A busca pelo corpo perfeito acabou em prisão para um casal em Parnamirim. Policiais civis prenderam em flagrante, nesta quinta-feira (30), um homem de 30 anos e uma mulher de 26, acusados de vender remédios de uso controlado usados para emagrecimento — tudo sem autorização da Anvisa.
A dupla foi flagrada nos bairros de Nova Parnamirim e Centro, durante a operação “Emacrescere”, deflagrada após várias denúncias sobre a venda ilegal dos chamados emagrecedores milagrosos. No local, os agentes encontraram canetas com tizerpatida (substância do Mounjaro), seringas, ampolas, materiais de aplicação, celulares e até uma máquina de cartão, usada para cobrar os “clientes”.
Além disso, a polícia apreendeu seis ampolas de um medicamento que nem aprovado no Brasil é, o que agrava ainda mais o crime. Segundo a investigação, os produtos eram vendidos como solução rápida para emagrecer, mas podem causar sérios riscos à saúde.
Os dois foram levados à delegacia, autuados em flagrante e encaminhados ao sistema prisional. A Polícia Civil reforçou que a população pode ajudar a combater esse tipo de crime com denúncias anônimas pelo Disque 181.
Aldenir Silvestre da Silva, 46, morreu depois de sair sozinho do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, onde estava internado com traumatismo craniano. A família exige respostas sobre como um paciente em estado grave conseguiu “desaparecer” da unidade sem que ninguém percebesse.
Ele foi agredido na cabeça durante briga com um vizinho e levado pelo Samu ao hospital, conforme informações da TV Tropical. Durante a internação, Aldenir apresentou confusão mental e agitação. Câmeras mostram que ele deixou o hospital pela porta da frente às 5h45 de sábado (25), sem que os familiares fossem avisados.
O corpo foi encontrado na madrugada de domingo (26), na Cidade da Esperança, e levado ao IML. A causa da morte confirmada foi traumatismo craniano. O caso expõe falhas graves na segurança e monitoramento de pacientes em hospitais públicos.
A Sesap informou que Aldenir não foi identificado pelos vigilantes e estava em atendimento inicial. A direção do Walfredo Gurgel lamentou o ocorrido e disse prestar apoio à família. A Polícia Civil, por meio da DHPP, investiga a saída do hospital e a morte, mantendo detalhes em sigilo para não prejudicar as apurações.
O Congresso decidiu manter a energia solar livre de cobranças extras. A Medida Provisória 1.304/2025, após um dia tenso de votações na Câmara, Senado e na Comissão Mista, foi aprovada sem a polêmica taxa de R$ 20 a cada 100 kWh compensados em sistemas de geração distribuída (GD), conforme informações do Canal Solar. O texto segue agora para sanção presidencial.
A versão original, defendida pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), previa a cobrança para novos empreendimentos de GD, mas deputados derrubaram o dispositivo. Na Câmara, a articulação de Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) e Pedro Uczai (PT-SC) garantiu 233 votos a favor da retirada contra 148 que queriam manter a taxa. Com isso, a energia solar continua previsível e segura para investidores e consumidores.
Deputados do RN se dividiram: Benes Leocádio, Carla Dickson, General Girão e Sargento Gonçalves disseram “não” à cobrança, enquanto Fernando Mineiro, Natália Bonavides e Robinson Faria votaram a favor. João Maia não participou da votação. No fim, prevaleceu a proteção à GD.
O Senado confirmou o texto sem alterações, encerrando a tramitação no Congresso. Sistemas de micro e minigeração distribuída, tanto em autoconsumo local quanto remoto, seguem livres de tarifas adicionais. Para o setor de energia solar, considerado estratégico para o futuro energético do Brasil, a vitória representa segurança jurídica e sinal claro de que o governo federal não pretende frear quem escolhe gerar a própria energia.
O governador do Rio, Cláudio Castro pediu a transferência imediata de dez líderes do Comando Vermelho (CV) para presídios federais de segurança máxima — e Mossoró está na mira. O pedido vem depois da megaoperação no complexo de favelas da Penha e do Alemão, que deixou 119 mortos, incluindo quatro policiais, a mais letal da história do Rio.
A autorização partiu do vice-presidente Geraldo Alckmin, que respondia pelo Planalto durante viagem de Lula. A decisão tem um objetivo claro: quebrar a comunicação entre os chefes do CV. Relatórios de inteligência mostram que, mesmo presos em Bangu, eles continuavam dando ordens para o tráfico e atentados.
Entre os nomes estão Waguinho de Cabo Frio, Da Marinha, Irmão Metralha e Naldinho, integrantes da chamada “Comissão”, a cúpula nacional da facção. Castro disse que “política de segurança se faz com integração”, mas deixou claro: bandido perigoso tem que ser isolado sem regalia.
O sistema federal conta com cinco presídios de segurança máxima — Mossoró (RN), Brasília (DF), Porto Velho (RO), Campo Grande (MS) e Catanduvas (PR). É o mesmo modelo que mantém líderes como Marcola (PCC) e Fernandinho Beira-Mar (CV) longe do comando das ruas. A chegada dos criminosos ao RN reforçaria Mossoró como muralha contra o crime organizado no país.
Petição ao STF é necessária para preservar a investigação, diz órgão
A Defensoria Pública da União (DPU) pediu nesta quinta-feira 30 ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para acompanhar a perícia dos corpos dos mortos na Operação Contenção, realizada pelas polícias do Rio de Janeiro.
O pedido foi feito ao Supremo no âmbito do processo que é conhecido como ADPF das Favelas, ação na qual a Corte já determinou medidas para combater a letalidade policial na capital fluminense.
Na petição, a DPU sustenta que o acompanhamento das perícias é necessário para garantir a preservação da investigação e responsabilizar o Estado, se forem constatadas irregularidades.
“A adequada produção probatória pericial, com acompanhamento técnico independente, mostra-se essencial para a correta distribuição do ônus probatório e para a efetiva responsabilização estatal, quando cabível”, justificou o órgão.
Moraes foi escolhido para tomar decisões urgentes envolvendo o processo, diante da ausência de um relator para o caso. A ação era comandada pelo ex-ministro Luís Roberto Barroso, que se aposentou na semana passada.
Ontem, o ministro determinou que o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, preste esclarecimentos sobre a operação.
Operação Contenção
A Operação Contenção, realizada pelas polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, deixou cerca de 120 pessoas mortas, sendo quatro policiais, de acordo com o último balanço. O governo do estado considerou a operação “um sucesso” e afirmou que as pessoas mortas reagiram com violência à operação, e aqueles que se entregaram foram presos. No total, foram feitas 113 prisões, sendo 33 de presos de outros estados. Foram recolhidas 118 armas e 1 tonelada de droga. O objetivo era conter o avanço da facção Comando Vermelho e cumprir 180 mandados de busca e apreensão e 100 de prisão, sendo 30 expedidos pela Justiça do Pará.
A operação contou com um efetivo de 2,5 mil policiais e é a maior e mais letal realizada no estado nos últimos 15 anos. Os confrontos e as ações de retaliação de criminosos geraram pânico em toda a cidade, com intenso tiroteio, fechando as principais vias, escolas, comércios e postos de saúde. Moradores da região, familiares dos mortos e organizações denunciam operação como uma “chacina”. Cadáveres recolhidos pelos próprios moradores das matas que circundam a região foram encontrados degolados e com sinais de execução.
O governador Cláudio Castro (PL) anunciou nesta quarta-feira (29) a criação do Escritório Emergencial de Enfrentamento ao Crime Organizado, em parceria com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. A medida vem na esteira da megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou 119 suspeitos mortos e prendeu 113, incluindo criminosos de outros estados.
O “escritório de guerra” será comandado pelo secretário estadual Victor Santos e pelo secretário nacional Mário Luiz Sarrubbo. A ideia é unir forças da Polícia Militar, Civil, Federal e PRF, derrubar burocracias e agir rápido contra o Comando Vermelho, que vem expandindo território e espalhando terror pelo estado.
Lewandowski detalhou que o governo federal vai reforçar a operação com peritos criminais, bancos de dados de DNA e balística, médicos legistas e odontólogos, além de efetivo da Força Nacional. “O problema não é só do Rio, é nacional. Esse escritório é emergencial, mas vai gerar resultados rápidos”, avisou.
A megaoperação durou mais de 12 horas e apreendeu 118 armas — incluindo 91 fuzis — explosivos, drogas e 10 menores. Moradores relatam cenas de horror, com corpos espalhados, choro e medo nas comunidades. O Estado mostra que está disposto a varrer o crime organizado do Rio de Janeiro, custe o que custar.
O Brasil vive uma onda de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol: já são 59 casos confirmados e 15 mortes. São Paulo concentra a maioria, com 46 casos e nove óbitos, seguido por Paraná (6 casos, 3 mortes), Pernambuco (5 casos, 3 mortes), Rio Grande do Sul (1) e Mato Grosso (1). Outros nove óbitos ainda estão em investigação.
O metanol é altamente tóxico e pode matar, conforme informações da Agência Brasil. Ele costuma estar presente em bebidas clandestinas ou sem procedência confiável. Autoridades alertam: consumir produtos assim é um risco sério à vida.
Em São Paulo, o Centro de Vigilância Sanitária reforça que denúncias de bebidas suspeitas podem ser feitas pelo Disque Denúncia 181 ou pelo site da Polícia Civil. O Procon-SP também recebe relatos pelo 151 e pelo site oficial.
O recado é claro: evite bebidas de procedência duvidosa. O barato pode sair caro – e neste caso, mortal.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (29) o projeto de lei que revisa gastos do governo federal, garantindo um respiro ao governo Lula após a queda da MP que tentava aumentar o IOF. O placar mostrou 286 votos a favor, 146 contra e uma abstenção. Agora, o texto segue para o Senado.
O projeto cria o Regime Especial de Atualização e Regularização Patrimonial (Rearp), voltado à regularização de imóveis, mas deputados aproveitaram para enfiar “jabutis” – medidas sem relação direta – que aceleram cortes e ajustes fiscais. Entre elas, despesas do programa Pé-de-Meia passam a contar no piso da educação, gerando economia de R$ 4,8 bilhões em 2026.
Também há redução do prazo para concessão de benefícios por incapacidade temporária, limitado o seguro-defeso para pescadores e restrições a compensações tributárias de PIS/Cofins, somando bilhões de economia ou arrecadação extra.
O relator, deputado Juscelino Filho (União-MA), ex-ministro das Comunicações de Lula, chegou a propor a antecipação do saque-aniversário do FGTS sem limites, mas recuou. Pela regra que passa a valer em novembro, cada trabalhador poderá antecipar apenas uma vez por ano, com limite de R$ 500 por operação.
O pacote do governo, coordenado pelo ministro Fernando Haddad, ainda prevê cortes de despesas, redução de benefícios tributários e taxação de apostas e fintechs, para compensar cerca de R$ 25 bilhões do déficit deixado após a derrubada da MP em 8 de outubro. Governistas afirmam que a pauta sobre apostas ainda será enviada, mas não há previsão para as mudanças nas isenções fiscais.
Casos podem ser evitados com o controle dos fatores de risco
Esta quarta-feira, dia 29 de outubro, marca o Dia Mundial do AVC, doença que pode resultar em sequelas permanentes. Segundo o neurocirurgião Orlando Maia, do Hospital Quali Ipanema e membro da World Federation of Interventional and Therapeutic Neuroradiology, o tempo de resposta pode ser decisivo na recuperação do paciente.
A ocorrência do AVC sempre foi mais característica das pessoas idosas, no entanto, segundo ele, há uma crescente da doença entre os mais jovens, devido a alguns fatores.
“Nos últimos anos, tem sido cada vez mais comum o AVC em pessoas mais jovens, devido a fatores como mudanças nos hábitos de vida, obesidade, sedentarismo, uso de anticoncepcionais orais, tabagismo e uso de cigarros eletrônicos, que aumentam o risco para o desenvolvimento da doença.”, declara Maia.
Ele destaca que “o AVC é uma doença de início súbito, que ocorre de forma inesperada. Raramente apresenta evolução lenta ou progressiva, embora alguns pacientes possam manifestar sintomas prévios, como episódios passageiros de paralisia”.
Os sintomas mais comuns incluem paralisia de um braço, de uma perna ou de ambos, além de alterações na fala e na visão, geralmente em apenas um lado, segundo o especialista. Em alguns casos, esses sinais podem aparecer de forma transitória — por exemplo, perda temporária de força ou da visão —, o que pode indicar o risco de um AVC definitivo.
Um fator decisivo na recuperação dos pacientes é o tempo que se leva até receber avaliação médica. Orlando Maia revela que cada minuto é importante até o atendimento.
“Cada minuto com falta de circulação no AVC isquêmico gera a morte de um neurônio, então a gente tem alguns tempos que são ideias. Até 4 horas e meia é possível injetar uma medicação que ajuda a dissolver essa obstrução, esse coágulo e quando você passa dessas quatro horas e meia, há um tempo de caso para caso para que a gente entre com um catéter em procedimento chamado trombectomia mecânica, o que pode ir até 24 horas”, declara.
Ele acrescentou que após o AVC, o que vai determinar se o paciente vai se recuperar ou não é se ele foi tratado a tempo, se o coágulo conseguiu ser dissolvido ou aspirado e se tudo voltou ao normal.
O especialista ainda explica a diferença entre dois tipos de AVC. “O acidente vascular cerebral (AVC) ocorre quando há uma interrupção no fluxo sanguíneo do cérebro, podendo ser de dois tipos: hemorrágico ou isquêmico. O AVC hemorrágico acontece quando um vaso sanguíneo se rompe, geralmente em decorrência de hipertensão arterial, de um aneurisma ou de uma malformação vascular, provocando uma hemorragia cerebral”, diz Maia.
“Já o AVC isquêmico, responsável por cerca de 80% dos casos, ocorre por falta de circulação sanguínea no cérebro, causada pelo entupimento de um vaso devido à formação de um coágulo ou ao acúmulo de placas de gordura. Em ambos os casos, trata-se de uma condição grave e aguda que requer atendimento médico emergencial para que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível”, diz o neurocirurgião.
Uma mulher teve um parto inesperado em via pública na manhã desta terça-feira (28), em Parnamirim, Região Metropolitana de Natal.
Segundo relatos de vizinhos, ela começou a sentir fortes dores ainda pela manhã e, devido à intensidade, não conseguiu mais se locomover. Quando foi retirada de casa para ser levada ao hospital, o trabalho de parto já havia começado, e o bebê acabou nascendo ainda na rua.
A equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionada, mas, ao chegar ao local, o parto já havia se iniciado. De acordo com informações preliminares, a mulher não tinha conhecimento de que estava grávida.
O Governo do Rio Grande do Norte vai concluir o pagamento do décimo terceiro salário dos servidores até o mês de janeiro, conforme anúncio feito pelo secretário da Fazenda, Cadu Xavier, na noite desta terça-feira (28), durante o programa Radar 95, da 95 Mais FM
Segundo Cadu Xavier, a equipe econômica do Estado segue um planejamento estratégico para garantir o cumprimento do calendário sem comprometer as finanças públicas.
O secretário reforçou o compromisso da governadora Fátima Bezerra com o funcionalismo e assegurou que os pagamentos estão garantidos dentro do prazo.
“Estamos trabalhando com muita responsabilidade. O compromisso da governadora Fátima com o funcionalismo é prioridade e será cumprido integralmente”, destacou o secretário.
Documentos oficiais confirmam que o Governo do Rio de Janeiro solicitou apoio das Forças Armadas em janeiro de 2025, pedindo veículos blindados e suporte técnico da Marinha para operações policiais em áreas de risco. Os ofícios foram encaminhados ao Ministério da Defesa, com o objetivo de reforçar a atuação das forças estaduais em comunidades dominadas por facções criminosas.
Após a operação mais letal da história do estado, que deixou ao menos 60 mortos nos complexos do Alemão e da Penha, o governador Cláudio Castro (PL) afirmou que o governo federal recusou três pedidos de ajuda. Segundo ele, as negativas indicam uma decisão política de não colaborar com o Rio em ações de segurança pública.
Um dos documentos, datado de 29 de janeiro, pedia o envio de blindados, operadores e mecânicos da Marinha, que ficariam de prontidão na Cidade da Polícia. O Ministério da Defesa confirmou o recebimento da solicitação e explicou que, por orientação da Advocacia-Geral da União, o apoio só seria possível com a decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que depende de autorização do presidente da República.
Durante coletiva, Castro afirmou que o estado está “sozinho” no combate ao crime e defendeu a necessidade de reforço federal. O governador destacou que as forças de segurança enfrentam facções com drones, explosivos e armamento pesado, o que, segundo ele, torna o apoio da União indispensável para conter a violência nas comunidades.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou, na noite desta terça-feira (28), uma nota oficial em tom de retaliação após a morte de quatro agentes durante a megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital. No comunicado, a corporação lamentou as perdas, se solidarizou com familiares e amigos das vítimas e classificou como “covardes” os ataques sofridos. A informação é da coluna da Mirelle Pinheiro, do Metrópoles.
“A resposta está vindo, e à altura”, diz um trecho da nota publicada nas redes sociais da instituição. A mensagem faz referência à Megaoperação Contenção, que mobilizou cerca de 2,5 mil policiais civis e militares com o objetivo de prender lideranças do CV e conter o avanço territorial da facção em áreas estratégicas do estado.
Entre os mortos estão os policiais civis Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, de 51 anos, conhecido como Máskara, e Rodrigo Velloso Cabral, de 34. Também perderam a vida dois agentes do Bope: Cleiton Serafim Gonçalves, de 42 anos, e Herbert Carvalho da Fonseca, de 39. Eles foram atingidos em diferentes pontos dos complexos durante intensos confrontos com criminosos.
A operação, que se estendeu da madrugada até o fim da manhã, é considerada a mais letal da história do estado. Moradores relataram tiroteios contínuos, barricadas em chamas e ataques com drones que lançaram explosivos contra equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Até o último balanço, 81 pessoas haviam sido presas, e o material apreendido deve auxiliar nas investigações sobre as ações do Comando Vermelho.
Um levantamento do Instituto Trata Brasil mostra que o país perde, em média, 40,3% da água tratada antes que ela chegue às torneiras, o equivalente a 7,257 bilhões de metros cúbicos em 2023 — quase três bilhões de piscinas olímpicas cheias. O desperdício ocorre principalmente por vazamentos (60%) e, em menor parte, por furtos e erros de medição, e poderia suprir toda a demanda adicional projetada até 2050 sem aumentar a captação em mananciais já pressionados.
O estudo alerta que, diante do crescimento populacional e do aumento do consumo residencial previsto em 59,3% até 2050, será necessário reduzir drasticamente as perdas para evitar racionamento. O novo Marco do Saneamento prevê limitar essas perdas a 25% até 2033, o que representaria uma economia significativa de água tratada. Municípios como Campinas e Goiânia se destacam na gestão eficiente, conseguindo expandir a oferta sem sobrecarregar os rios.
Mudanças climáticas agravam ainda mais o problema: cada grau Celsius a mais na temperatura máxima eleva o consumo em 24,9%, e a previsão de aumento de até 1ºC na máxima até 2050 adiciona 2,1 bilhões de metros cúbicos à demanda anual. A tendência de secas e ondas de calor também reduz a disponibilidade hídrica, podendo restringir em média 3,4% o volume anual disponível para distribuição.
Com esse cenário, o risco de racionamento se torna real: a média nacional pode alcançar cerca de 12 dias sem água por ano, enquanto regiões com menor precipitação, como partes do Nordeste e Centro-Oeste, podem enfrentar mais de 30 dias de interrupção. Especialistas reforçam a urgência de uma gestão hídrica eficiente para mitigar os impactos da escassez e das mudanças climáticas.
Aprovado recentemente no Congresso Nacional com defesa e voto da senadora Zenaide Maia (PSD), que é uma das principais parceiras do ministério da Saúde no Parlamento, o programa federal Agora Tem Especialistas já virou lei, abriu 80 novas vagas para médicos atuarem em todo o Rio Grande do Norte e beneficiou a população potiguar com um mutirão de mais de mil atendimentos envolvendo consultas e cirurgias. Tudo de graça, pela rede pública de saúde, inclusive para tratamento de câncer.
“O Agora Tem Especialistas ajuda imensamente o povo do Rio Grande do Norte e leva mais médicos aos nossos bairros e comunidades. Reduzir o tempo de espera no atendimento especializado é uma necessidade urgente. Isso é salvar vidas, é olhar para quem mais precisa, gente! É dever do poder público promover um atendimento mais ágil e eficiente para quem precisa de tratamentos, de exames, de cirurgias, de consultas médicas”, frisou Zenaide, que é médica infectologista com carreira no serviço público.
No mês passado, um mutirão de atendimentos à população para reduzir filas do Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Norte resultou em 1.237 cirurgias eletivas, consultas com especialistas, exames e procedimentos nos três hospitais universitários federais que participaram da ação no estado. O mutirão, realizado simultaneamente em todo o país, envolveu 45 Hospitais Universitários Federais ligados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao ministério da Educação, em parceria com o Agora Tem Especialistas.
Já este mês, o ministério da Saúde abriu inscrições para a segunda chamada do Mais Médicos Especialistas, iniciativa do programa Agora Tem Especialistas para ampliar o acesso a atendimento especializado no SUS. No Rio Grande do Norte, estão disponíveis sete vagas imediatas e 74 para cadastro de reserva em serviços hospitalares e ambulatórios especializados da rede pública.
Mais 32 médicos para o RN
Vale lembrar que o Nordeste, historicamente prejudicado com menos médicos especialistas, já havia concentrado 51% do total de profissionais selecionados na primeira chamada do edital para provimento do Agora Tem Especialistas. Os Estados da região ficaram com 260 das 501 vagas de todo o país, das quais, segundo divulgou o governo federal em setembro, o Rio Grande do Norte recebeu 32 médicos nos seguintes municípios: Ceará-Mirim (oito), Mossoró (sete), São José de Mipibu (seis), Caicó (quatro), Alexandria (três), Santa Cruz (um), São Miguel (um), Açu (um) e João Câmara (um).
Uma das novidades é que essa ampliação do acesso aos serviços especializados de saúde ocorrerá por meio de parcerias do governo com hospitais privados, sejam eles com ou sem fins lucrativos. Na prática, haverá ampliação de turnos de atendimento nas redes de saúde pública e privada, além de maior oferta de exames, consultas e cirurgias do SUS nas unidades privadas.
“Aprovar esse instrumento significa ampliar e garantir às pessoas procedimentos especializados por meio também da adesão de hospitais privados ao SUS. A mobilização do poder público junto à iniciativa privada é uma grande notícia para quem depende a saúde pública – ou seja, a maioria da população brasileira, que não tem dinheiro para pagar planos de saúde particulares”, salientou Zenaide.
Carretas da mulher
Com mais seis carretas da saúde da mulher, o programa Agora Tem Especialistas amplia a oferta de consultas, exames, biópsias e diagnósticos de câncer de mama e de colo de útero para pacientes do SUS que estavam à espera de atendimento.
Zenaide destacou que a chegada dos especialistas aos municípios poderá contar com financiamento via emendas parlamentares ao Orçamento Geral da União: “Nós, parlamentares, poderemos indicar emendas para compra de carretas equipadas com tomógrafos, mamógrafos, raio-X e com todos esses exames sofisticados. As carretas estarão em regiões com municípios pequenos oferecendo atendimento a quem mais precisa. Isso é a política do cuidar, é ter olhar diferenciado para a vida”.
Ligada à pauta da saúde pública, a parlamentar foi relatora de leis como a do programa Mais Médicos e do piso salarial da enfermagem. “Sou médica há mais de 30 anos e sei que a demora do poder público pode significar o tempo entre a vida e a morte de uma pessoa. É por isso que somo esforços junto ao ministério da Saúde para aprovar com rapidez mais especialistas nos nossos municípios”, reiterou a senadora.
Rapidez para consultas, exames e cirurgias
O programa Agora Tem Especialistas, que visa reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias, permite que os médicos indiquem os locais onde desejam atuar, entre quase três mil postos de serviços hospitalares e ambulatórios especializados da rede pública de saúde. disponíveis em todo o país.
As inscrições podem ser feitas na plataforma da UNA-SUS, com o preenchimento de formulário. Os aprovados serão chamados em futuras convocações, de acordo com a disponibilidade de vagas nas instituições formadoras. Para isso, precisam ser especialistas nas áreas de anestesiologia, cirurgia geral, cirurgia do aparelho digestivo, cirurgia oncológica, ginecologia, endoscopia, coloproctologia, gastroenterologia, obstetrícia, cardiologia, oncologia clínica, radiologia e otorrinolaringologia.
“Além de reforçarem o atendimento em hospitais e policlínicas do SUS, os médicos especialistas aprovados passarão por um aprimoramento profissional, em sua área de formação. Esse curso será ministrado por profissionais de excelência de hospitais do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) e da Rede Ebserh. Assim, o SUS terá especialistas cada vez mais atualizados”, afirmou o governo federal.