Dois ciclistas morreram atropelados na noite deste sábado 12 em rodovias federais no Rio Grande do Norte. Os acidentes ocorreram quase no mesmo horário, por volta das 19h30, e com a mesma dinâmica: as vítimas foram atingidas por veículos que fugiram sem prestar socorro.
O primeiro caso aconteceu no km 170 da BR-406, em São Gonçalo do Amarante. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a vítima era um homem de 26 anos que empurrava duas bicicletas e atravessava a via a pé quando foi atingido por um veículo. Uma testemunha relatou que o automóvel envolvido seria um microônibus que seguia no sentido Ceará-Mirim/Natal. O condutor se evadiu do local.
Ciclistas morreram após serem atropelados nas BRs 406, em São Gonçalo do Amarante, e 405, em Mossoró, na noite de sábado 12.
O segundo acidente foi registrado no km 07 da BR-405, em Mossoró. De acordo com a PRF, um ciclista também foi atropelado e morreu no local. Assim como no outro caso, o veículo envolvido não foi identificado e o motorista não prestou socorro.
Equipes da PRF isolaram as áreas dos acidentes e aguardaram a chegada do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) e da Polícia Civil para os procedimentos periciais e início das investigações.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), deu até o início de agosto para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encaminhar um texto próprio sobre o corte de isenções tributárias. Segundo interlocutores do deputado, caso o Ministério da Fazenda não envie uma proposta, a Casa vai elaborar um projeto próprio e votá-lo no retorno do recesso parlamentar.
A discussão sobre a redução das isenções fiscais acontece num contexto em que o governo Lula tenta encontrar meios de aumentar sua arrecadação e, assim, atingir a meta fiscal. Estima-se que o Brasil deixa de arrecadar R$ 540 bilhões por ano por causa dos benefícios tributários. Como mostrou o Metrópoles, a Câmara demonstrou que poderia discutir um corte nesses privilégios após ser emparedada pela esquerda por causa da resistência em taxar super-ricos e fundos de investimentos hoje isentos.
Nesse sentido, o que discute-se na Câmara é aprovar um projeto “meio-termo” entre as propostas do deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE) e outro do senador Esperidião Amim (PP-SC). O do parlamentar cearense atende mais ao interesses arrecadatório imediato do governo, pois promove um corte de 10% nas isenções, sendo 5% num ano e outros 5% no próximo.
A crise do Planalto com o Congresso, que envolveu o STF:
O governo anunciou no fim de maio o aumento no IOF para arrecadar quase R$ 20 bilhões, visando atingir a meta fiscal de 2025.
O Congresso reagiu mal. Após reunião com os presidentes da Câmara e do Senado, o Planalto recuou, diminuindo o reajuste.
Executivo e Legislativo acordaram o envio de uma Medida Provisória (MP) para completar a verba que o Executivo deixaria de arrecadar com o recuo do IOF.
O clima azedou pouco depois, e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautou e aprovou a urgência do projeto que derrubava o reajuste do imposto. O requerimento foi aprovado em 16/6, com promessa de 15 dias para o governo encontrar uma saída política.
Antes do fim desse prazo, Motta surpreendeu o Planalto e até parte dos líderes da Câmara ao pautar e aprovar a derrubada de todo o reajuste do IOF no dia 25/6.
O governo alardeia que, sem o dinheiro do IOF e da MP, vai precisar cortar programas sociais e bloquear emendas parlamentares.
Após a derrota, o governo acionou o Supremo Tribunal Federal (STF), cuja intervenção poderia deflagrar uma nova guerra entre Poderes.
Na sexta-feira (4/7), o ministro Alexandre de Moraes derrubou as medidas do Executivo e Legislativo, convocando uma conciliação.
O governo partiu para ofensiva na opinião pública e emparedou o Congresso nas redes sociais.
Marco normativo
Enquanto isso, o projeto de Esperidião, já aprovado no Senado, estabelece um marco normativo para futuras concessões e revisões das isenções. A proposta estabelece critérios para definir se vale a pena o governo abrir mão de uma arrecadação a partir de parâmetros como geração de emprego. Apesar de promover uma mudança estrutural, esse texto não se traduz, necessariamente, em arrecadação imediata para o governo.
Estima-se que, com um corte de 10% nas isenções, o governo consiga arrecadar de R$ 54 bilhões a R$ 68 bilhões ao ano, com chance de aumento caso a proposta passe a régua também em benefícios creditícios e financeiros. No melhor cenário arrecadatório, isso significaria um montante três vezes superior aos quase R$ 20 bilhões que a Fazenda previu de entrada nos cofres públicos com o reajuste do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que deflagrou a última crise entre Congresso e Planalto.
A abertura para revisão das isenções fiscais foi sinalizada pelo presidente da Câmara na reunião de líderes da última terça-feira (8/7). Desde então, Planalto e Congresso têm sinalizado maior disposição para superar a crise causada pela derrubada do decreto do IOF.
O presidente Lula afirmou que o decreto editado pelo governo será mantido, mas reconheceu que pontos específicos podem ser ajustados, se necessário. “Eu não me queixo do Congresso. Apesar das divergências, é importante que o povo brasileiro entenda: meu partido elegeu apenas 70 deputados dos 513 e 9 senadores dos 81. Isso me impõe um caminho: negociar e dialogar. E, justiça seja feita, até agora conseguimos aprovar 99% do que enviamos. Sou grato ao Congresso, porque tem colaborado muito”, disse o petista.
Diante do cenário da morte da jovem Maria Bruna, de 27 anos, após uma tentativa de assalto na comunidade do Riachão, em Ceará-Mirim, o Governo estadual anunciou a criação de um novo Batalhão de Polícia Militar (BPM), atendendo ao pedido dos prefeitos da região, e a previsão é que o batalhão seja criado até março de 2026, conforme revelou o prefeito de Pureza, Ricardo Brito (PL).
Brito disse que Fátima Bezerra garantiu que até semana que vem o decreto sairá e até fevereiro ou março do próximo ano o 17º Batalhão será criado na cidade de Ceará-Mirim. Será utilizado um prédio que já existe com um efetivo maior. Ela também nos disse que até lá, haverá uma modalidade junto ao secretário de Segurança, a questão das diárias operacionais para poder aumentar o efetivo na região”, detalhou.
Conforme anunciado pela governadora Fátima Bezerra (PT) na última terça-feira (8), o novo batalhão será sediado em Ceará-Mirim. Atualmente, a cidade conta com a 7ª Companhia Independente de Polícia Militar (7ª CIPM), que será transformada no 17º Batalhão da PM (17º BPM).
Com a instalação do 17º BPM na região do Mato Grande, deve-se assegurar um efetivo maior a Pureza, explica Brito. Segundo ele, o município, que atualmente conta com uma viatura da Polícia Militar e poderá expandir esse número para três, sendo duas na zona urbana e uma para a área rural. Paralelamente, a Prefeitura está atuando para melhorar a segurança da cidade, com ações como a instalação de câmeras de videomonitoramento e a criação da Guarda Municipal.
“Foi conversado isso também na região [do Mato Grande] para que nós, pela delegada-geral de Polícia [Ana Cláudia Saraiva], que a gente tenha esse centro de segurança também nos municípios que o Governo vai nos ajudar a nível estadual e também federal, com emendas, para que também tenhamos nosso aparato de segurança em nossas cidades”, destacou.
Em relação às condições das estradas do RN, o gestor se mostrou crítico, em especial quanto às rodovias do Mato Grande. Na segunda etapa do Programa de Restauração de Rodovias Estaduais, anunciada no último dia 3 de julho, a região foi contemplada com a inclusão da RN-064, onde Maria Bruna foi assassinada no último domingo (6). Na avaliação de Ricardo, os buracos existentes na via contribuíram para que a tragédia acontecesse.
“Quem anda pela 064, como eu que trafego todos os dias, sabe que temos um problema seríssimo, que é a questão dos buracos. Isso vem se estendendo há mais de três anos, quase quatro. É uma região muito perigosa. Desde que assumi, já fiz várias críticas ao Governo em relação a essa questão das estradas, mas vamos esperar que saia do papel. Está no edital de resolução das novas estradas, e a 064 foi contemplada. A governadora garantiu que a partir deste ano começa ainda”, disse.
Consórcio do Mato Grande
Ricardo Brito também revelou a formação do Consórcio do Mato Grande, após reunião com 16 prefeitos no início do ano, que está passando por trâmites burocráticos e deve ser regularizado até agosto. A autarquia tem como objetivo “brigar” por políticas públicas, turismo, segurança e melhorias nas estradas. Também será marcada uma assembleia na próxima semana para definir a composição da diretoria.
O presidente será o prefeito de Touros, Pedro Filho (PSD); a vice-presidente será a prefeita de João Câmara, Aize Bezerra (PSDB); e o prefeito de Taipu, Ariosvaldo Júnior (PSD), será o tesoureiro. Ricardo Brito atuará como diretor executivo.
Eleições 2026
Em relação ao cenário para as eleições estaduais de 2026, Ricardo ressaltou que ainda há muitas indefinições quanto às candidaturas, principalmente ao Governo do Estado, mas afirmou que votará no senador Rogério Marinho (PL), caso ele confirme sua candidatura ao Executivo Estadual. Para o Senado Federal, Brito declarou apoio à reeleição de Styvenson Valentim (PSDB) e, para o segundo voto, revelou que há conversas com a senadora Zenaide Maia (PSD). Ele também afirmou que votará em Robinson Faria (PP) e em Kleber Rodrigues (PSDB) para os cargos de deputado federal e deputado estadual, respectivamente.
Um homem foi preso na tarde desta sexta-feira (11) por policiais militares da Força Tática do 5º Batalhão da PM, suspeito de assaltar uma loja dentro de um shopping center nas imediações da Avenida Salgado Filho, na zona Sul da capital potiguar.
De acordo com a PM, o crime ocorreu por volta das 11h da manhã e as imagens das câmeras de segurança ajudaram a identificar as características do suspeito. Após receber as informações via COPOM, os militares iniciaram diligências que culminaram na captura do indivíduo no bairro de Nova Descoberta.
Durante a abordagem, o suspeito estava em posse de um revólver calibre .38 de fabricação caseira, seis munições e quatro celulares que, segundo a polícia, haviam sido subtraídos na ação criminosa.
As vítimas foram contatadas e reconheceram o homem como autor do assalto. O suspeito foi encaminhado à Central de Flagrantes, onde foi autuado e permanecerá à disposição da Justiça.
O ABC protagonizou uma virada heroica e arrancou uma vitória importantíssima na Série C do Campeonato Brasileiro. Na noite deste sábado (12), o Alvinegro bateu o Tombense por 2 a 1, no Almeidão, em Tombos/MG, pela 12ª rodada da competição. Todos os gols saíram em momentos decisivos da partida.
O time potiguar saiu atrás no placar ainda no primeiro tempo. Aos 24 minutos, o árbitro Renan Novaes Insabralde assinalou um pênalti altamente contestado do zagueiro Renato Vischi sobre Rafael Silva — o defensor do ABC tocou apenas na bola, mas a penalidade foi marcada. O próprio Rafael foi para a cobrança e abriu o placar para o Tombense.
Mesmo com um jogador a menos desde os 31 minutos da primeira etapa — após a expulsão do lateral-direito Léo Pereira —, o Tombense conseguiu segurar o resultado até os minutos finais. O ABC, que já havia desperdiçado outras oportunidades em jogos com vantagem numérica, desta vez mudou o roteiro.
Aos 44 minutos do segundo tempo, Jonatha Carlos, que saiu do banco, apareceu como salvador. Após cruzamento preciso de Anderson Rosa, o atacante cabeceou firme, no canto, sem chances para o goleiro, empatando o jogo.
Mas ainda havia tempo para mais. Aos 50 minutos, Matheus Martins cruzou da esquerda e o centroavante Ytalo testou para o fundo das redes, marcando seu primeiro gol com a camisa alvinegra e decretando a virada heroica fora de casa.
Com a vitória por 2 a 1, o ABC quebra uma sequência de resultados ruins e ganha fôlego na Série C. O próximo compromisso do clube será no sábado (19), às 17h, diante do Maringá, no Frasqueirão.…
A um ano e três meses das eleições de 2026, o governo Lula vai mudar o slogan, na tentativa de mostrar que sua identidade não pode ser confundida com a do Centrão. O mote “União e Reconstrução” será substituído agora pela ideia de que o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem lado.
A estratégia para recuperar a popularidade perdida consiste em focar a propaganda oficial na seguinte mensagem: combater privilégios significa abrir espaço para que mais gente prospere na vida. Na prática, o governo quer ir além da toada “ricos contra pobres”.
A ordem é bater na tecla de que programas lançados recentemente, como os que preveem linhas de crédito mais baratas para a reforma de casa e para microempreendedores, também beneficiam a classe média.
Ministros têm sido orientados a destacar em entrevistas que o principal adversário do País é o sistema de desigualdade, montado para favorecer 1% da população contra 99%. Para exemplificar esse raciocínio, devem dizer que, enquanto a maior parte dos brasileiros enfrenta uma jornada pesada, fila de ônibus e trânsito, impostos que levam mais de 20% dos salários de professores e até de pequenos comerciantes aliviam a carga de quem nasceu cercado por privilégios.
O Palácio do Planalto encomendou pesquisas qualitativas, que medem as percepções dos eleitores, para definir o novo slogan do governo e as consultas ainda estão em andamento. Já se sabe, porém, que o lema vai misturar os conceitos de trabalho, justiça social e enfrentamento aos privilégios com a defesa do Brasil. O toque nacionalista ganhou força após a ofensiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o País.
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, tem conversado com os colegas sobre essa nova linha, que recebeu sinal verde de Lula. Nos bastidores, auxiliares do presidente afirmam que um governo de coalizão – no qual cada um puxa para um lado – acaba sem identidade. É por isso que, hoje, todas as iniciativas de ministros têm de passar pelo crivo da Secom.
Levantamentos do Planalto e do PT revelam que eleitores estão desencantados porque esperavam mais de Lula do que a reedição de programas como o Bolsa Família, o Farmácia Popular e o Minha Casa, Minha Vida. No diagnóstico dos entrevistados, essas ações já “fazem parte da paisagem” e é preciso ir muito além disso.
A troca do slogan “União e Reconstrução” por um mote que indique o rumo da segunda metade do governo e aponte para 2026, quando o presidente deve disputar novo mandato, já vinha sendo planejada por Sidônio.
Tudo foi acelerado, no entanto, após a crise entre o governo e o Congresso por causa do decreto que prevê o aumento de alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Partidos que ocupam 14 ministérios e não pretendem apoiar o PT nas eleições de 2026 – a maioria deles do Centrão – ajudaram a derrubar o decreto de Lula, que, por sua vez, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alega que a equipe econômica precisa dos R$ 10 bilhões previstos com as mudanças no IOF para fechar as contas públicas.
Uma audiência de conciliação entre as partes foi marcada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes para terça-feira, 15. O magistrado suspendeu todas as decisões tomadas até agora. O imbróglio estremeceu a relação entre Lula e a cúpula do Congresso, principalmente com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Nessa queda de braço, uma campanha do PT nas redes sociais martelou que Lula quer cobrar mais tributos do “andar de cima”, chamado agora de BBB (Bilionários, Bancos e Bets), para levar adiante a proposta de isentar quem ganha até R$ 5 mil do Imposto de Renda. Monitoramentos feitos pelo Planalto indicaram que a tática foi bem-sucedida.
Na quarta-feira, 9, após Trump anunciar a taxação de 50% sobre produtos brasileiros e justificar a medida sob a alegação de que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta tentativa de golpe não deveria ocorrer, Lula voltou a usar o boné com o slogan “O Brasil é dos brasileiros”.
Publicitário que comandou a campanha petista, em 2022, Sidônio completa seis meses à frente da Secom na segunda-feira, 14. Neste período, enfrentou uma crise atrás da outra, atuou como bombeiro, mas também comprou muitas brigas, até mesmo com Haddad.