Vazamento no CNJ expõe dados cadastrais de chaves Pix de 11 milhões de pessoas; senhas não foram reveladas

Em nota, o Banco Central afirmou que o vazamento ‘não permite movimentações de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras’.

O Banco Central e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) confirmaram nesta quarta-feira (24) que houve um acesso indevido a dados vinculados a chaves Pix no sistema Sisbajud, ferramenta de busca de ativos operada pelo CNJ em parceria com o Banco Central. O incidente de segurança ocorreu nos dias 20 e 21 de julho e afetou dados cadastrais de 11.003.398 pessoas.

Segundo os dois órgãos, não houve vazamento de dados sensíveis, como senhas, saldos, extratos bancários ou informações protegidas por sigilo bancário. As informações expostas foram exclusivamente de natureza cadastral: nome do titular, chave Pix, instituição financeira, número da agência e número da conta.

Em nota, o Banco Central afirmou que o vazamento “não permite movimentações de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras”. O CNJ, por sua vez, informou que o problema foi “imediatamente identificado e corrigido”, e que o sistema voltou a funcionar normalmente após a adoção das medidas de segurança.

A Polícia Federal e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) foram oficialmente comunicadas sobre o ocorrido.

Riscos e recomendações

Apesar de os dados expostos não permitirem movimentações financeiras, o CNJ alertou que a exposição de dados cadastrais representa riscos potenciais, como tentativas de golpes e fraudes. Por isso, o órgão recomenda que os usuários fiquem atentos a comunicações suspeitas e reforcem os cuidados com segurança digital.

O CNJ ressaltou que não entra em contato com os afetados por meio de SMS, e-mail ou chamadas telefônicas, e que irá disponibilizar em seu site oficial um canal exclusivo para que cidadãos consultem se foram impactados pelo vazamento.

O incidente ocorre em um contexto de atenção crescente à proteção de dados no país, especialmente após a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O artigo 48 da LGPD prevê que os responsáveis por dados pessoais devem comunicar incidentes de segurança que possam acarretar risco ou dano relevante aos titulares.

por TV Globo — Brasília

Compartilhe

Flávio Bolsonaro diz que sanção a Motta e Alcolumbre pode atrapalhar oposição

Ao chegar ao Brasil nesta quarta-feira (23/7), após viagem a Portugal, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que uma possível sanção do governo dos Estados Unidos (EUA) ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), poderia atrapalhar o andamento das pautas da oposição no Congresso.

A fala do parlamentar vem após o governo Trump cogitar a possibilidade de sanções a Motta e Alcolumbre, como noticiou a coluna Paulo Cappelli, do Metrópoles. Flávio acredita que uma das razões que possa ter levado o governo Trump a avaliar as sanções foi uma possível omissão de Alcolumbre sobre pautar a votação do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Eu acho que pode atrapalhar dependendo de como vai ser a reação do presidente Davi (…) Eu sou sempre do diálogo de construir, de conversar. Mas quando há uma intransigência e nada mais pode ser feito, eu só enfatizo de novo. É uma possibilidade que pode ser que esteja lá na mesa do Trump, mas a gente não tem nenhum controle sobre isso”.

Na visão do parlamentar, uma possível sanção de Mota e Alcolumbre poderia gerar um “espírito de corpo” dos presidentes do Senado e Câmara ao ministro Alexandre de Moraes. “Como está sendo sancionado também, você, então… Vamos estar juntos, vamos nos proteger”, disse Flávio sobre uma eventual aproximação de Mota, Alcolumbre e Moraes.

O senador protocolou nesta quarta um novo pedido de impeachment contra Moraes no Senado.

O filho “01” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) alega que as medidas cautelares impostas contra o ex-chefe do Executivo no inquérito que investiga supostos crimes contra a soberania nacional configuram “censura prévia”, “extrapolam em muito os limites que regem o exercício da jurisdição penal” e são crime de responsabilidade.

por Metrópoles

Compartilhe

Trump diz que tarifa de 50% é para países que não têm se dado bem com EUA

Líder americano afirmou que nações que são alvos de taxações maiores são “fechadas” para negociações

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (23) que a taxa de 50% é para países que não têm se dado bem com EUA.

“Então, simplesmente dizemos: vamos pagar 50%. É assim que funciona”, disse o republicano em um evento em Washington.

O líder americano detalhou ainda que tem tarifas simples e diretas, entre 15% e 50%, e disse que nações que são alvos de taxações maiores são “fechadas” para negociações. Ele afirmou que os EUA cobrariam tarifas diretas da “maior parte do resto do mundo”, sem especificar novas medidas.

“A abertura de um país é muito importante para nós. Temos vários países que abriram suas portas. Acabamos de fazer algumas transações incríveis”, disse o chefe de Estado.

Segundo Trump, as discussões com a China estão em andamento e devem resultar em um acordo comercial.

Falando em um evento sobre inteligência artificial, Trump também disse que estava em negociações comerciais sérias com a União Europeia e estabeleceria tarifas mais baixas para o bloco caso haja abertura para empresas americanas.

Negociações entre Brasil e EUA

Após o presidente americano determinar tarifas de 50% para produtos brasileiros, autoridades tentam efetivar uma negociação.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (23) que o governo federal discute a medida diretamente com secretários do governo dos Estados Unidos, cargo equivalente a ministro no Brasil.

“Estamos fazendo tentativas de contato reiteradas, mas há uma concentração de informações na Casa Branca. Alckmin está tendo contato com secretários. No nosso caso da Fazenda, temos contato com a equipe técnica do Tesouro americano, mas não com o secretário”, disse Haddad na portaria do ministério da Fazenda.

por Reuters

Compartilhe

Verba para novo hospital é cancelada e redirecionada ao Samu e outros setores em Natal

A Prefeitura de Natal publicou nesta quarta-feira (23), no Diário Oficial do Município (DOM), um decreto que autoriza a abertura de crédito suplementar no valor de R$ 8 milhões para a Secretaria Municipal de Saúde, realocando recursos antes destinados à construção do Hospital Municipal. A verba será usada para reforçar o atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ampliar a assistência hospitalar e ambulatorial do SUS e custear despesas com recursos.

.A medida foi tomada com base na autorização contida na Lei nº 7.819/2025 e aprovada pelo Conselho de Desenvolvimento Municipal em reunião realizada no último dia 18. A publicação indica que essa verba era destinada a construção ou ampliação da unidade.

De onde vem o recurso?
Os recursos serão realocados a partir da anulação de dotações anteriormente previstas para a implementação do Hospital Municipal, conforme especificado no Adendo II do mesmo decreto. Isso significa que o dinheiro que antes estava reservado no orçamento para construir a unidade hospitalar será cancelado (anulado) e redirecionado (realocado) para outras finalidades dentro da área da saúde.

“Constitui fonte de recursos para fazer face ao crédito de que trata o artigo anterior, anulação em igual valor de dotação orçamentária consignada no vigente orçamento”, diz o documento.

Em nota publicada no DOM, a gestão municipal justifica a medida com base na necessidade de atender a demandas mais imediatas da rede de saúde, priorizando a manutenção de serviços essenciais e emergenciais. A realocação de recursos segue os parâmetros da Lei Federal nº 4.320/1964, que permite anulações e suplementações dentro do mesmo exercício financeiro.

A reportagem da TRIBUNA DO NORTE procurou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para explicar se isso significa que a construção ou ampliação do hospital municipal vai sofrer algum adiamento ou redimensionada para dar lugar a ações mais imediatas.

Em nota, a SMS informou que os “recursos utilizados nesses ajustes têm origem na fonte municipal e não comprometem o andamento das obras do novo Hospital Municipal”. Além disso, a pasta comunicou que o projeto “segue dentro do cronograma previsto”.

Para onde vai o dinheiro?
Conforme detalhado no decreto, os recursos foram classificados como despesas com custeio e pessoal. Os R$ 8 milhões serão distribuídos da seguinte forma:

  • SAMU Natal: R$ 738,8 mil
  • Administração de Recursos Humanos da Saúde: R$ 470,1 mil
  • Assistência hospitalar e ambulatorial de média e alta complexidade do SUS: R$ 6,79 milhões

Confira nota completa

“A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que os remanejamentos orçamentários efetuados são necessários para garantir a continuidade dos contratos que demandam aditivos e para assegurar o fornecimento de bens, serviços e insumos essenciais à manutenção das atividades da rede municipal de saúde.

Os recursos utilizados nesses ajustes têm origem na fonte municipal e não comprometem o andamento das obras do novo Hospital Municipal.

Atualmente, cerca de 150 trabalhadores atuam regularmente na execução do projeto, que segue dentro do cronograma previsto.

O financiamento da obra ocorre por meio de Convênios com recursos Federais e de operação de crédito contratada pelo município”.

Por TN

Compartilhe

Paciente que perdeu olho após mutirão de cirurgias em Parelhas será indenizada em R$ 400 mil

A Vara Única da Comarca de Parelhas proferiu a primeira decisão judicial relacionada ao mutirão de cirurgias oftalmológicas realizada pelo município, em setembro do ano passado, e que resultou em uma série de pacientes com sequelas. A autora da ação deverá ser indenizada em R$ 400 mil, por danos morais e estéticos, após ter que fazer a retirada do globo ocular devido ao diagnóstico de endoftalmite, uma inflamação grave no interior do olho. As informações foram divulgadas pelo Tribunal de Justiça (TJRN) nesta quarta-feira (23).

PUBLICIDADE

.

O juiz Wilson Neves de Medeiros Júnior, titular da Comarca de Parelhas, fixou o valor da indenização em R$ 200 mil por danos morais e mais R$ 200 mil por danos estéticos, considerando o montante ser justo e razoável o valor, considerando a extensão do dano psicológico comprovado pela parte, além da ocorrência de danos estéticos, “uma vez que a perda do globo ocular é visível, causando, inclusive, problemas na autoestima da requerente, que relatou não sentir vontade de sair de casa”, considerou. Além dela, pelo menos outras nove pessoas também perderam um olho após o mutirão.

A mulher afirmou ter participado de um mutirão de cirurgias oftalmológicas ofertadas pelo município de Parelhas no final do mês de setembro de 2024, na Maternidade Dr. Graciliano Lordão, realizadas por uma empresa terceirizada. Ainda alegou ter retornado ao hospital no dia seguinte ao procedimento, com queixas a respeito de sintomas como dor intensa e secreção, mas que não foram feitos exames complementares.

A autora também informou no processo que procurou atendimento particular de dois médicos distintos, em diferentes municípios, e que ambos deram o mesmo diagnóstico, encaminhando a mulher para atendimento de urgência, devido à gravidade do quadro. Quatro dias após sua cirurgia de catarata durante o mutirão, seu globo ocular estourou e ela teve que passar por cirurgia de evisceração (retirada do globo ocular).

O juiz Wilson Neves fundamentou a decisão com base no artigo 37, §6º da Constituição Federal e no artigo 43 do Código Civil, que diz que o ente público é objetivamente responsável pelos danos causados por seus agentes ou por prestadores de serviço contratados.

Também destacou que a autora buscou atendimento médico particular e relatou não ter recebido atendimento adequado na rede pública, nem exames complementares após relatar os sintomas. Ele observou que ao menos outras 17 pessoas também foram diagnosticadas com o mesmo problema após o mutirão, o que reforça a gravidade do caso e a falha sistemática do serviço prestado.

“Diante dos elementos reunidos, vislumbro que o dano sofrido pela vítima possui nexo de causalidade com a conduta negligente do réu, que não fiscalizou adequadamente o fornecimento do serviço médico prestado no âmbito de suas atribuições, não havendo qualquer elemento que rompa o nexo de causalidade”, argumentou o magistrado.

Por Tribuna do Norte 

Compartilhe

Quase 1 milhão já aderiu ao acordo para ressarcimento do INSS; pagamentos começam amanhã

O primeiro lote de pagamentos beneficiará 400 mil pessoas. A ordem seguirá a sequência de adesão ao acordo.

Até a manhã desta quarta-feira (23), cerca de 948 mil segurados do INSS já haviam aderido ao acordo para receber o ressarcimento de descontos indevidos relacionados a mensalidades associativas.

O primeiro lote de pagamentos será realizado nesta quinta-feira (24), beneficiando 400 mil pessoas. A partir daí, os pagamentos ocorrerão em dias úteis, com lotes diários de 100 mil beneficiários. A ordem seguirá a sequência de adesão ao acordo.

PUBLICIDADE

Ao aderir ao acordo, o segurado concorda em receber o ressarcimento por meio administrativo e renuncia ao direito de processar o INSS futuramente pela fraude. No entanto, ainda é possível acionar judicialmente as associações responsáveis pelos descontos.

A adesão pode ser feita presencialmente em agências dos Correios ou pelo site e aplicativo ‘Meu INSS’. 

por GloboNews

Compartilhe

Vídeo mostra momento exato que ultraleve cai no meio de rodovia e deixa dois mortos na Itália

Uma câmera de segurança de uma rodovia na Itália registrou o momento que um avião ultraleve caiu em meio a motoristas que trafegavam no trecho. O acidente ocorreu em Azzano Mella, na província de Brescia, na terça-feira (22). A aeronave explodiu com o impacto da queda, bloqueando a via com fogo.

VEJA VÍDEO:

Dois carros que passavam pelo local não conseguiram frear e acabaram atravessando as chamas. Segundo a imprensa italiana, os dois motoristas conseguiram escapar do acidente sem ferimentos graves.

O primeiro motorista, um homem de 56 anos, aparentemente ileso, foi levado para ser atendido em Brescia, enquanto o outro, de 49, foi avaliado, mas não hospitalizado.

Os dois passageiros do avião, um homem de 75 anos, de Milão, e companheira de 60, que haviam decolado de Piacenza, morreram.

O Ministério Público de Brescia solicitou uma investigação ao Departamento de Polícia de Milão para esclarecer as circunstâncias do acidente.

por nsc total

Compartilhe

Pesquisas avançam no desenvolvimento de vacina contra múltiplos tipos de câncer

Cientistas ao redor do mundo estão cada vez mais próximos de desenvolver vacinas capazes de tratar diferentes tipos de câncer. Embora ainda não exista uma vacina universal, estudos recentes mostram que a tecnologia, especialmente a baseada em mRNA, já apresenta resultados promissores contra tumores como melanoma, câncer de pâncreas, de pele e até do sistema nervoso.

Atualmente, existem vacinas preventivas consolidadas, como as contra o HPV e a hepatite B, que ajudam a evitar cânceres relacionados a essas infecções, como o de colo do útero e o de fígado. Essas vacinas são amplamente recomendadas por órgãos de saúde como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos.

PUBLICIDADE

Agora, pesquisadores buscam tratamentos personalizados, que ativam o sistema imunológico do próprio paciente para atacar células cancerígenas. É o caso da vacina mRNA‑4157/V940, desenvolvida pelas farmacêuticas Moderna e Merck. Em estudos com pacientes que retiraram tumores de pele (melanoma), a vacina reduziu o risco de o câncer voltar. Os resultados são de uma pesquisa de fase 2b apresentada pela American Association for Cancer Research (AACR).

Outro exemplo é a autogene cevumeran, da BioNTech com a Genentech, testada em pacientes com câncer de pâncreas. Os resultados iniciais, publicados na revista Nature, mostraram que a vacina foi segura e gerou respostas imunes em mais da metade dos voluntários.

Além das vacinas personalizadas, cientistas também trabalham em versões “universais”, que poderiam funcionar contra vários tipos de câncer ao mesmo tempo. Um grupo da Universidade da Flórida desenvolveu uma vacina com mRNA que, ao ser combinada com imunoterapia, fez tumores regredirem em animais de laboratório. O estudo foi publicado na revista Nature Biomedical Engineering e divulgado por veículos como The Sun.

Na Noruega, uma vacina chamada UV1, da empresa Ultimovacs, apresentou aumento na sobrevida de pacientes com mesotelioma, um tipo raro e agressivo de câncer, quando combinada com imunoterápicos. Os dados foram divulgados pelo Oslo Cancer Cluster e reforçam o potencial da vacina para ser usada em outros tipos de tumores.

Outra abordagem testada nos Estados Unidos envolve nanopartículas feitas a partir de células-tronco reprogramadas. A técnica, segundo estudos do Instituto Nacional de Saúde (NIH), protegeu contra múltiplos tipos de câncer em testes com animais, atacando estruturas presentes em diversos tumores.

Especialistas ouvidos por veículos como a Wired e The Guardian estimam que vacinas terapêuticas com mRNA possam começar a ser aprovadas para tipos específicos de câncer até 2025. Ainda assim, pesquisadores reforçam que nenhuma vacina universal está pronta para uso humano, e os estudos seguem em fases clínicas e experimentais.

por Via Certa Natal

Compartilhe

Jovem morre após ser baleada por policial penal na RN-064, em Pureza

Uma jovem, identificada como Keulen Viana, conhecida como Kelly, de 22 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira (23) após ser atingida por um disparo de arma de fogo na RN-064, estrada que liga os municípios de Pureza e Natal, na Região Metropolitana da capital potiguar. A vítima estava no banco do passageiro de um carro modelo Clio, ao lado da motorista e com três crianças no banco traseiro.

Segundo informações da Polícia Militar e da Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP), um policial penal seguia para o trabalho no presídio quando percebeu a aproximação do veículo ocupado por Kelly, seguido por uma motocicleta. Suspeitando de uma possível tentativa de assalto, o agente deu ordem para que o carro reduzisse a velocidade e, em seguida, efetuou disparos.

Kelly foi atingida na cabeça. Ela chegou a ser socorrida por uma viatura até o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ao dar entrada na unidade de saúde.

Os veículos envolvidos foram levados para a Delegacia de Plantão da Zona Norte, onde passam por perícia. A arma utilizada pelo policial também foi apreendida.

O servidor foi levado à delegacia, onde está sendo acompanhado por advogados e por representantes do Sindicato dos Policiais Penais do RN, entre eles a presidente da entidade, Vilma Batista. A Polícia Civil informou que o agente poderá ser indiciado por homicídio culposo simples, quando não há intenção de matar.

Em nota, a SEAP confirmou que acompanha o caso, que será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Ceará-Mirim. A pasta informou ainda que aguarda o andamento das apurações conduzidas pela Polícia Civil.

Acompanhe a reportagem:

por Via Certa Natal

Compartilhe

Setor salineiro do RN pede busca por acordo para evitar impactos da taxa de Trump

Segmento afirma que, se taxação de 50% entrar em vigor, 4 mil empregos no Rio Grande do Norte estarão ameaçados
O setor salineiro do Rio Grande do Norte pediu oficialmente que o Governo Lula busque ao menos adiar a entrada em vigor da sobretaxa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a importação de produtos brasileiros. A previsão é que a tarifa comece a valer em 1º de agosto, e os empresários potiguares pedem que a taxa caia ou pelo menos tenha a implantação adiada em 90 dias.

Diretor da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) e presidente do Sindicato da Indústria da Extração do Sal do Estado do Rio Grande do Norte (Siesal-RN), Airton Torres se reuniu nesta semana com o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa.

O setor salineiro potiguar alega que será duramente afetado se a tarifa realmente entrar em vigor. De todo o sal produzido no Brasil, 98% vêm do RN. Também participaram da reunião o CEO da Salinor – maior exportadora de sal do Brasil -, Rafael Mandarino, e a diretora da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Cláudia Borges, que representou a Intersal (Porto Ilha).

Segundo Torres, o encontro permitiu demonstrar não apenas a importância do setor salineiro para a economia nacional, mas também as preocupações de outras cadeias produtivas.

“Levamos informações ao MDIC que o secretário [Márcio Elias Rosa] entendeu serem muito úteis e importantes para a elaboração de um documento que está desenvolvendo, com base nos dados de muitos setores da economia nacional, para encaminhar ao governo americano”, afirmou.

Durante o encontro, Torres defendeu a retirada da taxação ou, em caso dessa impossibilidade, o adiamento da sua vigência por, pelo menos, 90 dias, como “forma de garantir mais tempo para que o governo, com apoio do setor produtivo, possa dar prosseguimento à negociação técnica”, explicou.

Ele entregou ao secretário diversos documentos, dentre eles a carta enviada pela governadora Fátima Bezerra (PT) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitando a intensificação de negociações técnicas com o governo norte-americano com o objetivo de retirar a tarifa dos produtos brasileiros ou prorrogar a sua entrada em vigor. Em nota técnica divulgada após o anúncio da taxação, o Siesal-RN alertou que a medida ameaça 4 mil empregos diretos no Semiárido Potiguar, além de afetar toda a cadeia logística e inviabilizar as operações do Porto Ilha, em Areia Branca.

Atualmente, 47% das exportações feitas pelo terminal salineiro de Areia Branca são destinados aos Estados Unidos, o que, historicamente, representa cerca de 530 mil toneladas exportadas por ano. “Se a tarifa de 50% não for retirada, o nosso sal estará fora do mercado dos Estados Unidos e este é um problema muito grande, porque a indústria salineira não tem um outro mercado que possa absorver esse volume”, concluiu Torres.

De acordo com dados do Siesal-RN, caso a medida seja mantida, o Brasil poderá se tornar dependente da importação de sal, colocando em risco a sustentabilidade da produção nacional.

A tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos pode resultar em perdas de até R$ 175 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil ao longo dos próximos 10 anos, aponta um estudo da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).

Além da retração — que representaria um impacto negativo de 1,49% no PIB no longo prazo —, as taxas anunciadas pelo presidente Donald Trump têm potencial para eliminar mais 1,3 milhão de postos de trabalho no Brasil, estima a entidade.

“O agravamento da crise comercial entre Brasil e EUA representa um risco grave à estabilidade econômica e ao desenvolvimento industrial”, afirmou, em nota, a Fiemg.

No estudo, a federação mineira também estimou os impactos de uma possível retaliação brasileira ao tarifaço. Caso o governo do presidente Lula decida impor uma taxa recíproca de 50% sobre a importação de produtos norte-americanos, a queda no PIB pode chegar R$ 259 bilhões (-2,21%).

Nesse cenário, 1,9 milhão de empregos seriam impactados em até 10 anos, com uma redução de R$ 36,2 bilhões na massa salarial do País. Enquanto isso, a arrecadação de impostos cairia R$ 7,21 bilhões, de acordo com o estudo. Em nota, a Fiemg defendeu que o governo brasileiro “atue de forma firme, mas diplomática, na busca por um acordo”.

por Agora RN

Compartilhe

Casal que nasceu no mesmo dia morre na data do aniversário na BR-101 em SC

Um casal que nasceu no mesmo dia morreu aos 27 anos na data do aniversário em São José, na Grande Florianópolis. Eles estavam em uma moto que tombou na BR-101.

Nicolly Morais de Melo e Gregory Mayllon haviam se conhecido há pouco tempo, segundo familiares e amigos. Amigas e a irmã de Nicolly afirmaram que eles se conheciam há cerca de um mês, mas começaram a namorar há duas semanas. O acidente de moto ocorreu no domingo (20), informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Nicolly Morais de Melo e Gregory Mayllon nasceram no meu dia e morreram na data do aniversário, aos 27 anos — Foto: Reprodução/Redes sociais

A motocicleta era pilotada por Gregory e tombou por volta das 22h30 de domingo no km 209. O veículo tinha placas de São José. Não se sabe as causas do acidente.De acordo com Thaynara Lorrany, prima de Gregory, o casal havia comemorado o aniversário em conjunto com um churrasco na casa de um amigo.

Sobre o primo, ela disse que “ele era uma pessoa muito brincalhona. Onde chegava, sempre levava alegria para a família e amigos. Amava skate”. Segundo ela, Gregory era motorista de aplicativo para motos.

por g1 SC

PUBLICIDADE

Compartilhe

Rota 22 passa por Goianinha e fecha ciclo de oficinas pelo Agreste

O encontro de lideranças do Projeto Rota 22 esteve em Goianinha (RN), no Mirante do Vale Restaurante, nesta quarta-feira (23). Durante a abertura do encontro o deputado estadual, Coronel Azevedo foi enfático: “Pelo diagnóstico do Rota 22 vocês estão vendo como o Rio Grande do Norte está no fundo do poço.”, salientando em seguida a importância do projeto do Partido Liberal (PL), com proposições concretas para o pleito de 2026.

Hemerson Galvão, secretário de desenvolvimento econômico de Goianinha, lamenta a falta de competitividade do Estado com os empresários, preferindo investir em estados vizinhos e não no RN, pela insegurança de investir aqui. “Nós não temos estradas. E isso só prejudica. Nós não temos Governo do Estado.”, disse o prefeito de Georgino Avelino, Antônio Freire, durante o debate no Mirante do Vale Restaurante.

Petrucio Ferreira, Secretário de Educação de Goianinha, citou a dificuldade com o transporte escolar. “Até hoje não se tem nenhuma contribuição voltada para os estudantes do interior, no tocante ao transporte escolar. Com os municípios tendo que assumir o transporte para os alunos do ensino superior, sem implicar em prejuízo para o ensino rural. Taí um grande gargalo”.

O Projeto Rota 22 completou o ciclo de oficinas na região Agreste. No dia 2 de agosto haverá o grande Seminário, em Santo Antônio, reunindo lideranças do Agreste, Trairí e Potengi. Na agenda do Projeto Rota 22, ainda tem oficina em Parnamirim, no dia 6 de agosto, em Extremoz, no dia 7 de agosto, e Seminário da Região Metropolitana, em Natal, no dia 16 de agosto.

O Rota 22 é uma iniciativa do PL em parceria com o Instituto Álvaro Valle, que fechou o primeiro semestre com 20 eventos realizados no Estado, sendo 16 oficinas e 4 seminários abrangendo todas as regiões do RN.

Fique conectado com o Rota 22 — acesse o site plrota22.com.br e confira quando o projeto passará por sua região. Mais informações também estão disponíveis nas redes sociais, pelos perfis @pl22rn e @plnacional22, e no canal de WhatsApp do Rota 22 no Rio Grande do Norte: canal.plrota22.com.br.

por PL Rota 22

PUBLICIDADE

Compartilhe

Quase 1 milhão de famílias deixam de receber Bolsa Família graças a alta na renda

Quase 1 milhão de famílias deixaram de receber a ajuda do programa Bolsa Família no mês de julho graças ao aumento da renda do domicílio, segundo dados do MDS (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social), responsável pela gestão da política.

Com isso, o número de beneficiários da política caiu de 20,5 milhões em junho para 19,6 milhões neste mês. Trata-se da menor quantidade de famílias dentro do programa desde a reformulação implementada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em março de 2023.

Considerando o período em que ele foi chamado de Auxílio Brasil, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o número é o menor desde julho de 2022, quando havia 18,1 milhões de famílias contempladas, logo antes do aumento do benefício mínimo de R$ 400 para R$ 600.

A secretária nacional de Renda de Cidadania, Eliane Aquino, ressalta que a redução no número de famílias ocorre por razões positivas.

Segundo ela, 536 mil famílias atingiram o prazo máximo de 24 meses sob a regra de proteção, que garante 50% do valor do benefício a famílias que ultrapassam o limite de renda para receber o Bolsa (R$ 218 por pessoa), mas ainda ganham abaixo de meio salário mínimo (R$ 759) por pessoa.

O dado indica que esses domicílios não só elevaram seus rendimentos a partir de outras fontes, mas conseguiram manter o ganho extra com alguma estabilidade, a ponto de não precisarem mais da ajuda do governo para sair da situação de pobreza.

Caso essa situação se reverta no futuro e a renda volte a ficar abaixo dos R$ 218 por pessoa, essas famílias têm retorno garantido ao programa, com prioridade na concessão.

Outras 385 mil famílias passaram a ter rendimentos superiores a meio salário mínimo por pessoa e tiveram o benefício cancelado, pois não preenchem os requisitos para ficar sob a regra de proteção. Ao todo, 921 mil famílias deixaram o programa devido ao aumento da renda domiciliar.

“É isso que a gente quer, mesmo. Que a população, em primeiro lugar, não tenha medo de assinar a carteira. A gente está rodando alguns estados e fazendo diálogos, principalmente com as mulheres do Bolsa. Ainda é muito forte na cabeça das pessoas achar que ‘se eu assinar a carteira eu perco o benefício’. A gente está trabalhando para desmistificar isso”, diz a secretária.

Outras 2,68 milhões de famílias ainda estão sob a regra de proteção e, caso mantenham a suas fontes de renda fora do programa, poderão ser desligadas no futuro.

Segundo ela, a divulgação da regra de proteção é uma “informação que precisa chegar na ponta”, para que os beneficiários tenham mais segurança para assumir postos formais de trabalho.

Nos últimos meses, o governo tem feito parcerias com empresas para tentar incentivar a contratação de beneficiários do Bolsa Família e pessoas registradas no CadÚnico. A avaliação no governo é que a iniciativa tem dado resultado.

Folha de S.Paulo

Compartilhe

Governo avalia viabilidade de o Brasil criar seu próprio GPS

Um grupo de especialistas vai estudar a viabilidade de o Brasil desenvolver seu próprio sistema de geolocalização por satélite, um empreendimento de altíssima complexidade e custo. Formado por representantes de ministérios, da Aeronáutica, de agências e institutos federais e da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil, o grupo técnico deve diagnosticar as eventuais consequências do país depender de sistemas de posicionamento, navegação e tempo controlados por outras nações.Play Video

O grupo foi criado no início deste mês, por meio da Resolução nº 33, do Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro. Assinada pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Marcos Antonio Amaro dos Santos, a resolução estabelece um prazo de 180 dias, contados a partir de 14 de julho, para que o grupo entregue ao ministro um relatório com suas conclusões e sugestões.

“O grupo ainda está se organizando”, explicou nesta segunda-feira (21), em entrevista à Agência Brasil, Rodrigo Leonardi, diretor de Gestão de Portfólio da Agência Espacial Brasileira (AEB), um dos 14 órgãos e entidades que vão compor o grupo, que poderá convidar representantes de outras instituições aptos a contribuir com os objetivos estratégicos do grupo.

“Vamos procurar entender os gargalos, as dificuldades, os prós e contras de desenvolvermos um sistema destes”, acrescentou Leonardi, destacando a importância dos atuais sistemas de navegação por satélite – dentre os quais, o mais conhecido é o estadunidense GPS (do inglês, Sistema de Posicionamento Global), operado pela Força Espacial dos Estados Unidos.

“No Brasil, historicamente, priorizamos o debate acerca de outros aspectos espaciais, como a necessidade de termos satélites para monitoramento territorial. Agora, vamos discutir se queremos ou não ter nosso próprio sistema de navegação; o investimento necessário para fazê-lo e, se for o caso, a necessidade nacional de ter um sistema global ou um sistema regional, capaz de cobrir todo nosso território. Qualquer que seja o caso, se o país concluir que deve fazer isso, o patamar de investimentos terá que ser muitas vezes maior que o atualmente investido no programa espacial brasileiro”, concluiu Leonardi, admitindo a complexidade da empreitada, que exige capacidade tecnológica para projetar, fabricar e lançar satélites capazes de transmitir, do espaço para a terra, sinais precisos.

Ruído
O grupo técnico foi criado uma semana antes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que, a partir de 1º de agosto, os produtos brasileiros pagarão uma tarifa de 50% para ingressar em território estadunidense. E duas semanas antes de as redes sociais serem tomadas pelo debate sobre a possibilidade de os Estados Unidos, em caso de uma guerra comercial, desligarem ou restringirem o sinal de seu sistema, o GPS (do inglês, Sistema de Posicionamento Global), para o Brasil.

“Este é um típico caso de ruído surgido nas mídias sociais, capaz de gerar ansiedade. E uma coincidência, porque já vínhamos discutindo o tema há tempos, de maneira que a criação do grupo não teve nenhuma relação com o que aconteceu depois”, afirmou Leonardi.

“Primeiro, porque não houve nenhum comunicado, de nenhuma autoridade norte-americana, sobre a remota possibilidade dos EUA restringirem o uso do GPS no Brasil. Depois porque, mesmo que isso acontecesse – o que seria uma situação muito drástica e improvável – há alternativas ao GPS”, assegurou o diretor da Agência Espacial Brasileira.

GNSS
Segundo Leonardi, a maioria das pessoas erra ao usar a sigla GPS como sinônimo de GNSS, do inglês Sistema Global de Navegação por Satélite, termo correto para se referir a qualquer conjunto (ou constelação) de satélites usado para fornecer serviços de posicionamento, navegação e temporização global.

“O GPS é o sistema de propriedade dos EUA, mas há outros, globais, como o Glonass [russo]; o Galileo [União Europeia] e o BeiDou [ou BDS], da China. Estes têm cobertura global e podem ser utilizados, inclusive, no e pelo Brasil. E há também algumas nações que possuem sistemas regionais, como a Índia [NavlC] e o Japão [Qzss]”, apontou Leonardi.

“Com isso em mente, é lógico cogitar que, em tese, os EUA poderiam degradar ou até mesmo restringir o sinal de seu GPS para determinadas regiões, mas esta seria uma medida tão drástica que, a meu ver, só se justificaria se a segurança nacional dos EUA estivesse sendo ameaçada”, ponderou o diretor da AEB.

“Primeiro porque as empresas estadunidenses que operam no Brasil, como aplicativos de transporte e de entrega, seriam afetadas. Outras nações também seriam prejudicadas, já que não há como limitar o sinal para todo um território sem afetar países fronteiriços. Fora que isso poderia causar acidentes, por exemplo, na aviação civil, custando vidas, inclusive as de norte-americanos. Para não falar das repercussões comerciais, já que outros países se perguntariam se deveriam continuar confiando no sistema norte-americano ou migrar para outros”, apontou Leonardi.

Multiconstelação

Professor da Universidade de Brasília (UnB), onde coordena o Laboratório de Automação e Robótica (Lara), Geovany Araújo Borges, concorda com a avaliação de que, tecnicamente, os EUA poderiam interromper o sinal do GPS ou mesmo tornar o sistema menos eficaz para uma determinada região, mas não crê que isso venha a ocorrer.

“Se fizessem isso sem aviso prévio, os norte-americanos assumiriam o risco de contrariar seus próprios interesses em território brasileiro”, endossou Borges, acrescentando que boa parte dos sistemas e equipamentos eletrônicos modernos são capazes de receber o sinal de mais de um sistema de geolocalização. De maneira geral, os sinais enviados pelos satélites que integram os diferentes sistemas em operação são captados por receptores embutidos em veículos, aeronaves, espaçonaves, navios, munições guiadas de precisão, aplicativos e telefones celulares, além de equipamentos de monitoramento de uso industrial, civil e militar.

“A maioria dos aparelhos celulares, por exemplo, já é multiconstelação, ou seja, é capaz de receber, automaticamente, o sinal de diferentes sistemas. De forma que, em termos de localização, nossos celulares seguiriam funcionando normalmente se deixássemos de receber o sinal do GPS. A mesma lógica vale para muitos outros sistemas [dependente de serviços de posicionamento, navegação e temporização global]: se o sistema de sincronização for redundante, o impacto será limitado”, disse Borges, defendendo a importância de um …

Governadores adotam medidas para socorrer empresas em meio a tarifaço

Gestões de São Paulo e Goiás anunciaram linhas de crédito; estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo planejam ações para lidar com a crise

Governadores de ao menos quatro estados se anteciparam à gestão federal e adotaram ações voltadas a socorrer empresas exportadoras que serão impactadas caso as tarifas de 50% anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrem em vigor no dia 1º de agosto.

O primeiro deles foi Ronaldo Caiado (União), de Goiás, cujo pacote apresentou linha de crédito com juros inferiores aos de mercado. A taxa de financiamento será inferior a 10% ao ano, segundo o Palácio das Esmeraldas, e terá como contrapartida a manutenção dos empregos pelas empresas que acessarem os empréstimos.

A linha passa a valer em agosto e viabilizará o juro mais baixo a partir de um fundo garantidor com créditos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), um tributo estadual. Os créditos devem totalizar ao menos R$ 628 milhões, segundo o governo goiano.Play Video

Na sequência, foi a vez de Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, lançar uma linha de crédito de R$ 200 milhões para exportadores paulistas.

Segundo o Palácio dos Bandeirantes, a nova linha oferece as seguintes condições:

  • taxas a partir de 0,27% ao mês + IPCA;
  • prazo de até 60 meses para pagamento;
  • carência de até 12 meses (inclusa no prazo total); e
  • limite de financiamento: até R$ 20 milhões por cliente.

Já o governador Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, ainda não anunciou um programa, mas criou um grupo de trabalho para estudar medidas. A primeira reunião do comitê aconteceu na terça-feira (22) e a ideia, segundo o Palácio Guanabara, é formular ações que “atenuem o tarifaço”.

Os três governadores fazem oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); mas um aliado do presidente, Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo, também anunciou ações.

À CNN, Casagrande confirmou que foi criado um comitê para análise de medidas para proteger o estado.

O grupo vai abrir diálogo com o setor produtivo e com o governo federal, e avaliará ações como adoção de “linhas de crédito” e outras na “área tributária”, disse o governador à CNN.

São Paulo é o estado que mais exporta aos Estados Unidos, com cerca de US$ 13,6 bilhões totalizados em 2024; Rio de Janeiro, o segundo, com US$ 7,2 bilhões; Espírito Santo, o quarto, com US$ 3,1 bilhões; Goiás é apenas o décimo quinto, registrando US$ 408 milhões.

A equipe econômica do governo federal diz trabalhar em medidas para o cenário de tarifas, que serão apresentadas a Lula. Até o momento, porém, nenhuma medida federal foi anunciada.

Danilo Moliterno, da CNN

Compartilhe