativas entre os postos: até R$ 0,72 no preço do etanol; R$ 0,62 na gasolina comum; R$ 1,00 no diesel S-10; e R$ 0,24 no GNV.


Mesmo com o menor preço médio, a Zona Sul foi a que teve o maior aumento em relação ao mês anterior — R$ 0,24 por litro. Em contrapartida, a Zona Norte, apesar de ter um dos preços médios mais altos, registrou uma leve redução de R$ 0,03. Isso mostra que o impacto do reajuste foi mais sentido pelos consumidores da Zona Sul do que pelos da Zona Norte, evidenciando a variação no comportamento dos preços na cidade.


No mês anterior, os combustíveis haviam registrado queda de preço. O recuo foi sentido de forma generalizada, inclusive no etanol e no GNV, aliviando o bolso dos motoristas.


Para quem depende do carro para trabalhar, como a empresária Iris Juliana Batista, que atua com locação de veículos e oficina, a instabilidade preocupa. “Está nessa oscilação e é complicado para a gente que trabalha com veículos. Tornou-se uma bolsa de valores, que a gente não sabe quando vai estar em alta ou em baixa. A gente não sabe se vai caber no nosso bolso no fim das contas”, desabafa.


Já a motorista Ângela Barbosa relata que, apesar da instabilidade, tem percebido melhora nos preços mais recentemente. “De uns tempos para cá, está bom. Antes eu colocava um valor que nem mexia no painel, e hoje eu coloco um valor e vejo que tem diferença”, conta. O motorista de aplicativo Deivison Mendes, que costuma abastecer na região Leste, também notou o alívio no bolso. “Em alguns postos diminuiu o preço. O valor que eu coloco rende mais”, disse.


O Procon também lembra que o consumidor tem direito à informação clara sobre o combustível. Caso haja dúvidas quanto à qualidade ou quantidade, é possível solicitar testes no próprio posto. Em caso de recusa ou irregularidade, a denúncia pode ser feita na sede do órgão (Rua Ulisses Caldas, nº 181 – Cidade Alta) ou por e-mail: procon.natal@natal.gov.br.

Por TN

Projeto foi aprovado nesta quarta-feira na CCJ da Assembleia, por unanimidade

Medida atinge setores como petróleo, aço, café e carnes; nova tarifa de 50% entra em vigor no dia 1º de agosto; confira ranking dos produtos mais exportados aos EUA.

A nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada nesta quarta-feira (9) pelo ex-presidente Donald Trump, deve atingir em cheio setores estratégicos da economia nacional.

A medida, que começa a valer a partir de 1º de agosto, pode afetar diretamente itens como petróleo, aço, café e carne bovina, justamente os que lideram as exportações do Brasil para os Estados Unidos.

Um levantamento feito pela reportagem do g1, com base em dados públicos de comércio exterior, revela os principais produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos entre janeiro e junho de 2025Confira o ranking abaixo:

  • Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos — US$ 2,37 bilhões
  • Produtos semimanufaturados de ferro ou aço (baixo carbono) — US$ 1,49 bilhão
  • Café não torrado, não descafeinado — US$ 1,16 bilhão
  • Carnes bovinas desossadas e congeladas — US$ 737,8 milhões
  • Ferro-gusa (ferro fundido bruto não ligado) — US$ 683,6 milhões
  • Celulose (pasta química de madeira não conífera) — US$ 668,6 milhões
  • Óleos combustíveis e preparações de petróleo — US$ 610,2 milhões
  • Na carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Trump afirmou que a medida é uma resposta às tarifas e barreiras comerciais impostas pelo Brasil, classificadas por ele como “injustas”.
  • O ex-presidente americano também disse que o comércio com o Brasil gerava um déficit insustentável para os EUA, o que colocaria em risco a economia e a segurança nacional.
  • Apesar do argumento, dados do Ministério do Desenvolvimento mostram que o Brasil tem registrado déficits comerciais seguidos com os EUA desde 2009 — ou seja, há 16 anos.
  • Ao longo desse período, as vendas americanas ao Brasil superaram suas importações em US$ 88,61 bilhões (equivalente a R$ 484 bilhões na cotação atual). Leia mais aqui.
  • A medida pode impactar diretamente a competitividade das exportações brasileiras no mercado americano e traz um alerta claro: se o Brasil reagir elevando suas próprias tarifas, os EUA aumentarão ainda mais as taxas sobre produtos brasileiros.
  • Na prática, caso o Brasil opte por elevar suas tarifas sobre produtos americanos como forma de retaliação, os Estados Unidos acrescentarão esse percentual aos 50% já previstos.
  • 🔍 Isso significa que, quanto mais o Brasil aumentar suas tarifas, mais elevadas serão as taxas impostas pelos EUA, criando uma espécie de “escada tarifária”.
  • Por outro lado, Trump sugeriu que a tarifa poderia ser reduzida caso o Brasil abrisse seus mercados e eliminasse tarifas e barreiras comerciais.
  • Ele também afirmou que empresas brasileiras poderiam evitar a tarifa ao fabricar seus produtos diretamente nos Estados Unidos, prometendo agilizar os processos para viabilizar essa iniciativa.
  • Trump também mencionou o ex-presidente Jair Bolsonaro e classificou como “uma vergonha internacional” o julgamento do ex-mandatário no Supremo Tribunal Federal (STF), utilizando esse argumento para justificar o aumento da tarifa sobre o Brasil.
  • O republicano afirmou ainda, sem provas, que a decisão foi tomada “em parte devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos”.

por g1

Projeto dá nome de Lavoisier Maia a novo Hospital Metropolitano que será construído em Parnamirim

Assembleia Legislativa do RN deve votar nesta quinta-feira (10) projeto de lei que nomeia o novo Hospital Metropolitano como “Hospital Lavoisier Maia”, em homenagem ao ex-governador e médico potiguar.

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte deverá votar nesta quinta-feira 10 um projeto de lei que denomina o novo Hospital Metropolitano como “Hospital Lavoisier Maia”. A proposta é do deputado Hermano Morais (PV).

A iniciativa busca homenagear Lavoisier Maia Sobrinho, classificado por Hermano como “uma das figuras mais marcantes da história política e médica do Rio Grande do Norte”. Lavoisier foi, entre outros cargos, governador do Rio Grande do Norte entre 1979 e 1983. Morreu em 2021, aos 93 anos.

O projeto destaca que Lavoisier “contribuiu significativamente para a formação de novos profissionais e o avanço da saúde materno-infantil no Estado” e teve uma trajetória “marcada pelo compromisso com o desenvolvimento do Estado e a melhoria da qualidade de vida da população”.

Entre os feitos do homenageado, o texto aponta que, como governador, Lavoisier foi responsável por obras importantes como a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, classificada como “fundamental para o abastecimento de água e o desenvolvimento agrícola e econômico do interior potiguar”.

A justificativa também ressalta que Lavoisier Maia foi “escritor e defensor do desenvolvimento regional”, “perpetuando a memória de um homem que dedicou sua vida ao bem-estar do povo potiguar”.

Sobre o novo hospital

O novo Hospital Metropolitano de Natal será construído às margens da BR-101, no sentido Natal/Parnamirim, próximo à antiga Brasinox, no bairro de Emaús. A proposta é que a unidade desafogue a demanda sobre o Hospital Walfredo Gurgel. A unidade será financiada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, com contrapartida estadual.

Quando abrir as portas à população, o hospital contará com 350 leitos, sendo 40 de UTI. A estrutura inclui centro cirúrgico com 14 salas, centro de imagem com dois tomógrafos, unidade de hemodinâmica e atendimento em áreas como trauma, ortopedia e neurocirurgia.

No início do mês passado, o Governo do Estado concluiu a licitação para construção do hospital. O consórcio vencedor é formado pelas construtoras Ramalho Moreira, A. Gaspar e Edcon, que apresentou proposta no valor de R$ 200,7 milhões para execução da obra. No fim do mês, porém, a licitação foi suspensa após questionamentos feitos por uma empresa que perdeu a concorrência. O caso está tramitando no Tribunal de Contas da União (TCU).

Agora RN

Câmara aprova aumento de pena para furto de fios das redes de energia e telefonia

A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que aumenta a pena pelo furto ou roubo de cabos, fios e equipamentos relacionados à geração de energia elétrica e telecomunicações. O texto será enviado à sanção presidencial.

A pena por furto desses bens passará de reclusão de 1 a 4 anos para 2 a 8 anos, envolvendo também materiais ferroviários ou metroviários. Para o roubo desses bens, a pena de reclusão de 4 a 10 anos será aumentada de 1/3 à metade. Na votação nesta terça-feira (8), o Plenário da Câmara rejeitou três emendas do Senado ao Projeto de Lei 4872/24. De autoria do deputado Sandro Alex (PSD-PR), o projeto aprovado continua igual ao substitutivo do deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), aprovado em 2024.

Serviços essenciais
A reclusão de 2 a 8 anos será aplicável também quando o furto for de quaisquer bens que comprometam o funcionamento de órgãos da União, de estado, de município ou de estabelecimentos públicos ou privados que prestem serviços públicos essenciais.
Caso ocorra roubo desses bens, a pena de reclusão de 4 a 10 anos passa para reclusão de 6 a 12 anos.Nesses casos, os aumentos de pena envolvem vários outros tipos de serviços, como saneamento básico ou transporte.

Receptação
O texto aprovado aumenta ainda a pena para o crime de receptação de fios, cabos e equipamentos tratados no projeto. A receptação envolve ações como comprar, guardar, ocultar ou vender o material. A pena variável de 1 a 8 anos será aplicada em dobro, conforme se tratar de receptação simples ou qualificada.

O aumento de pena vale ainda para a receptação de cargas roubadas.

Durante o debate em Plenário, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) defendeu a maior punição para receptadores. “Se há quem vende, é porque há quem está alimentando esse ciclo vicioso. Na minha cidade, existem vários ferros-velhos, comércios ilegais, levados por moradores de rua”, afirmou.

O custo desses furtos em São Paulo, em 2023, foi de R$ 500 milhões, segundo o deputado Bibo Nunes (PL-RS). “Imagine o custo, o prejuízo no Brasil desses ladrões irresponsáveis e receptadores. É punindo que se dá o exemplo”, disse.

Quanto ao crime de interromper serviço de telecomunicação, impedir ou dificultar seu restabelecimento, atualmente com pena de detenção de 1 a 3 anos, o Projeto de Lei 4872/24 prevê a aplicação em dobro se isso ocorrer por causa da subtração, dano ou destruição de equipamentos na prestação desses serviços.

Lavagem de dinheiro
Na lei de crimes de lavagem de dinheiro (Lei 9.613/98), o texto muda o intervalo da pena de reclusão de 3 a 10 anos para 2 a 12 anos. Uma das emendas rejeitadas excluía essa alteração. “Se não aumentasse as penas para lavagem de dinheiro relacionada a esses crimes, seria reduzido significativamente o efeito dissuasório da legislação”, disse o relator do projeto, Otoni de Paula.

A lavagem ou ocultação de bens é caracterizada na lei como ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores obtidos de infração penal. Dessa forma, os bens tratados no projeto também estarão enquadrados nessa situação.

Para Otoni de Paula, a prevenção do crime exige que se contemplem todas as etapas da cadeia criminosa, desde roubo até a comercialização e a lavagem do dinheiro.

Empresas de comunicação
O projeto prevê a aplicação de penas também para empresas que tenham concessão, autorização ou permissão para oferecer serviço de telecomunicações se elas usarem fios e cabos roubados cuja origem deveriam saber ser essa.

Na lei que regulamentou a concessão desses serviços, as penas listadas são de advertência; multa; suspensão temporária; caducidade; e declaração de inidoneidade.

Já a atividade em si de uso de fios, cabos ou equipamentos de telefonia ou transferência de dados roubados ou furtados passa a ser considerada clandestina.

Regulamento
O texto também suspende obrigações regulatórias das concessionárias e extingue processos administrativos quando o fato decorrer das situações de furto de cabos, conforme regulamento.

Caberá à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em suas áreas de atuação, regulamentar a aplicação de atenuantes ou a extinção da punibilidade das infrações administrativas decorrentes da suspensão ou interrupção dos serviços quando causadas por roubo ou furto de fios, cabos ou equipamentos de serviços de telecomunicações ou de transmissão e geração de energia elétrica.

Isso poderá ocorrer também se houver dano a esses equipamentos.

De forma semelhante, as obrigações regulatórias cujo cumprimento seja diretamente afetado por essas situações de roubo ou furto deverão ser suspensas por período de tempo a ser definido em regulamento.

As interrupções dos serviços provocadas por roubo ou furto devem também ser desconsideradas no cálculo final dos indicadores de qualidade.

Por Agência Câmara de Notícias

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