Avaliação é de que Alcolumbre reflete a posição da maioria dos senadores
O Palácio do Planalto vê no presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a principal peça para conter o avanço do projeto de anistia que pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Enquanto na Câmara dos Deputados a aprovação do texto é tratada como uma possibilidade concreta — com articulações lideradas pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), em diálogo com nomes da direita como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) —, o governo aposta que a proposta enfrentará resistência no Senado.
A avaliação é de que Alcolumbre reflete a posição da maioria dos senadores e não apoiaria uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, defendida pela oposição. O senador, no entanto, admite discutir alternativas que diferenciem organizadores e financiadores dos atos golpistas de 8 de janeiro dos participantes de menor envolvimento, diante de penas consideradas excessivas.
A movimentação da oposição se intensificou nos últimos dias, em meio ao julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) e às articulações da direita com foco em 2026, quando Tarcísio de Freitas é visto pelo PT como o nome mais competitivo contra o projeto de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ação é resultado do flagrante realizado em 2 de setembro, quando 356 mil maços foram apreendidos em um galpão em Macaíba As forças de segurança do Rio Grande do Norte deflagraram, na manhã desta quinta-feira 4, a Operação Retomada II, que mira uma organização criminosa especializada no contrabando e distribuição de cigarros na Grande Natal. A ação é resultado do flagrante realizado em 2 de setembro, quando 356 mil maços foram apreendidos em um galpão em Macaíba, além da prisão de seis pessoas e da apreensão de três veículos.
Na fase de hoje, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e duas medidas restritivas contra investigados. As equipes apreenderam outras 807 caixas de cigarros equivalente 404 mil maços de cigarros ilegais, além de celulares, computadores e documentos fiscais e contábeis. Duas pessoas foram presas em flagrante por contrabando e destruição de provas.
A investigação, iniciada em 2024, busca desarticular o esquema criminoso que movimenta grandes remessas de cigarros contrabandeados no estado. Durante o inquérito, surgiram também provas relacionadas a outros crimes, incluindo a tentativa de homicídio contra policiais civis da DEICOR e servidores da Receita Federal, em setembro do ano passado, no município de Monte Alegre.
300 mil maços de cigarros ilegais – Foto: Divulgação/PFRN
A Operação Retomada II é conduzida de forma integrada pela Polícia Federal, Receita Federal e Polícia Civil do RN.
Ação do dia 2 de Setembro
Seis pessoas foram presas em flagrante durante a ação. Além da carga de cigarros, de 358.500 maços, foram apreendidos um caminhão e duas vans, veículos que estavam sendo utilizados no transporte do material ilícito.
Segundo as investigações, o crime organizado no Rio Grande do Norte tem alterado sua forma de atuação, com crescimento expressivo do contrabando de cigarros.
Elevador da Glória, uma das principais atrações turísticas da capital portuguesa, tombou nesta quarta-feira (3). Outras 21 pessoas ficaram feridas no incidente.
O número de mortos do descarrilamento do Elevador da Glória, um bondinho histórico e uma das principais atrações turísticas de Lisboa, subiu para 16 na manhã desta quinta-feira (4), afirmaram autoridades portuguesas.
No início da manhã, o serviço de Proteção Civil de Portugal havia informado que o número de mortos era de 17, mas, mais tarde, o primeiro-ministro de Porutugal, Luis Montenegro, corrigiu a informação e disse que o balanço total de mortos é de 16. O erro, segundo o serviço de Proteção Civil, se deveu a um registro duplicado.
A tragédia, ocorrida na quarta-feira (3), também deixou mais de 21 hospitalizadas, cinco delas em estado grave, segundo as autoridades. Há um brasileiro entre os feridos, afirmou o cônsul-geral do Brasil nesta quinta.
Ao g1, o Itamaraty informou que o brasileiro já recebeu alta e afirmou que, até a manhã desta quinta, não havia registro de brasileiros entre as vítimas.
A polícia portuguesa divulgou nesta quinta-feira a nacionalidade de 15 das 16 vítimas. Entre elas, há:
4 portugueses;
2 alemães;
2 espanhóis;
1 coreano;
1 cabo-verdeano;
1 canadense;
1 italiano;
1 francês;
1 suíço;
1 marroquino.
As causas do acidente continuavam a ser investigadas pelas autoridades portuguesas até a última atualização desta reportagem, e outros três funiculares de Lisboa estão passando por inspeções preventivas por conta do acidente no Elevador da Glória.
A linha opera desde 1885 e conecta a Praça dos Restauradores ao Bairro Alto. Ambas as regiões são muito frequentadas por turistas e ficam no coração da capital portuguesa.
Veja a seguir o que se sabe sobre o caso.
O que aconteceu?
O acidente ocorreu por volta das 18h05, horário local (14h05 em Brasília). As autoridades informaram que o bondinho descarrilou enquanto descia uma ladeira em direção à Praça dos Restauradores.
A imprensa local relatou que o veículo, também conhecido como elétrico em Portugal, bateu contra um edifício e tombou.
A Polícia Judiciária de Lisboa afirmou que 15 pessoas morreram no local do acidente e 23 ficaram feridas. As vítimas foram levadas para hospitais da região e cinco pessoas foram socorridas em estado grave. Duas delas não resistiram e morreram na manhã desta quinta, o que fez o número de mortos ir a 17, e o de feridos para 21.
Deputado do PT acusa o governador de SP por obstrução de justiça por ter se reunido com Hugo Motta para discutir o projeto de lei que prevê anistia pelos atos de 8 de janeiro
O senador Rogério Marinho (PL-RN) criticou o Partido dos Trabalhadores após o deputado federal Rui Falcão (PT-SP) protocolar uma representação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Em publicação nas redes sociais, Marinho escreveu: “O partido dos caguetas, linha auxiliar do MP, cúmplice da repressão, novamente cumprindo seu papel de tentar sufocar a crítica, o debate e a irresignação da sociedade. Tarcísio tem legitimidade e autoridade dada pelo povo de São Paulo para defender a constituição e o correto cumprimento da lei. Já o PT… trabalha pela transformação do Brasil em Venezuela. Não passarão.”
A representação de Rui Falcão foi direcionada ao ministro Alexandre de Moraes. No documento, o deputado acusa Tarcísio de obstrução de justiça por ter se reunido em Brasília com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para discutir o projeto de lei que prevê anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.
Segundo o texto protocolado, o encontro ocorreu no mesmo período em que tramita a Ação Penal 2668, que julga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta participação em tentativa de golpe de Estado. Para o petista, a articulação de Tarcísio seria uma “interferência direta no exercício do Poder Judiciário”.
A petição já foi anexada aos autos do processo. Rui Falcão pede que sejam investigados os recursos utilizados para a viagem do governador a Brasília e solicita medidas cautelares como entrega do passaporte, restrição de saída do país sem autorização prévia do STF e proibição de contato com réus e investigados relacionados ao caso.
O documento também requer que Tarcísio se abstenha de pressionar a Suprema Corte ou seus ministros durante os julgamentos, sob pena de prisão preventiva em caso de descumprimento.
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) lançou esta semana campanha nacional pela inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS) de fármacos que combatem a obesidade.
O movimento conta com apoio da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso), da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), entre outras.
Em nota, a Sbem informou que a proposta é mobilizar a sociedade, sensibilizar autoridades e pressionar por políticas públicas que garantam acesso a tratamento adequado, sobretudo medicamentoso, na rede pública.
O comunicado cita que a obesidade, embora reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doença crônica multifatorial, permanece como uma das únicas sem tratamento medicamentoso incorporado ao SUS.
“Enquanto pacientes com hipertensão, diabetes, asma ou dislipidemia têm acesso gratuito a medicamentos, aqueles que vivem com obesidade permanecem sem qualquer alternativa terapêutica na rede pública”, destacou a Sbem.
A entidade ressalta que, até o momento, nenhum fármaco para perda de peso foi incorporado ao SUS – nem mesmo medicamentos agonistas GLP-1, popularmente conhecidos como canetas emagrecedoras.
“Nos últimos cinco anos, quatro medicamentos para o tratamento da obesidade foram submetidos à análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e tiveram sua incorporação negada: orlistate, sibutramina, liraglutida e semaglutida.”
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Números
Dados do Atlas Mundial da Obesidade 2025, da Federação Mundial da Obesidade (WOF, na sigla em inglês), indicam que 31% dos adultos brasileiros têm obesidade, enquanto 68% têm sobrepeso – o que significa que quase sete em cada 10 vivem com excesso de peso.
As projeções indicam que, se nada for feito, até 2044 quase metade da população adulta brasileira (48%) estará obesa.
O relatório revela ainda que mais de 60 mil mortes prematuras no Brasil são atribuíveis ao sobrepeso e à obesidade por sua associação a doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2 e acidente vascular cerebral (AVC).
“Além do impacto humano, o problema traz custos expressivos para o sistema de saúde”, destacou a Sbem, ao citar estimativas de estudo feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que apontam que, entre 2021 e 2030, os custos diretos ao SUS com doenças associadas à obesidade podem atingir US$ 1,8 bilhão.
Já as perdas indiretas, como anos de vida produtiva, segundo o estudo, podem chegar a US$ 20 bilhões.
O Comando de Policiamento Regional II (CPR-II) lamentou a morte do 3º Sargento da Polícia Militar, Eudes Lima de Moura, de 44 anos, e da namorada, Luciana de Medeiros Dantas, de 34, vítimas de um acidente automobilístico na RN-233, nas proximidades de Paraú. O evento trágico ocorreu na noite de quarta-feira (3).
Segundo o CPR-II, Eudes ingressou na Polícia Militar do Rio Grande do Norte em 2009 e estava atualmente lotado no Destacamento de Timbaúba dos Batistas, pertencente à 5ª Companhia Independente de Polícia Militar (5ª CIPM). Em nota, o Coronel Soares, em nome de todo o efetivo da região, “se solidarizou com familiares e amigos e expressou votos de profundo pesar”.
O acidente foi registrado por volta das 18h, quando o carro de passeio do casal teria se chocado com um caminhão. De acordo com o boletim de ocorrência, os dois ficaram presos às ferragens e morreram no local. O motorista do caminhão sofreu ferimentos e foi levado para atendimento médico. Não há informações sobre o estado de saúde dele.
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta quarta-feira, 3, que o estado de saúde do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, não é bom. Em uma publicação no X (antigo Twitter), afirmou que “o velho não está bem, mas resiste”. A declaração foi dada no segundo dia de julgamento de Bolsonaro e outros réus por envolvimento em uma trama golpista.
“Tenho acompanhado meu pai, que depende de medicações indispensáveis e extremamente controladas para tentar manter sua saúde”, escreveu. Em outras declarações, Carlos detalhou que Bolsonaro enfrenta soluços e refluxos constantes, mas conta com o apoio da família e de apoiadores.
Carlos também voltou a criticar a prisão do ex-presidente, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 4 de agosto.
“Ele resiste não apenas à fragilidade do corpo, mas também às ilegalidades que o mantêm preso, com a saúde cada vez mais debilitada. Peço que continuem firmes – não se trata de direita ou esquerda, mas de humanidade”, declarou.
Nesta quarta-feira, Jair Bolsonaro fez uma breve aparição enquanto caminhava em sua residência, localizada em um condomínio no Jardim Botânico, em Brasília. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro publicou em suas redes sociais que, neste segundo dia de julgamento, o ex-presidente recebeu flores da empresária Maria Amélia.
O ex-presidente é réu em julgamento na Primeira Turma do STF, ao lado de outros sete militares, acusado de liderar uma organização criminosa que teria planejado uma tentativa de golpe de Estado e até o assassinato de autoridades, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Alexandre de Moraes.
O cenário político do Rio Grande do Norte está agitado, especialmente entre os evangélicos, com novos líderes surgindo. Um dos nomes em destaque é Pedro Filho, vereador mais votado da cidade de Assú, que se apresenta como forte candidato à Câmara Federal em 2026, sendo citado na pesquisa CONSULT.
Filho do respeitado Pedro Cavalcante, ele é empresário, pregador do Evangelho e ativo na política, ganhando prestígio no Vale do Açu, especialmente entre igrejas evangélicas e líderes cristãos. Recentemente, ele tem expandido sua atuação política chegando forte ao Trairi e alcançando diferentes grupos, com foco no meio evangélico, onde sua mensagem é bem recebida.
Um marco de sua pré-campanha foi a aliança com Adenúbio Melo, ex-vereador de Natal e ex-campeão mundial de boxe, conhecido entre os evangélicos. Ademais, Pedro Filho tem dialogado com figuras políticas importantes, como o deputado Coronel Azevedo, fortalecendo sua presença no campo conservador. Com carisma, apoio popular e alianças, ele surge como uma das promessas do PL para as eleições de 2026.…
Projeto tem sido defendido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), possível adversário do presidente nas urnas em 2026
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou, nesta quinta-feira (4), sobre o “risco” de o Congresso Nacional aprovar uma anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Para o petista, a “extrema-direita” segue com força no Parlamento.
A declaração ocorreu durante uma roda de conversa com comunicadores e ativistas do Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte. O bate-papo foi transmitido nos perfis de Lula nas redes sociais.
“Agora, é outra coisa que nós temos que saber: se for votar no Congresso, nós corremos o risco da anistia, porque o Congresso, vocês sabem, não é um Congresso eleito pela periferia. O Congresso tem ajudado o governo, aprovou quase tudo que o governo queria, mas a extrema-direita tem muita força ainda”, disse Lula.
Como mostrou a CNN, Lula reforço ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), ser contra qualquer proposta de anistia aos envolvidos na depredação da Praça dos Três Poderes.
No encontro com o chefe do Executivo na quarta-feira (3), Alcolumbre não mencionou a proposta, mas o presidente fez questão de ressaltar que, na visão dele, a ideia de perdão atenta contra a democracia e a soberania nacional.
Já o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que esteve em Brasília nesta semana, aproveitou a ocasião para liderar as negociações em prol da anistia. Aliados de Tarcísio
Cotado para concorrer à Presidência da República em 2026, Tarcísio se reuniu ontem com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para tratar do assunto.
Em um jantar que reuniu o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL), e o pastor Silas Malafaia no Palácio dos Bandeirantes na noite de ontem, o governador previu a aprovação da anistia na Câmara e no Senado ainda neste ano.
O trio avaliou que o projeto deve passar na Câmara com mais de 300 votos, o que, na visão deles, tornará a aprovação no Senado inevitável.
O PL divulgou nas redes sociais, nesta 4ª feira (3.set.2025), um vídeo em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A publicação se dá no mesmo dia em que seus advogados fazem a sustentação oral no julgamento em curso no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe.
Na gravação, a sigla afirma que há uma tentativa de “apagar Bolsonaro da cena política” e que o processo é motivado por perseguição política. “É por isso que querem tirá-lo do jogo. Porque ele inspira, porque arrasta multidões, porque incomoda quem não tem os mesmos valores”, diz a mensagem.
A peça também sustenta que a “esperança não pode ser silenciada” e defende que a escolha do povo deve prevalecer: “Eles querem calar o Bolsonaro, mas é o povo que decide. E o Brasil não se curva.”
Em meio ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) pela tentativa de golpe de Estado, o governador São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), assumiu uma posição de liderança nas tratativas sobre uma anistia. A oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Câmara dos Deputados disse esperar que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), “cumpra a palavra” e paute a anistia aos envolvidos nos atos golpistas do 8 de Janeiro, para também beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Durante uma entrevista ao Diário da Grande ABC, na última sexta-feira, dia 29, Tarcísio afirmou que conceder à anistia a Bolsonaro será seu primeiro ato caso seja eleito presidente em 2026. Nesta terça, dia 2, Tarcísio foi a Brasília e se reuniria com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para discutir o assunto. Flávio afirmou que o projeto está quase pronto e será apresentado nos próximos dias. Ele deve contar com o apoio do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) na articulação do tema. Lira se encontrou na segunda-feira, dia 1º, com Bolsonaro.
Esse tema será, segundo a oposição na Câmara, o principal a ser levado para a reunião de líderes dessa terça-feira, 2, que definirá os projetos que devem ser votados em plenário nesta semana. Como mostrou a Coluna do Estadão, porém, não há vontade de lideranças do Centrão em fazer a anistia prosperar.
“Um homem tem palavra. A gente acredita que chegou a hora de ele (Motta) cumprir a palavra”, disse Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara. “Cabe ao Congresso pautar uma pauta que pode pacificar o nosso País.”
Deputados oposicionistas se reuniram no apartamento funcional de Zucco em Brasília para definir estratégias nesta semana. Para eles, o julgamento de Bolsonaro e mais sete réus que o Supremo Tribunal Federal (STF) conduz é um “teatro” de jogo combinado para condenar o ex-presidente e os demais.
Em razão disso, dizem eles, parlamentares não deverão estar massivamente presentes durante todo o julgamento. “A gente sabe que ir para esse julgamento é só assistir a um teatro. A gente tem sim intenção de sim acompanhar a fala do presidente Bolsonaro ou o voto dos ministros”, disse Zucco.
Para a líder da minoria, Caroline de Toni (PL-SC), o início do julgamento marca o “dia da vergonha”. “Que fique marcado o dia de hoje como o dia da vergonha nacional, o dia da plena perseguição e não nos calaremos”, afirma De Toni.
Além da reação na Câmara, a oposição definiu o 7 de Setembro como dia de protestos e de mobilização popular nas ruas. Segundo os parlamentares, haverá manifestações em todas as principais capitais do Brasil.
O segundo dia do julgamento de Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF) começa nesta quarta-feira, 3, às 9h, com a sustentação oral da defesa do general Augusto Heleno, seguida pelos advogados do ex-presidente. A sessão está prevista para terminar às 12h, mas pode se estender por mais uma hora. Isso pois também farão as defesas do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e do ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto. Cada parte terá até 60 minutos para apresentar seus argumentos.
Assim como ocorreu com outros réus no primeiro dia de julgamento, a defesa de Bolsonaro deve reforçar teses já apresentadas anteriormente.
Os advogados Celso Vilardi e Paulo Cunha Bueno apostam em duas frentes. Na processual, especialidade de Vilardi, vão insistir na anulação da delação de Mauro Cid e alegar cerceamento à defesa em razão de prazos reduzidos. O objetivo é explorar supostos vícios processuais capazes de anular a cadeia de provas formada durante o inquérito e a ação penal.
Na frente de mérito, a defesa deve tentar desvincular Bolsonaro dos atos de 8 de janeiro, já que as acusações de deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União nesse episódio são usadas pela PGR para sustentar os crimes mais graves de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
A defesa também deve trazer à tona o princípio da consunção, pelo qual um crime mais amplo pode absorver outro de menor alcance quando praticados no mesmo contexto, e insistir na tese de que os fatos apontados foram meramente preparatórios, portanto não puníveis pelo Código Penal.
A estratégia passa por sustentar que essas hipóteses se deram por meio de instrumentos previstos na Constituição, como as medidas de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o estado de sítio e o estado de defesa.
Após essa etapa, os ministros da Primeira Turma vão decidir se condenam ou absolvem Bolsonaro e os demais réus, acusados de integrar o chamado “núcleo crucial” da trama golpista.
Todos respondem pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.
Além da sessão desta quarta-feira, 3, também estão previstas reuniões no dia 9, de manhã e de tarde, no dia 10, pela manhã, e no dia 12, pela manhã e à tarde. A expectativa é de que os ministros comecem efetivamente a votar no dia 9, com a manifestação de Alexandre de Moraes.
Como foi o primeiro dia de julgamento
O primeiro dia foi marcado pela leitura do relatório de Moraes, que resumiu o caso e aproveitou para dar recados duros, pela manifestação do procurador-geral Paulo Gonet e pelas sustentações das defesas de réus como Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier e Anderson Torres.
Relator do caso, Moraes defendeu a soberania nacional e disse que a Corte “jamais faltou ou faltará” com a coragem para repudiar agressões ao Estado Democrático de Direito diante da “covarde e traiçoeira” tentativa de interferir no julgamento – recado que mirou Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusados de articular pressão internacional contra o Supremo.
Na acusação, Gonet apresentou um parecer técnico, mas contundente. Ressaltou que os fatos descritos pela PGR não são isolados, mas partes de uma trama para manter Bolsonaro no poder, e alertou que deixar de reprimir tentativas golpistas significa favorecer modelos autoritários dentro e fora do Brasil
As defesas, por sua vez, não trouxeram novidades e repetiram pontos já levantados nas alegações finais.
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira (3) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus acusados de envolvimento na suposta tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023. Neste segundo dia, a sessão também está prevista para se estender até às 12h.
O caso está sendo analisado pela Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia.
Na abertura do julgamento, foram apresentadas a leitura do relatório de Moraes e as manifestações da Procuradoria-Geral da República. Também tiveram início as sustentações das defesas, etapa que será concluída nesta quarta-feira. Depois, o tribunal deve avançar para a fase de votos, com Moraes inaugurando a posição dos ministros.
Como foi o primeiro dia de julgamento
O primeiro dia foi marcado pela leitura do relatório de Moraes, que resumiu o caso e aproveitou para dar recados duros, pela manifestação do procurador-geral Paulo Gonet e pelas sustentações das defesas de réus como Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier e Anderson Torres.
Relator do caso, Moraes defendeu a soberania nacional e disse que a Corte “jamais faltou ou faltará” com a coragem para repudiar agressões ao Estado Democrático de Direito diante da “covarde e traiçoeira” tentativa de interferir no julgamento – recado que mirou Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusados de articular pressão internacional contra o Supremo.
Na acusação, Gonet apresentou um parecer técnico, mas contundente. Ressaltou que os fatos descritos pela PGR não são isolados, mas partes de uma trama para manter Bolsonaro no poder, e alertou que deixar de reprimir tentativas golpistas significa favorecer modelos autoritários dentro e fora do Brasil
As defesas, por sua vez, não trouxeram novidades e repetiram pontos já levantados nas alegações finais.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, baixo nível de chuvas exige acionamento de termelétricas, que têm custo de geração mais elevado.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai manter a bandeira vermelha nível 2 para o mês de setembro no Rio Grande do Norte e em todo o Brasil,.
🔎Bandeira Vermelha patamar II significa adicional de R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
O motivo da bandeira 2, segundo a Aneel, é o baixo nível das chuvas, que diminui o reservatório das hidrelétricas e leva ao acionamento das termelétricas, que são mais caras.
A bandeira tarifária sinaliza ao consumidor os custos reais da geração de energia no país. Quando a geração fica mais cara, a cobrança extra é aplicada automaticamente nas contas.
Como funciona o sistema de cores
💡 O sistema de cores da Aneel sinaliza as condições de geração de energia. Se chove pouco e as hidrelétricas geram menos, é preciso acionar usinas termelétricas, que são mais caras.
💡 Para pagar por essas usinas, a Aneel aciona as bandeiras amarela, vermelha 1 ou vermelha 2, com taxas extras na conta de luz.
Saiba quanto custa cada bandeira
Cada bandeira tarifária acionada pela Aneel pode gerar um custo extra ao consumidor:
🟩bandeira verde (condições favoráveis de geração de energia) – sem custo extra;
🟨bandeira amarela (condições menos favoráveis) – R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) utilizado (ou R$ 1,88 a cada 100kWh);
🟥bandeira vermelha patamar 1 (condições desfavoráveis) – R$ 44,63 por MWh utilizado (ou R$ 4,46 a cada 100 kWh);
🟥bandeira vermelha patamar 2 (condições muito desfavoráveis) – R$ 78,77 por MWh utilizado (ou R$ 7,87 a cada 100 kWh).
Veja dicas para economizar
A Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Neoenergia Cosern) deu dicas para economizar na conta de energia:
Ar-condicionado e ventilador
O recomendado é manter a temperatura do aparelho entre 23ºC e 25ºC e programar o desligamento automático durante a madrugada. A outra opção é adquirir aparelhos com a tecnologia Inverter, que possuem melhor uso do compressor. Outro detalhe importante é conferir se a manutenção do aparelho está em dia e limpar filtros e saídas de ar a cada duas semanas.
As recomendações para quem vai comprar um ar-condicionado são de optar por modelos Split, dotados de tecnologia Inverter. Eles são até 60% mais econômicos por adotarem um sistema que não desliga completamente o compressor de ar durante o uso, evitando picos de energia. É essencial identificar a capacidade mais adequada do aparelho para as características do ambiente. A instalação deve ser feita, preferencialmente, em paralelo ao lado de maior dimensão do cômodo e no alto.
Após a refrigeração do espaço, o consumidor pode recorrer aos ventiladores de teto, que são mais econômicos, para circular o ar e manter o clima agradável. Quanto maior a velocidade, maior o consumo.
Chuveiro elétrico
Deve ser mantido desligado ou na opção verão, que consome até 30% menos energia. Além disso, deve-se tomar banhos rápidos, e desligar a água quando estiver ensaboando. Por segurança, a orientação é sempre usar resistências originais, pois as inadequadas podem elevar o consumo de energia e provocar sérios danos à instalação e ao chuveiro, causando risco de acidentes. A troca por aquecedor solar térmico é sempre recomendado.
Um minuto de banho com chuveiro de 5.500 W custa R$ 2,49 o minuto considerando o valor de R$ 1,00/kWh.
Geladeiras
Para evitar o aumento do consumo, deve-se verificar a borracha de vedação e evitar colocar alimentos quentes. Outra orientação é manter o aparelho a pelo menos 10 centímetros de distância da parede, evitando que o calor aumente excessivamente na parte traseira. Deve-se abrir a geladeira o mínimo de vezes possível.
Iluminação natural e uso de LED
É importante manter janelas e cortinas abertas para utilizar a iluminação natural. Utilizar cores claras nas paredes e apagar as lâmpadas dos cômodos desocupados, com exceção daquelas que contribuem com a segurança também é importante. Quando precisar usar lâmpadas, escolher as de LED, que são cerca de 40% mais econômicas. O uso de lâmpadas LED traz uma série de benefícios, além de gerar economia de energia.
Elas possuem maior vida útil, com duração de aproximadamente 25 mil horas, enquanto as lâmpadas fluorescentes duram 15 mil horas. A tecnologia também causa menos impacto ambiental. O LED não possui elementos tóxicos na sua composição, ao contrário das lâmpadas fluorescentes, que possuem mercúrio, gerador de resíduos prejudiciais ao meio ambiente quando essas são descartadas de maneira irregular em rios e aterros.
Aneel mantém bandeira vermelha patamar 2 em setembro
Médicos, familiares e advogados vêm orientando o ex-presidente Jair Bolsonaro a não ir às sessões em que será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a partir de terça-feira, por tentativa de golpe de Estado. A saúde debilitada é o principal argumento usado pelo entorno, que deseja que ele assista remotamente às sessões de casa, onde está em prisão domiciliar desde agosto. A palavra final, no entanto, caberá ao próprio Bolsonaro, que na visão de aliados ainda pode ir ao Supremo como uma “demonstração de força” à militância.
Nos últimos dias, segundo aliados, o ex-presidente teve novas crises de soluços e vômitos em decorrência de uma esofagite. Aliados do ex-presidente, como o secretário-geral do PL, senador Rogério Marinho (RN), líder da oposição na Casa, dizem que sequer vão se inscrever para representar Bolsonaro na sessão que pode traçar o seu futuro.
— Vou acompanhar o julgamento do Senado, sabendo que o relator já prejulgou a ação. Bolsonaro tem o meu apoio e a minha solidariedade. Acredito que a única opção de mudarmos o jogo é no parlamento com a anistia — afirma.
Como ato simbólico, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), deve pedir na reunião de líderes marcada para terça-feira que a anistia aos envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro seja pautada, iniciativa que encontra resistência entre partidos de centro e de esquerda.
Na sexta, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) falou sobre o estado de saúde do pai depois de visitá-lo.
— Está magro, não tem vontade de se alimentar e segue enfrentando intermináveis crises de soluço e vômitos. Dói demais ver tudo isso, mas sinto como obrigação compartilhar um pouco da realidade do momento com todos que estão sofrendo junto conosco — afirmou nas redes sociais.
Bolsonaro e aliados respondem por tentativa de golpe
A ação penal envolvendo o “núcleo 1” da trama golpista inclui, além de Bolsonaro, Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. Eles respondem por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, deterioração de patrimônio público e dano qualificado a patrimônio da União — Ramagem teve a acusação referente aos dois últimos crimes suspensa.
Por causa do julgamento do “núcleo 1” da trama golpista, o STF ampliou o efetivo de agentes e equipes que atuarão internamente e também intensificou a articulação com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, de olho no dia 7 de setembro. As medidas incluem ações coordenadas para monitorar riscos e adaptar estratégias de acordo com a evolução do cenário. O tribunal avalia que a data tem caráter simbólico e carrega o histórico de episódios de tensão em Brasília, como os registrados em 2021 e 2022. Em 2021, houve uma ameaça de invasão por parte de manifestantes que apoiavam Bolsonaro.