Prefeita Nilda celebra formalização do projeto Parnamirim Aeroporto Digital

Uma nova era de desenvolvimento, geração de emprego e produção de conhecimento começa a se formar em Parnamirim. Nesta terça-feira (09), foi formalizada a criação do grupo de entidades parceiras que trabalharão na elaboração e construção do Projeto Parnamirim Aeroporto Digital, uma iniciativa idealizada pela Prefeitura, que tem como objetivo transformar a área do antigo Aeroporto Augusto Severo em um hub de inovação, com foco em tecnologia, pesquisa e desenvolvimento, especialmente no setor aeronáutico. A prefeita Nilda Cruz recebeu os representantes das entidades que irão se integrar ao projeto em uma reunião no Centro Administrativo.

“O Projeto Parnamirim Aeroporto Digital é uma iniciativa visionária e vai mudar a realidade da nossa cidade. Temos um potencial enorme e vamos trabalhar muito para potencializá-lo. Meu coração hoje está repleto de orgulho e gratidão, pois esse é o início da materialização de um sonho. Vamos resgatar o protagonismo da nossa cidade e fazer de Parnamirim uma cidade modelo, que atrai investimentos, consegue reter talentos, produz tecnologia e gera emprego e renda. O futuro é promissor”, projetou a prefeita.

O Projeto Parnamirim Aeroporto Digital será desenvolvido pela Prefeitura em parceria com entidades como a Força Aérea Brasileira, Fiern, Sebrae/RN, Instituto Metrópole Digital, Câmara Municipal, IFRN, Ufersa e UFRN. Após a formalização, nos próximos quinze dias o grupo de trabalho vai fazer uma visita ao prédio do antigo Aeroporto Augusto Severo. Na sequência, os membros iniciarão os debates para definir o modelo de negócios para o projeto. A projeção é que em até cinco anos a iniciativa seja implementada.

O empreendimento chega para se consolidar como um verdadeiro polo de inovação e empreendedorismo. São seis salas de aula, 16 ambientes de startups, sala de treinamentos, laboratórios de informática e tecnologia, auditório com capacidade para 145 pessoas, praça de alimentação com restaurante e dois quiosques, museu, midiateca, sala de projeção de realidade virtual, estúdio de podcast, salas de reuniões e espaços de convivência interno e externo, estacionamento amplo, entre outros ambientes cuidadosamente planejados para impulsionar negócios, ideias e talentos.

Para o secretário municipal de Planejamento e Finanças, Kelps Lima, um dos principais entusiastas do projeto, a força de vontade, a predestinação e o cuidado que a prefeita Nilda vem tendo são diferenciais para o sucesso da iniciativa. Ele destacou ainda as potencialidades de Parnamirim e acredita muito que o Aeroporto Digital seja um grande catalisador do processo de retomada do crescimento da cidade.

“Nos últimos anos, Parnamirim testemunhou uma fuga de investimentos. Com mutia sensibilidade, a prefeita Nilda falou sobre o seu desejo de promover na cidade uma grande ação, aliando geração de emprego e renda, resgate da identidade, valorização da história e fortalecimento da educação. O Aeroporto Digital congrega todas essas características. Hoje demos o primeiro passo em direção a formalização do projeto. Vamos trabalhar de forma equilibrada, dialogando e construindo a melhor proposta para em breve fazer de Parnamirim um polo indutor de conhecimento, educação, tecnologia e inovação”, finalizou.

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‘PF confiável’: diálogos revelam que gabinete clandestino de Moraes recebia ajuda de policiais federais

Conversas de WhatsApp registradas em agosto de 2022 e reveladas nesta semana trazem à tona os bastidores de uma das operações do gabinete clandestino do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Nas conversas, entre o então chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, e a jornalista Letícia Sallorenzo, conhecida como “Bruxa”, expõem como os subordinados do magistrado operavam na campanha eleitoral de 2022.

Pelas mensagens, obtidas com exclusividade pelo jornalista David Ágape, é possível notar como o gabinete clandestino recorria a redes de informantes e tinha infiltrados até mesmo na Polícia Federal (PF), um órgão autônomo e independente.

Em 23 de agosto de 2022, Moraes determinou busca e apreensão contra oito empresários supostamente ligados ao então presidente da República, Jair Bolsonaro. Na época, setores da imprensa revelaram que o ministro usou apenas uma reportagem do site do Metrópoles para justificar a operação. A ação resultou em bloqueio de contas bancárias e suspensão de redes sociais. Um ano depois, já no governo Luiz Inácio Lula da Silva, a investigação seria arquivada para a maioria dos alvos. Restaram apenas Meyer Joseph Nigri e Luciano Hang. O processo segue em sigilo até hoje.

Em meio à troca de mensagens, Letícia Sallorenzo pergunta se o celular de Meyer Nigri, apreendido na operação, estava sob custódia de uma “PF confiável”. Tagliaferro confirma que sim, ao sugerir a existência de uma rede seletiva de delegados e agentes leais ao ministro.

Quem é Letícia Sallorenzo, a “Bruxa”

Letícia Sallorenzo é jornalista formada pela UFRJ, mestre em linguística e atualmente doutoranda pela Universidade de Brasília. Sua pesquisa acadêmica aborda temas como fake news, manipulação discursiva e estratégias de comunicação.

Nas redes sociais, Letícia ficou conhecida como “Bruxa”, apelido que ela própria adotou em perfis digitais. O tom militante, em defesa de ministros do STF e do TSE e contra Bolsonaro, tornou-a voz ativa no debate público.

Em 2022, durante o auge da campanha eleitoral, Letícia passou a atuar como colaboradora informal do TSE, ao manter contato direto com Eduardo Tagliaferro, então chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação. Sua atuação misturava militância digital, proximidade pessoal com figuras do Judiciário e fornecimento de informações privadas, o que a colocou no centro das revelações conhecidas como “Vaza Toga”.

As ilegalidades nos diálogos

1. Falta de legitimidade e cadeia de custódia

  • Toda prova em processo judicial deve respeitar a cadeia de custódia, prevista nos artigos 158-A a 158-F do Código de Processo Penal.
  • Isso significa que qualquer vestígio (como prints, celulares apreendidos ou mensagens) precisa ser coletado, preservado e rastreado desde a origem até sua apresentação em juízo.

2. Uso de colaboradora externa e infiltração

  • Letícia Sallorenzo não tinha cargo oficial no TSE. Mesmo assim, atuava como assessora informal.
  • Isso significa que dados privados de empresários foram entregues diretamente ao gabinete de um ministro, sem passar por investigações formais.
  • A prática viola o devido processo legal e o princípio da impessoalidade administrativa, já que decisões judiciais não podem se basear em informações de militantes ou informantes clandestinos.

3. A “PF confiável”

  • O ponto mais grave aparece quando Letícia pergunta se o celular de Meyer Nigri estava em posse de uma “PF confiável”, e Tagliaferro confirma que sim.
  • Essa frase sugere que havia dentro da Polícia Federal uma rede paralela de agentes.
  • Isso fere a imparcialidade da Polícia Federal, que deve atuar como polícia judiciária da União, e não como braço de confiança de um magistrado.
  • Se confirmado que provas foram manipuladas ou direcionadas por esse grupo, isso pode configurar abuso de autoridade (Lei 13.869/2019), obstrução de justiça e até falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal).

Por Revista Oeste 

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César Maia nega ter sido procurado por Kátia Pires para tramar cassação de Nilda em Parnamirim

Presidente da Câmara de Parnamirim negou articulação com a vice-prefeita sobre cassação de Nilda Cruz e afirmou que denúncia apresentada contra a gestão foi arquivada por não atender requisitos formais.

O presidente da Câmara Municipal de Parnamirim, vereador César Maia (MDB), negou ter sido procurado pela vice-prefeita Kátia Pires (União) para tratar de eventual articulação em torno da cassação da prefeita Nilda Cruz (Solidariedade). Em entrevista  nesta terça-feira 9, César Maia disse que mantém boa relação com Kátia, mas que não tratou desse assunto com a vice-prefeita.

“Não, não. Não teve nenhuma articulação entre a vice-prefeita e o presidente da Câmara Municipal”, afirmou.

No mês passado, Nilda e Kátia romperam politicamente após vir à tona a revelação de que a vice estaria supostamente articulando a cassação da prefeita. Segundo os relatos, Kátia teria procurado vereadores para buscar apoio para que uma denúncia contra a gestão municipal avançasse na Câmara. Com o rompimento, Nilda exonerou Carol Pires e Fábio Falcão, filha e marido de Kátia, das duas secretarias que eles ocupavam. Outros cargos ligados ao grupo da vice-prefeita foram eliminados da gestão.

O presidente da Câmara fez questão de reforçar que não manteve contato sobre o tema. “Eu não tive nenhum contato com a vice-prefeita Kátia Pires. É até importante falar isso, sobre esse processo. Nossa relação é a nível institucional. Tenho amizade, tenho uma boa conversa com Kátia Pires, respeito a pessoa dela, inclusive a sua história política, mas não conversamos sobre isso”, declarou.

Denúncia arquivada

César Maia também comentou sobre a denúncia que estaria no centro da discussão sobre a possível cassação. Ele disse que o documento foi protocolado na Câmara por um cidadão comum. O vereador explicou que o processo foi analisado, mas acabou arquivado por falta de requisitos formais.

“Foi protocolado na Câmara Municipal um processo que tramitou dentro da Câmara, e a gente não pautou porque o Regimento Interno manda que, para pautar um processo desse, a gente precisa cumprir alguns requisitos. Como não cumpria esses requisitos, a gente precisou arquivar”, disse César Maia.

Ele lembrou que Kátia foi vereadora e conhece o Regimento Interno. Por isso, segundo ele, não faria sentido a vice-prefeita procurá-lo para tratar da cassação porque ela saberia que a denúncia não teria como seguir adiante. “Se fosse o caso (de ela ter procurado), Kátia foi vereadora por cinco mandatos. Ela é detentora do conhecimento do Regimento Interno da Câmara Municipal”, declarou César Maia.

O presidente frisou que não há provas de que a denúncia partiu da vice-prefeita. “O dado que nós temos é justamente esse documento que foi protocolado na Câmara Municipal, mas foi um cidadão de Parnamirim identificado, qualificado dentro do processo. Não posso afirmar se foi realmente a vice-prefeita que estava conspirando”, pontuou.

De acordo com ele, o material apresentado não tinha consistência. “A denúncia é uma denúncia que ele juntou basicamente informações de rede social, não tinha nada concreto. Os vereadores tiveram conhecimento desse processo, a gente deu publicidade dentro da Câmara Municipal, tramitando junto aos procuradores para que a gente também tivesse a segurança jurídica de que estávamos fazendo dentro da legalidade”, explicou.

César Maia reforçou que a decisão seguiu critérios técnicos. “Não há segredo para administrar: a gente tem um Regimento Interno dentro da Câmara, e a gente precisa cumprir. É a Casa que faz as leis. Nada mais justo do que você cumprir a maior lei que nós temos, que é o Regimento Interno da Câmara Municipal”, completou.

por Agora RN

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Moraes vota para condenar Bolsonaro e outros sete por tentativa de golpe de Estado

Ministro pediu a condenação do ex-presidente e de outros sete réus por crimes como organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta terça-feira 9 pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus por tentativa de golpe de Estado. O julgamento ocorre na Primeira Turma da Corte e deve ser concluído até sexta-feira 12.

Além de Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar, são réus: Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

Os oito respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Moraes afirmou que Bolsonaro liderou uma organização criminosa que tinha “um projeto autoritário de poder” e tentou impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para o ministro, existem provas “cabais” da tentativa de golpe.

Entre os elementos apresentados, Moraes citou:

  • Live de julho de 2021 – “Todas as mentiras criminosas feitas na live eram disseminadas pelas milícias digitais. A live foi mais um ato executório.”
  • Reunião ministerial de 5 de julho de 2022 – “A reunião ministerial agravou a atuação contra o Estado Democrático de Direito. Tudo isso constou da minuta do golpe — prisões, fechamento do TSE, gabinete pós-golpe.”
  • Encontro com embaixadores em 18 de julho de 2022 – “Essa reunião talvez entre para a história como um dos momentos de maior entreguismo nacional, preparatória para uma tentativa de retorno à posição de colônia brasileira, só que não mais em Portugal.”
  • Ações da PRF no 2º turno de 2022 – “A cronologia comprova a ilicitude dessa conduta, liderada por Bolsonaro, com participação de Anderson Torres. Aqui a cronologia mostra o absurdo total e o desespero desse grupo criminoso.”
  • Documento “Punhal Verde e Amarelo” – “Se pretendia matar o presidente eleito da República. Não é possível banalizar esse retorno a momentos obscuros da nossa história. A prova é farta: o documento Punhal Verde e Amarelo foi impresso no Palácio do Planalto em 9 de novembro.”

O ministro também mencionou o encontro do general Mário Fernandes com Bolsonaro logo após imprimir o plano. “Não é crível achar que ele imprimiu, foi ao Alvorada, ficou uma hora e seis minutos com o presidente e fez barquinho de papel com o plano. Isso seria ridicularizar a inteligência do tribunal.”

Outro ponto foi o áudio gravado por Mário Fernandes e enviado a Mauro Cid. “Não há prova mais cabal além desse áudio. Todas as alegações do colaborador Mauro Cid foram confirmadas por reuniões, impressões dos planos e por esse registro patente da participação do líder da organização criminosa.”

Sobre as minutas golpistas, Moraes disse: “A organização já tinha decidido pelo golpe — só faltava definir os termos do golpe.”

O ministro também lembrou os atos violentos ocorridos em Brasília. “Nós estamos esquecendo aos poucos que o Brasil quase voltou a uma ditadura que durou 20 anos, porque uma organização criminosa constituída por um grupo político não sabe perder eleições.”

Os demais ministros da Primeira Turma — Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente do colegiado — ainda irão votar.

por Agora RN

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Hugo Motta defende equilíbrio e pacificação em publicação nas redes sociais sobre 7 de Setembro

Publicação é deste domingo (7), mesmo dia em que o presidente da Câmara participou das celebrações da independência do Brasil ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Hugo Motta faz publicação sobre o 7 de Setembro — Foto: Reprodução/Instagram

Hugo Motta faz publicação sobre o 7 de Setembro — Foto: Reprodução/Instagram

O presidente da Câmara, Hugo Motta, publicou neste domingo (7) em suas redes sociais um vídeo defendendo o equilíbrio e a pacificação do país. A publicação faz referência ao 7 de Setembro.

“Todo mundo conhece o grito que marcou a nossa história. Mas, hoje, num Brasil tão dividido, qual é o verdadeiro grito de independência que a gente precisa dar? A verdadeira independência é ter equilíbrio”, afirmou Motta.

Segundo Motta, o equilíbrio é necessário para abraçar as boas ideias, independentemente de onde elas vierem: esquerda, direita ou centro. Ele ainda ressaltou o momento polarizado em que o país vive (leia mais abaixo).

“Em um país que mais parece um campo de batalha, ter independência é escolher não lutar uma guerra de narrativas, mas sim trabalhar para entregar o resultado”, completou o presidente da Câmara.

Hugo Motta também ressaltou a importância da independência do Brasil no contexto dos projetos que estão sendo discutidos e foram aprovados pela Câmara.

A publicação foi feita neste domingo, mesmo dia em que Motta participou das celebrações da independência do Brasil ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Esplanada dos Ministérios.

Na presença de Motta, parte do público gritou “sem anistia”, em referência à proposta que está sendo costurada no Congresso para anistiar envolvidos na tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.

Pressão por anistia

Motta tem sofrido fortes pressões da oposição para pautar a proposta. A anistia é a principal bandeira dos oposicionistas e um tema dominante na Câmara e no Senado neste segundo semestre.

A ideia da oposição é livrar das penas não só as pessoas comuns envolvidas nos atos golpistas que culminaram dos ataques de 8 de janeiro, mas também os políticos envolvidos em investigações — como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A discussão ganhou força nos últimos dias com o julgamento da Trama Golpista na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em que Bolsonaro e ex-assessores e militares são réus por golpe de Estado.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto por violar medidas restritivas impostas anteriormente. Se for condenado, pode pegar até 43 anos de prisão. Ele também está inelegível, porque foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político.

O PL, partido de Bolsonaro, é o principal interessado, e o Centrão também está endossando a medida de anistia. A aliança formada por União Brasil e PP, que tem maior bancada na Câmara, anunciou o desembarque do governo Lula recentemente para aderir à campanha da anistia.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que é do Republicanos, esteve em Brasília para tentar convencer Motta a colocar o tema em votação.

Não se sabe ainda qual texto seria votado. Um dos pontos em discussão é o alcance da possível anistia: se ela valeria apenas para quem já foi condenado pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 ou se alcançaria também o ex-presidente e seus aliados que estão sendo julgados no STF.

O presidente Lula e o presidente da Câmara, Hugo Motta, participam do desfile do 7 de Setembro em Brasília — Foto: Adriano Machado/Reuters

O presidente Lula e o presidente da Câmara, Hugo Motta, participam do desfile do 7 de Setembro em Brasília — Foto: Adriano Machado/Reuters

Por Redação g1 — Brasília

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Sem ministros do STF e com Motta na tribuna, Lula participa de desfile do 7 de Setembro em Brasília

Evento começou por volta das 9h, na Esplanada, em Brasília. Na presença do presidente da Câmara, parte do público gritou ‘sem anistia’, em referência a projeto que está sendo costurado no Congresso.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou na manhã deste domingo (7) do desfile de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Lula chegou por volta das 9h04 ao local e desfilou em carro aberto ao lado da primeira-dama, Janja da Silva.

A cerimônia contou com a presença dos chefes das Forças Armadas, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e de ministros do governo, entre eles Rui Costa (Casa Civil), Ricardo Lewandowski (Justiça), Simone Tebet (Planejamento) e Marina Silva (Meio Ambiente).

Ministro com boné ‘Brasil Soberano’

O ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), também esteve presente na ocasião, e chegou a colocar o boné “Brasil Soberano” entregue pelo governo no evento. O ministro é do partido União Brasil, que desembarcou do governo na semana passada.

Sabino tem feito um esforço nos bastidores para tentar se manter no cargo por mais tempo. Ele está sendo pressionado pela cúpula do União Brasil a deixar o ministério depois que o partido antecipou a discussão para o desembarque do governo.

O ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), também participou da cerimônia. Ele é outro ministro que integra partido que decidiu deixar a base do governo.

O presidente Lula e o presidente da Câmara, Hugo Motta, participam do desfile do 7 de Setembro em Brasília — Foto: Adriano Machado/Reuters

O presidente Lula e o presidente da Câmara, Hugo Motta, participam do desfile do 7 de Setembro em Brasília — Foto: Adriano Machado/Reuters

Lula desfila em carro aberto ao lado da primeira-dama, Janja da Silva. — Foto: Ricardo Stuckert/ Presidência da República

Lula desfila em carro aberto ao lado da primeira-dama, Janja da Silva. — Foto: Ricardo Stuckert/ Presidência da República

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Atos de 7 de Setembro: Direita pede anistia; esquerda defende soberania

Manifestações revelam embate entre visões opostas sobre democracia e rumos do país

O 7 de Setembro foi marcado por manifestações em diversas capitais do país, com grupos da direita e da esquerda ocupando espaços públicos para defender pautas opostas.

Enquanto apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediram anistia e atacaram o Supremo Tribunal Federal (STF), movimentos sociais e parlamentares da esquerda reforçaram bandeiras como justiça social, soberania nacional e enfrentamento à desigualdade.

Em Brasília, o ato bolsonarista reuniu parlamentares como Jaime Bagattoli (PL-RO), Zé Trovão (PL-SC), Mario Frias (PL-SP), Alberto Fraga (PL-DF), Damares Alves (Republicanos-DF) e Bia Kicis (PL-DF). Os discursos foram marcados por críticas ao STF e ao julgamento da chamada “trama golpista”, que apura a tentativa de Bolsonaro e aliados de reverter o resultado das eleições de 2022.

“Bolsonaro não cometeu nenhum crime. Eleição sem Bolsonaro é golpe”, disse Mario Frias. Bia Kicis afirmou: “Somos a voz do Bolsonaro. Somos o exército da liberdade e justiça”. Um áudio breve de Michelle Bolsonaro foi tocado no carro de som, e os presentes denunciaram o que chamam de perseguição política.

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No Rio de Janeiro, a manifestação se concentrou na orla de Copacabana, com bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos. Participaram do ato o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e o governador Cláudio Castro (PL-RJ). Flávio afirmou que o evento é uma resposta política ao julgamento em curso no Supremo.

Em São Paulo, apoiadores de Bolsonaro se reuniram na Avenida Paulista, reforçando críticas ao Judiciário e pedindo liberdade para os condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes.

Do outro lado, movimentos sociais, sindicatos e partidos de esquerda promoveram atos em defesa da soberania nacional, justiça social e taxação dos super-ricos. Em Brasília, o Grito dos Excluídos reuniu manifestantes entre o Setor Bancário Sul e a plataforma superior da Rodoviária, com concentração na Praça Zumbi dos Palmares, no Conic. O tema deste ano foi “Vida em Primeiro Lugar”.

As pautas incluíram a regulamentação da jornada 6×1, a realização de um plebiscito popular e demandas por mais atenção a idosos, mulheres, negros e pessoas em situação de rua.

O ato também contou com atividades culturais, como música ao vivo, poesia, rodas de capoeira e teatro. Martinha do Coco, um dos principais nomes do carnaval de Brasília, era esperada no evento.

A organização aguardava a presença do ministro Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência), da deputada federal Erika Kokay (PT-DF) e dos deputados distritais Fábio Félix (PSOL) e Gabriel Magno (PT).

O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que enfrenta um pedido de cassação e fez greve de fome contra a decisão, participou com o filho no colo. Sua esposa, a deputada Samia Bonfim (PSOL-SP), esteve no ato em São Paulo.

“Quem tem a capacidade de definir o rumo do nosso país são aqueles e aquelas que escolhem as ruas como instrumento principal de luta”, afirmou Glauber.

Na capital paulista, o ato ocorreu na Praça da República, com o lema “Quem manda no Brasil é o povo brasileiro”. As lideranças presentes denunciaram medidas recentes do governo dos Estados Unidos — sob Donald Trump — como sanções de visto e tarifas comerciais, que, segundo os organizadores, têm relação com o julgamento de Bolsonaro.

Outro núcleo do Grito dos Excluídos se reuniu na Praça da Sé, com foco na população em situação de rua. Os manifestantes distribuíram café da manhã e denunciaram a fome, a violência policial, o racismo estrutural e as desigualdades econômicas.

O evento foi marcado por faixas e cartazes com mensagens como “Todas as formas de vida importam, mas quem se importa?” e “Liberdade religiosa”.

Entre os presentes estavam Guilherme Boulos (PSOL-SP), Luiz Marinho (PT-SP) e outras lideranças de centrais sindicais. As pautas incluíram a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a redução da jornada de trabalho sem corte salarial.

por CNN

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Famílias sem-teto do MLB ocupam antiga sede da Tributação na Praça do Estudante

Imóvel está localizado na Praça do Estudante, na Cidade Alta, e pertence à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Famílias sem-teto ocuparam, na madrugada deste domingo 7, mais um prédio abandonado no Centro de Natal. O imóvel fica na Praça do Estudante, na Cidade Alta, e pertence à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O local abrigou a Secretaria Municipal de Tributação até 2015 e, desde então, está sem uso.

A ocupação foi organizada pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), como parte de uma jornada nacional de ocupações em dezenas de cidades brasileiras no Dia da Independência (7 de Setembro).

Local abrigou a Secretaria Municipal de Tributação até 2015 e, desde então, está sem uso – Foto: Eduarda Catunda / MLB

Segundo o movimento, a escolha da data, feriado da Independência do Brasil, teve como objetivo questionar a realidade do país. “Que independência é essa, se nosso povo ainda vive em insegurança alimentar e milhões de famílias não têm casa própria?”, declarou o MLB em nota.

De acordo com a entidade, o déficit habitacional em Natal chega a quase 50 mil famílias, que vivem de aluguel, de favor em casas de parentes ou em situação de rua.

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Ocupação foi organizada pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) – Foto: Eduarda Catunda / MLB

O grupo também relacionou a ação à solidariedade internacional. Ao nomear o espaço como “Ocupação Palestina Livre”, o MLB afirmou que busca reafirmar a luta do movimento com a luta dos povos do mundo por justiça social e soberania. Em nota, o movimento disse que “o povo palestino tem sofrido um genocídio diante dos olhos de toda humanidade, pela extrema direita fascista de Israel e pelo imperialismo dos Estados Unidos”.

por Agora RN

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Desfile da Independência reúne 2,5 mil integrantes das Forças Armadas e de Segurança VEJA FOTOS:

Depois da passagem das escolas no Desfile de 7 de Setembro, na Praça Cívica, foi a vez da passagem das Forças Armadas e Forças de Segurança. Ao todo, são 2,5 mil integrantes. O evento, que é acompanhado por autoridades políticas como o prefeito de Natal, Paulinho Freire, e da governadora Fátima Bezerra, começou às 9h, trazendo uma novidade que representa um passo importante para a representatividade feminina nas Forças Armadas.

O pelotão de Fuzileiros Navais levou para o evento, pela primeira vez, cinco mulheres dentre os combatentes anfíbios. Nicolly Araujo de Carvalho, Ana Carolyna Pôncio de Souza, Lorena Pacifico da Silva, Maria Luiza dos Santos Lima e Gabrielly Barbosa Mendes da Silva participaram do momento histórico. Segundo a Marinha, o acontecimento marca mais um passo significativo em relação à integração feminina nas forças militares.

O público respondeu com elogios. “O desfile das mulheres deixou tudo ainda mais bonito. É a primeira vez que venho para o 7 de Setembro. Sou de Ceará-Mirim, estou com meu filho e meu esposo, então, estou aproveitando para acompanhá-los, ver o desfile e prestigiar as mulheres”, descreveu a auxiliar de serviços gerais Cleubia Felipe, de 47 anos.

A pasteleira Ediana Pedro, de 52 anos, celebrou a passagem das mulheres fuzileiros pela avenida. “A participação delas já deveria ter acontecido. Isso é muito importante para que todas nós tenhamos mais oportunidade e para que haja igualdade com os homens”, disse Ediana, que foi ao cortejo acompanhar também o filho, que desfilou pela Marinha.

Em 2024, a primeira turma com mulheres soldados Fuzileiros Navais iniciou formação, marcando um momento histórico para as Forças Armadas brasileiras. A presença feminina reafirma o compromisso da Marinha em promover a incorporação das mulheres em suas fileiras, consolidando a igualdade de oportunidades na Força Naval.

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Cerca de 5 mil pessoas estão envolvidas no evento deste domingo (7), dos quais 2,5 mil são das Forças Armadas e Forças de Segurança, 800 integrantes são de instituições civis e mais de 1,7 mil estudantes são alunos de escolas municipais, estaduais e privadas. Além das unidades de ensino, já passaram pela avenida integrantes da Marinha, Aeronáutica, Exército e Polícia Militar.

Confira os registros do fotógrafo Magnus Nascimento:

por Tribuna do Norte

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“O nosso plano é o Bolsonaro candidato”, afirma Valdemar Costa Neto

Presidente do PL descarta plano B e defende anistia aos réus do 8 de Janeiro

À frente do maior partido do Congresso, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que aposta no retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro à disputa eleitoral em 2026. “Não temos plano B. O nosso plano é o Bolsonaro candidato”, disse em entrevista ao Correio Braziliense.

Valdemar defendeu a aprovação da anistia aos réus do 8 de Janeiro e declarou ter certeza de que haverá 300 votos para aprovar o projeto que isenta os envolvidos de punição. “Todos (congressistas) têm o mesmo interesse na próxima eleição. O centro estará junto com a direita, e nós vamos ganhar a Presidência da República”, afirmou.

“Eu acho que quando a anistia vier, vai vir para valer, e o Bolsonaro vai poder ser candidato”, falou.

Críticas ao STF

O dirigente criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que a anistia seria justa. “Eles (réus do 8 de Janeiro) estão sendo processados em uma instância incorreta. Eles estão processando no Supremo, mas teriam que estar processando todo esse pessoal na primeira instância”, argumentou.

Liderança de Bolsonaro

Segundo Valdemar, a direita seguirá unida em torno do ex-presidente ou de um nome indicado por ele. “Quem vai decidir quem será o nosso candidato do PL, ou apoiado pelo PL, vai ser o presidente Bolsonaro, porque ele colocou o nosso partido no patamar em que estamos hoje”, declarou.

Para o presidente do PL, mesmo em caso de impedimentos jurídicos, Bolsonaro continua sendo referência política. “O Bolsonaro já virou um mito. Você só vê assunto de Bolsonaro na televisão, mesmo com a imprensa martelando contra ele. Bolsonaro vai ser lembrado daqui a 30, 40 anos, não tenha dúvida disso”, disse.

Eleições de 2026

Valdemar também projetou o desempenho da legenda no próximo pleito. “Tenho certeza de que em 2026 nós vamos fazer a maior bancada no Senado e a maior bancada na Câmara. Vamos continuar nosso trabalho. Nós temos que ter um entendimento, não podemos viver constantemente nessa briga, nessa guerra. Isso não é bom para o país. Nós queremos paz, queremos tocar o país para a frente”, concluiu.

por Agora RN

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Mudança no IR pode zerar imposto para quem ganha até R$ 5 mil e beneficiar quem ganha até R$ 7.350

Mudança no IR pode zerar imposto para quem ganha até R$ 5 mil e beneficiar quem ganha até R$ 7.350

As mudanças no Imposto de Renda em análise no Congresso Nacional poderão beneficiar diretamente trabalhadores com carteira assinada que recebem até R$ 7.350 por mês. Pela proposta, haverá um desconto variável que zerará a cobrança para rendas de até R$ 5 mil. Acima desse valor, o desconto será decrescente até desaparecer na faixa de R$ 7 mil, na versão do governo, ou R$ 7,35 mil, conforme o texto do relator, deputado Arthur Lira (PP-AL).

“É quase um salário a mais [por ano]. Só que, daí por diante, por conta da progressividade do IR, os ganhos vão diminuindo até R$ 7.350. Acima disso, não há mudança. Quem ganha R$ 4 mil, vai ter pouco mais de 1/3 de ganho [37% do salário a mais por ano]”, explicou Welinton Mota.

A Câmara dos Deputados aprovou um requerimento de urgência para o projeto que altera as regras do Imposto de Renda. Com isso, o texto, que já passou por uma comissão especial, poderá ser votado diretamente pelo plenário.

Arthur Lira afirmou que a alteração pode beneficiar cerca de 500 mil brasileiros. Ele disse ainda que a medida visa assegurar a “neutralidade” da proposta.

Se for aprovada, a mudança entrará em vigor em 2026. Nesse cenário, aproximadamente 10 milhões de contribuintes deixariam de pagar o imposto. Segundo estimativa do Ministério da Fazenda, 26 milhões de declarantes — 65% do total — ficariam isentos. No conjunto da população brasileira, 87% não pagariam o IRPF.

O governo federal apresentou a proposta em março. A faixa de isenção seria ampliada de R$ 3.036, valor equivalente a dois salários mínimos, para R$ 5 mil mensais a partir de 2026.

Além disso, está prevista isenção parcial para rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7 mil mensais, ou até R$ 7,35 mil na proposta do relator.

Para compensar a perda de arrecadação, o governo pretende criar uma taxação sobre pessoas com renda superior a R$ 50 mil por mês, o que equivale a R$ 600 mil por ano. O projeto prevê ainda que a cobrança sobre dividendos de pessoa física e empresa não ultrapasse 34% no caso das empresas e 45% para instituições financeiras.

por Agora RN

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Complexo Turístico da Redinha passa a se chamar “Governadora Wilma de Faria”

O Complexo Turístico da Redinha, localizado no bairro da Redinha, zona Norte de Natal, foi denominado oficialmente como “Governadora Wilma de Faria”. A mudança está oficializada na edição do Diário Oficial do Município (DOM) desta sexta-feira (5), após a sanção do prefeito da capital, Paulinho Freire (União Brasil).

A nomeação é uma homenagem à ex-governadora do Rio Grande do Norte e ex-prefeita de Natal, Wilma de Faria. De autoria do vereador Aldo Clemente (PSDB), o Projeto de Lei Nº 7.931/2025 foi aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal. “Por se tratar de um complexo que efetivamente impulsionará o turismo local, nada mais justo que denominá-lo de ‘Governadora Wilma de Faria’’, disse.

“Homenagem a uma das grandes incentivadoras do turismo de Natal e do Estado do Rio Grande do Norte, que contribuiu sobremaneira para o desenvolvimento da região da Redinha com o seu empenho em construir a ‘Ponte de Todos Newton Navarro’”, acrescentou o parlamentar.

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Sobre Wilma de Faria

Nascida em Mossoró, no Oeste do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria iniciou sua carreira política em 1979, quando comandou o Movimento de Integração e Orientação Social (MEIOS) durante a gestão do então governador Lavoisier Maia, com quem era casada na época.

Em 1983, no governo de José Agripino, assumiu a Secretaria de Trabalho e Assistência Social do Estado. Três anos depois, em 1986, foi eleita deputada federal. Em 1988, tornou-se prefeita de Natal, cargo para o qual foi reeleita em 1996 e 2000.

Em 2002, renunciou à Prefeitura para disputar o Governo do Rio Grande do Norte. Eleita, fez história como a primeira mulher a governar o estado e conseguiu a reeleição em 2006. Em março de 2010, deixou o cargo de governadora para concorrer ao Senado, mas terminou em terceiro lugar.

Dois anos depois, em 2012, foi eleita vice-prefeita de Natal na chapa de Carlos Eduardo. Já em 2016, disputou as eleições municipais para vereadora e conquistou uma cadeira na Câmara Municipal.

Wilma de Faria faleceu em 15 de junho de 2017, aos 72 anos, vítima de câncer, durante o exercício de seu mandato como vereadora em Natal.

por Tribuna do Norte

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Covid-19 não desapareceu e casos continuam ocorrendo, alerta médico

O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alberto Chebabo, alertou nesta sexta-feira (5) que há um cenário no Brasil no qual a covid-19 continua acontecendo. 

“Obviamente não com o mesmo impacto do período da pandemia, mas ela não desapareceu. No momento, vivemos um aumento de casos em várias cidades brasileiras”, disse em uma das mesas da 27ª Jornada Nacional de Imunizações, na capital paulista. 

Com o mote Vacinando gerações: um compromisso de todos, o evento, organizado pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), contou com 90 atividades e palestrantes brasileiros e estrangeiros.

Segundo Chebabo, no momento a covid-19 atinge populações muito específicas, principalmente crianças abaixo de 2 anos de idade, que não foram expostas ao vírus e que, se não forem vacinadas, serão impactadas de forma semelhante ao que ocorreu na pandemia, aumentando o risco de complicação e de internação hospitalar. 

“Hoje, dois terços das crianças internam. Em 2024, por exemplo, foram 82 óbitos de crianças. É um número bastante expressivo, considerando que são crianças acometidas por uma doença que é imune e prevenível por vacina”, alertou.

Os idosos acima de 60 anos de idade também são uma população sensível aos riscos da covid-19, já que com o próprio envelhecimento do sistema imune, o organismo perde a capacidade de resposta e de proteção. 

“Essa população é a de mais risco de complicações e óbito. A maior parte dos óbitos acontece na população dos mais idosos. As gestantes também estão no grupo dos mais suscetíveis e sua vacinação é importante porque também protege a criança até que ela tenha a idade para conseguir ser revacinada”, explicou.

“Como estratégia de saúde pública, com os recursos financeiros que temos, talvez ela não seja importante para a maioria da população, mas para alguns grupos é fundamental. Então, para os idosos, para os imuno-suprimidos, para reduzir o risco de complicações, internação hospitalar e morte, a testagem é fundamental”, defendeu.

No caso dos grupos que já foram vacinados e têm menor risco de complicações, Chebabo recomenda como medida individual, caso a pessoa queira, fazer o teste na farmácia ou no laboratório. A ação vale para avaliar uma possível associação em caso de complicações futuras, facilitando o entendimento do quadro de saúde.

Vacinas combinadas

Segundo o professor de epidemiologia na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Expedito Luna, a comunidade científica tem discutido a possibilidade de combinar a vacina contra influenza com a vacina contra a covid-19, o que permitiria que as pessoas ficassem imunizadas com apenas uma vacina. Entretanto, segundo ele, alguns obstáculos ainda apontam que por enquanto ainda não há essa possibilidade.

“No caso da gripe, as vacinas são atualizadas todo ano. Para o mundo, duas vezes por ano, porque tem uma vacina para o Hemisfério Sul e outra para o Hemisfério Norte. Esse processo foi pactuado entre a Organização Mundial da Saúde, de forma que, mesmo com indústrias diferentes, concorrentes entre si, elas produzem a mesma vacina todo ano, porque elas seguem a recomendação de composição da vacina que é padronizada pela OMS”, explicou.

De acordo com Luna, o vírus do SARS-CoV-2 tem uma taxa de mutação muito alta, assim como o vírus da influenza, porém na influenza já se conhece o comportamento, que é sazonal, permitindo que a vacinação seja feita antes do período de maior incidência. 

“Com relação à covid-19, tudo isso é muito recente e o dado mundial nos mostra que ela ainda não tem esse comportamento sazonal claro. Aqui no Brasil, estamos vendo dois picos no ano. Então, não valeria a pena termos uma vacina que tem as duas coisas juntas, quando os vírus ocorrem separadamente”, observou.

Luna lembrou que a política atual do Ministério da Saúde recomenda para os grupos de risco para a covid-19 duas doses da vacina por ano, uma a cada 6 meses, o que seria complicado se a vacina fosse combinada. 

“Com essas evidências, se estivesse na posição de decidir pelo Brasil, eu decidiria não usar a vacina combinada, continuar com as duas separadas, que dá mais oportunidades de ganhos tanto para uma quanto para outra”, disse.

Dados recentes da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), que reúne empresas responsáveis por mais de 85% do volume de exames realizados na saúde suplementar do Brasil, apontam aumento dos casos de covid-19 no país nas últimas dez semanas de referência. O índice de positividade chegou a 13,2%, o maior desde março deste ano.

Segundo o patologista clínico e líder do Comitê Técnico de Análises Clínicas da Abramed, Alex Galoro, a alta da covid-19 é explicada pela queda natural dos anticorpos e pelo surgimento de variantes, mesmo em uma população já imunizada.

“As infecções respiratórias têm comportamento cíclico, influenciadas pela transmissibilidade e pela imunidade da população. O inverno favorece aglomerações em ambientes fechados, o que aumenta a transmissão. Porém, a imunidade, gerada por infecções prévias e pela vacinação, ajuda a evitar grandes aumentos”, explicou.

por Agência Brasil

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Messi coloca em dúvida sua participação na Copa do Mundo de 2026

Aos 38 anos, Lionel Messi ainda não sabe se disputará a Copa do Mundo de 2026. Após uma emocionante despedida da seleção argentina jogando em casa, o atacante evitou confirmar sua presença no Mundial e disse que, “pela lógica”, em razão de sua idade, não deveria disputar o torneio nos Estados Unidos, no Canadá e no México.

“No momento, não sei se poderei jogar a próxima Copa do Mundo. Pela minha idade, o mais lógico é que isso não aconteça. Mas, bem, já estamos lá, estou animado, com vontade. Mas, como sempre disse, vou dia a dia e jogo a jogo”, declarou Messi, na saída de campo após a vitória argentina sobre a Venezuela por 3 a 0 no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires.

Messi confirmou que a partida foi a sua última oficial com a camisa da Argentina em casa. “Neste ano tivemos muitos jogos, muitos consecutivos, um após o outro. Agora, depois de ficar alguns dias parado, voltei e senti um pouco o peso. Felizmente, consegui jogar três partidas seguidas, e é isso, ir dia a dia, sentir as sensações. O que está claro é que hoje foi o último jogo por pontos aqui.”

Ao ser questionado sobre o futuro, ele voltou a se esquivar e não deu uma resposta definitiva. “Agora é dia a dia, tentando me sentir bem e, acima de tudo, ser sincero comigo mesmo. Quando me sinto bem, aproveito. E se não estou bem, a verdade é que passo mal, prefiro não estar. Então, nada, vamos ver.”

Atual campeã mundial, a Argentina assegurou sua vaga na Copa de 2026 com antecedência e já garantiu o primeiro lugar das Eliminatórias Sul-Americanas, dez pontos à frente do segundo colocado, a seleção brasileira.

Estadão Conteúdo

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